sábado, 31 de dezembro de 2011

MENSAGEM PARA O ANO NOVO (2012)


 Mais uma etapa na nossa existência vencida, encerra-se o ano 2011, considero termos vivido sinceras amizades, traduzidas pelas mensagens de afeto e carinho. Inicia-se uma nova etapa, o ano novo 2012, que ampliemos as nossas amizades, que busquemos alcançar a paz, de quem tanto carecemos (Paz traduzida em ações voltadas para a justiça social)
Abraços fraternos. Reinaldo Cantanhêde Lima e família

Prostituição

REVISTA ELETRÔNICA GRANDES TEMAS
Sábado, 22 de maio de 2010
PROSTITUIÇÃO. Texto de Elenilda Ferreira mostra conexão entre o sistema capitalista e a exploração do sexo

Elenilda Ferreira Bezerra *


A prostituição pode ser definida como a troca consciente de favores sexuais por interesses não sentimentais, afetivos ou prazerosos. Apesar de comumente a prostituição se constituir numa relação de troca entre sexo e dinheiro, esta não é uma regra. Pode-se trocar relações sexuais por favorecimento profissional, por bens materiais (incluindo-se o dinheiro), por informação, etc.

A prostituição é praticada mais comumente por mulheres, mas há um grande número de casos de prostituição masculina em diversos locais ao redor do mundo. A sensibilidade sobre o que se considera prostituição pode variar dependendo da sociedade, das circunstâncias onde se dá e da moral aplicável no meio em questão. A prostituição é reprovada em diversas sociedades, devido a ser contra a moral dominante, à possível disseminação de doenças sexualmente transmissíveis (DST), por causa de adultério, e pelo impacto negativo que poderá ter nas estruturas familiares (embora os clientes possam ser ou não casados).

Na cultura silvícola de algumas regiões, inclusive no interior da Amazônia, Brasil, e em algumas comunidades isoladas, onde não há a família monogâmica, não existe propriedade privada e, por conseguinte não existe prostituição: o sexo é encarado de forma natural e como uma brincadeira entre os participantes. Já onde houve a entrada da civilização ocidental o fenômeno da prostituição passa a ser observado com a troca de objetos entre brancos e índias em troca de favores sexuais.

A ONU, em 1949, denunciou e tentou tomar medidas para o controle da prostituição no mundo. Desde o início do século XX os países ocidentais tomaram medidas visando a retirar a prostituição da atividade criminosa onde se tinha inserido no século anterior, quando a exploração sexual passou a ser executada por grandes grupos do crime organizado; portanto, havia a necessidade de desvincular prostituição propriamente dita de crime, de forma a minimizar e diminuir o lucro dos criminosos. Dessa forma as prostitutas passaram a ser somente perseguidas pelos órgãos de repressão se incitassem ou fomentassem a atividade publicamente.

Com a disseminação de medidas profiláticas e de higiene e o uso de antibióticos, o controle da propagação de doenças sexualmente transmissíveis (DST) e outras enfermidades correlatas à prostituição pareciam sob controle em meados da década de 1980 no século XX. Porém, a AIDS tornou a prostituição uma prática potencialmente fatal para prostitutas e clientes, havendo no início da enfermidade uma verdadeira epidemia.

Modernamente, com as doenças sexualmente transmissíveis, entre as quais a AIDS, a prática da prostituição recebeu um golpe. Foi necessária a intervenção estatal para o controle e prevenção das doenças, que atingiram níveis de epidemia no final do século XX, início do século XXI, extinguindo boa parte da população de risco (pois são enfermidades fatais aos clientes e prostitutas).

Apesar das tentativas de órgãos de saúde pública em todo o mundo na prevenção a estas doenças, em regiões mais pobres do planeta, miséria e prostituição são palavras praticamente sinônimas. Nas regiões mais pobres a miséria, a prostituição, o tráfico de drogas e as DST se entrelaçam. No Brasil a prostituição infantil é comum nas camadas mais pobres dos grandes centros urbanos. Nas capitais do Nordeste em especial, existe o turismo sexual, onde crianças de ambos os sexos são recrutadas para satisfazer os desejos de pedófilos provindos de todas as partes do mundo, em especial dos Estados Unidos e da Europa.

Alguns países já reconhecem legalmente a prostituição como profissão, a exemplo da Alemanha. Com a popularização dos meios de comunicação em massa, novas formas de prostituição se verificam, como o sexo por telefone, e sites onde o sexo é vendido em filmes, imagens, web cams ao vivo, etc., criando uma nova forma da atividade: a prostituição virtual.

O aumento do tráfico de mulheres, adolescentes e crianças, em Portugal, na Europa e no mundo é bastante preocupante. Porém, pesquisas calculam que mais de 500 mil mulheres na Europa e muitos milhões no mundo sejam vítimas de tráfico. O objetivo do tráfico nem sempre é a exploração sexual das vítimas. Por vezes, são vítimas de casamentos forçados, de trabalho clandestino, de trabalho doméstico e até mesmo de escravidão. Contudo, é a exploração sexual (prostituição) o maior motivo do tráfico de mulheres.

O tráfico de mulheres resulta de uma repartição desequilibrada da riqueza mundial e colocar fim a esse fenômeno pressupõe uma reestruturação nas políticas sociais de forma a tornar o mundo mais justo e afastar a exploração capitalista que hoje domina o mundo. Fonte: revistagrandestemas. blogspot.com/.../prostituicao-texto-de-Elenilda  Ferreira...

*Aluna do I período de Letras
Postado por BLOG DO GELF grupo de estudos da linguagem da FVJ às 15:54

Comentário de Reinaldo Cantanhêde Lima
Antes de postar esta matéria, em meu Blog, perguntei a uma Pedagoga, o que ela achava sobre prostituição? Disse-me a professora,  que  prostituição é profissão de preguiçosos, invejosos  que querem usufruir daquilo que não podem compra e, sendo pessoas sem nenhum principio, colocam o seu próprio corpo a venda. Outra pessoa ali presente, disse: que pode ser uma situação circunstancial, pobreza etc.  Concordando com a primeira resposta e, remetendo-me aos escritos de Augusto Cury, em livro áudio Treinando a Emoção - deixo aqui uma pergunta, prostituir-se é uma doença curável? Fiquei chocado com sena da novela “Fina Estampa”,  papel apresentado pelos personagens: Dagmar a empregada de um  Bar, de propriedade de Guaraci e o conflito  com o seu filho Leandro.

Na condição de leitor assíduo do Psiquiatra Augusto Cury e, embasado em pesquisas científicas, realizada em 1986, em Illinois cito a de    Gottman, Ph.D., e de De Claire, psicólogos do desenvolvimento da criança, somados aos escritos de Içami Tiba, foram suficientes para encorajar e determinar fosse elaborado uma  Proposta de Educação Familiar. Para tratar de pessoas. Tratar para inseri no mercado produtivo, em especial aos usuários dos programas compensatórios do governo federal, bolsa família e outros.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

BEM PRÓXIMO DO PALÁCIO DO PLANALTO CERCA DE 400 PROJETOS, DIRETA OU INDIRETAMENTE LIGADOS Á QUESTÃO DAS DROGAS, AGUARDAM A CHANCE DE ENTRAR NA PAUTA DE VOTAÇÕES.

Bem próximo ao Palácio do Planalto, onde a presidenta despacha, o Congresso tem registrado muita letra e pouco efeito prático a respeito do tema: cerca de 400 projetos, direta ou indiretamente ligados à questão das drogas, aguardam a chance de entrar na pauta de votações. E foi para fazer frente à essa realidade, e entrar em sintonia com as ações governamentais que uma comissão especial criada na Câmara se propôs durante esta legislatura a promover estudos, propor políticas públicas e elaborar projetos legislativos “destinados a combater e prevenir os efeitos do crack e de outras drogas ilícitas”. Na reta final da legislatura, com as atenções de governistas e oposicionistas voltadas para temas como Desvinculação das Receitas da União (DRU) e Orçamento Geral da União, quase nenhuma atenção foi dada ao assunto.

A comissão foi instalada nos primeiros instantes da legislatura, e teve sua composição definida em 29 de março de 2011 – entre titulares e suplentes, são 56 parlamentares. Suprapartidária, teve seus postos de comando preenchidos por Reginaldo Lopes (PT-MG), presidente; Wilson Filho (PMDB-PB), 1º vice-presidente; João Campos (PSDB-GO), 2º vice-presidente; e Iracema Portella (PP-PI), 3ª vice-presidenta. A relatoria da comissão, de caráter temporário, coube ao deputado Givaldo Carimbão (PSB-AL). Com 346 páginas, o relatório foi levado ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), no último dia 14, por Reginaldo Lopes. O colegiado recebeu de seus criadores a alcunha de Cedroga.
Confira o resultado dos trabalhos da comissão especial

Para um dos membros da comissão, a questão das drogas teve percurso similar àquele registrado no final dos anos 1980, em que a AIDS surgiu como um fantasma na vida da sociedade brasileira, um tabu a ser assimilado e vencido: tal como a epidemia, só foi tratada com a devida preocupação quando se intensificou no seio das mais variadas esferas da população. Afinal, trata-se de problema de saúde pública que não escolhe credo, cor ou posição social.

“Eu nunca vi um momento tão propício para discutir essa questão como estou vendo nesse mandato. Por quê? Porque o crack chegou à casa de todo mundo, ou chegou perto da casa. [A droga] passou a ser uma questão não só de vulnerabilidade dos pobres, passou a ser uma questão geral. Isso mexeu com o Parlamento, com o Executivo. Isso abriu a possibilidade de o Brasil fazer essa grande discussão”, declarou Carimbão, com 38 anos de mandato parlamentar – três de vereador e quatro de deputado federal –, 25 dos quais dedicados aos usuários de droga.

Fundador do Lar Sagrado Coração de Jesus, em Maceió, em 1989, Carimbão diz que cola de sapateiro e maconha, drogas muito menos danosas que o crack, eram “o problema a ser enfrentado” naquela época. “Cocaína e seus assemelhados eram drogas para pessoas de elevado poder aquisitivo. Como não houve a devida atenção por partes dos poderes constituídos, outras drogas foram surgindo, com alto poder danoso e que rondam as nossas ruas nos dias atuais”, disse o deputado alagoano em seu relatório, com críticas às “interpretações equivocadas” do Estatuto da Criança e do Adolescente.  Fonte: Congresso em foco

Comentário de Reinaldo Cantanhêde Lima

Minha opinião a respeito dos projetos que buscam solucionar ou pelo menos,  amenizar transtornos causados pelo uso e abuso de drogas, ocorre em razão, de estarmos adormecidos aos braços do fracasso, esperando que apareça novamente quem possa multiplicar pães, ressuscitar mortos, fazer aleijados correrem e cegos enxergarem. É claro que  tudo que o povo quer o governo faz, exemplifico: festivais juninos, futebol, festivais carnavalescos etc.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

VOCÊ ACREDITA EM DEUS?

VOCÊ  ACREDITA EM DEUS?
Einstein quando perguntado se acreditava em Deus, respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens.”

DEUS SEGUNDO SPINOZA

“Pára de ficar rezando e batendo o peito! O que eu quero que faças é que saias pelo mundo e desfrutes de tua vida.

Eu quero que gozes, cantes, te divirtas e que desfrutes de tudo o que Eu fiz para ti.

Pára de ir a esses templos lúgubres, obscuros e frios que tu mesmo construíste e que acreditas ser a minha casa.


Minha casa está nas montanhas, nos bosques, nos rios, nos lagos, nas praias. Aí é onde Eu vivo e aí expresso meu amor por ti.

Pára de me culpar da tua vida miserável: Eu nunca te disse que há algo mau em ti ou que eras um pecador, ou que tua sexualidade
fosse algo mau.


O sexo é um presente que Eu te dei e com o qual podes expressar teu amor, teu êxtase, tua alegria. Assim, não me culpes por tudo
o que te fizeram crer.

Pára de ficar lendo supostas escrituras sagradas que nada têm a ver comigo. Se não podes me ler num amanhecer, numa paisagem,
no olhar de teus amigos, nos olhos de teu filhinho... Não me encontrarás em nenhum livro!
Confia em mim e deixa de me pedir. Tu vais me dizer como fazer meu trabalho?

Pára de ter tanto medo de mim. Eu não te julgo, nem te critico, nem me irrito, nem te incomodo, nem te castigo. Eu sou puro amor.

Pára de me pedir perdão. Não há nada a perdoar. Se Eu te fiz... Eu te enchi de paixões, de limitações, de prazeres, de sentimentos, de necessidades, de incoerências, de livre-arbítrio. Como posso te culpar se respondes a algo que eu pus em ti?


Como posso te castigar por seres como és, se Eu sou quem te fez? Crês que eu poderia criar um lugar para queimar
a todos meus filhos que não se comportem bem, pelo resto da eternidade? Que tipo de Deus pode fazer isso?

Esquece qualquer tipo de mandamento, qualquer tipo de lei; essas são artimanhas para te manipular, para te controlar,
que só geram culpa em ti.

Respeita teu próximo e não faças o que não queiras para ti. A única coisa que te peço é que prestes atenção a tua vida,
que teu estado de alerta seja teu guia.

Esta vida não é uma prova, nem um degrau, nem um passo no caminho, nem um ensaio, nem um prelúdio para o paraíso.
Esta vida é o único que há aqui e agora, e o único que precisas.

Eu te fiz absolutamente livre. Não há prêmios nem castigos. Não há pecados nem virtudes. Ninguém leva um placar.


Ninguém leva um registro.
Tu és absolutamente livre para fazer da tua vida um céu ou um inferno.
Não te poderia dizer se há algo depois desta vida, mas posso te dar um conselho. Vive como se não o houvesse.


Como se esta fosse tua única oportunidade de aproveitar, de amar, de existir. Assim, se não há nada,
terás aproveitado da oportunidade que te dei.


E se houver, tem certeza que Eu não vou te perguntar se foste comportado ou não. Eu vou te perguntar se tu gostaste,


se te divertiste... Do que mais gostaste? O que aprendeste?

Pára de crer em mim - crer é supor, adivinhar, imaginar. Eu não quero que acredites em mim. Quero que me sintas em ti.


Quero que me sintas em ti quando beijas tua amada, quando agasalhas tua filhinha, quando acaricias
teu cachorro, quando tomas banho no mar.

Pára de louvar-me! Que tipo de Deus ególatra tu acreditas que Eu seja? Me aborrece que me louvem Me cansa que agradeçam.


Tu te sentes grato? Demonstra-o cuidando de ti, de tua saúde, de tuas relações, do mundo.
Te sentes olhado, surpreendido?... Expressa tua alegria! Esse é o jeito de me louvar.

Pára de complicar as coisas e de repetir como papagaio o que te ensinaram sobre mim. A única certeza é que tu estás aqui,
que estás vivo, e que este mundo está cheio de maravilhas. Para que precisas de mais milagres?
Para que tantas explicações?


Não me procures fora! Não me acharás. Procura-me dentro... aí é que estou, batendo em ti.

Abimael Costa Perfil II
28 de Dezembro de 2011 15:15
VIA: Vera Nunes Mus si
https://www.facebook.com/veranunesmussi
https://www.facebook.com/groups/grupodefilosofia/permalink/269631266427587/NO GRUPO: FILOSOFIA

Organizador:  Reinaldo Cantanhêde Lima

Baruch Spinoza.
 
Vera Nunes Mus si

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Jesus veio

Elucidações de Emmanuel
Ano 5 - N° 240 - 18 de Dezembro de 2011
 Jesus veio

“Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens.” — Paulo. (FILIPENSES, capítulo 2, versículo 7.)
 
Muitos discípulos falam de extremas dificuldades por estabelecer boas obras nos serviços de confraternização evangélica, alegando o estado infeliz de ignorância em que se compraz imensa percentagem de criaturas da Terra. Entretanto, tais reclamações não são justas.
Para executar sua divina missão de amor, Jesus não contou com a colaboração imediata de Espíritos aperfeiçoados e compreensivos e, sim, “aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens”.

Não podíamos ir ter com o Salvador, em sua posição sublime; todavia, o Mestre veio até nós, apagando temporariamente a sua auréola de luz, de maneira a beneficiar-nos sem traços de sensacionalismo.

O exemplo de Jesus, nesse particular, representa lição demasiado profunda.
Ninguém alegue conquistas intelectuais ou sentimentais como razão para desentendimento com os irmãos da Terra.

Homem algum dos que passaram pelo orbe alcançou as culminâncias do Cristo. No entanto, vemo-lo à mesa dos pecadores, dirigindo-se fraternalmente a meretrizes, ministrando seu derradeiro testemunho entre ladrões.

Se teu próximo não pode alçar-se ao plano espiritual em que te encontras, podes ir ao encontro dele, para o bom serviço da fraternidade e da iluminação, sem aparatos que lhe ofendam a inferioridade.

Recorda a demonstração do Mestre Divino.
Para vir a nós, aniquilou a si próprio, ingressando no mundo como filho sem berço e ausentando-se do trabalho glorioso, como servo crucificado.

Do cap. 8 do livro Caminho, Verdade e Vida, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.


terça-feira, 27 de dezembro de 2011

GAYS, LÉSBICAS E TRANSEXUAIS

O que faz uma mulher ser mulher e um homem ser homem? Ser gay é mesmo uma escolha? Porque as lésbicas preferem mulheres? Como os transexuais conseguem ter um pé em cada lado da cerca? Você é do jeito que é porque teve uma mãe dominadora e um pai frio e ausente?

Neste capítulo vamos ver o que acontece quando o feto recebe hormônio masculino demais ou de menos.

OS HORMÔNIOS EM AÇÃO

Pesquisas demonstram que o padrão básico de formação do corpo e do cérebro do feto da espécie humana é feminino. Disso resultam algumas características femininas sem função encontradas nos homes – mamilos, por exemplo. Eles têm também glândulas mamárias que não entram em funcionamento, mas conservam a capacidade de produzir leite.

Conforme já dissemos, entre seis e oito semanas depois da concepção, o feto do sexo masculino (XY) recebe uma dose maciça de hormônios chamados androgênios que, primeiro, formam os testículos e, num segundo momento, alteram o cérebro de um formato feminino para uma configuração masculina, Quando esse feto não recebe na época certa a quantidade suficiente de hormônio, duas coisa podem ocorrer> Primeiro, nascer um menino com um cérebro estruturalmente mais feminino que masculino e que provavelmente vai se descobrir gay na adolescência.

Segundo, um bebê geneticamente do sexo masculino, com os genitais correspondentes e o funcionamento do cérebro inteiramente feminino – um transexual. Biologicamente tem um sexo, mas sabe que pertence ao outro. Às vezes, o bebê geneticamente masculino nasce com genitais de ambos os sexos.  A geneticista Anne Moir, em seu revolucionário livro Brainsex, apresenta muitos casos de bebês geneticamente masculinos que, ao nascer, pareciam meninas e foram criados como tal até que, na puberdade, o  pênis e os testículos “apareceram”

Essa particularidade genética foi descoberta na República Dominicana, e um estudo com os pais dessas “garotinhas” mostra que foram criadas como meninas e estimuladas a adotar comportamentos estereotipados, como usar vestido e brincar de boneca. Muitos desses pais ficaram chocados ao descobrir que tinham um filho. Na puberdade os hormônios do verdadeiro sexo passaram a predominar e suas “filhas”, de repente, tinham pênis, aparência e atitudes tipicamente masculinas.

A mudança aconteceu apesar do condicionamento e pressões sociais para par um comportamento feminino. O fato de a maioria dessas “meninas” cumprirem bem o papel masculino pelo resto de suas vidas demonstra que o ambiente e a educação tiveram pouca influência. A biologia foi, claramente, fator-chave na criação do padrão de comportamento.

HOMOSSEXUALIDADE É PARTE DA HISTÓRIA

Na Grécia antiga, o homossexualismo masculino era não só permitido como altamente respeitado. O cristianismo veio condenar o relacionamento entre pessoas do mesmo sexo, fazendo com que o homossexualismo fosse banido.
Na era vitoriana, até a existência da homossexualidade era negada.se descoberta, era considerado  obra do diabo e punida com severidade. Mesmo as portas do século XXl, as gerações mais antigas ainda acreditam que o homossexualismo seja um fenômeno “antinatural”. Ele, na verdade, sempre esteve presente desde que o feto do sexo masculino deixou de receber a dose necessária de hormônio. A palavra “lesbianismo” vem da ilha grega de Lesbos e surgiu em 612 a. C. A homossexualidade feminina não é vista com tanto preconceito quanto a masculina, provavelmente porque está mais associada à intimidade do que ao que se considera “perversão
 É UMA QUESTÃO DE GENÉTICA OU DE ESCOLHA?

A geneticista Anne Moir apareceu na televisão britânica em 1991 e revelou os resultados de sua pesquisa, que confirmam o que os cientistas já sabiam há anos: a homossexualidade é genética, não depende de escolha.

Duas constatações: o homossexualismo é principalmente inato e o ambiente exerce um papel muito menos importante do que se pensava na determinação do nosso comportamento sexual.
Fonte: Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor – Alan e Barbara Pease. Páginas: 115 a 117 – capítulo 8

Comentário de Reinaldo Cantanhêde Lima

Este espaço foi criado com o objetivo, fomentar a política de Educação Familiar, como prevenção ao uso e abuso de Drogas, e Lutar pela Implantação do CAPS ad. ll, para tratar da dependência química. A nossa sugestão coloca para ser estudado (09) nove tópicos, entre os autores estudados para o embasamento da referida proposta, está a publicação em comento: Por que o homem faz sexo e a mulher faz amor.

Sendo a nossa visão, poder contribuir para a depuração humana, tanto é que, rotulo-me como educador alternativo, nesta publicação aponto o tema acima mencionado: gay, lésbicas e transexuais, esse assunto está abordado nesta publicação de Alan e Barbara Pease nas páginas: 105 a 124. São constatações científicas, bases de nossas propostas voluntárias. O nosso compromisso, é dar segurança sobre o que publicamos!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Reis Magos, santos esquecidos dentro das tradições do Natal

Por:Armando Gimenez

Das figuras bíblicas mais intimamente ligadas à tradição religiosa do povo destacam-se os Reis Magos, ou melhor, os Santos Reis uma vez que a hagiologia romana considera-os bem aventurados.

O simbolismo dos Reis Magos é amplo e emprestam-lhes os exegetas as mais diversas interpretações. Estão ligados intimamente às festas do Natal e deles nasceu, praticamente, a tradição do Papai Noel, pois os presentes dados nessa ocasião reproduzem que os magos do Oriente, depois de cumprida a rota que lhes indicava a estrela de Belém, prestaram a Jesus na gruta onde ele nascera.

As referências bíblicas são vagas e o episódio quase passa despercebido dos evangelistas, mas as contribuições da tradição patriática são muitas e, como elas têm força de fé e verdade, nelas devemos buscar grande parte das coisas que se contam dos santos Belchior, Gaspar e Baltazar já referidos pelos profetas do Velho Testamento, que vaticinavam a homenagem dos Reis ao humilde filho de Davi que deveria nascer em Belém.
De onde vieram e o que buscavam, pouca gente sabe. Vinham do Oriente e Baltazar, o mago negro talvez viesse de Sabá (terra misteriosa que seria o sul da Península Arábica ou, como querem os etíopes, a Abissínia). Simbolizam também as três unicas raças bíblicas, isso é, os semitas, jafetitas e camitas. Uma homenagem, pois, de todos os homens da Terra ao Rei dos Reis.

Eram magos, isto é, astrólogos e não feiticeiros. Naquele tempo a palavra mago tinha esse sentido, confundindo-se também com os termos sábio e filósofo. Eles prescrutavam o firmamento e sentiram-se chocados com a presença de um novo astro e, cada um deles, deixando suas terras depois de consultar seus pergaminhos e papiros cheios de palavras mágicas e fórmulas secretas, teve a revelação de que havia nascido o novo Rei de Judá e, que ele, como soberano, deveria, também, prestar seu preito ao menino que seria o monarca de todos os povos, embora o seu Reino não fosse deste mundo.

O simbolismo dos presentes

Conta ainda a tradição que, ao chegar a Canaã, indagaram os Magos onde havia nascido o novo Rei de Judá. Essa pergunta preocupou Herodes, que hoje seria considerado um quisting a serviço dos romanos, e que reinava na Judéia.

Os representantes do Império preocupavam-se com o aparecimento de um novo lider do povo de Israel. A revolta dos macabeus ainda não fora esquecida e o povo oprimido esperava, ansioso, pela vinda do Messias que iria libertar o Povo de Deus e cumprir a palavra do salmista: "Disse o Senhor ao meu Senhor — senta-te à minha direita até que ponho os teus amigos como escarbelo aos teus pés".

Os magos procuram — conforme conselho de Herodes — o novo Rei para render-lhe homenagem e para informar o representante romano do lugar onde nascera o Messias a fim de, com falso preito, sequestrá-lo.

No presépio encontramos apenas os animais e os pastores e, inspirados pelo Espírito Santo, curvaram-se diante do filho do carpinteiro de Nazaré e depositaram, ao pé da mangedoura que lhe servia de berço, os presentes: ouro, incenso e mirra, isto é prendas que simbolizavam a realeza, a divindade e a imortalidade do novo Rei, e grão de areia que cresceria e derrubaria o ídolo de pés de barro (simbolo das grandes potências que se sucederam no domínio do mundo), do sonho de Nabucodonosor decifrado pelo profeta Daniel.

Símbolos da humildade

Na tradição cristã os três Reis Magos simbolizavam os poderosos que deveriam curvar-se diante dos humildes na repetição real do canto da Virgem Maria à sua prima Isabel, e "Magnificat", pois sua alma rejubilava-se no Senhor, que exaltaria os pequenos de Israel e humilharia os poderosos.

A igreja cultua os Reis Magos dentro desse simbolismo. Representam os tronos, os potentados, os senhores da Terra que se curvara diante de Cristo, reconhecendo-lhe a divina realeza. É a busca dos poderosos que vêem em Belchior, Gaspar e Baltazar o exemplo de submissão aos designios de Deus e que devem, como os magos, despojar-se de seus bens e depositá-los aos pés dos demais seres humanos, partilhando sua fortuna como dignos despenseiros de Deus.

Os presentes de Natal também têm esse sentido. São as ofertas dos adultos à criança que com a sua pureza representa Jesus. Alguns, dão a essas festas um sentido mitológico pagão, buscando nas cerimônias dos druidas, dos germânicos ou saturnais romanas a pompa das festas natalinas que culminam com a Epifania.

A Bifana

A palavra epifania, usada também como nome de mulher, deu origem a uma corruptela dialetal do sul da Itália, levada depois a Portugal e Espanha, a Bifana. A Bifana, segundo a lenda, era uma velha que, no dia de Reis, saía pelas ruas da cidades a entregar presentes aos meninos que tivessem sido bons durante o ano que findara. Estava intimamente ligada às tradições dos povos mediterrâneos e mais próxima do significado litúrgico das festas natalícias. Os presentes eram somente dados no dia 6 de janeiro e nunca antes. Tanto assim é, que nós mesmos, no Brasil, na nossa infância, recebíamos os presentes nesse dia. Depois, com a influência francesa e inglesa em nossas tradições a Epifania ou Bifana foi substituída pelo Papai Noel, a quem muitos estudiosos atribuem uma origem pagã e outros, para disfarçar o sentido comercial da sua presença no dia de Natal, confundem com São Nicolau.

Hoje, o Santos Reis já não são lembrados. O presépio praticamente não existe e só neles é que podemos ver os Magos de Oriente apresentados. A árvore de Natal, pinheiro que os druidas e os feutos enfeitavam para agradar o terrível deus do inverno Hell, substituíria a representação do nascimento de Jesus, introduzida no costume dos povos por São Francisco de Assis. A festa da Epifania, dia de guarda no calendário litúrgico, já não mais é respeitada e com ela desaparecerem outras tradições da nossa gente, trazidas da Peninsula Ibérica pelos nossos antepassados, como a folia de Reis, Reizados e tantos outros autos folclóricos, cultuados em poucas regiões do país.


Gimenez, Armando. "Reis Magos, santos esquecidos dentro das tradições do Natal". Diário de São Paulo, São Paulo, 5 de janeiro 1958
Cortesia do site Jangada Brasil - www.jangadabrasil.com.br Especial de Natal - Ano VI - Edição 61 - Dezembro 2003
Jangada Brasil é uma revista exclusivamente online, e tem como objetivo divulgar a cultura popular brasileira e suas diversas formas de expressão








Fonte: Portal Da Família
Divulgue este artigo para outras famílias e amigos.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Como surgiram os presépios

Flávio Sampaio de Paiva *
Perguntei a um especialista em línguas: O que é o presépio? Ele respondeu-me:

Presépio é uma obra de arte sacra, composta de figuras de materiais diversos, que representa o estábulo de Belém e as cenas relacionadas com o nascimento de Jesus. Contém a representação da manjedoura (cocho) em que Jesus foi posto ao nascer.

A palavra presépio vem do latim praesepium, que por sua vez vem de prae - "antes", "na frente de" - e de saepes - "sebe", "cerca", "grade" -. O significado original dessa palavra era, pois, o de um recinto fechado onde se encerravam os animais: um curral, uma estrebaria. E como os animais confinados no curral precisavam comer, o significado dessa palavra estendeu-se também ao lugar em que os animais comem, à manjedoura.

Perguntei a um crítico de arte brasileiro: O que é o presépio? E ele respondeu-me:

Os cristãos celebram o Natal desde fins do século III, quando já peregrinos se dirigiam ao local de nascimento de Cristo, a gruta de Belém. No século seguinte, a cena da Natividade aparece em relevos de sarcófagos, instrumentos litúrgicos ou afrescos, que mos­tram a Virgem Maria, a Adoração dos Reis Magos e o Menino a repousar na manjedoura.

A primeira dessas imagens de que se tem notícias foi esculpida em um sarcófago do século IV, e encontra-se hoje no Museu das Termas, em Roma. É um baixo-relevo em que uma árvore faz o papel de cabana, um pastor medita apoiado em um bastão, o Meni­no está em um cocho rústico envolto em panos, ladea­do por um burro e um boi.

Bem depois, em 1223, na Itália, ocorre um fato marcante na história dos presépios. São Francisco de Assis, em vez de festejar a noite do Natal na igreja, como se fazia habitualmente, decidiu levar uma manjedoura, um boi, um burro e outros elementos do pre­ sépio a uma gruta nos arredores da cidadezinha de Greccio, fazendo uma representação ao vivo da cena. Assim, Francisco ganhou a fama de ter criado o presépio, embora somente séculos mais tarde os presépios tenharn adquirido a forma atual.

No século XV, passou a haver representações do Natal em forma de esculturas, muitas vezes em tama­nho natural, expostas em oratórios (capelas) nas igrejas. Sempre havia ai uma preocupação didática: pretendia-se que os espectadores, ao olharem o presépio, tivessem a sensação de estar penetrando no palco da História Sagrada.

No século seguinte, as figuras libertam-se das capelas e começam a aparecer soltas, em grupos. Nasce assim o presépio como o concebemos hoje: capaz de ser modificado por cada artista que o constrói ou por cada pessoa que o monta, em sua casa, ano após ano. Aliás, a graça do presépio está em ser criativo, tornan do cada um deles diferente, pessoal e único. O primeiro presépio deste tipo que se conhece em uma casa privada foi provavelmente elaborado em 1567: sabemos pelo seu testamento que a Duquesa de Amalfi, Constanza Piccolomini, possuía dois baús com 116 figuras, utilizadas para representar o Nascimento e a Adoração dos Reis Magos.

No século XVIII, conventos e cortes dedicaram-se à construção de presépios. Em Nápoles, Carlos III, rei das Duas Sicílias, investiu fortunas para construir presépios de madeira talhada ou pedra esculpida com um enorme número de personagens coloridos e cenas da vida popular; daí proveio a tradição dos presépios napolitanos.

Se Nápoles, Sicília, Munique e a região alpina alemã estabeleceram uma tradição em presépios, o Brasil não ficou atrás. Já em 1532, o padre José de Anchieta, ajudado pelos índios, modelava em barro pequenas figuras representando o presépio, com o propósito de inculcar nos indígenas a tradição de honrar o Menino Jesus no dia de Natal. Mais tarde, começaram a aparecer cenas com características nacionais, como lavadeiras que carregavam trouxas, fazendeiros que cuidavam de animais, mulheres que davam milho a galinhas, monjolos, montes, árvores da terra e igrejinhas iluminadas.
No século XX, surgem legítimos representantes nacionais da arte do presépio. Um caso é o presépio do Pipiripau, em Belo Horizonte, com quarenta e duas cenas. Outro destaque é o trabalho das figureiras do Vale do Paraíba, em São Paulo, principalmente Taubaté. E como esquecer o mestre Vitalino de Caruaru, Pernambuco, com as suas pequenas figuras modeladas em barro? E as obras realizadas em São Paulo por Evarista Ferraz Salles, pioneira no Brasil em trabalhos de artesanato de palha, milho e bucha, com os seus presépios dentro de cabaças, que são reconhecidos nacional e internacionalmente? [1]

Perguntei a um teólogo: O que é o presépio? Ele respondeu-me sabiamente:

A festa de Natal ocupa um lugar muito especial no coração dos cristãos. Possui um brilho e um calor humano que nos comovem mais do que qualquer outra cristã.

Muito desse encanto se deve a São Francisco de Assis e à famosa celebração do Natal em Greccio, no de 1223. Essa celebração contribuiu decisivamente para que se desenvolvesse e se estendesse o formosíssimo costume de montar presépios para comemorar o evento. 

Tomás de Celano, o primeiro biógrafo de São Francisco, relata-nos: "Celebrava com incrível alegria, mais que nenhuma outra solenidade, o Natal do Menino Jesus, pois afirmava que era a festa das festas, em Deus, feito um menino pobrezinho, pendeu de tos humanos. Beijava como um esfomeado as imagens dessa criança, e a derretida compaixão que tinha coração pelo Menino fazia com que balbuciasse palavras doces, como uma criancinha. Para ele, esse me era como um favo de mel nos seus lábios" [2]. 

São Francisco tinha um amor imenso por Jesus, Deus-conosco, que o levou a visitar a Terra Santa e a relíquia da manjedoura em que Jesus teria sido posto ao nascer, e que hoje se encontra em Santa Maria Maior, em Roma. Essas viagens podem tê-lo animado a montar a celebração de Greccio. Mas, sem dúvida, o que mais influiu nele foi o desejo de viver com maior realismo e proximidade o nascimento de Jesus.

Havia naquela cidade um homem chamado João, "de boa fama e vida ainda melhor, por quem São Francisco tinha especial amizade", e a quem o santo encarregou de preparar a representação da cena, dizendo-lhe: "Quero evocar o menino que nasceu em Be­lém, os apertos que passou, como foi posto num presépio, e ver com os meus próprios olhos como ficou em cima da palha, entre o boi e o burro"[3].

Já na véspera do Natal, o povo aproximou-se, alegre com a expectativa de ver o mistério representado ao vivo. Os frades cantavam, dando louvores ao Senhor. A missa de Natal foi celebrada ali mesmo, e diz-se que o sacerdote que a celebrou sentiu uma piedade que jamais experimentara até então. São Francisco, que era diácono, cantou com voz sonora o santo Evangelho. Depois pregou ao povo presente, dizendo coisas maravilhosas sobre o nascimento do Rei pobre e sobre a pequena cidade de Belém [4].

O cardeal Ratzinger, antes de tornar-se Papa, comentou a nova dimensão que São Francisco tinha outorgado à festa cristã do Natal. A descoberta da revelação do «Emanuel», Deus-conosco, realizada no Menino Jesus, penetra profundamente nos corações dos cristãos, porque nenhum obstáculo de sublimidade ou de distância nos separa mais dEle. Como menino, aproximou-se tanto de nós que podemos tratá-lo sem receio, com simplicidade e total confiança:
"No Menino Jesus, torna-se patente, mais que em nenhuma outra parte, o amor indefeso de Deus: Deus vem sem armas, pois não pretende assaltar de fora, mas conquistar de dentro, e a partir daí transformar-nos. Se algo pode desarmar e vencer os homens, a sua vaidade, a sua sede de poder ou a sua violência, assim como a sua cobi­ça, é a fragilidade de um menino. Deus escolheu essa fragilidade para nos vencer e para tornar-nos conscientes do que realmente somos. [...]

"Quem não entendeu o Mistério do Natal não entendeu o que é mais decisivo e fundamental no ser cristão. Quem não o aceitou, não pode entrar no reino dos céus. Isso é o que Francisco pretendia recordar à cristandade da sua época e à de to­dos os tempos posteriores"[5].
Podemos ainda perguntar-nos: Por que o boi e o asno fazem parte do presépio desde o começo? Novamente é o cardeal Ratzinger quem nos responde:
"O boi e o asno não são mera produção da fantasia. Converteram-se, pela fé da Igreja, [...] nos acompanhantes do acontecimento natalino.
Com efeito, em Isaías 1,3 diz-se concretamente: «O boi conhece o seu dono, e o asno o presépio do seu amo, mas Israel não entende, o meu povo não tem conhecimento».

"Os Padres da Igreja viram nessas palavras uma profecia que apontava para o novo povo de Deus, a assembleia dos judeus e dos cristãos. Diante de Deus, todos os homens, tanto judeus como pagãos, eram como bois e asnos, sem razão nem conhecimento. Mas o Menino, no presépio, abriu-lhes os olhos, de maneira que agora reconhecem a voz do seu dono, a voz do seu Senhor.

"Nas representações medievais do Natal, não deixa de causar estranheza o fato de esses animais chegarem a ter rostos quase humanos e a prostrar-se e inclinar-se perante o mistério do Menino, como se o entendessem e o estivessem adorando. Mas isso era lógico, uma vez que esses dois animais eram como símbolos proféticos sob os quais se oculta o mistério da Igreja, o nosso mistério, já que nós somos boi e asno diante do Eterno, boi e asno cujos olhos se abrem na noite de Natal, de forma que, no presépio, reconhecem o seu Senhor. [...]

"Quando colocamos as figuras que nos são fa­miliares no presépio, devemos pedir a Deus que conceda aos nossos corações a simplicidade que sabe descobrir o Senhor no Menino, tal como Francisco na sua época. Então poderemos experi­mentar o que nos conta Celano acerca dos partici­pantes da celebração de Greccio com umas pala­vras muito parecidas às de São Lucas a propósito dos pastores da primeira noite de Natal (Lc 2, 20): «Todos regressaram para suas casas repletos de alegria»"[6].

Depois de perguntar aos entendidos, resolvi perguntar a uma criança: O que é o presépio? Ela simplesmente me respondeu:
E o lugar onde Deus nasce.
 
Perguntei também a um escritor de contos: O que é o presépio? Ele respondeu-me:
É o lugar ideal para voltarmos a ser crianças e deliciar-nos com os sonhos de Deus. É a inspiração indispensável para escrever e ler contos de Natal.
 
[1] Cfr. Oscar D'Ambrósio, A arte dos presépios .
[2] Tomás de Celano, "Segunda vida de Sâo Francisco, em Fontes
nciscanas, 9 a ed., Vozes/FFB, Petrópolis, 2000, n 199.
[3] Tomás de Celano, "Primeira vida de São Francisco", em Fontes franciscanas , n. 84. F omes
[4] Cfr. ibid ., ns. 85-86.
[5] Joseph Ratzinger, El rostro de Dios , Ediciones Sígueme, Sala-1983, págs. 19-25.
[6] Ibid.

Presépio Napolitano
Exemplo de presépio napolitano

Presépio do Pipiripau

O Presépio do Pipiripau, um dos mais tradicionais de Minas Gerais, no Museu de História Natural e Jardim Botânico da UFMG, em Belo Horizonte-MG. O presépio feito pelo artesão Raimundo Machado, em 1906, ocupa uma área de 20 metros quadrados e narra a vida de Cristo. Os interessados em conhecer a obra devem agendar visita pelo site www.mhnjb.ufmg.br.

* Esse texto é parte do livro O Presépio das Crianças , do Padre Flávio Sampaio de Paiva, publicado pela Editora Quadrante.
 
Publicado no Portal da Família em 22/12/2011
 
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Presidenta Dilma pede compromisso no cadastramento de catadores e moradores de rua

MDS assinou convênios para investir R$ 19 milhões na organização de entidades de coleta
seletiva e reciclagem. Oito mil catadores serão incluídos economicamente no país

A presidenta Dilma Rousseff reafirmou nessa quinta-feira (22), em São Paulo, durante a celebração do Natal dos Catadores, seu compromisso com os trabalhadores da cadeia de recicláveis e a população em situação de rua. Após ouvir reivindicações de representantes do público do Plano Brasil Sem Miséria, ela prometeu dar continuidade às políticas sociais, ambientais e de inclusão econômica e segurança pública iniciadas no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ana Nascimento/MDS

Dilma Rousseff e Tereza Campello participam do Natal dos catadores


Brasil Sem Miséria – O Plano Brasil Sem Miséria prevê a capacitação de trabalhadores da reciclagem e tem a meta de incluir 280 mil catadores até 2014

ParceriasPara atendimento especializado de situações de violência, adolescentes em conflito com a lei e violação de direitos, parceiros do MDS, como o Ministério Público, a Defensoria Pública e conselhos tutelares, já se dispuseram a prestar serviços em conjunto, disse Denise Colin.
Thiago Guimarães/Se com 
      
Tereza Campello participa do lançamento da Bolsa Capixaba
 
Primeiro estado a firmar parceria com o Plano Brasil Sem Miséria, o governo do Espírito Santo promoveu, na tarde dessa terça-feira (20), a entrega simbólica do primeiro cartão do Incluir, programa de combate à pobreza, conhecido como Bolsa Capixaba. A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, esteve na solenidade, que reuniu, além do governador  Renato Casagrande, cerca de 1,5 mil convidados no Palácio Anchieta, em Vitória.

Recursos para criação, consolidação e gestão do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) foram ampliados para R$ 13,2 milhões nos próximos quatro anos. “É um valor bastante expressivo se comparado ao de hoje, que é de R$ 2,7 milhões por ano”, diz a coordenadora de Apoio à Implantação e Gestão do Sisan da Secretaria-Executiva da Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional (Caisan), Viviane Lourenço.

O Sisan é um pacto entre governos federal, estaduais e municipais para garantia do direito humano à alimentação adequada e saudável. A proposta é apoiar técnica e financeiramente todos os componentes do sistema, como câmaras intersetoriais, conselhos e conferências de segurança alimentar e nutricional.


Reinaldo Cantanhêde Lima, funcionário público estadual, Diretor do SINTSEP, Autodidata, Educador Alternativo e Mobilizador Social Blog: www.reinaldocantanhede.blogspot.com  Email: reinaldo.lima01@oi.com.br. Telefones:  (098) 3345 1298 / 3345 2120 / 9161 9826
Apoio: SINTSEP – Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado do Maranhão

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

FELICIDADE AQUI E AGORA

Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre
dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa
apoiar-se.

E que companhia nem sempre significa segurança. Começa
a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são
promessas.

Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e
olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma
criança.

Aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro
tem o costume de cair em meio ao vão.

Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.

E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...

E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai ferí-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso.

Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.

Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la...

E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida.

Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.

E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.

E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.

Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam...

Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.

Descobre
que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de
você muito depressa... por isso sempre devemos deixar as pessoas que
amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos.

Aprende
que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós
somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve
comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.

Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.

Aprende
que não importa onde já chegou, mas para onde está indo... mas, se você
não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.

Aprende
que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão... e que ser
flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não
importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo
menos, dois lados.

Aprende que heróis são pessoas que fizeram o
que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que
paciência requer muita prática.

Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.

Aprende
que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e
o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você
celebrou.

Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.

Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens...

Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.

Aprende
que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso
não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o
ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o
ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas
simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.

Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém...

Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.

Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.

Aprende
que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não
pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa
voltar.

Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.

E você aprende que realmente pode suportar...


Postado por EU, A BONITONA SEM LENCO NEM DOCUMENTO às 06:50 0 comentários 




Reinaldo Cantanhêde Lima, funcionário público estadual, Sindicalista, Autodidata, Educador Alternativo e Mobilizador Social – Blog www.reinaldocantanhede.blogspot.com Email: reinaldo.lima01@oi.com.br – Telefone: (098) 3345 1298 /3345 2120  9161 9826
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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Frei Betto: A Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hétero

por: Frei Betto, em Amai-vos

É no mínimo surpreendente constatar as pressões sobre o Senado para evitar a lei que criminaliza a homofobia. Sofrem de amnésia os que insistem em segregar, discriminar, satanizar e condenar os casais homo afetivos.

No tempo de Jesus, os segregados eram os pagãos, os doentes, os que exerciam determinadas atividades profissionais, como açougueiros e fiscais de renda. Com todos esses Jesus teve uma atitude inclusiva. Mais tarde, vitimizaram indígenas, negros, hereges e judeus. Hoje, homossexuais, muçulmanos e migrantes pobres (incluídas as “pessoas diferenciadas”…).

Relações entre pessoas do mesmo sexo ainda são ilegais em mais de 80 nações. Em alguns países islâmicos elas são punidas com castigos físicos ou pena de morte (Arábia Saudita, Irã, Emirados Árabes Unidos, Iêmen, Nigéria etc.).

No 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 2008, 27 países membros da União Européia assinaram resolução à ONU pela “despenalização universal da homossexualidade”.

A Igreja Católica deu um pequeno passo adiante ao incluir no seu Catecismo a exigência de se evitar qualquer discriminação a homossexuais. No entanto, silenciam as autoridades eclesiásticas quando se trata de se pronunciar contra a homofobia. E, no entanto, se escutou sua discordância à decisão do STF ao aprovar o direito de união civil dos homo afetivos.

Ninguém escolhe ser homo ou heterossexual. A pessoa nasce assim. E, à luz do Evangelho, a Igreja não tem o direito de encarar ninguém como homo ou hétero, e sim como filho de Deus, chamado à comunhão com Ele e com o próximo, destinatário da graça divina.

São alarmantes os índices de agressões e assassinatos de homossexuais no Brasil. A urgência de uma lei contra a homofobia não se justifica apenas pela violência física sofrida por travestis, transexuais, lésbicas etc. Mais grave é a violência simbólica, que instaura procedimento social e fomenta a cultura da satanização.

A Igreja Católica já não condena homossexuais, mas impede que eles manifestem o seu amor por pessoas do mesmo sexo. Ora, todo amor não decorre de Deus? Não diz a Carta de João (I,7) que “quem ama conhece a Deus” (observe que João não diz que quem conhece a Deus ama…).

Por que fingir ignorar que o amor exige união e querer que essa união permaneça à margem da lei? No matrimônio são os noivos os verdadeiros ministros. E não o padre, como muitos imaginam. Pode a teologia negar a essencial sacra mentalidade da união de duas pessoas que se amam, ainda que do mesmo sexo?

Ora, direis ouvir a Bíblia! Sim, no contexto patriarcal em que foi escrita seria estranho aprovar o homossexualismo. Mas muitas passagens o subtendem, como o amor entre Davi por Jônatas (I Samuel 18), o centurião romano interessado na cura de seu servo (Lucas 7) e os “eunucos de nascença” (Mateus 19). E a tomar a Bíblia literalmente, teríamos que passar ao fio da espada todos que professam crenças diferentes da nossa e odiar pai e mãe para verdadeiramente seguir a Jesus.

Há que passar da hermenêutica singulariza Dora para a hermenêutica pluraliza Dora. Ontem, a Igreja Católica acusava os judeus de assassinos de Jesus; condenava ao limbo crianças mortas sem batismo; considerava legítima a escravidão e censurava o empréstimo a juros. Por que excluir casais homo afetivos de direitos civis e religiosos?

Pecado é aceitar os mecanismos de exclusão e selecionar seres humanos por fatores biológicos, raciais, étnicos ou sexuais. Todos são filhos amados por Deus. Todos têm como vocação essencial amar e ser amados. A lei é feita para a pessoa, insiste Jesus, e não a pessoa para a lei.





FONTE: A BONITONA SEM LENÇO E SEM DOCUMENTO
POSTADO; POR REINALDO CANTANHÊDE lIMA

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

“Estamos na Terra para aprender a amar”

Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 5 - N° 240 - 18 de Dezembro de 2011
JOSÉ LUCAS
jcmlucas@gmail.com
Óbidos, Portugal
 
Padre François Brune:
“Estamos na Terra para aprender a amar”
Autor do livro “Os Mortos nos Falam”, o conhecido estudioso e
teólogo francês fala sobre suas experiências no campo das comunicações com os chamados mortos
 
O padre François Charles Antoine Brune (foto), teólogo e especialista em misticismo oriental e ocidental, sacerdote ordenado em 1960, é desde 1987 considerado um observador atento da investigação psíquica e da chamada Transcomunicação Instrumental (TCI).
 
Conferencista muito apreciado por estes e outros temas afins, é também autor de muitos livros, entre os quais "Os Mortos nos Falam” e “Linha Direta com o Além”. Graduado pela Sorbonne em Latim e Grego, com cinco anos de estudos de pós-graduação em Filosofia e Teologia no Instituto Católico de Paris e um ano adicional na Universidade de Tuebingen, na Alemanha, ele possui os mais altos graus de Teologia, Grego e Hebraico Bíblico, Hieróglifos Egípcios e Babilônicos da Assíria. E é, ainda, pós-graduado em Escrituras Sagradas pelo Instituto Bíblico de Roma.

A seguir, a entrevista que nos concedeu, em que fala sobre suas experiências no campo das comunicações com os chamados mortos:

Tem você alguma experiência pessoal com a Transcomunicação Instrumental (TCI)?

Nunca fiz nenhuma tentativa para receber, eu próprio, as vozes através da TCI. Mas assisti, frequentemente, a pesquisas feitas e estive muitas vezes presente quando as vozes se manifestaram por magnetofone (gravador) e tive também a ocasião, em Grosseto, Itália, com Marcelo Bacci, de falar diretamente com uma entidade, através do alto-falante de um aparelho de rádio.

Conheço seu livro “Os Mortos nos Falam” e um outro escrito em parceria com um professor da Sorbonne, Rémy Chauvin.

Sim, “Linha Direta com o Além” (“À l’ Écoute de l’Au-delá”). Há também uma tradução em castelhano.

E tem também uma em português… Quem é que se comunica através dos médiuns ou pela TCI? São pessoas falecidas?

Penso que a maior parte das vezes comunicamo-nos com os mortos, que vivem agora numa outra dimensão. Mas por vezes temos tido contactos também com extraterrestres, creio eu, até porque muitos pesquisadores o afirmam. Parece-me também possível o contacto com energias, simplesmente, como por exemplo no caso de Manfred Boden.

Vou fazer-lhe uma pergunta que poderá parecer provocatória: não será um paradoxo para um padre católico a Igreja Católica acreditar que Jesus se fez homem para salvar a Humanidade? Ora, se há Humanidade ou seres inteligentes noutros planetas, é porque a Humanidade não está só na Terra. Como fica então a teologia católica?

Para mim, isso não é nenhum problema, pois não posso falar em nome da teologia católica, até porque não há sobre isso qualquer posição oficial. Apenas posso dar a minha opinião pessoal. O que penso é que todos esses planetas, todos esses mundos, todos esses seres inteligentes foram criados pelo mesmo Deus – não há outro – e foram também criados pelo amor e, provavelmente, eles conheceram o mesmo drama da liberdade. Tenho mesmo tendência a crer que o Filho de Deus reencarnou em cada um destes mundos e que foi certamente recebido da mesma forma triunfante como o foi na Terra. Além disso, há mesmo alguns textos que parecem vir desses mundos e que afirmam isso. Tal corresponde um pouco também ao que já diziam os padres gregos nos primeiros séculos do Cristianismo: segundo a categoria da época, o Filho de Deus fez-se Homem com os Homens, Anjo com os Anjos, Arcanjo com os Arcanjos, Querubim com os Querubins e Serafim com os Serafins… É um pouco a mesma ideia, afinal!

Serão necessários novos paradigmas para que a Ciência descubra o Espírito?

Sim, creio que a Ciência deve adaptar-se a uma realidade que lhe escapa neste momento. Podemos fazer uma comparação: se eu for à pesca, para apanhar peixes tenho de lançar a linha e tenho de adaptá-la à posição do peixe. Não posso pedir ao peixe que siga o atalho que corresponde à posição da linha! As linhas são as teorias científicas para “apanhar” a realidade. Se conservo essa mesma linha, nunca conseguirei “apanhar” a tal realidade que me escapa. É, pois, necessário que a Ciência aceite mudar esses paradigmas, para se adaptar a novos níveis de realidade que de momento, repito, lhe escapam.

É verdade que no Vaticano há padres cientistas que pesquisam esta área?

Sim, tenho a certeza que existe uma pequena equipe, composta de dois ou três padres, que estão ao corrente e que conhecem estes fenômenos. Se fazem eles próprios as pesquisas, isso já não sei. Havia o padre Andreash Resh, que criou um Instituto de Parapsicologia, o Instituts für Grenzgebiete der Wissenschaft – IGW, em Innsbruck. Ele ensinou durante muitos anos os fenômenos paranormais num Instituto que dependia da Universidade Pontifical de Latrão. Ele abandonou esses cursos para se dedicar, agora, a outros trabalhos. Mas contou-me que, por vezes, alguns cardeais lhe chegaram a pedir se não poderiam obter quaisquer comunicações, por exemplo, das suas mães. (risos)

A prova científica da imortalidade será considerada uma revolução para a humanidade, como o foi a Revolução Industrial?

Sim, normalmente deveria ser até uma revolução ainda maior, mas nunca será assim, sabe? Na Idade Média, no Ocidente, todos ou quase todos acreditavam na vida eterna. E não se tornaram santos por causa disso! Continuou a haver criminosos, havia homens cheios de orgulho, homens ávidos de poder, de dinheiro… Essa verdade não fez o mundo mudar muito! Atualmente, cremos menos na vida eterna e estamos talvez mais em risco de nos tornarmos “monstros”, mas não bastará “encontrar” a vida eterna para que todos se tornem “santos”.

Dos casos que conhece, que objetivos têm os Espíritos, as pessoas falecidas, que se comunicam através da TCI ou dos médiuns? O que dizem eles?

Dois motivos fundamentais: o primeiro é o de consolar os seres queridos que deixaram na Terra e que se encontram, muitas vezes, desesperados; o segundo é o de confirmar que a vida continua imediatamente após a morte, que Deus existe – dizem-no frequentemente – que nos espera, que nos criou por amor e que todo o sentido da nossa vida na Terra é o de crescer nesse Amor!

Que outros cientistas conhece que estejam a pesquisar esta área da comunicabilidade com o mundo espiritual?

Há muitos já, atualmente! Há o Sinesio Darnell, em Espanha, o Prof. Senkowski, o Hans Otto König, temos também, na Itália, o Daniele Gullà, o Paolo Presi e ainda mais, no Brasil, em França… Infelizmente, não há um nível científico muito elevado, em França, nesse campo. Seria preciso muito mais. Creio que o melhor trabalho está a ser feito, atualmente, em Itália. Houve resultados extraordinários com Adolf Holmes, na Alemanha, mas esse não era um pesquisador, era alguém que recebia uma grande quantidade de mensagens, de comunicações, mas que não tinha formação científica para fazer pesquisas. No Luxemburgo, igualmente, o casal Julles e Maggy obteve numerosas e magníficas comunicações, mas não possuía os meios intelectuais e laboratoriais para realizar essas pesquisas. Da mesma forma, o alemão Klaus Schreiber, falecido recentemente, não tinha os meios necessários para a pesquisa científica. Há muito poucos cientistas interessados nestes fenômenos, infelizmente muito poucos, mesmo…

Mas as experiências são válidas, não são?

Sem dúvida, tudo isso não impede que os resultados obtidos sejam extraordinários, nem entendidos. Conheci muito bem o casal Julles e Maggy, conheci também Adolf Holmes, pessoalmente, e sei que não existe qualquer espécie de fraude! Assisti a algumas experiências com ele, com o casal que já referi, no Luxemburgo, e com Marcelo Bacci também! Bacci não tem formação científica e, no entanto, consegue resultados extraordinários… Só que não consegue prosseguir os estudos!

Tem alguma mensagem que queira transmitir aos Espíritas Portugueses, ou aos Portugueses, em geral?

Gostaria que continuassem a trabalhar neste sentido. Que continuem a progredir no Amor, cada um na sua vida, porque estamos na Terra para aprender a amar. Que utilizem estes meios de comunicação com o Além para confortarem a sua fé e mesmo a fé cristã, apesar do estado catastrófico em que se encontra a Igreja. Esta Igreja que não é fiel à mensagem do Cristo, mas esperemos que um dia se renove, é preciso que se trabalhe para isso… Mas, principalmente, é necessário conservar a fé, a fé cristã…!


Esta entrevista foi publicada originalmente no Jornal de Espiritismo da ADEP, de Portugal.



 

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

UM BRASIL SEM MISÉRIA É UM SONHO A SE CONQUISTAR!


Plano Brasil Sem Miséria supera metas em seis meses
Estratégia da busca ativa já localizou 407 mil famílias em situação de extrema pobreza  Plano Brasil Sem Miséria supera metas em seis meses
  Estratégia da busca ativa já localizou 407 mil famílias em situação de extrema pobreza

Ao completar seis meses, o Plano Brasil Sem Miséria fecha o ciclo de pactuação com os 26 estados e o Distrito Federal para o desenvolvimento de ações voltadas à superação da extrema pobreza. Na assinatura de compromisso com os governadores do Centro-Oeste, nesta sexta-feira (16), a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, destacou as principais realizações do plano nesse período.

Desde junho, o plano já localizou 407 mil famílias em situação de miséria. Assim, a busca ativa – estratégia central – atinge mais de 50% da meta de localizar 800 mil famílias extremamente pobres até 2013. As famílias foram incluídas no Cadastro Único de Programas Sociais. Dessas, 325 mil já recebem o Bolsa Família.


A localização e inclusão no Cadastro Único das famílias extremamente pobres são feitas por meio da busca ativa, o que possibilita que elas passem a ser beneficiárias das diversas ações, como programas de transferência de renda, de inclusão produtiva e acesso a serviços públicos.


Bolsa Família –
O Brasil Sem Miséria também reforçou a garantia de renda. Além do reajuste dos benefícios da Bolsa Família, 1,3 milhões de crianças e adolescentes foram incluídos no programa, o que foi possível graças à ampliação de três para cinco benefícios por família para filhos de até 15 anos.

Outra novidade foi a criação dos benefícios à gestante e à nutriz. Hoje, 92 mil nutrizes e 25 mil gestantes recebem R$ 32 da
 Bolsa família. As medidas fizeram com que o valor médio  da Bolsa Família passasse de R$ 96 para R$ 119,83.

Como resultado do Brasil Sem Miséria, oito estados – Amapá, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e São Paulo – e o DF estão integrando seus programas de transferência de renda do
  Bolsa Família. Assim, 3,5 milhões de beneficiários receberão complementação aos valores do  Bolsa Família, o que elevará a renda das famílias mais pobres.

Inclusão produtiva –
A ministra apresentou os resultados da inclusão produtiva, que busca melhorar as condições de vida das famílias em situação de extrema pobreza. Na área rural, 37 mil famílias estão recebendo assistência técnica nos nove estados do Nordeste por meio do Brasil Sem Miséria. O plano também distribuiu 375 toneladas de sementes a agricultores extremamente pobres do Semiárido.

A região também foi contemplada com o programa Água para Todos. Em 2011, o governo investiu na instalação de 315 mil cisternas, das quais 84,7 mil já foram entregues e 68,8 mil estão em construção. Outras 161,7 mil foram contratadas.


A inclusão produtiva rural permitiu a inclusão de 82 mil agricultores no Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar (PAA). As compras públicas garantem renda aos agricultores e alimentos de qualidade para pessoas em situação de vulnerabilidade.


Outra conquista foi a parceria com as redes privadas d e supermercados para comercialização de produtos da agricultura familiar e contratação de trabalhadores no varejo.
Observação.:
Os municípios e o Distrito Federal têm até 31 de dezembro para atualizar número de vagas e locais onde o Pro - jovem Adolescente será oferecido em 2012. Este é o momento de os gestores confirmarem o número de coletivos que serão abertos e indicarem os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) onde o programa ocorre.

Fonte: Boletim semanal Nº 315 – 16 a 22 de dezembro de 2011
Organizador:  Reinaldo Cantanhêde Lima