segunda-feira, 30 de abril de 2012

Boletim MDS nº 334 – 27 de abril a 3 de maio de 2012 BRASIL SEM MISÉRIA Rio tira 1,5 milhão de pessoas da extrema pobreza

A integração dos programas de transferência de renda dos governos federal, estadual e do município do Rio de Janeiro tirou 1,5 milhão de pessoas da pobreza extrema no estado fluminense. Para comemorar, o governo estadual promoveu na quinta-feira (26), no Palácio da Guanabara, solenidade com presença da presidenta Dilma Rousseff, da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes.

O Rio de Janeiro foi o primeiro estado a lançar um plano de superação da extrema pobreza seguindo as estratégias do Brasil Sem Miséria, do governo federal: transferência de renda, inclusão produtiva e acesso a serviços públicos. O plano federal, lançado no ano passado, tem a meta de alcançar 16,2 milhões de pessoas extremamente pobres. “O Brasil prova ao mundo que é possível crescer com distribuição de renda”, disse a presidenta.
4º Mega Feirão do Emprego
de Curitiba recebe 14 mil pessoas
                   

 
 
Ministra convida Colômbia a levar
sua experiência à Rio+20
 
Rodrigo de Oliveira/MDS
 

domingo, 29 de abril de 2012

UMA PROPOSTA REVOLUCIONÁRIA


Por: Reinaldo Cantanhêde Lima
Hoje 29 de abril de 2012, fui à Ponte que fica sobre o Rio Itapecuru, em Rosário Maranhão.  Eu estava acompanhado por Leandro, proprietário da Gráfica XP, buscávamos um ângulo e uma paisagem para mudarmos  o visual do Blog de Reinaldo Lima, criado para fomentar a implantação da Política: Educação Familiar, pretende – se seja um instrumento de prevenção ao uso e abuso de drogas!

COMO REALIZAR A POLÍTICA DE EDUCAÇÃO FAMILIAR? Pensou-se na possibilidade de como poder contribuir para a mudança de conduta das famílias na educação de seus filhos obedecendo aos critérios orientados  pelos cientistas da área.

COMO PRIMEIRO PASSO,  identificamos e estudamos os escritos de  um PhD.  Gottman, John e De Claire, Joan. Em Inteligência Emocional e a arte de educar nossos filhos. Rio de Janeiro 10ª Ed., Editora Objetiva, 1.997. Tratava a publicação de uma pesquisa  realizada em Illinois em l986 – Estados Unidos. Traduzido no Brasil por Adalgisa e publicado em 1997.

NO SEGUNDO PASSO, estudou-se a publicação, Quem Ama Educa! Tiba, Içami, São Paulo, 83ª., Editora Gente, 2002. Pretendíamos fazer a comparação sobre os escritos, e o fizemos! 

NO TERCEIRO PASSO, organizamos  um Seminário com o tema: A Arte de educar Filhos, e apresentamos  os  escritos de GOTTMAN, TIBA. RAPPAPORT, SZKYMANSKI,  ZAGURY, KALOUSTIAN E DE OUTROS. O evento aconteceu com a participação de 36 profissionais da educação. Na avaliação do  Seminário  uma senhor disse ter 50 anos, criou filhos  e netos e pensava estar agindo correto, quando de acordo com as informações ora apresentadas todos os seus passos foram dados errados! Outra senhora solicitou estendêssemos  os conhecimentos  apresentados para à comunidade.

NO QUARTO PASSO, em atenção e concordando  com as sugestões e solicitações, decidimos sistematizar  a ideia de como os ensinamentos  que julgamos  básicos, possa chegar até o conhecimento popular, capaz de promover  uma nova conduta no ensino  e aprendizagem,  a seguir:  tópicos para estudo,  Família com Instituição; Responsabilidade Familiar; Relacionamento Conjugal; Psicologia da Infância; Adolescência e Busca da Identidade; Relacionamento Pais e Filhos; Cidadania e Cidadão; Qualidade Pessoal Autoestima e Visão Empreendedora.

A PROPOSTA REVOLUCIONÁRIA - está voltada para a polidez familiar e, prevenção ao uso e abuso de Drogas.  Eu pensos, tivesse eu educado meus filhos por meio de diálogos e, sabendo como conduzir, não teria perdido o primeiro para ás drogas!  Carmélio Marques Lima, atirou-se da ponte sobre o Rio Itapecuru no dia 31 de janeiro  de 1999, estava  no quarto dia ininterrupto  usando bebida alcoólica e outras drogas!


sábado, 28 de abril de 2012


Eram aproximadamente 22h00min horas quando um jovem
começou a se dirigir para casa.
Sentado no seu carro, ele começou a
pedir:
- 'Deus! Se ainda falas com as pessoas, fale comigo.
Eu irei ouvi-lo.
Farei tudo para obedecê-lo'
Enquanto dirigia pela rua principal da cidade, ele teve um pensamento muito estranho:
-
'Pare e compre um galão de leite'..
Ele balançou a cabeça e falou alto:
- 'Deus? É o Senhor?'.
Ele não obteve resposta e continuou
dirigindo-se para casa.
Porém, novamente, surgiu o pensamento:
-
'Compre um galão de leite'.
'Muito bem, Deus! No caso de ser o
Senhor, eu comprarei o leite'.
Isso não parece ser um teste de
obediência muito difícil...
Ele poderia também usar o leite.
O jovem parou, comprou o leite e reiniciou o caminho de casa.
Quando ele passava pela sétima rua, novamente ele sentiu um pedido:
- 'Vire naquela rua'.
Isso é loucura...
- pensou e, passou direto pelo retorno.
Novamente ele sentiu que deveria ter virado na sétima rua..
No retorno seguinte, ele virou e dirigiu-se pela sétima rua.

Meio brincalhão ele falou alto
- 'Muito bem, Deus. Eu farei'.

Ele passou por algumas quadras quando de repente sentiu que devia
parar.
Ele brecou e olhou em volta.
Era uma área mista de comércio e residência.
Não era a melhor área, mas também não era a pior da vizinhança.
Os estabelecimentos estavam fechados e a maioria das casas estavam
esc uras, como se as pessoas já tivessem ido dormir, exceto uma do outro lado que estava acesa.
Novamente, ele sentiu algo:
- 'Vá e dê o leite para as pessoas que estão naquela casa do outro lado da rua'.
O jovem olhou a casa.
Ele começou a abrir a porta mas voltou a sentar-se. -' Senhor, isso é
loucura.
Como posso ir para uma casa estranha no meio da noite?'.

Mais uma vez, ele sentiu que deveria ir e dar o leite.
Finalmente,ele abriu a porta.....
- ' Muito Bem, Deus, se é o Senhor,
eu irei e entregarei o leite àquelas pessoas.
Se o Senhor quer que eu pareça uma pessoa louca, muito bem.
Eu quero ser obediente.

Acho que isso vai contar para alguma coisa, contudo, se eles não responderem
imediatamente, eu vou embora daqui'.
Ele atravessou a rua e tocou a campainha..
Ele pôde ouvir um barulho vindo de
dentro, parecido com o choro de uma criança.
A voz de um homem soou alto:
- 'Quem está aí? O que você quer?'
A porta abriu-se antes que o jovem pudesse fugir.
Em pé, estava um homem vestido de jeans e camiseta.
Ele tinha um olhar estranho e não parecia feliz em ver um desconhecido em pé na sua soleira.
- 'O que é?'.
O jovem entregou-lhe o galão de leite.
- 'Comprei isto para vocês'.
O homem pegou o leite e correu para dentro falando alto.
Depois, uma mulher passou pelo corredor carregando o leite e foi para a cozinha.

O homem a seguia segurando nos braços uma criança que chorava.

Lágrimas corriam pela face do homem e, ele começou a falar, meio soluçando:
- 'Nós oramos..
Tínhamos muitas contas para pagar
este mês e o nosso dinheiro havia acabado.
Não tínhamos mais leite para o nosso bebê.
Apenas orei e pedi a Deus que me mostrasse uma maneira de conseguir leite.
Sua esposa gritou lá da cozinha:
- 'Pedi a Deus para mandar um anjo com um pouco de leite...
Você é um anjo?'
O jovem pegou a sua carteira e tirou todo dinheiro que havia nela e colocou-o na mão do homem..
Ele voltou-se e foi para o carro, enquanto as lágrimas corriam pela sua face.
Ele teve certeza que Deus ainda responde aos verdadeiros pedidos.
Agora, um simples teste para você:
- Se você acredita em Deus, mande esta mensagem para todos os seus
amigos, inclusive para a mesma pessoa que te mandou.
Quanto tempo você leva para parar um pouquinho e ouvir Deus?

Recebi de um amigo e estou repassando.. . é uma história muito
linda ....

Essa semana Deus falou pra mim "Filho(a) tenha FÉ que pra DEUS nada é impossível basta você crer!"






sexta-feira, 27 de abril de 2012

EU NÃO SOU CANDIDATO AO GARGO DE VEREADOR!


Hoje 27 de abril de 2012, fui visitar um parente, ele perguntou-me se  eu ia candidatar-me ao cargo de vereador e, quem era o candidato ao cargo de prefeito que eu estava apoiando.  Acrescentou o parente que ouviu Dr. Sena dizer na barbearia que fosse Reinaldo candidato ao cargo de vereador  era em quem  ele votaria.  Disse o parente,  que outras vozes ali presentes  na barbearia, confirmaram, ser um ótimo candidato, portanto,  sugeriu que eu tentasse mais essa vez.

Respondi ao meu parente que, trata-se de uma decisão irreversível. No passado tio, quando eu candidatei-me, pensei que o povo pudesse precisar de quem o representasse dignamente. Enganei-me! Estou convencido, de que o povo  tem  representantes que merecem. Já existem pesquisas que mostram a realidade quanto aos anseios populares. Gostam de vender o voto! 

Tio, quando Jesus veio ao mundo,  o povo estava faminto, doente,  injustiçado, pensou Jesus, poder contribuir  com aquela massa:  multiplicou pães, ressuscitou mortos, fez cegos enxergaram e aleijados correm, de nada adiantou! Quando os poderosos souberam  mandaram colocar uma cruz pesado sobre Jesus e chicotearam fazendo o seu corpo sangrar e, nenhum dos beneficiados  colocaram-se para ajudar  Jesus carregar a pesada cruz! 

Jesus, carregou a sua cruz pesada, morreu  e foi ressuscitado,  entendi –se que todo homem capaz de sacrifícios, receberá  das forças divinas as oportunidades  para ser feliz!!!  Outros aspectos que me convenceram,  da conduta dos ditos humanos envolvendo Jesus, foi quando ele no planeta terra distribuiu  dois talentos para uma primeira pessoa, três talentos para a segunda  e cinco talentos para a terceira pessoa.
Quando  Jesus retornou  visitou a todos. A primeira pessoa enterrou A quantia  recebida no fundo do seu quintal, a segunda  elevou  a quantia de três talentos para cinco e, a terceira elevou os cinco talentos para dez. Jesus em resposta disse para o primeiro: de ti será tirado tudo e tu será colocado onde só há gritos e ranger de dentes!  Para o segundo disse: Tu serás gerente de grandezas!   E, para o terceiro disse: tu serás gerente geral de grandes grandezas!

Quanto a mim, após  sentir não está preparado psicologicamente, para lidar com as condutas dos eleitores. E, tendo em vista,  os últimos acontecimento, a degradação humana,  sabe-se que no passado  nesta cidade de Rosário Maranhão as famílias pobres sobreviviam da agricultura familiar, agora, percentual significativo, estão buscando como meio de sobrevivência,  o tráfico familiar.

Como pode um homem com a minha postura,  sabendo que os eleitores pensam e agem diferente de mim, querer ser representante deles?  Que sejamos realistas, nem eles devem  votar em mim e eu não os quero representá-los! Por outro lado tio, pessoas prometem  votar  em uma pessoa por vários anos e quando chega nas vésperas das eleições  ao chegar em suas casas   ofertas  de dinheiro,  a revolta de vários anos  motivadas pelas péssimas  atuações,  de imediato ficam esquecidas. É essa a conduta de uma sociedade obsoleta. Lamento, os que não  procedem conforme a orientação  de Deus Pai Filho e Espírito Santo, permanecerão onde só existe o grito e o ranger de dente!

quinta-feira, 26 de abril de 2012

A MAGIA DO APRENDIZADO WU LI

O mestre ensina a essência. Quando a essência é percebida, ele ensina o que é necessário para expandir a percepção. O mestre Wu Li não fala da gravidade terrestre até que o discípulo se poste a admirar a pétala de flor que cai ao chão... Não fala de matemática até que o discípulo diga: "Tem de haver um jeito mais simples de dizer isso." Assim, o mestre Wu Li dança com o seu discípulo. Ele não ensina, mas o discípulo aprende. O mestre Wu Li sempre começa no centro, no coração da matéria.
 (In: The Dancing Wu Li Masters - Morrow, 1979,)


" Todo ato de criação é antes de tudo, um ato de destruição."

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O movimento espírita ante a questão da anencefalia


Desde que foi divulgada a decisão do Supremo Tribunal Federal na questão do aborto dos anencéfalos, chegaram à redação desta revista algumas mensagens com críticas formuladas por confrades nossos destacando a suposta passividade dos espiritistas do Brasil com relação ao assunto.
Dentre as críticas recebidas, houve até mesmo uma que, numa simplificação absurda, atribuiu a decisão do Supremo à omissão dos espíritas brasileiros!
Parece que o autor de semelhante disparate não vive em nosso país e não acompanhou a intensa movimentação feita por várias correntes de pensamento, inclusive as entidades espíritas, no sentido de que a Suprema Corte deliberasse de modo diferente, com real respeito à vida, tal como determina a Constituição brasileira.
A movimentação feita em Brasília desdobrou-se em diferentes momentos, como foi amplamente divulgado por esta revista e por outros periódicos.
Nesta reportagem vamos ater-nos apenas a duas iniciativas, dentre as muitas de que a Federação Espírita Brasileira e outras instituições espíritas tomaram parte. 
O ex-ministro Eros Roberto Grau manifestou-se de
 forma clara sobre o assunto
 
A primeira – que merece todo o destaque – foi a publicação, na edição de setembro de 2011 da revista Reformador, de importante artigo escrito pelo Dr. Eros Roberto Grau, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal.
Intitulado “Pequena nota sobre o direito a viver”, eis, em seu inteiro teor, o texto de autoria do conhecido e respeitado jurista:
Inventei uma história para celebrar a Vida. Ana, filha de família muito rica, apaixona-se por um homem sem bens materiais, Antonio. Casa-se com separação de bens. Ana engravida de um anencéfalo e o casal decide tê-lo. Ana morre de parto, o filho sobrevive alguns minutos, herda a fortuna de Ana. Antonio herda todos os bens do filho que sobreviveu alguns minutos além do tempo de vida de Ana. Nenhuma palavra será suficiente para negar a existência  jurídica  do  filho
que só foi por alguns instantes além de Ana.
A história que inventei é válida no contexto do meu discurso jurídico. Não sou pároco, não tenho afirmação de espiritualidade a nestas linhas postular. Aqui anoto apenas o que me cabe como artesão da compreensão das leis.
Palavras bem arranjadas não bastam para ocultar, em quantos fazem praça do aborto de anencéfalos, inexorável desprezo pela vida de quem poderia escapar com resquícios de existência – e produzindo consequências jurídicas marcantes – do ventre que o abrigou. Matar ou deixar morrer o pequeno ser que foi parido não é diferente da interrupção da sua gestação. Mata-se durante a gestação, atualmente, com recursos tecnológicos aprimorados, bisturis eletrônicos dos quais os fetos procuram desesperadamente escapar no interior de úteros que os recusam. Mais “digna” seria a crueldade da sua execução imediatamente após o parto, mesmo porque deixaria de existir risco para as mães. Um breve homicídio e tudo acabado.
Vou contudo diretamente ao direito, nosso direito positivo. No Brasil o nascituro não apenas é protegido pela ordem jurídica, sua dignidade humana preexistindo ao fato do nascimento, mas é também titular de direitos adquiridos. Transcrevo a lei, artigo 2º do Código Civil:
  • A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
No intervalo entre a concepção e o nascimento – dizia Pontes de Miranda – “os direitos, que se constituíram, têm sujeito, apenas não se sabe qual seja”.
Não há, pois, espaço para distinções, como assinalou o ministro aposentado do STF, José Néri da Silveira, em parecer sobre o tema:
  • Em nosso ordenamento jurídico, não se concebe distinção também entre seres humanos em desenvolvimento na fase intrauterina, ainda que se comprovem anomalias ou malformações do feto; todos enquanto se desenvolvem no útero materno são protegidos, em sua vida e dignidade humana, pela Constituição e leis.
Trata-se de seres humanos que podem receber doações [art. 542 do Código Civil], figurar em disposições testamentárias [art. 1.799 do Código Civil] e mesmo ser adotados [art. 1.621 do Código Civil].
É inconcebível, como afirmou Teixeira de Freitas ainda no século XIX, um de nossos mais renomados civilistas, que haja ente com suscetibilidade de adquirir direitos sem que haja pessoa. E, digo eu mesmo agora, nele inspirado, que se a doação feita ao nascituro valerá desde que aceita pelo seu representante legal – tal como afirma o artigo 542 do Código Civil – é forçoso concluir que os nascituros já existem e são pessoas, pois “o nada não se representa”.
Queiram ou não os que fazem praça do aborto de anencéfalos, o fato é que a frustração da sua existência fora do útero materno, por ato do homem, é inadmissível [mais do que inadmissível, criminosa] no quadro do direito positivo brasileiro. É certo que, salvo os casos em que há, comprovadamente, morte intrauterina, o feto é um ser vivo.
Tanto é assim que nenhum, entre a hierarquia dos juízes de nossa terra, nenhum deles em tese negaria aplicação do disposto no artigo 123 do Código Penal, (1) que tipifica o crime de infanticídio, à mulher que matasse, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho anencéfalo, durante o parto ou logo após, sujeitando-a a pena de detenção, de dois a seis anos. Note-se bem que ao texto do tipo penal acrescentei unicamente o vocábulo anencéfalo!
Ora, se o filho anencéfalo morto pela mãe sob a influência do estado puerperal é ser vivo, por que não o seria o feto anencéfalo que – repito – pode receber doações, figurar em disposições testamentárias e mesmo ser adotado?
Que lógica é esta que toma como ser, que considera ser alguém – e não res – o anencéfalo vítima de infanticídio, mas atribui ao feto que lhe corresponde o caráter de coisa ou algo assim?
De mais a mais, a certeza do diagnóstico médico da anencefalia não é absoluta, de modo que a prevenção do erro, mesmo culposo, não será sempre possível. O que dizer, então, do erro doloso? A quantas não chegaria, então, em seu dinamismo – se admitido o aborto – o “moinho satânico” de que falava Karl Polanyi? (2)
A mim causa espanto a ideia de que se esteja a postular abortos, e com tanto de ênfase, sem interesse econômico determinado. O que me permite cogitar da eventualidade de, embora se aludindo à defesa de apregoados direitos da mulher, estar-se a pretender a migração, da prática do aborto, do universo da ilicitude penal, para o campo da exploração da atividade econômica. Em termos diretos e incisivos, para o mercado.
Escrevi esta pequena nota para gritar, tão alto quanto possa, o direito de viver.'
(1) “Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após: Pena – detenção de dois a seis anos.” 
(2) A grande transformação: as origens da nossa época. Tradução portuguesa de Fanny Wrobel. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.
Na véspera da sessão fez-se uma vigília defronte ao edifício do Supremo Tribunal Federal 
A segunda iniciativa, que ora destacamos, foi próxima à sessão realizada pelo Supremo Tribunal Federal, concluída no dia 12 de abril.

Referimo-nos à visita que uma comissão integrada por dirigentes da Federação Espírita Brasileira (vice-presidente Antonio Cesar Perri de Carvalho), AJE-Brasil (Luciano Alencar da Cunha) e AME-Brasil (Antonia Marilene da Silva) fez, nos dias 9 e 10 de abril, a todos os ministros do Supremo Tribunal Federal, levando-lhes um Memorial em Defesa da Vida
e com argumentos contrários à  liberação do aborto de anencéfalos, assinado pelos representantes das três Instituições, além do artigo do ex-ministro Eros Grau, acima reproduzido, e vários livros sobre o aborto publicados pela FEB e pela Folha Espírita Editora.
 
Ainda no mesmo dia 10, à noite, os confrades citados estiveram presentes no ato público realizado na Praça dos Três Poderes, defronte ao edifício do Supremo Tribunal Federal, oportunidade em  que  usaram da palavra.
É bom lembrar que vivemos em um país regido pela democracia e que, num regime democrático, é assim que
as proposições devem ser feitas, por meio do convencimento, do esclarecimento, da conscientização, jamais por meio da violência. E quando a decisão do órgão competente – como o é a Suprema Corte – é tomada, cabe-nos respeitá-la, ainda que ela nos desagrade, certos de que, autorizada ou não pela Justiça, a alternativa do aborto será sempre uma decisão da gestante, única pessoa que pode determinar se o filho que se aninha em seu ventre deve ou não viver.
Com respeito aos que, inadvertidamente, gostam de criticar as instituições que representam o movimento espírita brasileiro, acusando-as de omissão ou passividade, espera-se que os fatos descritos nesta matéria contribuam para que revejam suas críticas.
Registramos, por fim, o que nos disse, a propósito do assunto, um experiente confrade: – Filho, diante da imensa seara a que se referiu Jesus, cabe-nos trabalhar mais e falar menos.

 
 


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita