segunda-feira, 30 de setembro de 2013

"NOSSAS SEMANAS ESPÍRITAS SÃO ESPERADAS POR TODOS OS ESPÍRITAS DE NOSSA CIDADE"


O presidente da Sociedade de Estudos Espíritas Irmão Tomé fala sobre as semanas espíritas promovidas pela instituição
 
Roberto José Damasceno (foto), natural de Ibatiba e residente em Vitória, no Estado do Espírito Santo, há 51 anos, nasceu em família espírita por parte de mãe, pois os avós maternos tornaram-se espiritas devido a dois casos de obsessão na família. Contador aposentado da Vale do Rio Doce, preside a  Sociedade  de  Estudos  Espíritas  Irmão  Tomé,
tradicional instituição da capital, desde 2011, onde atua há 28 anos. Atua também como Assessor da Coordenação do 3º Conselho Regional Espírita. Em suas respostas, uma visão geral do evento promovido pela instituição na capital do seu Estado.  

Em Vitória, quantas instituições espíritas estão em atividade? Você tem notícias da instituição pioneira?
 
Em Vitória temos 18 casas espíritas adesas à Federação Espírita do Estado do Espírito Santo. A instituição pioneira é o Centro Espírita Henrique José de Mello, fundado em 2/11/1922, há 90 anos. 
Quando foi fundado o Irmão Tomé? Por quem? 
O Irmão Tomé foi fundado em 12/Julho/1971 por um grupo familiar (família Barbirato), que começou as reuniões em sua residência. Posteriormente foram chegando outras pessoas que compraram um terreno e construíram a atual sede do Irmão Tomé. 
A sede é própria e sempre esteve localizada no mesmo endereço? 
A sede é própria e desde sua instalação está localizada na Rua Raulino Rocha - Morada de Camuri, em Vitória (ES), fones (27) 3327-0089, 3227-3530 e 3324-0706. 
Pela experiência já acumulada de oito edições da Semana Espírita na instituição, que visão lhe acumula hoje frente à iniciativa? 
As Semanas Espíritas começaram em 2006 quando eu assumi o Departamento de Doutrina e coloquei em prática a vontade pessoal de realizar semanas espíritas para divulgar o Espiritismo, já que a vocação natural do Irmão Tomé sempre foi o estudo e a divulgação da Doutrina Espírita. Começamos com palestrantes de nosso Estado, e na 2ª Semana, em 2007, já convidamos palestrantes de outros estados. Sou o responsável pela vinda pela primeira vez a Vitória dos seguintes palestrantes que hoje são destaques na divulgação da Doutrina Espírita: Simão Pedro de Lima, Marcel Mariano, Orson Peter Carrara, Francisco do Espírito Santo Neto, Adeilson Salles, Nazareno Feitosa, Rossano Sobrinho, Djalma Argolo, Ariston Santana Teles. Além destes que vieram pela primeira vez, trouxe também: Richard Simonetti, Hélio Ribeiro, Clovis Nunes, Ana Guimarães, Anete Guimarães, Severino Celestino, Alírio de Cerqueira Filho, Adenáuer Novaes e Armando Falconi.  
Como é selecionado o grupo de palestrantes? 
As Semanas Espíritas têm que chamar a atenção dos espíritas com temas e palestrantes que despertem a vontade de maior participação; por isso procuramos sempre convidar palestrantes que levem maior número de pessoas à casa, seja pelos temas ou seja pelo grande conhecimento da doutrina e a projeção nacional. 
Nas atividades normais da casa, em estudos e palestras, qual a frequência média? E durante o evento há uma frequência maior? 
A frequência normal do Irmão Tomé é de 130 pessoas no salão de palestras, e nas Semanas Espíritas essa frequência aumenta em mais de 50%. 
O que mais lhe marcou a memória nesses oito anos de realização? 
Tive muitas alegrias nas oito semanas realizadas, pois cada ano que passa temos maior participação de espíritas e espero continuar realizando nossas semanas espíritas que já fazem parte do calendário espírita de Vitória/ES. 
Qual é a receptividade, bem como a participação do público durante o evento? 
Recebo retorno do público sobre cada Semana Espírita, pois as pessoas sempre elogiam os palestrantes e os temas, além de sugerirem novos palestrantes e temas para as próximas semanas espíritas. 
Qual o período da próxima edição, em 2014? 
A 9ª Semana Espírita do Irmão Tomé será realizada de 20 a 27 de julho de 2014. 
Algo mais que gostaria de acrescentar? 
Quero agradecer a todos os palestrantes que contribuíram para que nossas semanas espíritas alcançassem a projeção atual, pois elas são esperadas por todos os espíritas de nossa capital.
Fonte: Retirado de o Consolador uma Revista Semanal de Divulgação Espírita


 



domingo, 29 de setembro de 2013

O MILAGRE QUE SALVOU A INGLATERRA

Em um artigo sobre a Batalha da Inglaterra, George Patton afirma que somente um milagre salvaria a Inglaterra, que, diante de uma Europa quase inteiramente dominada, era o único país a resistir sozinho à poderosa máquina de guerra alemã.
Quando a Batalha se iniciou, os britânicos contavam com apenas 347 caças monopostos Hawker Hurricane, 199 Supermarine Spitfire, 69 caças noturnos Bristol Blenheim e 25 Boulton Paul Defiant, metade dos quais estava dispersa pelos aeródromos do sul da ilha.  
A Luftwaffe dispunha de 2.800 aviões, entre os quais se contavam 1.300 bombardeiros Heinkel He-111, Junkers Ju 88A e Dornier Do-17; 280 bombardeiros de mergulho Junkers Ju-87 Stukas, 790 caças; Messerschmitt Bf-109, 260 caças pesados Messerschmitt Bf-110 e 170 aviões de reconhecimento de vários tipos.
Os pilotos alemães, altamente motivados pelas sucessivas vitórias, aguardavam a ordem para destruir a RAF – a força aérea inglesa. A tática alemã era, diz Patton, correta: destruir primeiro a RAF para após iniciar a Operação Leão Marinho, com a invasão e a conquista da Inglaterra. Hitler sabia, então, que sem a derrota da RAF a Operação estaria fadada ao fracasso.
Operando com pequenos grupos e com alvos escolhidos, pontes, quartéis, aeródromos e indústrias, a Luftwaffe iniciou a campanha. Diante de tal quadro, o Marechal-do-Ar Sir Hugh Dowding ansiava por um milagre, um milagre que, de fato, no dia 24 de agosto de 1940 aconteceu, embora, como todos sabemos, milagres não existam.
O que ocorreu, em verdade, foi um erro – um erro fatal, nas palavras de Patton. Em face de uma retaliação determinada por Winston Churchill, que ordenou o bombardeio de Berlim, Hitler decidiu mudar de tática e, em vez de atacar as pontes, os aeródromos e as indústrias, os alemães passaram a bombardear Londres, com o que os aeródromos, as estações de radar e as indústrias puderam ser recuperados, permitindo desse modo o aumento na produção de aviões e o treinamento de novos pilotos.
O resultado, todos sabemos: a Batalha da Inglaterra foi vencida pelos ingleses, fato que levou Winston Churchill, após a confirmação da derrota alemã nos céus da Inglaterra, a proferir a celebre frase: “Nunca tantos deveram tanto a tão poucos”.
*
Tudo o que dissemos linhas acima objetivou tão-somente recordar o valor daquele que se notabilizou pela grande vitória, o Marechal-do-Ar Sir Hugh Dowding, considerado o Espírita número 1 da Inglaterra, que solicitou, em 30/7/1952, ao Parlamento inglês o reconhecimento do Espiritismo como religião naquele país. 
Espírita e estudioso dos fenômenos mediúnicos, sabe-se que o Marechal Dowding, a fim de verificar os pontos fracos das operações, dialogava com os aviadores mortos nos combates, nas sessões que realizava, em que uma das médiuns era sua própria esposa, Estelle Roberts, desencarnada em 1971. Seu prestigio após a excepcional vitória forneceu-lhe as credenciais para que sua petição fosse aceita pelo Parlamento inglês, um fato que, meio século depois, só podemos aplaudir.
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sábado, 28 de setembro de 2013

A HISTÓRIA QUE EU SEI CONTAR

ARTHUR BERNARDES DE OLIVEIRA
tucabernardes@gmail.com
De Guarani, MG
XVIII – O impulso e a flor
Creio que todos notaram que naquela terça-feira eu, ao entrar na coletoria, trazia uma cara diferente.
Não sei se lhe falei a respeito de uma observação que fizeram sobre o meu sorriso.
Há uma diferença fundamental entre o mano do meu coração – o Amaury – e mim. Dizia o Panza que, quando o Amaury ri, todos os dentes se mostram claros. Aqueles dentes branquinhos, sadios, admiráveis. E tem-se a impressão de que o Amaury não tem apenas 32 dentes, o que seria  normal, mas 64, tal o brilho que através do seu sorriso invade a nossa alma e encanta os nossos olhos. É um sorriso aberto, franco, espontâneo de quem não teme mostrar pela boca a alma linda que tem.
O meu sorriso, dizem, é um sorriso triste. Talvez motivado pela pouca tranquilidade que me inspiram os meus sentimentos. Sei lá. Talvez faça um dia uma pesquisa interior para verificar se há alguma verdade na observação e se as causas são as que eu suponho.
Mas eu entrei na repartição com um sorriso alegre.
Eu estava, naquele dia, como dono de um segredo, que quisera contar para todo o mundo.
Acho que, ao fim da tarde, cheguei a contá-lo ao Zezinho.
E foi com um prazer irresistível que ele me ouviu dizer que eu tinha me reencontrado com o meu destino.
Amigo bom e constante, conhecia de perto as minhas buscas infindáveis em torno de uma vida. E torcia, talvez como ninguém mais, para que eu formasse o meu lar e começasse a construir esse mundo de emoções que uma família feliz pode desfrutar.
As horas passaram rápidas como nunca. Pouco tempo depois já estava eu pronto a recomeçar com ela os planos que iniciáramos na boa manhã.
Às  sete e meia da noite, o salão estava completamente cheio. Gente em toda a parte, inclusive nas janelas.
Fomos para o fundo do palco aproveitar a insubstituível poltrona das nossas cenas.
E lá ficamos todas aquelas horas, esquecidos do mundo, mãos dadas e trêmulas, a contar os minutos que a noite nos dava.
Lá fora, no salão, um orador declamava. Era o poeta Sebastião Lasneau, com dicção sonora, enlevando a plateia, através de “O Espiritismo na Arte”.
Nem mesmo os seus lindos poemas conseguiram romper as minhas meditações e interromper a minha tranquila felicidade.
Depois, eu cheguei à conclusão de que o amor é o mais belo poema, razão por que as belezas que ele ia apresentando, profusamente, não podiam atingir as rimas que nós estávamos tecendo, no silêncio dos olhares que trocávamos.
Aquela mãozinha macia e suave, presa entre as minhas mãos, deixou-me no espírito uma marca inesquecível.
Hoje, casados há sete anos, às vezes me surpreendo, com saudades daquelas mãos. Procuro-as avidamente e lá estão elas, as mesmas, com a mesma suavidade de então, conservando intacto o mesmo calor de antes.
Nem os serviços do lar, nem os calos naturais das obrigações caseiras, conseguiram matar nelas o admirável encanto daquela noite.
Terminara a reunião e a caminhada de volta à casa se deu com o mesmo enlevo e as mesmas emoções.
Ainda nesta noite, eu continuava com os mesmos desejos da véspera. É certo que a suavidade das mãos e a naturalidade com que ela me deixou acariciá-las, tinha criado em mim um impulso repressivo.
E o desejo de abraçá-la, confesso, era mais forte que o impulso. Por outra coisa não esperava, senão que chegássemos à porta.
Suavemente a tinha eu censurado pela maneira abrupta com que se despedira de mim e entrara pela casa, na véspera.
Disse-lhe jeitosamente que os namorados costumam parar uns instantes antes da despedida final.
De modo que ao chegarmos à porta, entrados todos, ficamos os dois sozinhos cá fora. Aí foi que eu me desmontei.
Inocentemente ela me disse:
– Pronto, hoje eu esperei uns minutos para a nossa despedida. Como você quer, ou o que quer você para a despedida?
– Eu queria beijá-la!
E ela me deu a boca para beijar, com uma inocência que matou em mim, na hora, toda aquela vontade louca de apertá-la.
Encostei nos dela os lábios meus e estava terminada a nossa segunda noite.
XIX – Não vi nada mais!
A partir daquele instante eu fizera dela a minha noiva.
Havia, nessa época, uma profunda diferença mental entre mim e minha noiva. Não só pelos sete anos que nos separam, mas sobretudo pela alta soma de experiências que eu tinha adquirido nos meus vai-e-vens da vida.
Aos 23 anos, eu já era um homem maduro. Agora estava com 25. Se até os vinte e três a vida se encarregou de me amadurecer, dos 23 aos 25, meus esforços pessoais encarregaram-se do resto.
Entusiasmado pela literatura, li, nesses dois anos, mais do que em todo o resto, inclusive nos anos que se sucederam. Reputo a fase mais importante dos meus estudos. É a esse período que eu devo a pouca coisa que sei.
Então estávamos assim um diante do outro: o pecado em face da virtude, ou se quiserem o jardineiro encanecido ao lado da flor que desabrochava.
Tive que fazer um esforço enorme para trazê-la da ingenuidade do seu desabrochar até a altura em que me encontrava.
Aqui, antes de prosseguir, já vou responder a uma objeção.
Muitos são os que não creem mais na ingenuidade das moças. E alegam razões absolutamente pertinentes.
Livros, revistas amorosas, filmes, novelas radiofônicas e uma série de outras diversões mais ou menos dignas estariam matando nas flores o doce perfume da inocência.
De fato, não se pode censurar quem pensa assim, tais e tantos são os casos que nos surgem como exemplos.
Entretanto, há a considerar-se uma coisa muito importante. Se no entender, ou no compreender, a ingenuidade se trai, no agir, quase nunca isso ocorre.
Aquela anedota do netinho que falou para o irmãozinho menor, a propósito de uma fuga da avó: – “Coitada, a vovó não sabe que a mamãe está esperando nenê!” –  funciona, em parte.
O netinho sabe que a mamãe vai ganhar um nenê. Mas ele não sabe como fazer para ganhar o nenê. O que houve foi apenas o seguinte: deixou de acreditar na cegonha, e isso já é um progresso, mas não a eliminação total da inocência.
De modo que eu tive de me aproximar muito da idade e dos pensamentos de minha noiva. Era, embora difícil, mais fácil eu me chegar a ela, do que trazê-la até onde estava.
Apesar desse meu enorme esforço, até hoje ela me censura e reclama dizendo que eu não lhe deixei viver a despreocupada alegria de sua mocidade.
Mas a semana passou. Dizer, aqui, o que foram aqueles sete dias inesquecíveis, seria repetir as sempre renovadas diabruras de Cupido. E a repetição talvez me parecesse monótona para você.
Mas há uma passagem que eu não posso deixar de recordar, mesmo porque, no meu entender, ela funciona em defesa da tese que acima levantei. A da ingenuidade e da inocência que culminaram por modificar meus modos de agir e de pensar.
Elizabeth nunca tinha usado um vestido justo. Era a menina das anáguas. Inúmeras, infinitas anáguas, imensas anáguas para armar as saias rodadas que escondiam a admirável escultura de seu corpo.
Íamos dançar, me parece, que no sábado, véspera do fim. E eu lhe pedira que não pusesse anáguas. Não desejava que tantos panos e tantas roupas houvesse a separar nossos corpos. Ela prometeu e foi se vestir.
Quando voltou, a impressão que eu tinha é que não fora atendido no meu pedido. Disse-lhe isso. Ela afirmou que eu estava enganado. Conversa vai, conversa vem, pedi-lhe que me deixasse ver.
– Pois não, se duvida, pode ver.
E eu levantei mansamente a sua saia. Surgiram duas coxas imensas. Lindas como a natureza, perfeitas, grossas, torneadas, de um matiz róseo, mais belo do que a saúde.
Confesso que até hoje não fiquei sabendo se ela estava ou não estava de anágua.
Agarrei-a com tanta força e tamanho frenesi, que ela me disse assustada:
– Que é isso?!!!
– Nada. Vamos dançar.
Hoje, analisando bem a minha vida, às portas do meu trigésimo terceiro aniversário, vejo que assisti a espetáculos memoráveis. Viajando, bastante, tenho observado a natureza em suas mais variadas manifestações de beleza. Mas, confesso: da fonte bailarina de Poços de Caldas aos encantos indescritíveis da Guanabara, nada ficou tão bem guardado como definição de beleza quanto aquelas coxas que foram crescendo diante de meus olhos extasiados.
XX – Guarani e os fantasmas
A minha vida ficou dividida em duas partes: uma, o corpo, arrastado preguiçosamente pelas ruas, em Astolfo Dutra; outra, o espírito, leve como a pluma e ágil como o raio, na cidade de Guarani, trinta quilômetros além.
Do que foi essa divisão retratam bem as cartas que eu escrevi, quase diariamente.
Abelardo e Heloísa não se escreveram tanto, porque se amaram menos do que nós.
Foram cinquenta cartas, que o mestre e artista Carvalhinho as definiria, mais tarde, como cinquenta hinos de louvor ao amor. Estão todas guardadas, com o mesmo carinho de antes. Algumas, ou quase todas, ela as sabe de cor. Um dia você as poderá ler também. Creio que ela o permitiria com prazer.
Meu pai, por sugestão do Amaury, comprou uma baratinha Ford 31, visando às compras na safra.
Não sei se lhe disse que meu pai é atacadista de fumo. Atacadista de fumo é o comerciante que funciona como intermediário entre o produtor agrícola e o varejista que trabalha com o artigo.
Eu disse artigo por amor à técnica. Mas no dizer dos viajantes, fumo não é artigo, fumo é bosta.  Fuma não se vende: empurra-se.
Em minha terra todo mundo só mexe com fumo. Fumo em corda. Come-se fumo, respira-se fumo, a religião é o fumo. Foi o fumo que construiu a cidade e lhe trouxe conforto. Só o fumo poderia ter dado à cidade aquela fisionomia de abastança que impressiona os que lá chegam.
Tudo lá é fumo. A mamadeira é um palmo de fumo. O bico é uma perna de fumo. A cama é um rolo de fumo. A vida é um fardo de fumo.
Vivendo em torno disso, na época da colheita, ou melhor da safra, em si, que é quando as folhas já foram enroladas e “fiadas”, como por lá se diz, a cidade vira um hospício. Carros sobem e descem à procura de negócios. A concorrência desconhece limites. Quase tudo é permitido nesse tipo de comércio. Cotias, fugas, tapeações, segundo misturado com ponteiro; baixeiro misturado com segundo; soca, soquinha, socão. Só vendo de perto, para entender bem. Jipes e automóveis rasgam o município em todas as direções. Todos procurando formar o seu estoque e estabelecer a sua boa média.
De modo que para enfrentar bem a matroca, nada melhor do que um jipe ou um “ford” 29.
Foi por isso que se fez a tal compra.
Não sei quantas arrobas ela conseguiu descobrir. Sei que, infinitas vezes, ela me levou, às vezes sozinho, outras vezes com o Laviola ou com o Abilinho, até as portas da saudade.
Em Guarani, principalmente, mas também no seio de minha família, não deviam fazer bom juízo a meu respeito. Pelo seguinte: Lá chegando, eu e Elizabeth não nos separávamos um só instante. Convites vinham. Para um baile, ou para um aniversário, ou para alguma reunião. No mais das vezes para o cinema, na época dirigido, controlado e administrado pela nossa gente.
Eu não aceitava nada. Não queríamos outra coisa senão ficarmos sozinhos no canto da sala,um em frente do outro, mãos dadas, rostos unidos trocando-nos juras e carinhos. Às vezes o frio apertava e nós fechávamos a janela. Às vezes o frio não vinha e nós também fechávamos a janela. Aquela janela era a porta do mundo. Fechada, nós ficávamos sós como queríamos, dentro daquele mundo que era só nosso.
Quantos sustos pelo inesperado aparecimento da tia Elza. Outras vezes, era a velha Pipina que eu consegui, com arte e delicadeza, atrair para as minhas simpatias. Ela pisava de leve, com o seu gasto chinelo de pano e, embora o ouvido de pé, quando menos esperávamos lá estava aquele fantasma magro em frente de nós. Depois que eu a conquistei, nunca mais me assustou.
Mas houve também, por amor à lógica, o fantasma gordo: a Yara! Quantas horas perdemos de ternura, por termos ao nosso lado, aquela massa gorda a atormentar nossos sonhos. Acho que ela nunca desconfiou da inoportunidade de sua presença. Porque se repetia sempre, inevitavelmente. Até que um dia resolvemos mandá-la às favas.
Tia Teresa era um encanto de pessoa. Voz trêmula, olhos também trêmulos e bons, jamais deixou seu quarto para espantar os pombinhos. Dona Ladinha, a discrição em pessoa. Só depois de tossir, ou de ficar na sala uns dois minutos parada, é que olhava pra nós. Temia ela, coitada, ver um moço que ainda não conhecia tão bem, com os lábios colados nos lábios de sua filha. Faço justiça a essa discrição porque, como vim a saber depois, ela não aprovou com muita presteza o novo namoro da filha. Sonhara outro genro com quem tenha convivido mais tempo e por quem tivesse mais simpatia e admiração. Nunca a culpei por isso. Sei que como mulher previdente, acreditava que o mais certo é contarmos com o pássaro que está na mão do que com os dois que estão voando. Apesar de sua preferência, nunca deixou de nos tratar com muita atenção e gentileza. Eu percebia que não estava diante de uma sogra que houvesse sonhado comigo. A gente percebe isso facilmente, Mas rapidamente ela se transformou na nossa grande aliada, proporcionando-nos encontros, facilitando passeios, pondo enfim a sua colher de areia  no alicerce que se estava construindo.
Seu Ítalo era um homem distante. Temia-se em Astolfo Dutra que ele pudesse censurar a filha pela semana de namoro. O poeta Lasneau que aprovara nossa decisão tranquilizou-nos com a sua sabedoria:
– Podem deixar por minha conta. Elizabeth veio comigo e só eu sou o responsável por tudo que possa acontecer. Não se preocupem. Eu vou conversar com ele.
E deve ter conversado mesmo, porque, embora distante, sempre foi, na família Baesso, depois da filha, o que sempre esteve mais próximo de mim.
Eu tinha  a meu favor um handicap precioso: ser espírita e filho de Astolfo Olegário de Oliveira que ele conhecia  muito bem. Meu pai, pela correção de sua vida, e pelos memoráveis discursos que lá pronunciara, facilitara em muito a minha infiltração naquela família.
- Fim -
Nota:
Com o texto acima encerramos a publicação do livro “A história que eu sei contar”, escrito por Arthur Bernardes de Oliveira. O livro, composto por 20 capítulos, foi publicado neste blog ao longo de dez semanas. A primeira parte foi publicada no dia 28 de julho de 2013.
No próximo sábado, numa espécie de apêndice à obra em causa, publicaremos aqui dois textos escritos recentemente em que Arthur fala sobre seus pais Anita Borela de Oliveira e Astolfo Olegário de Oliveira.

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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

PÍLULAS GRAMATICAIS

A obsessão é um dos assuntos mais frequentes nas conversações, palestras e escritos espíritas.
Em face disso, usa-se também bastante em nosso meio o verbo obsidiar, de que deriva a palavra obsidiado, particípio desse verbo.
Há, no entanto, quem prefira usar, relativamente ao assunto, o verbo obsedar, de que deriva a forma obsedado.
Em certa região de Minas Gerais, a palavra obsedado é bastante usada e parece para algumas pessoas ter um sentido mais forte. “Fulano está obsedado” seria, para elas, uma frase mais contundente do que “Fulano está obsidiado”.
A pergunta que se faz é: Qual a forma correta?
Ambas são corretas, mas, em respeito ao nosso idioma, não há dúvida de que deveríamos usar o verbo obsidiar e seus derivados obsidiado e obsidiada.
O motivo é simples: obsidiar veio-nos do latim obsidiare. Ora, o latim é a língua-mãe do idioma português.
Obsedar nos veio do francês obséder. Trata-se, pois, de um galicismo, que devemos repelir sempre que exista no vernáculo palavra de mesmo significado.
O uso comum do verbo obsedar e de seus derivados obsedado e obsedada em determinadas regiões em que o movimento espírita é mais antigo deve, provavelmente, estar relacionado com as primeiras traduções das obras de Kardec, as quais, como sabemos, foram escritas originalmente no idioma francês.
Registre-se que os dicionários reconhecem também a forma obsediar, uma variante de obsidiar, por influência, segundo alguns, da palavra obsessão. Mas, como dissemos, o ideal é que usemos a forma vernácula citada acima.
*
Devemos ter o cuidado de não confundirmos as palavras obsidiado, obsediado ou obsedado com a palavra obcecado, particípio do verbo obcecar.
Obcecado significa: que tem a inteligência obscurecida; contumaz no erro; teimoso, obstinado. 
Exemplos:
– João é obcecado no que faz. (João é obstinado...)
– O rapaz ficou obcecado desde que viu aquela mulher. (O rapaz ficou confuso...)

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

DIVALDO FRANCO DE VOLTA AO PARANÁ


Público numeroso assiste às conferências que o orador proferiu
nas cidades de Foz do Iguaçu e Cascavel
 
O Semeador de Estrelas, Divaldo Franco, médium e orador espírita, com sua palavra lúcida, gentil e amorosa, realizou na noite do dia 11 de setembro uma conferência em Foz do Iguaçu. A Federação Espírita do Paraná e Divaldo Franco foram homenageados com uma bela apresentação musical executada ao piano por Henrique Baldovino. A FEP pelos seus 111 anos de fundação e Divaldo pelos seus 66 anos de oratória espírita.
Nessa oportunidade foram lançados, nacionalmente, dois livros psicografados por Divaldo Franco: Ilumina-te, de Joanna de Ângelis, e Vivendo com Jesus, de Amélia Rodrigues.
Divaldo Franco, Cidadão Honorário de Foz do Iguaçu, historiou a trajetória do materialismo ao longo dos últimos séculos e do positivismo, bem como os passos realizados pela filosofia espiritualista, destacando a necessidade de o Ser Humano amar, ser gentil, desenvolver o autoamor, como ensinou o Mestre nazareno.
 
O Peregrino de Jesus, com sua eloquência habitual e motivadora, apresentou as conclusões a que chegou Blaise Pascal, matemático, filósofo moralista e teólogo francês que se referia ao espírito de geometria e ao espírito de finesse. Afirmava Pascal ser necessário que o Ser Humano desenvolvesse o sentimento, a emoção, a gentileza, sendo necessário que as duas correntes formassem uma só, amalgamando-se. Onde apenas a lógica e a razão – espírito de geometria – predominam, as criaturas se entredevorariam. É, portanto, necessário um equilíbrio entre estas vertentes do comportamento humano para que a criatura possa adquirir a paz, a alegria de viver, as emoções dos sentimentos nobres. 

O Espiritismo é a filosofia da gentileza – Repassando os olhos pela história recente da Humanidade, Divaldo destacou que o materialismo triunfou por longo período. Em 31 de março de 1848, em Londres/Reino Unido, o grande filósofo e economista Karl Marx apresentou a sua tese a respeito do capital, que ficou célebre, e disse a seguinte afirmativa: A religião é o ópio das massas. Era o triunfo do materialismo. A negação da existência de Deus. O homem já não precisa de Deus, afirmavam os adeptos do pensamento materialista.

Curiosamente, no outro lado do globo, nos Estados Unidos da América, em Hydesville, nessa mesma data, começaram a ocorrer fenômenos que iriam abalar a América, invadindo também a Europa. Como a marcha do tempo é inexorável, em 18 de abril de 1857 surgiu O Livro dos Espíritos, apresentado por Allan Kardec, objetivando mostrar que a vida não é apenas material, explicando que o ser humano é constituído de espírito e matéria, comprovado através da mediunidade.

Para enriquecer os fatos, Divaldo relatou os experimentos de Cesare Lombroso, de Charles Richet  e de William Crookes, que foi procurado por uma menina de doze anos acusada de farsa, desafiando-o a provar que os fenômenos eram o produto de uma farsa. Em 31 de maio de 1875, William Crookes redigiu uma carta relatando à sociedade londrina que a menina era portadora de uma faculdade paranormal e que os fenômenos eram legítimos, eles existem.

O materialismo, disse o ínclito divulgador do Espiritismo, é o espírito de geometria, da razão, enquanto o Espiritismo é a filosofia da gentileza.
  
A vida é bela e digna de ser vivida com alegria – Ser gentil é cultuar e cultivar a paz íntima, exteriorizando o homem pacífico, praticante da não-violência. Os homens de ciência, em sua saga em busca de conhecimentos aprofundados, estão inclinados a admitir a existência de Deus no Ser Humano. É Deus de volta, agora pelas mãos dos cientistas, aniquilando o materialismo. As flores, ensina o nobre Espírito Joanna de Ângelis, são os autógrafos que Deus colocou em sua obra para que o mundo saiba que são de Sua autoria.

O doce Rabi Galileu, o maior psicoterapeuta da Humanidade segundo Hanna Wolff, ressaltou a necessidade de o Homem autoiluminar-se, propondo o amor incondicional a si, a todos e a Deus, como solução para todas as suas aflições. O autoamor é tornar-se o Ser Humano melhor a cada dia, compreendendo que a vida possui um sentido e que é preciso viver com alegria. Jesus veio para que a criatura humana tivesse vida. 
 
O mundo mudará para melhor quando cada Ser Humano conseguir autoamar-se. Aquele que conhece Jesus já não pode mais ser o mesmo, pois que sentirá o desejo de exercitar a gentileza, o amor, aplicando ao seu dia-a-dia as mensagens libertadoras do Mestre Inigualável, diminuindo as queixas, transformando-se em uma criatura melhor. A vida é bela e digna de ser vivida com alegria, com sentimentos elevados, amando-se e amando o seu próximo, tanto quando ama a Deus. 
 
Tocadas pelo sentimento de gentileza e do amor, as mil e seiscentas pessoas que lotavam o auditório e um salão anexo do Hotel Golden Tulip Internacional Foz, aplaudiram com emoção e demoradamente a Divaldo Franco, o Arauto do Evangelho e da Paz.  

Um fato inusitado salvou Creso, rei da Lídia – Nas dependências do Tuiuti Esporte Clube, Rua Ponta Grossa, 2998, em Cascavel/PR, duas mil e quinhentas pessoas assistiram, no dia 12 de setembro, ao Embaixador da Paz e Cidadão Honorário do Município, Divaldo Franco, falar sobre a felicidade. 

Ele iniciou sua fala com a narrativa das atitudes e tendências do Rei Creso da Lídia e sua Capital, a cidade de Sardes. O Rei Creso era possuidor de riquezas imensas, capazes, segundo pensava, de tornar o seu proprietário uma pessoa feliz. Apesar de possuir um tesouro incalculável, Creso não era feliz, pois desejava algo mais. Essa é uma história narrada em um dos livros de Heródoto de Halicarnasso, historiador grego nascido no Século V a.C. A Lídia era uma região da Ásia Menor. Seu povo, os lídios, era de origem semita.

Conta Heródoto que as terras da Lídia eram banhadas pelo rio Pctolo, rio aurífero, fornecedor do tesouro formidável do Rei Creso. Segundo a mitologia, nesse rio teria se banhado o Rei Midas, que possuía o dom de transformar em ouro tudo o que tocasse.    Outro fato destacado pelo historiador grego refere-se a um filho surdo-mudo do Rei Creso. Por ocasião da guerra travada contra Ciro, rei dos persas, que praticamente dominava o mundo mediterrâneo, ao acompanhar a luta que se desenrolava nos seus jardins palacianos, estarrecido ante a derrota iminente, olhando pela janela da sala do trono, o rei não percebeu a entrada de um inimigo, que levantou a lança para golpeá-lo pelas costas. O jovem, que se ocultava por trás de pesado reposteiro, viu a cena e, tomado de pavor, deu um grito, exclamando: “– Não o mates. Ele é o rei!”  

A vida, diz Sólon, apresenta muitas surpresas – O soldado, assustando-se, lançou o dardo e, ao errar a pontaria, cravou-o na janela, salvando dessa forma o monarca. O valoroso Embaixador da Paz e lídimo trabalhador do Cristo, Divaldo Franco ressaltou que a emoção desencadeia forças de expressão contraditória que jazem no homem.

O Rei Creso conheceu Sólon, um dos sete sábios daquela época. Sólon foi convidado a visitar todas as dependências do palácio para que pudesse avaliar a riqueza de Creso. Depois daquela visita, Sólon foi levado à presença de Creso que o aguardava em seu trono de ouro, coberto por um manto cravejado de pedras preciosas. No diálogo o monarca indagou se Sólon conhecia alguém mais feliz do que ele. Ante a afirmativa de Sólon, Creso dispensou-o, porém, o sábio anuiu que naquele momento Creso poderia estar feliz, mas o futuro é incógnito, a vida, disse o sábio, apresenta muitas surpresas, é necessário aguardar a última cena.

Na busca de esclarecer sobre o significado de felicidade, Divaldo apresentou o pensamento dos filósofos Epicuro, Diógenes, Zenon e Sócrates, cada uma defendendo uma conduta de vida para sentir-se feliz. Epicuro, filósofo grego, defendia que a felicidade estaria em a criatura humana ter, possuir, gozar. Diógenes, o Cínico, afirmava que a felicidade é não ter, combatendo o prazer, o desejo e a luxúria. Zenon de Cítio, outro filósofo grego, enfatizava a paz de espírito, conquistada através de uma vida plena de virtude, de acordo com as leis da natureza: é a doutrina estoica.  

O objetivo da vida é servir – Destes, somente Sócrates compreendeu que a felicidade é ser. Sócrates defendia o pensamento ético, moralista, espiritualista, o autoconhecimento, o autodescobrimento.  Sua doutrina é conhecida por maiêutica.
O que é, afinal, a felicidade? Será ter, possuir, fruir? Ou será não ter, não dispor de coisa alguma? A felicidade, destacou o intrépido orador, é ser! Ser íntegro, moralizado, possuidor de nobres virtudes. A verdadeira felicidade é amar, é devotar ternura ao semelhante, é ser grato à vida. Jesus, o incomparável Mestre, apresentou o amor como medida para o homem alcançar a felicidade, amando-se, amando ao próximo e a Deus. O sentido psicológico da vida, o objetivo da vida é servir. Quem serve ao próximo é feliz. O orador que cativa multidões, Divaldo Franco, destacou que o Sermão da Montanha é a mais notável sinfonia do amor. Vale a pena amar! Vale a pena viver a vida!

Todos, tocados por emoções superiores, e profundamente inclinados a se tornarem melhores, exercitando o amor incondicional, aplaudiram entusiasticamente o orador inigualável de Feira de Santana/BA. Foi um gesto de amor, reconhecimento e gratidão a Divaldo Franco, o Arauto do Evangelho e da Paz.

Concluída essa exuberante etapa de divulgação da Doutrina Espírita no Paraná, Divaldo Franco viajou imediatamente para Assunção, no Paraguai, acompanhado de amigos brasileiros, para participar do 2º Congresso Espírita Sul-Americano. (1) 
 
Notas
(1) Na próxima semana será publicada nesta revista reportagem sobre o 2º Congresso Espírita Sul-Americano, realizado em Assunção, Paraguai.
 
(2) As fotos que ilustram esta reportagem foram feitas por Jorge Moehlecke.
Fonte: o Consolador uma Revista Semanal de Divulgação da Doutrina Espírita

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

CRISTÃOS OU RELIGIOSOS?



A convite da Senhora Elizabeth Oliveira,  fui a Primeira Igreja Batista em Rosário assistir ao Culto, o assunto  era  cracolândia ou Cristolândia. Eles apresentaram  uma peça,  o drama dos viciados  em crack nas ruas solicitando ajuda e a Igreja sentada assistindo  ao drama sem fazer nada para ajudar. Após a dramatização  uma jovem  de aproximadamente 21 anos  comentou  a peça teatral. Disse  que religiosos da igreja evangélica sequer estão cumprimentando seus irmãos. Deu exemplo de uma filha que não se relaciona com a própria mãe.

Eu ansioso aguardava  a oportunidade fosse franqueada a palavra. Não foi.  Na minha chegada à Igreja fui recepcionado por Elizabeth e a professora Maria de Lourdes. Antes de o evento iniciar Lourdes  perguntou-me  sobre o resultado  de uma manifestação foi realizada em São Luís em que eu fui  o líder  desse  evento.  Nesta oportunidade  vou responder para a professora Lourdes e para quem tiver o acesso  a estes escritos  a seguir.

Professora Lourdes, nós conseguimos  fazer com que o assunto  da nossa pauta de reivindicações fosse discutida a saber: solicitamos  fosse abreviado a implantação dos programas constam no PPA- Plano Plurianual 2012/2015 – Rede Cegonha, Rede de Atenção às  Urgências, Rede de Atenção  Psicossocial  e Rede de Atenção ao Câncer de Útero e de Mama. A segunda reivindicação é exigir a Construção e Manutenção de Um Hospital regional  em Rosário para atender  a uma população de 165.169 habitantes.

O governo vai tomar a providência?  Imagine se o Secretário de Estado da Saúde tenha  perguntado  quais as entidades estavam presentes na manifestação. Estava presente a Igreja Batista?  A Igreja Assembleia de Deus? A  Igreja Adventista?  A Igreja Católica? O Sindicato Rural? A Colônia de Pescadores?  Não!  O problema  das políticas públicas  esta relacionado aos impostores  de  organizações da sociedade civil. Em especial as  organizações religiosas se preocupam  em amealhar multidões e não realizam a ação humanitária. Como bem disse a expositora da noite e, eu a parabenizo  pelo conteúdo e pela  didática. 

Na definição da expositora Religioso é aquele conhecedor do evangelho e Cristão é aquele que realiza a ação determinada pelo evangelho .