quarta-feira, 30 de julho de 2014

UM ESPÍRITO ACOMPANHANDO OS LAÇOS DA TERRA

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
O tempo físico computado somava quase cinco anos completos de sua partida. Senhor Luttemberg, cuja última existência se dera em Viena, Áustria, recebera notícias de seu grupo familiar, mas visitá-lo ainda não tivera oportunidade. Ele pôde, em algumas ocasiões permitidas, acompanhar momentos de seu lar terreno, de seus entes queridos, ocasiões essas, vistas, de onde o senhor Luttemberg se encontrava, no plano da erraticidade.
Em vezes inúmeras, esse senhor que fora tão respeitado por sua conduta reta e trato amoroso na última existência física, características já conquistadas por seu espírito, questionava-se quanto mais poderia ter realizado em benefício da família que se desmantelava diante de entardeceres e alvoreceres.
E de onde estava, sem muito poder cooperar, sentia muito pela situação vivenciada pela família que a cada dia se desestruturava por atitudes, palavras e sentimentos tão despropositados do caminho do bem e do amor.
O senhor Luttemberg, triste e inconformado, ainda de fato, sofria pelo valor exacerbado que, principalmente, os filhos davam ao dinheiro e a posições sociais; tudo isso é momentâneo e terreno. Os filhos, sobre qualquer situação ou pessoa, passavam por cima, e quanto mais se ratificavam essas situações, maior era a sua tristeza. Não sabia o que poderia fazer.
No local onde se encontrava para seu bem-estar e equilíbrio, entendimento e progresso, o senhor cultivava, com carinho, a amizade mais próxima e enobrecida de dois amigos; eles estavam há mais tempo por lá e já podiam orientar alguns companheiros que necessitavam de amparo e de fortalecimento para a seara do bem e do amor.
E numa dessas conversas, o senhor, muito infeliz com o que lhe fora mostrado sobre sua família, perguntou e pediu aos amigos:
– O que eu poderia fazer para ajudar meus entes queridos que se encontram no campo tão arraigado ainda das paixões, do orgulho, do vício? ... Por favor, me ajudem!
– Caro Luttemberg, estejamos com fé renovada e a prece incandescida. Tanto é necessário apaziguar, com o pensamento harmonioso, o coração dos irmãos que se encontram em desatino moral, emocional. Todos nós já vivenciamos fases de enorme desajuste, no entanto, são degraus rumo ao progresso. Uns demorarão mais e outros menos sofrerão por fazerem o percurso em menor tempo também. Toda ação implica a reação para essa energia e tudo atrairá conforme o que propagar. Acalme-se, irmão! É importante que procure se restabelecer e, assim, se sentirá melhor e mais poderá ajudá-los – Heitor, um dos amigos, esclareceu-lhe.
– Sim, amigo. Agradeço-lhes as palavras e a vibração fraterna e amorosa que me direcionaram.
Luttemberg pediu licença e se retirou. Precisava pensar um pouco e também serenar as ideias.
Num jardim onde as flores são tão lindas, os pássaros são tão belos e aquela natureza, incomparável, se comunicava por sorrisos e uma linguagem inteiramente amorosa, o senhor se sentou num dos bancos e se pôs a admirar a riqueza divina da esfera onde agora era sua morada. Os peixes, no pequeno lago do jardim, eram ternos e a vibração sentida era tão positiva e elevada como tudo no local. As flores eram inigualáveis e pareciam conversar tão amistosamente entre si. A vida emitia um brilho que os olhos humanos desconheciam; em todo lugar a claridade de paz e bem-estar se encontrava.
O senhor Luttemberg foi envolvido por uma luz calmante e amorosa e tanto se sentiu em harmonia e feliz. Compreendeu, com a lucidez das ideias, que todos são eternos e perfectíveis, e sua preocupação não ajudaria nenhuma das partes. Reequilibrou-se e fortaleceu-se com a prece amparadora aos entes ainda no plano terreno. Rogou ao Pai, ao Mestre querido, mas sempre antes com o pedido de permissão, que sua família recebesse socorro e a benéfica intuição para que, aos pouquinhos, entendesse e assimilasse o caminho novo e verdadeiro, real para a felicidade.
Ele se sentiu mais feliz por tanta alegria e pelo recebimento de mais uma dádiva, o bálsamo da clareza e compreensão. Olhou para o lado e a uma distância aproximada de três metros à sua direita, estava, uma garotinha linda, com seus cinco anos.
– Vovô, em breve irei para a jornada de mais uma existência na Terra. Serei responsável pela melhor condução e união de nossa família ‒ a linda menina aproximou-se e abraçou tão docemente o avô.
No prazo de alguns meses, Luttemberg recebera a notícia de que sua filha estava grávida e teria uma menina, como primogênita.
Toda a família terrena, após a notícia, passou a ter, mesmo que ainda sutil, uma transformação benéfica no comportamento. E um dos propósitos a alcançar da pequenina menina, espírito milenar, seria o de levar o amor aos mais recônditos lugares e às mais implacáveis criaturas, iniciando por seu núcleo familiar.
Seu nome de batismo seria Amélie, mas seria conhecida mundialmente como irmã Maria Amélia Auxiliadora, a peregrina do amor aos corações endurecidos e ao mesmo tempo tão carentes.
A ordem divina é primorosa e perfeita. Há sempre o motivo a encerrar o entendimento. Tudo é assistido e orientado e a visão é plena em todas as suas possibilidades. O que sempre caberá a cada espírito é a sua responsabilidade perante seu eterno caminho.
A todos, rege o mesmo princípio, mas são as decisões que implicarão a estrada íngreme ou o passo mais suave.
É o mesmo céu sobre a planície; é o mesmo sol a brilhar na manhã; é a mesma lua a iluminar o campo e a cidade; é a mesma vida a pulsar no universo.
E em sua jornada, a irmã Maria Amélia Auxiliadora levará o bálsamo do amor compreendido ao maior número de irmãos.
                                                    
Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/

segunda-feira, 28 de julho de 2014

INFORMAÇÃO DO SINTSEP

Companheir@s,

Com relação ao desconto do Funben para os dependentes dos servidores, a secretária adjunta de previdência social da secretaria de gestão e previdência nos informou o que segue:

“Cleinaldo, recadastramento não foi para assistência à saúde, até porque esta é por adesão. Os dependentes cadastrados são para fins previdenciários completamente diferente da assistência à saúde. Enquanto a previdência é obrigatório, a assistência saúde é facultativa o servidor pode ou não aderir acontecendo o mesmo no tocante aos dependentes. Ele pode não querer colocar os filhos ou cônjuge.”

O que ela afirma que a autorização para os dependentes deve ser feita pelos servidores, para não haver questionamento administrativo ou judicial dos funcionários que não autorizaram o desconto do Funben de seus dependentes, porque a partir de agora cada um dependente contribui com 1% do salário contribuição da previdência (Fepa).

Estamos à disposição.

Abraço.
Anteciosamente,

CLEINALDO BIL LOPES
((98) 81111221

"A INCLUSÃO DAS CRIAÇAS ESPECIAIS NÃO É UMA UTOPIA"

Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 8 - N° 373 - 27 de Julho de 2014
MARCUS VINICIUS DE AZEVEDO BRAGA
marcusbragaprofessor@gmail.com
Brasília, DF (Brasil) 
 
 
Marcos Paterra:  
O conhecido estudioso e psicopedagogo espírita fala
sobre a questão da inclusão das crianças especiais
nas instituições espíritas
 
Marcos Paterra (foto), radicado em João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, é psicopedagogo, palestrante e articulista espírita, membro da AME/PB. Na presente entrevista ele nos fala como vê a questão da inclusão das crianças especiais nas instituições espíritas.
 
Como psicopedagogo e espírita, como o senhor vê a inclusão de crianças especiais nas instituições espíritas?

Nas instituições espíritas percebemos que poucos centros se adequam na estrutura física e menos ainda têm pessoas com conhecimento para lidar com as diversas e complexas  formas de deficiências. A inclusão, tanto nas instituições espíritas ou mesmo nas escolas, é para alguns uma utopia, pois embora algumas instituições se adequem para algumas deficiências instalando rampas, banheiros apropriados, a falta de conhecimento dentre os que ali estão torna a estadia de crianças ou mesmo adultos um tanto comprometida.
Vejo instituições que fundam associações ou fundações paralelas para tratamento de crianças especiais, ou de doenças crônicas ou mesmo para deficientes físicos. Isso é muito bom, mas restringe a elas a inclusão, além do que tem fins específicos para determinado  tratamento. E as outras instituições onde no bairro há uma família com um filho autista, ou deficiente auditivo, ou Down? Tem que excluir seu filho ou se deslocar para uma instituição que o aceite ou possa integrá-lo? 
O senhor então considera a inclusão uma utopia?
Não.  Mas...  A inclusão se baseia em vários conceitos, dentre eles posso frisar três, em que é necessário que a criança:
1. Seja uma pessoa que se encontra dentro de um grupo, no sentido de dele fazer parte.
2. Que tenha amigos e relações sociais significativas com iguais, ou sinta que participa na vida social, contribuindo com alguma coisa.
3. Por fim que seja tratada com igualdade, carinho e respeito como a pessoa única que é.
Resumindo, ela tem que ser inserida de modo a sentir bem-estar pessoal e social. Fica evidente que a inclusão sem esses conceitos não assegura inclusão social. Se as instituições não pensarem e agirem baseadas nesses conceitos, as mudanças estruturais para deficientes não terão usuários com deficiência.        
Qual sua opinião quanto à inclusão nas escolas de evangelização espíritas?
Um dos grandes desafios das instituições espíritas, atualmente, é saber lidar com a criança que apresente alguma deficiência. Em seu despreparo o centro espírita pode desencadear mais problemas ainda, e até mesmo agravar os já existentes, reforçando nessa criança o autoconceito negativo, a desmotivação, o desinteresse e outros mecanismos de defesa, como a indisciplina, rebeldia ou agressividade, que utiliza para justificar a sua incompetência diante da aprendizagem, acreditando-se incapaz de internalizar novos conhecimentos. Acredito que seja necessária a construção do Projeto Pedagógico moldado às novas condições, e também identificar e intervir junto às dificuldades que esses alunos incluídos possuem ou tendem a possuir nessa nova perspectiva de ensino. 
Que consequências você vislumbra para o processo de evangelização infantil e juvenil advindas da carência de uma visão inclusiva nessa atividade no movimento espírita atual?
Enfrentamos um paradigma cultural que vem dos conceitos eugenistas, em que o que é diferente ou deficiente deve ser “excluído”. Assistimos no decorrer dos últimos anos às  tentativas maciças de liberar o aborto, a eutanásia e, é claro, também minar as tentativas de inclusão. Sob esse prisma é necessário criar processos de ensino onde a visão inclusivista seja acrescida, ou teremos espíritas elitizados e moldados a formas arcaicas do conhecimento. Entendo que a própria palavra “Evangelizar” é espalhar a “boa nova” e, portanto, vamos fazer isso aprofundando-nos em uma visão inclusivista, no grande amor de Jesus por todos, sem distinção de sexo ou deficiências. E vou mais além, na evangelização juvenil que abre precedentes para o ESE e o ESDE, deve-se já instigar os jovens à leitura de obras de J. Herculano Pires, Ernesto Bozzano, Bezerra de Menezes, Adenauer de Novaes, e tantos outros que fazem também parte da história do Espiritismo e abordam assuntos pertinentes sobre diversos tópicos, dentre eles as deficiências. E dentro do ESDE seria imprescindível também ter esse incentivo. A doutrina espírita, maravilhosa que é, abre precedentes para a crítica e a autocrítica, e para responder às dúvidas inerentes a essas críticas é necessário ampliar as fontes do saber.
Se nós, que pregamos a caridade e tencionamos o entendimento do ser, não abrirmos precedentes para a inclusão dentro de nossas instituições, e é claro na evangelização,  estaremos caindo na hipocrisia da falsa moralidade e criando seres eugênicos.  
Você diria que crianças com alguma síndrome, como o autista por exemplo, sofrem algum tipo de obsessão ?
Conforme Bezerra de Menezes na obra Loucura e Obsessão, psicografada por Divaldo Franco, o Autismo, como também todos os processos de limitações e doenças psíquicas ou mentais, é um resgate para Espíritos que em suas encarnações passadas tiveram "poder" de influência, decisão, liderança, ideológico ou coisas assim e que não utilizaram aquele "dom" em um objetivo útil ao próximo, abusando de sua influência e muitas vezes se aproveitando de tudo o que podia fazer para ganho próprio. O psicólogo espírita Adenáuer de Novais na obra “Reencarnação: processo educativo” nos diz: “Há crianças que rejeitam tão fortemente a encarnação atual, aos membros de sua família, ao ambiente em que retornaram, que se alheiam da realidade. Experimentam uma rejeição muito grande à atual encarnação. O Espírito prefere permanecer vinculado ao passado, a algo distante e remoto que,  de alguma forma, lhe recompensa. Esses casos podem levar ao autismo. [...]”.
Em resumo, além da auto-obsessão, essas “crianças que apresentam síndromes” também atraem inimigos do passado que as obsidiam. 
Gostaríamos de agradecer sua disposição em nos conceder esta entrevista e pedir suas considerações finais.
Eu que agradeço, e gostaria de aproveitar e enfatizar que a “inclusão” não se restringe aos portadores de deficiência, mas também envolve as diversidades étnicas, a opção sexual e as diferenças sociais ou religiosas. Devemos lembrar que, segundo aprendemos no Espiritismo, o corpo nada mais é que uma carcaça para que o Espírito possa habitar e evoluir. Sob essa ótica somos todos Espíritos...  Portanto, todos IRMÃOS!
Devo também lembrar que os Centros Espíritas ajudam e orientam nas questões espirituais, todavia se o frequentador/evangelizando necessita de cuidados médicos ou fazer uso de remédios, não podemos nem devemos interferir. Nosso tratamento é baseado na fluidoterapia e na orientação, mas não descartamos o auxílio carnal dos médicos.
Para finalizar cito a frase de Kardec em “A Gênese” (pág. 31): “na reencarnação desaparecem os preconceitos de raças e de castas, pois o mesmo Espírito pode tornar a nascer rico ou pobre, capitalista ou proletário, chefe ou subordinado, livre ou escravo, homem ou mulher. Se, pois, a reencarnação funda numa lei da Natureza o princípio da fraternidade universal, também funda na mesma lei o da igualdade dos direitos sociais e, por conseguinte, o da liberdade”. Muito obrigado.
Fonte : Retirado de O Consolador uma Revista de Divulgação Espírita

domingo, 27 de julho de 2014

DIA DOS AVÓS


dia das avós

vovô e vovó
O papel dos avós na família vai muito além dos mimos dados aos netos, e muitas vezes eles são o suporte afetivo e financeiro de pais e filhos. Por isso, se diz que os avós são pais duas vezes.
As avós são também chamadas de "segunda mãe", e os avôs, de "segundo pai", e muitas vezes estão ao lado e mesmo à frente da educação de seus netos, com sua sabedoria, experiência e com certeza um sentimento maravilhoso de estar vivenciando os frutos de seu fruto, ou seja, a continuidade das gerações.
Celebrar o Dia dos Avós significa celebrar a experiência de vida, reconhecer o valor da sabedoria adquirida, não apenas nos livros, nem nas escolas, mas no convívio com as pessoas e com a própria natureza.
Aproveite esta data para mandar uma mensagem de carinho aos queridos vovô e vovó e dizer o quanto você lembra deles.
O Portal da Família expressa seu profundo carinho por todos os vovôs e vovós que nos visitam.

Textos sobre o tema

Os Padroeiros dos Avós
Comemora-se o Dia dos Avós em 26 de julho, e esse dia foi escolhido para a comemoração porque é o dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria e avós de Jesus Cristo.
Século I a.C. - Conta a história que Ana e seu marido, Joaquim, viviam em Nazaré e não tinham filhos, mas sempre rezavam pedindo que o Senhor lhes enviasse uma criança. Apesar da idade avançada do casal, um anjo do Senhor apareceu e comunicou que Ana estava grávida, e eles tiveram a graça de ter uma menina abençoada a quem batizaram de Maria. Santa Ana morreu quando a menina tinha apenas 3 anos. Devido a sua história, Santa Ana é considerada a padroeira das mulheres grávidas e dos que desejam ter filhos. Maria cresceu conhecendo e amando a Deus e foi por Ele a escolhida para ser Mãe de Seu Filho. São Joaquim e Santa Ana são os padroeiros dos avós.

Nossos avós: sabedoria, ternura, carinho e compreensão
* O Banner sobre os avós é uma criação da Ir. Zuleides Andrade



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www.portaldafamilia.org


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sexta-feira, 25 de julho de 2014

POR QUE ALGUNS MORREM TÃO CEDO?

Um leitor amigo, depois de informar que seu pai faleceu por afogamento na idade de 42 anos, indaga por que há pessoas que desencarnam tão cedo.
A pergunta é mais comum do que se pensa e vem de todos os lados, de espíritas e de não espíritas.
Conforme o que ensina o Espiritismo, excetuados os casos de suicídio direto ou indireto, a duração de uma existência corpórea está diretamente ligada à programação reencarnatória da pessoa e às provas por que ela deva passar.
Quanto à forma como se processa a morte corpórea, isso geralmente decorre do estilo de vida, da natureza das provas e das expiações previstas na mencionada programação.
É preciso que entendamos que as inumeráveis existências por que passamos na Terra se encadeiam, de tal modo que uma acaba influenciando a seguinte ou as seguintes. Se não existisse um programa a executar, seria realmente difícil entender por que alguns desencarnam crianças, outros falecem ao se formarem na faculdade e diversos numa idade em que muito poderiam ainda oferecer à sociedade e, todavia, são retirados do nosso convívio de repente, aparentemente sem motivo algum.
É bom, no entanto, que nós espíritas entendamos e divulguemos sempre que não existe morte e que a vida prossegue além-túmulo. O que perece é a forma física, o envoltório corpóreo, que utilizamos enquanto necessário ao cumprimento das tarefas assumidas.


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quarta-feira, 23 de julho de 2014

EMANUEL E ABEL GOMES FALAM DE HUMANIDADES EM MARTE E SATURNO

Especial Inglês Espanhol    
Ano 8 - N° 372 - 20 de Julho de 2014
GERSON SIMÕES MONTEIRO
gerson@radioriodejaneiro.am.br
Rio de Janeiro, RJ (Brasil)
 
 
Gerson Simões Monteiro
Pesquisas científicas procuram provas da existência de extraterrestres. Sinais captados na Terra. Revelações mediúnicas sobre os habitantes de planetas de nosso sistema solar. Desvendado o mistério dos canais de Marte
 
Buscando argumentos racionais que justifiquem a doutrina da pluralidade dos mundos habitados não se pode olvidar a vastidão do universo, com os seus incontáveis planetas, sistemas solares, galáxias etc. Com o avanço da astronomia e da astrofísica evidencia-se um universo infinito, e afirmar que só a Terra teria o "privilégio" de possuir uma humanidade seria condenar essa humanidade a ser exceção dentro das leis naturais ou divinas.
Do ensino dado pelos Espíritos resulta que muito diferentes umas das outras são as condições dos mundos, quanto ao grau de adiantamento ou de inferioridade dos seus habitantes. Entre eles há os que são inferiores à Terra, física e moralmente; outros, da mesma categoria que o nosso; e outros que lhe são mais ou menos superiores em todos os aspectos. Nos mundos inferiores, a existência é toda material, reinam soberanas as paixões, sendo quase nula a vida moral. À medida que esta se desenvolve, diminui a influência da matéria, de tal maneira que nos mundos mais adiantados a vida é, por assim dizer, toda espiritual.
 
HÁ 50 ANOS O HOMEM TENTA CAPTAR SINAIS   
Bem, mas o homem procura ter uma confirmação da vida em outros planetas. Sobre o assunto, o jornal O GLOBO de 13 de março de 2010 publicou no caderno Ciências matéria assinada pela jornalista Roberta Jansen, “O Silêncio dos ETs”, fazendo um balanço de 50 anos da tentativa de astrônomos e outros cientistas provarem a existência de extraterrestres. Ela começa citando o astrônomo Frank Drake, que em 8 de abril de 1950 apontou uma antena para uma estrela próxima com o objetivo de captar sinais. Mas tudo o que ouviu, segundo ele, foi o silêncio.
A astrônoma Duília de Melo, do Goddard Space Flight Center, da Nasa, especialista no Telescópio Hubble, sustenta, porém, que “o fato de nunca termos achado vida não quer dizer que ela não exista”.    
JÁ NOS IDOS DE 1939 SINAIS FORAM CAPTADOS  
Embora a jornalista diga que a pesquisa de vida inteligente fora da Terra teve início a partir de 1950, citando o astrônomo Frank Drake, ela ignorou as experiências realizadas pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia, conforme a seguinte informação do Espírito Humberto de Campos nos seus relatos a respeito de Marte, constantes do livro Novas Mensagens, publicado em 1939:
“Todos os grandes centros deste planeta (Marte), esclareceu o nosso amigo e mentor espiritual, sentem-se incomodados pelas influências nocivas da Terra, o único orbe de aura infeliz, nas suas vizinhanças mais próximas, e, desde muitos anos enviam mensagens ao globo terráqueo, através das ondas luminosas, as quais se confundem com os raios cósmicos cuja presença, no mundo, é registrada pela generalidade dos aparelhos radiofônicos.
Ainda há pouco tempo, o Instituto de Tecnologia da Califórnia inaugurou um vasto período de experiências, para averiguar a procedência dessas mensagens misteriosas para o homem da Terra, anotadas com mais violência pelos balões estratosféricos, conforme as demonstrações obtidas pelo Dr. Robert Millikan, nas suas experiências científicas”.    
Ora, se a mensagem recebida do Espírito Humberto de Campos por Chico Xavier se deu no dia 25 de julho de 1939, e se o mentor espiritual utiliza a expressão “ainda há pouco tempo”, isto é, antes dessa data, logo podemos concluir que a ciência terrena se preocupa com esse assunto há quase 75 anos, e não 50, como afirmou a jornalista Roberta Jansen. 
A propósito, o Dr. Roberto Millikan, citado na mensagem, foi um cientista americano famoso na década de 1920 e o segundo americano a receber o Prêmio Nobel em física, o que ocorreu em 1923 pelo seu estudo sobre a carga eletrônica elementar e o efeito fotoelétrico. Ele não só foi um grande cientista, mas o seu lado religioso e a sua natureza filosófica eram evidentes tanto nas conferências visando à reconciliação entre ciência e religião, quanto nos quatro livros por ele publicados.
Millikan via no Universo e nos eventos humanos a manifestação de uma inteligência superior. Afirmava que o único fundamento válido para o conhecimento racional consistia na combinação do espírito do físico com o do religioso. 
REVELAÇÕES MEDIÚNICAS 
De fato, a astrônoma Duília de Melo tem razão, pois as revelações feitas pelo Espírito Maria João de Deus, por meio do médium Francisco Cândido Xavier, no livro Cartas de Uma Morta, lançado em 1935, ao descrever uma excursão ao planeta Marte, fala da existência de seres humanos, como poderemos constatar nos seguintes trechos do seu relato: 
“Vi-me à frente de um lago maravilhoso, junto de uma cidade, formada de edificações profundamente análogas às da Terra. (...) Vi homens mais ou menos semelhantes aos nossos irmãos terrícolas, mas os seus organismos possuíam diferenças apreciáveis. Além dos braços, tinham ao longo das espáduas ligeiras protuberâncias à guisa de asas, que lhes prodigalizavam interessantes faculdades volitivas. (...) O ar é muitíssimo mais leve: conhecem os enigmas profundos da eletricidade, que usam com maestria; as edificações são análogas às da Terra; a vida em Marte é mais aérea – poderosas máquinas; embora existam oceanos, há pouca água; sistemas de canalização; poucas montanhas.
Assegurou-me, ainda, o desvelado mentor espiritual, que a humanidade de Marte evoluiu mais rapidamente que a Terra e que desde os pródromos da formação dos seus núcleos sociais nunca precisou destruir para viver, longe das concepções dos homens terrenos cuja vida não prossegue sem a morte e cujos estômagos estão sempre cheios de vísceras e de virtualhas de outros seres da criação”. 
INFORMAÇÕES DO ESPÍRITO HUMBERTO DE CAMPOS SOBRE MARTE 
Além dessa revelação de Maria João de Deus, o Espírito Humberto de Campos, também realizando uma excursão ao planeta Marte, observou que as formas de vida nele existentes são bem superiores às da Terra. A Sociedade Marciana está moral e cientificamente alguns séculos mais adiantada que a do nosso planeta, porque lá não existem guerras nem conflitos. Observa-se, através desse relato, a perfeita concordância com os comentários do Espírito Maria João de Deus, inclusive sobre a superioridade dos habitantes de Marte.
Os relatos do Espírito Humberto de Campos, por intermédio do médium Chico Xavier, estão no livro Novas Mensagens, editado pela Federação Espírita Brasileira em 1939. Nele, Humberto também revela a existência de água em Marte. Vale lembrar que somente em 2004, ou seja, 65 anos após a publicação dessa obra, a NASA apresentou as primeiras provas químicas e geológicas diretas da existência de água no passado de Marte, obtidas pelo robô Opportunity.
Posteriormente, em 2007, os cientistas da NASA descobriram a existência de enormes depósitos de gelo no polo sul de Marte, detectados pela sonda espacial Mars Express. No caso de tais depósitos se derreterem, eles podem se transformar numa reserva apreciável de água para Marte. E, em 31 de julho de 2008, a Sonda Phoenix, que explora o solo de Marte, confirmou a existência de água no planeta.
A descoberta ocorreu depois que a Phoenix colocou amostras do solo em um instrumento que identifica os gases produzidos por substâncias. Para os técnicos, é a primeira vez que a existência de água é provada quimicamente. O cientista William Boynton, da Universidade do Arizona, declarou que eles já tinham evidências de gelo em observações da sonda Mars Express, mas essa é a primeira vez que a água em Marte era tocada e provada. 
OS CANAIS DE MARTE 
Em determinado trecho da matéria “O silêncio dos Ets”, da jornalista Roberta Jansen, existe o seguinte comentário a respeito da existência de canais em Marte: 
“A ideia da existência de ETs inteligentes começou a ganhar força e a povoar o imaginário da população em geral e de escritores de ficção científica em particular a partir de  observações feitas pelo astrônomo Giovanni Schiaparelli, em 1877, de  um telescópio recém-construído. Schiaparelli notou que a superfície do planeta vermelho era marcada por linhas e sulcos intrincados, que chamou de canais. Ainda no  século XIX, o astrônomo americano Percival Lowell retomou a ideia dos canais marcianos — ele chegou a criar um centro para estudá-los   popularizando-a. Tais canais,  sustentava Lowell, só poderiam ter sido construídos por uma inteligência superior. A coisa chegou a tal ponto que ele chegou a localizar a região onde seria a capital de Marte, numa confluência de canais”. 
A respeito da existência de canais condutores de água vejamos o que diz Humberto de Campos, na mensagem sobre Marte, psicografada por Chico Xavier: 
“Marte tem cidades fantásticas pela sua beleza inaudita: avenidas extensas e amplas, sendo as construções análogas às da Terra; a vegetação, de tonalidade vermelha, é muito mais exuberante do que a terrena. Marte é ‘um irmão mais velho e mais experimentado na vida; seus habitantes sempre oram ao Senhor do Universo, em benefício da humanidade terrena’; habitantes têm arcabouço físico algo diferente do terrestre; alimentação: através das forças atmosféricas”. 
O Espírito Humberto de Campos viu também máquinas aéreas possantes que se balouçavam no pé das nuvens; muitas dessas nuvens são produzidas artificialmente, para atender reinos mais fracos da natureza: “Na atmosfera ao longe, vagavam nuvens imensas, levemente azuladas, que nos reclamaram a atenção, explicando-nos o mentor da caravana fraterna que se tratava de espessas aglomerações de vapor d’água, criadas por máquinas poderosas da ciência marciana, a fim de que sejam supridas as deficiências do líquido nas regiões mais pobres e afastadas do largo sistema de canais, que ali coloca os grandes oceanos polares em contínua comunicação, uns com os outros”.
Ora, se lá existe água, e sabendo que ela é o elemento primordial para que haja vida como a nossa aqui na Terra, é lógico admitir-se, sem medo de errar, a existência de seres inteligentes habitando o planeta Marte, naturalmente em outra dimensão física. 
SOBRE MARTE, SATURNO E JÚPITER 
No livro Crônicas de Além-Túmulo, o Espírito Humberto de Campos, através da psicografia de Chico Xavier, no capítulo 24, intitulado “A Paz e a Verdade”, ao reportar uma reunião nos planos espirituais, ante a possibilidade da deflagração de uma guerra entre nações na Terra, relata o seguinte: 
“Os grandes Espíritos, que sob a tutela amorosa de Jesus dirigem os destinos da Humanidade, reuniram-se há pouco tempo, nos planos da erraticidade, para discutirem o método de se estabelecer o Gênio da Paz na face da Terra.
A essa assembleia de sábios das coisas espirituais e divinas, compareceram anciãos da sociedade de Marte, estudiosos de Saturno, cientistas e apóstolos de Júpiter e outros representantes da vida do nosso sistema solar”. 
ESPÍRITO ABEL GOMES EM FALANDO À TERRA   
No capítulo “Notícias”, do livro Falando à Terra, psicografado pelo médium Francisco Cândido Xavier e editado pela Federação Espírita Brasileira em 1951, o Espírito Abel Gomes, comentando as atividades dos trabalhadores dos planos mais altos, nos transmite a seguinte informação: 
“Dessas congregações de gênios da bondade e do trabalho, da harmonia e da inteligência partem, para outros mundos, missões de estudiosos que se interessam pela nossa esfera.
Júpiter, Saturno, Marte e outros gigantes de aperfeiçoamento em nossa organização planetária são visitados constantemente por esses vanguardeiros da luz e do amor, para a permuta de valores necessários ao nosso engrandecimento; em muitos casos, descem esses missionários à experiência carnal em que desempenham altos misteres na política, na administração, na ciência e na fé religiosa, legando às criaturas sulcos de luz inapagável, nos exemplos e experiências que transmitem às gerações mais novas”.
EMMANUEL FALA DE MARTE E SATURNO
Consta no prefácio do livro Emmanuel, cujo autor espiritual é o próprio Emmanuel, psicografado pelo médium Chico Xavier  e editado pela FEB em 1938, o seguinte comentário:
“(...) assim como Marte ou Saturno já atingiram um estado mais avançado em conhecimentos, melhorando as condições de suas coletividades, o vosso orbe (a Terra) tem, igualmente, o dever de melhorar-se, avançando, pelo aperfeiçoamento das suas leis, para um estágio superior, no quadro universal”. 
OS HABITANTES DE SATURNO PELA MÃE DE CHICO 
No livro Cartas de uma morta, o Espírito Maria João de Deus, mãe de Francisco Cândido Xavier, psicografado pelo próprio Chico, editado em 1935, encontramos dois capítulos referentes a Saturno e a Marte. Quanto a Marte, já citamos anteriormente, mas, quanto aos saturninos, diz ela: 
“Os Saturninos são incontestavelmente superiores aos terrestres; não há vícios, nem guerras; utilizam a eletricidade na sua plena possibilidade; têm habitações de estilo gracioso; a autora espiritual viu seres estranhos, extraordinariamente feios, evolucionando nos ares, em “gráceis movimentos”; os habitantes se dedicam mais à espiritualidade; as moléstias incuráveis lhes são desconhecidas; a vegetação: é diferente de terrena, pois é azulada; os mares são rosados”. 
CONCLUSÃO 
Para concluir o tema em torno da pluralidade dos mundos habitados, trago o comentário de Allan Kardec à questão nº 55 de O Livro dos Espíritos:
 
"Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providência. Acreditar que só os haja no planeta que habitamos seria duvidar da sabedoria de Deus, que não fez coisa inútil. Certo, a esses mundos há de ele ter dado um destino mais sério do que o de nos recrearem a vista. Aliás, nada há, nem na posição, nem no volume, nem na constituição física da Terra, que possa induzir à suposição de que ela goze o privilégio de ser habitada, com exclusão de tantos milhares de milhões de mundos semelhantes”. 
E por último, o ensino de Jesus: "Não se turbe o vosso coração. Crede em Deus, crede também em mim. Há muitas moradas na casa de meu Pai; se assim não fosse já vo-lo teria dito, pois me vou para vos preparar o lugar". (S. João, cap. XIV, v. 1).  

Gerson Simões Monteiro, do Rio de Janeiro (RJ), é vice-presidente da FUNTARSO, operadora da Rádio Rio de Janeiro.
Fonte: Retirado em inteiro teor de o Consolador uma Revista de Divulgação Espírita
 
 
 

terça-feira, 22 de julho de 2014

AS CLAREIRAS DE LUZ



CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Os pés caminhavam sobre as folhas secas do outono dourado. A pequena estrada se iniciava timidamente e avançava, decidida, mata adentro. As mãos descansadas e seguras atrás do corpo era uma forma singela de reverência à sublime natureza.
Desde pequeno, Nicolau caminhava assim. Hoje já era um ancião, no entanto, suas características atravessaram bem mais de meio século e mais reforçadas se mantinham.
Como feixes da mesma cor do outono, os raios de sol cortavam árvores tão altas e centenárias, pois a luz sempre transpassa e ilumina. E assim, com raios dourados na imensidão da mata, transformando em cenário completo e incomparável, o senhor, em mais uma manhã, se regozijava com o passeio desde sua simples casa ao clarão do meio do arvoredo circundado por flores amarelas.
Essa clareira despertava curiosidade, mas o respeito do senhor pela natureza era ainda maior e ele seguia os dias com mais admiração que questionamentos. Por um tempo teve a companheira ao lado, no entanto, sua jornada terrena fora programada para um período mais curto que do esposo, e Nicolau continuou a vida no lugar onde crescera e tanto amava. E sempre apreciava a grandeza natural com mãos estendidas e seguras na parte de trás, na parte baixa, nas costas.
Havia também o Tenório, companheiro de tantos anos, um labrador inteiro preto, um cão amoroso e protetor. Ele seguia a calma dos passos de seu amigo Nicolau.
O homem não compreendia nitidamente, mas era atraído a essa clareira como se existisse um ímã: duas vezes por dia ele se encaminhava, bem de manhãzinha e ao final da tarde. E sentia, naquele espaço, uma felicidade completa, uma restauração em sua alma, no entanto, não sabia como esclarecer o sentimento que o tomava nesses minutos, mas permanecia, quieto e recebedor da luz contínua que jorrava do alto; nem todas as pessoas eram capazes de observar e entender o que sucedia.
E assim, nessas décadas, esse era o ritual diário mas sem esforço, pois lhe era muito reconfortante e com tanta plenitude.
Quando Nicolau completara oitenta anos, bem numa terça-feira ainda do mês de outono, encaminhou-se à clareira, circundada de flores amarelas, na companhia ainda de seu Tenório já envelhecido, mas ainda, sim, tão próximo companheiro... seu amigo, e os dois se sentaram, na clareira, canto direito, como de costume. Nicolau, devagar, sentou-se numa pedra e o cão deitou-se ao seu lado.
Era manhã e as flores amarelas estavam tão vivas e brilhosas com o orvalho que a noite deixara.
Os dois, tão em paz com a vida pelo compromisso de viver, realizado, começaram a sentir o desligamento da energia terrena; seus corpos começaram a desfalecer e, lentamente, Nicolau foi pendendo para o mesmo lado onde seu companheiro estava. E de uma forma singela, o homem se deitou bem ao lado do amigo. O cão ainda observou Nicolau se ajeitar ao seu lado, inconsciente, e ali ficou. Sem compreender, mas aceitando o calor restante do corpo do amigo, o animalzinho se aconchegou e também seus olhos vagarosamente se fecharam e estavam, em seu último brilho, calmos e felizes. Os dois seguiram a natural viagem. Homem e animal, seres distintos, porém com o sentimento fraterno e leal do companheirismo.
Talvez, desde o início, buscassem a ampla clareira como lugar de bem-estar, supostamente, estruturada pela natureza, só isso. No entanto, a energia era intensa, acima da média que se encontra em matas primitivas. E havia naquele momento a luz em forma de cone abrangendo um pouco mais da extensão do espaço delimitado pelas flores amarelas.
E essa luz é desde o início da criação dessa natureza, mas sua intensidade realmente, incomparável.
Os olhos espirituais podiam ver a rápida rotação de sua energia e ainda podiam conferir que era um dos canais mais intensos ligando o plano terreno ao campo etéreo. Esses campos existem em todos os espaços do universo, são ligações constituídas por pensamentos e sentimentos elevados que se amparam no amor comum e no bem coletivo.
E Nicolau, em toda a sua existência contemporânea, mesmo mais isolado no espaço da natureza amiga, se completava mais e mais quando ao amanhecer e ao final da tarde, buscava a clareira escolhida por ele, lugar simples que, no entanto, transformara-se em pura referência da benéfica radiação. E o ímã da luz benfazeja tanto se fortalecia durante os anos... a mesma energia é atraída e muito se fortalece.
Sem a consciência exata de seu ato, mas o coração radiante de amor, junto com tantos outros bons espíritos arraigados para a ajuda da regeneração do Planeta, Nicolau contribuiu para o surgimento dos chamados cordões de equilíbrio, onde surgem as clareiras tão maravilhosas e restauradoras de fé e amor; em todos os lugares esse brilho intenso pode se apresentar, onde houver um coração amoroso, humilde e bondoso, de fato haverá a luz que liga aos céus.
O homem e seu amigo cumpriram o tempo programado, mas ainda melhor, foram trabalhadores incansáveis com o propósito no bem, luz que dissipa a escuridão da dor e das limitações. Continuarão o trabalho e exemplo.
A responsabilidade dos atos tem, no mínimo, três ramificações: o resultado direto, o aprendizado para o observador e a relação para o todo comum.
E por meio desse cordão iluminado, os dois amigos seguiram passagem para o lar de verdade, a morada do espírito, e a fé, o amor, a bondade partiram junto com os donos dessa energia, comprovando, assim, mais uma vez, que somos o reflexo de todos os nossos atos e sentimentos.
Que as clareiras da luz amorosa sejam um número sempre à frente das devastadoras energias contrárias.
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