quarta-feira, 30 de setembro de 2015

PÍLULAS GRAMATICAIS (172)


Em nosso idioma, as formas verbais do chamado imperativo afirmativo são derivadas das formas verbais que compõem o presente do indicativo e o presente do subjuntivo. 
Vejamos o verbo amar:

Presente do indicativo:
eu amo
tu amas
ele ou você ama
nós amamos
vós amais
eles ou vocês amam.

Presente do subjuntivo:
eu ame
tu ames
ele ou você ame
nós amemos
vós ameis
eles ou vocês amem.
Subentende-se, no subjuntivo, que a forma verbal seja precedida da conjunção “que”: Querem que eu ame. Desejam que nós amemos. Que tu ames muito, eis o meu sonho.

Imperativo afirmativo:
O imperativo afirmativo, no caso da segunda pessoa, é derivado do indicativo:
Ama (tu), derivado de “tu amas”, sem o “s” final 
Amai (vós), derivado de “vós amais”, sem o “s” final
As demais formas do imperativo afirmativo são derivadas do subjuntivo:
Ame (você)
Amemos (nós)
Amem (vocês)

Imperativo negativo:
Quanto ao imperativo negativo, todas as formas derivam-se do subjuntivo:
Não ames (tu)
Não ameis (vós)
Não ame (você).

*

Uma exceção a essa regra ocorre com o verbo “ser”, que nos oferece, no caso da segunda pessoa, as seguintes formas do imperativo afirmativo:
Sê (tu)
Sede (vós).
Nos demais casos, as formas do imperativo derivam do subjuntivo, como se dá com os demais verbos:
Seja (você)
Sejamos (nós)
Sejam (vocês)
Não sejas (tu)
Não sejais (vós).
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terça-feira, 29 de setembro de 2015

A PEQUENINA QUE APRENDEU A COMPARTILHAR


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Veio de muito longe, não sabia de onde. Algumas pessoas, durante o longo percurso, deram algo para ela comer e água para beber. E se instalou numa rua calma com casas grandes e muito bonitas. Já era quase noite quando chegou. Encolheu-se na calçada em frente a uma notável casa branca com belo e cuidado jardim. Ficou bem encolhidinha em frente ao portão pequeno, ao lado do da entrada da garagem.
Seus olhos, um pouco desesperançosos e solitários ‒ pois quem a adotara, simplesmente não a quis mais e a colocou na rua –, imploravam, lacrimosos, por alguma atenção; ela precisava tanto de comida e de carinho. De repente, uma pequena cachorrinha com pedigree da luxuosa casa branca percebeu a presença daquela simples e grande cachorrinha de rua e, sem perder tempo, anunciou a estranha presença com um latido irritante e persistente. Um de seus donos apareceu para ver o que era, observou a pobre cachorrinha do lado de fora, mas nem se importou com ela. Pegou sua pequenina de raça com tanto amor e carinho e fechou a porta na cara da pobre cachorrinha abandonada.
Aquela noite foi bem fria, mas finalmente os raios de sol começaram a aparecer para aquecer o animalzinho sem um lar que passara a noite no relento frio e úmido. Ela olhava para a porta, tinha a esperança de alguém abri-la e alguma coisa lhe ser oferecida... um pouco de água, um cobertorzinho e alguma comida, mas apenas o que aconteceu foi o latido da cachorrinha moradora. E os olhos bondosos da vira-lata encontraram os da pequena com pedigree. Mais uma vez, o dono a chamou e fechou a porta sem sequer querer perceber a doce criatura na calçada.
A pequena moradora, muito curiosa, insistia em observar a outra cachorrinha do lado de fora. Pela terceira vez, ela correu para a frente da casa, mas sem latir, pois compreendeu que se não fizesse alarde, poderia ficar mais tempo para conhecer melhor a visitante da hora. E as duas, com um pouco de estranhamento por parte da com pedigree, começaram a se cheirar através dos vãos das grades. A cachorrinha abandonada tinha pura bondade no olhar. Assim, a com pedigree logo voltou para dentro, estava com fome e foi até sua tigelinha sempre com ração boa e fresquinha.
Ninguém, até aquele momento, havia oferecido qualquer coisa que fosse para a doce criatura na calçada; pelo menos o sol a aquecia.
Durante a refeição da pequenina com pedigree algo muito especial aconteceu. Ela, aparentemente, apenas com o instinto de satisfazer sua fome, sentiu-se sensibilizada com a pobrezinha do lado de fora. Parou de comer, bebeu um pouco de água e correu para ver se a outra cachorrinha ainda estava na calçada. Depois de constatado, ela, então, correu até sua tigela e, com cuidado, levou-a arrastando pela boca até a direção do vão da grade onde a cachorrinha abandonada estava. Em seguida, correu para buscar a outra tigela com água que, mesmo com cuidado, chegou quase sem nada. Mas, por infelicidade, as tigelinhas eram maiores do que o espaço entre um ferro e outro. Os olhos da cachorrinha abandonada baixaram: “O que será de mim?”, pareceu ser o seu pensamento. No entanto, a pequenina com pedigree não desistiu e seus olhinhos se tornaram ainda mais brilhosos, havia tido uma ideia.
Ela olhou bem nos olhos da grande vira-lata e, decidida, pegou um grãozinho de ração e se aproximou do vão para dar na boca da cachorrinha bondosa na calçada. E, assim, muitos grãos alimentaram, com consideração e carinho, a visitante. A delicadeza com que uma doava e a outra recebia era muito emocionante de se ver, como ocorreu com o dono que, de dentro da sala através do cantinho da janela, observou toda a atitude amorosa.
Depois de comer, ficou com sede, mas a pequenina de dentro não teve nenhuma ideia para dar a água. Uma sombra bem grande surgiu sobre as duas, era o dono da menorzinha. A cachorrinha de fora abaixou a cabeça, estava com medo do que lhe pudesse acontecer. A com pedigree abanou o rabinho e sorriu com os olhos ao vê-lo.
O homem, com calma, abriu o portão e a sua pequenina ficou do lado de dentro e a vira-lata, apreensiva, ouviu as seguintes palavras:
– Chega de sofrer! Venha, minha querida, entre no lar que, a partir de agora, também será seu.
A cachorrinha maior, ainda um pouco assustada, entrou devagar, receosa, bebeu o restinho de água da tigela, recebeu um afago na cabeça do seu novo dono e ao lado da pequenina de latido insistente e irritante caminhou para a sua nova vida.
Haverá as infelicidades e as decepções, mas o amor sempre existirá para curar as dores de um coração.
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segunda-feira, 28 de setembro de 2015

AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI (157)



Canção da Alegria Cristã
Leopoldo Machado e Oly de Castro
Somos companheiros, amigos, irmãos
Que vivem alegres pensando no bem.
A nossa alegria é de bons cristãos,
Não ofende a Jesus, nem fere a ninguém.

A nossa alegria
É bem do Evangelho,
Vibra e contagia
Da criança ao velho.

Mesmo entre perigos
Daremos as mãos,
Como bons amigos,
Como bons cristãos.
Sempre ombro a ombro,
Sempre lado a lado,
Vamos trabalhar com muita alegria
Pelo Espiritismo mais cristianizado,
Pela implantação da paz e harmonia.

A nossa alegria
É bem do Evangelho,
Vibra e contagia
Da criança ao velho.

Mesmo entre perigos
Daremos as mãos,
Como bons amigos,
Como bons cristãos.
Você pode ouvir a canção acima na voz dos intérpretes abaixo, clicando nos respectivos links:
Marcelo Daimom, Thiago Brito e Ricardo Sardinha - https://www.youtube.com/watch?v=jQwWUQA3wm8

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domingo, 27 de setembro de 2015

NO MUNDO NINGUÉM É PROPRIETÁRIO DE NADA; SOMOS MEROS USUFRUTUÁRIOS


Os casos de corrupção que a cada dia vêm à tona, envolvendo políticos e até mesmo ex-religiosos que optaram por servir a Mamon, evidenciam como ingênuos e despreparados são certos indivíduos a quem, em data recente, confiamos o nosso voto, certos de que elegíamos pessoas sérias e idealistas que supúnhamos haver ingressado na política para servir ao povo, e não servir-se.
Consideramo-los ingênuos, não porque foram imprudentes e deixaram pelo caminho marcas e sinais dos seus atos inconfessáveis. Mas, sim, porque se esqueceram de que todos os patrimônios da vida pertencem a Deus e, por isso, tenham sido adquiridos lícita ou ilicitamente, haverão um dia de ser restituídos.
Uns, evidentemente, os restituirão com a consciência tranquila e em paz. Quanto aos outros... é melhor nem pensar!
Uma das grandes contribuições de André Luiz para os que leem seus livros foi haver exemplificado o que ocorre com aqueles que, tendo vindo à crosta planetária com determinada tarefa, fracassaram nos seus propósitos.
Na obra Os Mensageiros, publicada pela FEB em 1944, André Luiz apresenta-nos inúmeros casos assim. Vicente, Otávio, Acelino, Mariana, Ernestina, Joel, Belarmino, Monteiro,  Alfredo – eis personalidades que, movidas pelo remorso, relataram, em todas as suas minúcias, o malogro em que se transformaram suas derradeiras existências.
Em todas elas, uma causa praticamente comum aparece de forma nítida, como o instrutor Tobias, da colônia “Nosso Lar”, explicou a André Luiz, ao conduzi-lo até o Centro de Mensageiros, no Ministério da Comunicação da mencionada colônia.
André ficara deslumbrado com a série de majestosos edifícios que compunham a sede da instituição. Parecia-lhe que encontrava ali algumas universidades reunidas, tal a enorme extensão deles. Pátios amplos, arvoredos, jardins... O Centro era, de fato, muito vasto e ali situavam-se apenas a administração central e alguns pavilhões destinados ao ensino e à preparação em geral.
A finalidade do Centro de Mensageiros é o preparo de pessoas, para que se transformem em cartas vivas de socorro e auxílio aos que sofrem no Umbral, na Crosta e nas Trevas.
Ali se preparam numerosos companheiros para a difusão de esperanças e consolos, instruções e avisos, nos diversos setores da evolução planetária.
Organizam-se turmas compactas de aprendizes para a reencarnação.
Médiuns e doutrinadores dali saem às centenas, anualmente.
Tarefeiros do conforto espiritual encaminham-se para os círculos carnais, em quantidade considerável, habilitados pelo Centro de Mensageiros.
São muito raros, porém, os que triunfam. Alguns conseguem execução parcial da tarefa, outros fracassam de todo.
Eis a explicação dada por Tobias:
“Raros triunfam, porque quase todos estamos ainda ligados a extenso pretérito de erros criminosos, que nos deformaram a personalidade. Em cada novo ciclo de empreendimentos carnais, acreditamos muito mais em nossas tendências inferiores do passado, que nas possibilidades divinas do presente, complicando sempre o futuro. É desse modo que prosseguimos, por lá, agarrados ao mal e esquecidos do bem, chegando, por vezes, ao disparate de interpretar dificuldades como punições, quando todo obstáculo traduz oportunidade verdadeiramente preciosa aos que já tenham "olhos de ver". (Os Mensageiros, cap. 3, pág. 24.)
Aprendemos no Espiritismo que na esfera carnal o maior interesse da alma deve ser a realização de algo útil para o bem de todos, com vistas ao Infinito e à Eternidade.
Nesse propósito, é indispensável contar com o assédio de todos os elementos contrários. Ironias, ataques, sugestões inferiores surgirão, com certeza, no caminho de todo trabalhador fiel. Essas são, pois, circunstâncias lógicas e fatais do serviço, porque ninguém vem ao mundo físico para descanso injustificável, mas para lutar por sua própria melhoria, a despeito de todo impedimento fortuito.
Apropriar-se dos recursos que a comunidade entrega aos administradores públicos é algo que não se concebe e que muitos sofrimentos acarretará a todos que, crendo-se imunes aos tentáculos da lei humana, não fugirão ao julgamento do tribunal da própria consciência, como André Luiz nos mostrou na obra a que nos reportamos.
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sábado, 26 de setembro de 2015

A VOLTA DO BOÊMIO




JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Algo de muito grave está ocorrendo naquela republiqueta: a tesoureira mor do partido dominante foi condenada a 30 anos de prisão. Mais de milhão de assinaturas pedem o impeachment do presidente, o que deixou em polvorosa a cúpula governamental, e, em conclusão da operação “leva jeito”, o STF aceitou a denúncia do MP contra o desvio de bilhões para as contas de dezenas de políticos e seus cúmplices, de todos os partidos, entre os quais: Dirce Joseph, Sincero Soares, Edu do Cunho, Alfonsinho Hanneman, João das Vaccas, Iuri Selfie e Jerônimo, o herói do sertão, este, o mais perigoso.
Nessa operação foram desviados vinte vezes mais dinheiro que o existente em todo o meu Rio de Janeiro.
Dizem que tudo foi planejado na casa do civil Jerônimo...
Na maior cidade da republiqueta está sendo realizado um show de rock, e aqui está a notícia bomba: não há rock e sim um barulho infernal de um milhão de vozes que gritam mais do que os roqueiros, dia e noite, noite e dia:
— Nosso país está desgovernado,
esses políticos que aqui estão
roubaram muito mais que o mensalão,
fora governo desavergonhado!
E a multidão repete o refrão:
— Fora governo desavergonhado! Fora governo desavergonhado!
Ouvi dizer que Jerônimo, o herói do sertão, saiu a campo e articula o governo para que tudo vire pizza. Uma de suas frases preferidas é a seguinte: “Jamais na história desta republiqueta houve um governo tão popular como o meu”.
Há controvérsias, porém. Nos EUA, estão pedindo 40 milhões para libertar um ex-presidente da CBF. Já na republiqueta, um dos condenados que desviou 40 milhões foi multado em 400 mil... E isso não é nada popular.
— Minha conclusão, Machado, é que o problema não é o criminoso, mas sim o crime... Ou será o contrário? Estou tão confuso...
— Deixemos essa dúvida filosófica para lá e vamos ao que nos interessa. Em razão dos graves acontecimentos atuais da dita nação, também Lampião tem acionado seus jagunços para criar mais confusão. Logicamente, ele não se furtou em convidar Maria Bonita para trabalharem juntos nessa barafunda que se tornou a república Boêmia. Quanto mais confusa ficar a população, mais tempo se ganha e mais dinheiro se rouba, com o louvável intuito de melhorar a vida política dessa desnaturalizada nação.
 — Alguém mais foi convidado, ó Machado?
— Antônio Conselheiro... mas seus conselhos não estão sendo levados muito a sério, pois sua ideia maluca é a de que “o sertão virou mar e o mar virou sertão”.
— Bem... se pensarmos na má gestão da Cantareira em São Paulo, é provável que...
— Calma aí, Joteli, estamos falando da republiqueta Boêmia. Não mude de assunto!
— Ok, amigo. Mas diga-me uma coisa: esse tal Jerônimo não é de Pernambuco?
— Mais exatamente de Garanhuns. E, embora tenha doze irmãos, um deles, ao ser perguntado se todos são vivos, respondeu que só um é vivo: Jerônimo, o herói do sertão. Os outros são normais...
— É, Machado, estás ficando velho... Já não consegues distinguir a ficção com a realidade. Afinal, quem é que mudou de assunto, eu ou você?
— Sei lá... Agora me aparece Nélson Rodrigues, trazendo pelo braço Nélson Gonçalves, que canta A volta do boêmio, pode?
— Pode. Clique aqui, leitor amigo, e ouça a bela interpretação do barítono Nélson Gonçalves: http://letras.mus.br/nelson-goncalves/47650/.
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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

A AMIZADE É ALGO VALIOSO QUE É PRECISO MANTER E CULTIVAR


Depois de perder os pais, Roscoe, um orangotango de três anos de idade, que vemos na foto abaixo, estava tão deprimido que se recusava a comer e não respondia muito bem aos tratamentos e remédios.
Os veterinários achavam que ele iria se entregar à morte.
Um velho cão foi encontrado perdido nos arredores do zoológico e, quando levado para dentro da sala de tratamento, encontrou-se com o orangotango e os dois tornaram-se amigos inseparáveis desde então.
O orangotango encontrou uma nova razão para viver e se esforça ao máximo para fazer seu novo amigo acompanhá-lo em suas atividades.
Eles vivem no norte da Califórnia e a natação é o esporte favorito de ambos, embora Roscoe (o orangotango) ainda tenha um pouco de medo da água e precise da ajuda do amigo para atravessar a nado.
Eles passam o tempo todo juntos e podemos ver, pelos sorrisos e risadas, quanto são felizes.
Juntos descobriram o lado engraçado da vida e o valor da amizade. Encontraram mais do que um ombro amigo para debruçar...
A amizade é algo precioso e até os animais demonstram que sabem disso.
Viva a AMIZADE!

*

Juntamente com o relato acima transcrito, recebemos da mesma pessoa, uma amiga que estimamos muito, este lindo poema que Cora Coralina escreveu:

Saber Viver

Não sei... Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.

Muitas vezes basta ser:
Colo que acolhe,
Braço que envolve,
Palavra que conforta,
Silêncio que respeita,
Alegria que contagia,
Lágrima que corre,
Olhar que acaricia,
Desejo que sacia,
Amor que promove.

E isso não é coisa de outro mundo,
É o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela
Não seja nem curta,
Nem longa demais,
Mas que seja intensa,
Verdadeira, pura....
Enquanto durar.

A notável poeta tem razão. A vida não tem sentido se não tocamos o coração das pessoas. E é por isso que todos os dias aqui estamos, ofertando ao leitor uma breve mensagem, seja na forma de crônica, de poesia ou de canção, com o singelo propósito de levar a todos uma palavra que toque o sentimento de todos que nos leem.
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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

PÉROLAS LITERÁRIAS (117)



Culpa e resgate

Antônio Valentim da Costa Magalhães

– Senhora, compaixão! – a moça triste implora.
– Não merece perdão a mulher que se aluga!...
Acabarei contigo, infame sanguessuga!... –
Grita no espancamento a impassível senhora.
A vítima doente anseia, tomba e chora,
Tremendo, a soluçar, sob o pé que a subjuga...
Rompe-se um grande vaso... E o sangue rola em fuga.
A morte arranja o fim... Tudo é silêncio agora...
A ré que ninguém viu, como se nada houvera,
Continua a viver qual flor na primavera,
Mas a Lei vigilante assinala-lhe a trilha.
E antes que a dama nobre em remorsos se adentre,
A alma da moça triste acolhe-se-lhe ao ventre
E ela estende-lhe o seio, enlaçando-a por filha...

Diretor-fundador do célebre jornal literário A Semana e membro fundador da Academia Brasileira de Letras, Valentim Magalhães foi romancista, poeta, crítico literário, teatrólogo, contista e jornalista. O soneto acima integra o livro Antologia dos Imortais, obra psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier.
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quarta-feira, 23 de setembro de 2015

PÍLULAS GRAMATICAIS (171)



A locução “próximo de” não varia, nem quanto ao gênero, nem quanto ao número.
Assim, devemos escrever:
- O carro caiu próximo do rio.
- Os carros caíram próximo do rio.
- João morava próximo de sua escola.
- Nós morávamos próximo de nossa escola.
- Havia uma árvore muito grande próximo do rio.
- Havia cinco árvores muito grandes próximo do rio.
A situação muda de figura quando usamos o adjetivo “próximo”, em seguida a um verbo de ligação, caso em que o vocábulo “próximo” varia em gênero e número.
Verbo de ligação é assim denominado por ligar o predicativo ao sujeito. São exemplos de verbos de ligação: ser, andar, estar, ficar.
O adjetivo “próximo”, em face disso, varia nos casos seguintes:
- Meus primos eram bem próximos de nós.
- Eles ficaram próximos de nós.
- A casa de minha avó era próxima de nossa casa.
- Meninos, atenção: estejam próximos de nossa barraca.
- Joana estava próxima da margem do rio.
- Irmãos em Cristo, sejamos próximos uns dos outros.
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terça-feira, 22 de setembro de 2015

PRIMAVERA


CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
Sim. O espetáculo delicado e colorido, mais uma vez, vem celebrar a vida; a primavera está chegando. Vem mansinha, espera o seu tempo para se apresentar, cuida de cada árvore para que, assim, possam todas florir. Há as que, mais ansiosas, dão floradas antecipadas, pois querem logo dizer: “Sorriam... a vida é a mais nobre flor a enfeitar a eternidade”. Há também as que respeitam fielmente seu tempo natural e nem mais cedo nem mais tarde dão suas flores, mas na hora certa presenteiam a paisagem como o dourado do sol.
O ar fica leve e perfumado; a energia benfazeja é borrifada em todos os rincões... para as crianças e os adultos; os bebês e os mais vividos; os animaizinhos que na terra vivem, os que voam na liberdade do ar, os que nadam na água doce e os que nadam na do mar; essa pureza está para todos, é mais um presente de Deus.
Parece que os instrumentos de uma linda melodia ecoam todo tempo e visitam cada pedacinho de lugar levados pelo vento de gostoso aroma junto com a calma longa e breve das notas musicais. A primavera deseja espalhar a paz como as abelhas fazem com os polens das flores, a primavera quer compartilhar a certeza de que na vida o amor é o maior dos sentimentos e totalmente restaurador das almas daqui e das de lá.
As flores coloridas e as árvores decoradas querem celebrar a bondade de, outra vez, terem recebido o regalo que é viver... a grande oportunidade de aqui nós todos podermos nos melhorar.
Cada estação traz sua vivência e expectativa. No entanto, a primavera é a mais brilhante e cheia de vida, ela é o entusiasmo e o maior exemplo de que a alegria, a leveza, a bondade podem, sim, reorganizar a estrada e deixar os passos mais suaves e uma maior possibilidade de boas conquistas.
Os cata-ventos coloridos como as flores estão nas mãos das crianças que se encantam com sua rápida rotação; o vento é agradável mas veloz, ele também está radiante com a estação. Assim são os bons pensamentos e sentimentos... quanto mais bondosos, a energia dessas emoções gira mais rápido.
A natureza, mesmo com certa debilidade ocasionada pelas atitudes dos humanos, segue seu propósito e nos ensina que o valor deve ser destinado a coisas realmente notáveis que beneficiem o maior número de seres, ainda nos ensina que quando nos preocupamos com questões de âmbito apenas individual nos isolamos em conchas solitárias... tristes... frias... existentes em todos os lugares onde houver corações com a semelhante vibração.
É tempo de alegria, de reconciliação, de amar quem ainda não se pôde, é tempo de se redefinirem melhores escolhas coletivas e de iniciar a compreensão de que há uma só família; a natureza continuamente ensina isso. É tempo de observar o tranquilo movimento que as flores fazem em sintonia com suas folhas, elas não desperdiçam energia movimentando-se para lados contrários, elas respeitam o vento que as balança.
E agora, a cada um, ofereço a flor mais delicada e com a qual o seu coração mais se identifica, ofereço ainda um sopro suave de carinho e muita paz e um abraço fraterno e acolhedor. Ofereço-lhe também a doçura na palavra e a ternura no olhar e uma certeza abençoada de que com amor tanto ao pequenino gesto quanto à eminente ação é o mais perfeito caminho para se conquistar a verdadeira felicidade e alcançar os degraus da evolução. A natureza, ininterruptamente, nos ensina as grandes lições.
Mais um brilhante reluzindo, mais uma etapa iniciando, mais uma vez a primavera nos orienta e nos anima apresentando a linda estrela que brilhará para a eternidade: o dom da vida.
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segunda-feira, 21 de setembro de 2015

INFORME SINTSEP - MA



Fórum de Defesa das Carreiras se reúne com nova secretária da SEGEP 

Representantes do Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo Estadual se reuniram com a nova secretária de Estado de Gestão e Previdência (SEGEP), Lílian Régia Gonçalves Guimarães, para entrega dos ajustes e adequações da minuta do projeto de Lei que cria a Mesa de Negociação Permanente entre governo e sindicatos.

A reunião, que foi a primeira após mudança na gestão da pasta, antes  ocupada por Felipe Camarão, aconteceu na terça-feira (15), na sede da Escola de Governo do Maranhão (EGMA).

Na ocasião, os representantes das onze entidades que integram o Fórum, destacaram a importância da efetivação da Lei. A ideia é impedir que durante as mudanças de gestão a mesa de negociação seja facilmente desfeita se for instituída através de decreto. 

"Uma das principais lutas dos sindicatos é tornar lei a mesa de negociação para que mesmo com as mudanças de gestão no governo o diálogo com os servidores seja permanente”, explicou o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais (SINTSEP), Cleinaldo Lopes.

A proposta de lei elaborada pelo governo do Estado foi modificada em alguns pontos pelo Fórum e, segundo a secretária, será analisada e discutida na próxima reunião que será realizada em 15 dias.

Durante a reunião a questão da regulamentação da data-base e do reajuste salarial dos servidores para 2016 também foram levantadas. Uma posição sobre os assuntos ficou de ser dada no próximo encontro, em que será criado, ainda, um calendário de reuniões mensais com a secretária.

Questionada sobre a discussão dos pontos referente a Pauta de Reivindicações Unificada entregue pelo Fórum em janeiro deste ano, a nova secretária alegou desconhecer o assunto.

Vale lembrar que a sugestão da criação da Mesa de Negociação e mais outros 23 pontos foram levadas ao governo através da Pauta Unificada de Reivindicações criada pelo Fórum de Defesa das Carreiras do Poder Executivo Estadual. 

SINTSEP e SES dialogam sobre direitos para servidores estaduais da área da saúde 

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais (SINTSEP), Cleinaldo Lopes, esteve reunido com o secretário de Saúde do Estado, Marcos Pacheco, para tratar sobre a criação da comissão para elaboração de Planos, Carreiras, Cargos e Salários para os servidores que trabalham nas unidades de saúde do serviço público estadual.

Além disso, foi discutido sobre o pagamento de gratificação do SUS para demais servidores da área da saúde, uma lei mais especifica para o caso e  também sobre a revisão da portaria de gratificação do servidor.

Marcos Pacheco solicitou um prazo de três semanas para discutir internamente com sua equipe sobre essas questões. De acordo com o secretário, atualmente a pasta da saúde conta com 11 mil e 700 servidores terceirizados.

A reunião com o secretário de saúde foi fruto da audiência pública realizada em 03 de setembro pela Promotoria de Justiça com representantes do sindicato e da saúde, onde foi firmado um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) para resolução dos assuntos citados acima.


SOBRE OS 21,7% 

Após a derrota dos companheiros servidores do judiciário, o SINTSEP volta a esclarecer sobre a situação da ação dos 21,7% no que tange os servidores públicos estaduais.

O governo do Estado entrou com dois recursos contra os 21,7% e isso mesmo após nossas quatro vitorias consecutivas no Supremo Tribunal Federal (STF).

O primeiro através de uma reclamação que não foi reconhecida pelo STF e o segundo por um embargo de divergência, ainda que até o presente momento não exista decisão contrária aos 21,7%, este foi reconhecido e deverá ser julgado pelo STF.

O SINTSEP representa todas as categorias de servidores do poder executivo e sempre esteve aberto para negociar com o governo. Inclusive, uma reunião foi realizada para tratar do assunto, porém nenhum interesse posterior foi demonstrado pelo governo do Estado em dar continuidade nas negociações.

Sabemos que com a derrubada dos 21,7% dos companheiros da justiça, o governo vem com toda força para que a nossa ação seja também derrubada. Seguimos na luta!

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