domingo, 31 de julho de 2016

POR QUE, ENTRE A INFÂNCIA E O FINAL DA ADOLESCÊNCIA, MUDAMOS TANTO? - PART. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

REFLEXÃO À LUZ DO ESPIRITISMO.



Por que, entre a infância e o final da adolescência, mudamos tanto?
Surpreso com a mudança de temperamento que se verifica com alguns jovens no período final da chamada adolescência, alguém nos pergunta se o Espiritismo tem alguma explicação para isso.
Sim. Trata-se de um assunto tratado com clareza na principal obra de Allan Kardec, como podemos ver no texto que adiante reproduzimos:
– Que é o que motiva a mudança que se opera no caráter do indivíduo em certa idade, especialmente ao sair da adolescência? É que o Espírito se modifica? “É que o Espírito retoma a natureza que lhe é própria e se mostra qual era.” (O Livro dos Espíritos, questão 385.)
Na sequência da resposta, os instrutores espirituais disseram mais o seguinte:
“As crianças são os seres que Deus manda a novas existências. Para que não lhe possam imputar excessiva severidade, dá-lhes ele todos os aspectos da inocência. Ainda quando se trata de uma criança de maus pendores, cobrem-se-lhe as más ações com a capa da inconsciência. Essa inocência não constitui superioridade real com relação ao que eram antes, não. É a imagem do que deveriam ser e, se não o são, o consequente castigo exclusivamente sobre elas recai.
“Não foi, todavia, por elas somente que Deus lhes deu esse aspecto de inocência; foi também e sobretudo por seus pais, de cujo amor necessita a fraqueza que as caracteriza. Ora, esse amor se enfraqueceria grandemente à vista de um caráter áspero e intratável, ao passo que, julgando seus filhos bons e dóceis, os pais lhes dedicam toda a afeição e os cercam dos mais minuciosos cuidados. Desde que, porém, os filhos não mais precisam da proteção e assistência que lhes foram dispensadas durante quinze ou vinte anos, surge-lhes o caráter real e individual em toda a nudez. Conservam-se bons, se eram fundamentalmente bons; mas sempre irisados de matizes que a primeira infância manteve ocultos.” (Obra e questão citadas.)
Concluindo as explicações, os Espíritos acrescentaram:
“A infância ainda tem outra utilidade. Os Espíritos só entram na vida corporal para se aperfeiçoarem, para se melhorarem. A delicadeza da idade infantil os torna brandos, acessíveis aos conselhos da experiência e dos que devam fazê-los progredir. Nessa fase é que se lhes pode reformar os caracteres e reprimir os maus pendores. Tal o dever que Deus impôs aos pais, missão sagrada de que terão de dar contas. Assim, portanto, a infância é não só útil, necessária, indispensável, mas também consequência natural das leis que Deus estabeleceu e que regem o Universo.” (Obra e questão citadas.)
Reportando-se ao tema no seu livro O Consolador, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, Emmanuel reafirmou o ensinamento acima e a ele acrescentou informações importantes que vale a pena reproduzir para o leitor.
Escreveu Emmanuel:
“O período infantil é o mais sério e o mais propício à assimilação dos princípios educativos. Até os sete anos, o Espírito ainda se encontra em fase de adaptação para a nova existência que lhe compete no mundo. Nessa idade, ainda não existe uma integração perfeita entre ele e a matéria orgânica. Suas recordações do plano espiritual são, por isso, mais vivas, tornando-se mais suscetível de renovar o caráter e a estabelecer novo caminho, na consolidação dos princípios de responsabilidade, se encontrar nos pais legítimos representantes do colégio familiar.
Eis por que o lar é tão importante para a edificação do homem, e por que tão profunda é a missão da mulher perante as leis divinas.
Passada a época infantil, credora de toda vigilância e carinho por parte das energias paternais, os processos de educação moral, que formam o caráter, tornam-se mais difíceis com a integração do Espírito em seu mundo orgânico material, e, atingida a maioridade, se a educação não se houver feito no lar, então, só o processo violento das provas rudes, no mundo, pode renovar o pensamento e a concepção das criaturas, porquanto a alma reencarnada terá retomado todo o seu patrimônio nocivo do pretérito e reincidirá nas mesmas quedas, se lhe faltou a Luz interior dos sagrados princípios educativos.” (O Consolador, questão 109.)
Resumindo: o jovem, ao final da adolescência, é a mesma pessoa da anterior existência, com outro nome e outra roupagem, mas o mesmo Espírito. Se experimentou alguma melhora, ela se refletirá no seu comportamento. Se tal não ocorreu, estaremos diante do mesmo indivíduo, com as virtudes e também os defeitos que ostentou no passado.
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sábado, 30 de julho de 2016

NUNCA MAIS VOLTARAM -CONTOS- PARTILHADO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI



Nunca mais voltaram...
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Conta-nos o espírito Valérium que um cidadão filantropo, bondoso, mas cheio de cautelas, antes de ajudar algum necessitado, foi procurado por uma jovem humilde e bem vestida que lhe pediu, constrangida, ajuda para uma cirurgia urgente em cidade distante e de maiores recursos. O homem prometeu ajudá-la, mas antes solicitou uma sindicância sobre a real situação da moça. Cinco dias depois, soube que se tratava de pobre viúva. Pediu-lhe, então, que procurasse um médico amigo, o qual confirmou o diagnóstico e a necessidade urgente de cirurgia. O benfeitor ficou satisfeito e se propôs a socorrer a jovem, mas antes, temendo mau juízo dos vizinhos, julgou melhor esperar pela esposa dele, que voltaria de viagem na semana seguinte. Com a chegada da esposa, dirigiram-se à casa da pobre viúva; mas, ao chegarem lá, ficaram sabendo que ela falecera na véspera (VIEIRA, W. Bem-aventurados os simples. Ed. FEB, cap. 35). Moral da história: ajuda que chega tarde é recusa.
Manoel Bandeira disse, em seu poema intitulado O bicho, que ficou chocado ao ver um bicho-homem catar comida entre os detritos do pátio e devorá-la sem exame. 
A história, mais uma vez, se repete. Também eu, passando, hoje, por uma grande lixeira com sobras de alimentos e detritos malcheirosos, localizada à frente de alguns bares, observei não um, mas dois “bichos” revirando, catando e comendo xepas que lhes pareciam reaproveitáveis.
Era um casal jovem. O rapaz mordia vorazmente uma maçã e revirava o lixo, auxiliado pela moça.
Nenhum deles me viu, quando parei, poucos metros adiante, penalizado. Continuavam remexendo a lixeira, em busca de mais comida, quando me materializei a sua frente, tirei do bolso vinte reais e lhos ofereci. Agradeceram, comovidos, ao me ouvirem dizer com minha boca de agênere1: — Peguem o dinheiro e vão fazer um lanche saudável...
Afastei-me dali sem olhar para trás; mas, enquanto andava, lembrei-me de outra cena ocorrida há 120 anos... Deitado e abraçado em banco de mármore, à frente de minha casa no Cosme Velho, imaginei ver um casal de crianças. Pareciam dois anjinhos, belos e sujinhos, descalços e maltrapilhos, que sonhavam com um banquete no céu. O que a mim me parecia linda menina de cabelos longos, muito pretos, descobri, mais tarde, ser o menino de seis anos abraçado ao irmão de oito anos.
Penalizado, aproximei-me e perguntei-lhes o que faziam ali, dormindo abraçados, às 9h da manhã, quando o sol já se fazia forte. Respondeu-me o mais velho que ali estavam desde a noite anterior, quando sua mãe os deixara e voltara ao morro da Penha, onde os três moravam em pequeno barraco. Era costume daquela mãe usar suas crianças para esmolarem diariamente. Se nada conseguissem, tinham que dormir na rua... Então, levei-os a minha casa.
Ali, constatei a ausência de Carolina e, sem pensar no mau juízo que poderiam fazer de mim os vizinhos, pedi às crianças para se banharem, enquanto eu preparava um lanche para ambos, que comeram, depois, com muito gosto e gratidão.
Ali, ouvi, do mais velho, narrações do “arco da velha”, tais como o hábito de ensacarem e malocarem, em bueiros, dinheiro recebido; de fingirem-se de abandonados (e estavam mesmo!) para receberem ajuda, etc. Com menos de dez anos, já tinham vivido o que não vivemos durante toda uma vida...
Não satisfeito, levei-os a uma loja de roupas infantis, comprei uma muda de roupa e um par de calçado para cada um, dei-lhes algo mais que o dinheiro da passagem e lhes pedi para voltarem outro dia, na companhia da mãe, e quando Carolina estivesse em casa.
Dias depois, as crianças voltaram a procurar-me, vestidas com as roupinhas novas, mas sem a presença da mãe. Dessa vez Carola estava em casa e já sabia da história. Foi ao encontro dos meninos comigo e lhes demos mais uma modesta ajuda financeira... Agora, entretanto, Carolina, que trabalhava numa instituição de assistência social, lhes recomendou pedir a sua mãe para levá-los lá, onde a família seria convenientemente atendida e orientada...
Nunca mais voltaram.
[1] Agênere: espírito materializado, que se confunde com uma pessoa viva.
     Acesse o blog: www.jojorgeleite.blogspot.com

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sexta-feira, 29 de julho de 2016

CORREIO MEDIÚNICO (ALÉM DO SONO) PARTILHADO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI





Além do sono

Calderaro (Espírito)

De passagem por nosso templo, rogo vênia para ocupar-lhes a atenção com alguns apontamentos ligeiros, em torno de nossas tarefas habituais.
Dia e noite, no tempo, simbolizam existência e morte na vida.
Não há morte libertadora sem existência edificante.
Não há noite proveitosa sem dia correto.
Vocês não ignoram que a atividade espiritual da alma encarnada estende-se além do sono físico; no entanto, a invigilância e a irresponsabilidade, à frente de nossos compromissos, geram em nosso prejuízo, quando na Terra, as alucinações hipnóticas, toda vez que nos confiamos ao repouso.
É natural que o dia mal vivido exija a noite mal assimilada.
O espírito menos desperto para o serviço que lhe cabe, certamente encontrará, quando desembaraçado da matéria densa, trabalho imperioso de reparação a executar. Por esse motivo, grande maioria de companheiros encarnados gasta as horas de sono exclusivamente em esforço compulsório de reajuste.
Mas, se o aprendiz do bem atende à solução dos deveres que a vigília lhe impõe, torna-se, como é justo, além do veículo físico, precioso auxiliar nas realizações da Esfera Superior.
Convidamos, assim, a vocês, tanto quanto a outros amigos a quem nossas palavras possam chegar, à tarefa preparatória do descanso noturno, através do dia retamente aproveitado, a fim de que a noite constitua uma província de reencontro das nossas almas, em valiosa conjugação de energias, não somente a benefício de nossa experiência particular, mas também a favor dos nossos irmãos que sofrem.
Muitas atividades podem ser desdobradas com a colaboração ativa de quantos ainda se prendem ao instrumento carnal, principalmente na obra de socorro aos enfermos que enxameiam por toda parte.
Vocês não desconhecem que quase todas as moléstias rotineiras são doenças da ideia, centralizadas em coagulações de impulsos mentais, e somente ideias renovadoras representam remédio decisivo.
Por ocasião do sono, é possível a ministração de amparo direto e indireto às vítimas dos labirintos de culpa e das obsessões deploráveis, por intermédio da transfusão de fluidos e de raios magnéticos, de emanações vitais e de sugestões salvadoras que, na maior parte dos casos, somente os encarnados, com a assistência da Vida Superior, podem doar a outros encarnados. E benfeitores da Espiritualidade vivem a postos, aguardando os enfermeiros de boa vontade, samaritanos da caridade espontânea, que, superando inibições e obstáculos, se transformam em cooperadores diligentes na extensão do bem. Se vocês desejam partilhar semelhante concurso, dediquem alguns momentos à oração, cada noite, antes do mergulho no refazimento corpóreo. Contudo, não basta a prece formulada só por só. É indispensável que a oração tenha bases de eficiência no dia bem aproveitado, com abstenção da irritabilidade, esforço em prol da compreensão fraterna, deveres irrepreensivelmente atendidos, bons pensamentos, respeito ao santuário do corpo, solidariedade e entendimento para com todos os irmãos do caminho, e, sobretudo, com a calma que não chegue à ociosidade, com a diligência que não atinja a demasiada preocupação, com a bondade que não se torne exagero afetivo e com a retidão que não seja aspereza contundente.
Em suma, não prescindimos do equilíbrio que converta a oração da noite numa força de introdução à espiritualidade enobrecida, porque, através da meditação e da prece, o homem começa a criar a consciência nova que o habilita a atuar dignamente fora do corpo adormecido.
Consagrem-se à iniciação a que nos referimos e estaremos mais juntos.
É natural não venham a colher resultados, de imediato, nas faixas mnemônicas da recordação, mas, pouco a pouco, nossos recursos associados crescerão, oferecendo-nos mais alto sentido de integração com a vida verdadeira e possibilitando-nos o avanço progressivo no rumo de mais amplas dimensões nos domínios do Universo.
Aqui deixamos assinalada nossa lembrança que encerra igualmente um apelo ao nosso trabalho mais intensivo na aplicação prática ao ideal que abraçamos, porque a alma que se devota à reflexão e ao serviço, ao discernimento e ao estudo, vence as inibições do sono fisiológico e, desde a Terra, vive por antecipação na sublime imortalidade.

Do livro Instruções Psicofônicas, obra mediúnica de autoria de Francisco Cândido Xavier. A mensagem acima foi recebida psicofonicamente na noite de 17/2/1955. Calderaro é o instrutor espiritual mencionado por André Luiz no livro No Mundo Maior.



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quinta-feira, 28 de julho de 2016

BOTA FORA NHÔ CHICO - PÉROLAS LITERÁRIS (161) - PARTILHDO DE O BLOG eSPIRITISMO SÉCULO XXI




Bota fora de Nhô Chico
Cornélio Pires
Caiu Nhô Chico morto, ao fim da janta,
Papou tatu ervado e foi caipora.
O povo segue o enterro, reza e chora:
- “Coitado de Nhô Chico Couro D’Anta!”
O avarento vivia de penhora.
Sovinaria nele era já tanta,
Que engastalhava o cuspe na garganta
Com pena de jogar o cuspe fora...
Mas Nhô Chico sabia tanto ensino!
Assunto o céu sereno e não atino
Por onde sobe ele e se agasalha...
Pasmo, vejo o caixão roxinho perto;
Nhô Chico está no corpo, de olho esperto,
Caçando aflito um bolso na mortalha...
Do livro O espírito de Cornélio Pires, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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terça-feira, 26 de julho de 2016

ANTES DE ADOECER, É PREFERÍVEL AMAR




Antes de adoecer, é preferível amar
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Quando, após tantos recursos utilizados, a dor persistir, um, em sua simplicidade e nobreza ao mesmo tempo, alcançará o feito ou pelo menos abrandará demais o sofrimento: a transcendente energia do amor.
Às vezes ou, muitas vezes, pensamos ser autossuficientes para a realização dos fatos que somente o amor é capaz de realizar. Na verdade, deve existir amor em todo acontecimento, pois se sua ausência for presente, a incompreensão gerará a frieza e, por conseguinte, a insatisfação, a discórdia e, por fim, a tristeza de ambas as partes, do feitor e do receptor.
Algo tão surpreendente é se sabemos que o amor é a poção mágica mais valorosa, por que, então, deixamo-lo, em muitos casos, como quase último recurso? Talvez os resquícios do mau comportamento ainda nos domine, talvez esses resquícios sejam ainda mais dominantes do que imaginamos, sutilmente como orgulho, vaidade, prepotência. No entanto, o aprendizado é abençoada oferta da vida. E todo pequenino grão haverá de florescer. Só não devemos deixar o amor em última instância, ele deve ser o primeiro recurso a ser utilizado.
O amor é pelo próximo, pela vida, mas é também pelo próprio eu, pois amar o externo sem cuidar do íntimo, certamente, é falta de amor.
Quantas doenças são criadas por falta dessa transcendente energia. Se o amor transcende mundos, é preciso também que ele fique no coração, em cada ser que a vida habita, além de causar a melhor sensação existente, ele evita todo tipo de enfermidade. Não é sábio adoecer por falta de amor, e, infelizmente, todos já passamos em alguns momentos por isso. Ah, Senhor, nos ilumine para aprendermos sempre!
Insistimos em inumeráveis infelizes maneiras, em gastos extremos, em dores e sofrimentos sendo que uma simples ação amorosa poderia evitá-los.
Se for preciso reconhecer que o caminho está inadequado, reconheça; caso a palavra ofensiva ganhe destaque, procure enfraquecê-la; ainda se tantos erros foram cometidos, respire para os passos à frente; se a exigência impera, então, que a lembrança dos pacientes companheiros em nossa vida possa ser restaurada; caso os fatos demorem a se estabelecer, observar que muitos outros precisam acontecer antes; ainda se a dor for a visitante, o amor é a mais decisiva certeza em todo tempo até a eternidade.
As preocupações com as outras pessoas, com o julgamento insensato já arruinaram homens e mulheres e, muitas vezes, o amor, por estar em secundário plano, não pôde aflorar a bondade e a luz. E tanta desventura e dor foram sentidas. Infelizmente histórias tristes do passado se repetem no presente pelas mesmas atitudes. Mas o amor é a maior energia que transcende.
Se estradas secas e duras já foram percorridas, que cheguem agora as floridas e benfazejas, com paz, contentamento e plenitude; isso é tão real. Não deixemos o amor atrás do orgulho, vaidade e egoísmo, mas possamos colocá-lo diante dos nossos olhos e imerso em nossa vida. Ele deve ser o regente da sinfonia dos dias, com calma, um amanhecer por vez. Ele deve estar como na cantiga que certo dia ouvi cuja avó cantava para a neta: “Assim como o sopro do vento entra e refresca o lar, assim também o amor pode entrar em cada coração e curar ainda muitos outros ao redor”.
O amor mantém a saúde do corpo, da alma, do espírito em todos os tempos e mundos.
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segunda-feira, 25 de julho de 2016

AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI (200) E A VIDA CONTINUA - BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI



E a vida continua
Evaldo Gouveia e Jair Amorim
Eu encontrei
Ontem na rua o meu amor,
Aquele amor
Que pôs em mim tanta amargura.
E recordei, estando só,
A ternura de outrora,
Tempo feliz que se resume
Em lembranças agora.
Alguém te amou
E hão de te amar
Como eu te amei.
Há corações que te darão
O que eu te dei.
Tu passas pela rua
E a vida continua.
E em mim também
Esta saudade sempre tua.
Você pode ouvir a canção acima, na voz dos intérpretes abaixo, clicando nos links indicados:
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quinta-feira, 21 de julho de 2016

PÍLULAS GRAMATICAIS (214)



Um leitor pergunta-nos se a palavra “constroem”, forma verbal do verbo construir, é escrita assim mesmo, sem acento gráfico.
Sim, “constroem” não necessita de sinal gráfico.
O motivo é que se trata de uma palavra paroxítona (palavra em que a sílaba tônica é a penúltima) terminada com a letra “m”. É pelo mesmo motivo que não têm acento gráfico:
- movem
- cantem
- roem
- estudam.
Outra questão proposta por ele diz respeito à regência do verbo “ver”.
No sentido de avistar, perceber pela visão, olhar para, contemplar, alcançar com a vista, enxergar, divisar, distinguir, o verbo “ver” pede objeto direto:
- Eu vi o acidente.
- Eu vi meu velho avô.
- Eu o vi hoje.
- Nós vimos nossa tia.
- Nós a vimos ontem.
Constitui erro – o chamado solecismo de regência – dizer: “Eu lhe vi”.
*
Um leitor estranhou o uso das palavras “cretino” e “idiota” mencionadas por Allan Kardec na pergunta relativa à questão 373 d´O Livro dos Espíritos. Não se trata, porém, de desconsideração para com os portadores de deficiência mental, os quais têm sido modernamente, pelo menos aqui no Brasil, designados pela palavra “excepcionais” e, mais recentemente, pelo vocábulo “especiais”.
Cretino (fr. crétin) é um termo técnico que designa, em Medicina, quem sofre de cretinismo.
Da mesma forma, idiota designa aquele que sofre de idiotia, termo que em Psiquiatria significa atraso intelectual profundo, caracterizado por ausência de linguagem e nível mental inferior ao da idade normal de três anos, e muitas vezes acompanhado de malformações físicas.
Com esse sentido é que ambas as palavras foram utilizadas por Allan Kardec, que, se vivesse em nossa época e no Brasil, provavelmente se expressaria de forma diferente.
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quarta-feira, 20 de julho de 2016

IMPRESCINDIBILIDADE: CONHECIMENTO -PARTILHADO DE O BLOG O ESPIRITISDMO SÉCULO XXI

Contos e crônicas



Imprescindibilidade: conhecimento
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Buscar conhecimento e, consequentemente, a compreensão de pequena parcela das muitas ocorrências na vida, deveras, é a decisão para passos mais largos em direção ao progresso. Há tantos meios para esse objetivo, porém o início será a vontade de conhecer e aproximar a luz do próprio caminho.
Tão mais aprazível para a alma, centelha eterna em seus dois modos, desejar compreender do que em tristes e longas ladainhas infelicitar sua caminhada, valiosa oportunidade nos concedida por Deus. O tempo perdido com as indignações é o mesmo que se poderia utilizar para a compreensão e apreciação das benfazejas atitudes e pensamentos, da beleza real e da emoção sincera.
A partir da decisão em busca da luz, as dificuldades não desaparecerão, pois são meios de crescimento, no entanto, a sabedoria suavizará a estrada e as difíceis lições serão aprendidas com calma e resignação e não mais revolta e vitimização.
Tudo o que acontece é por um motivo; pode ser por expiação, provas, amor pelo próximo, compreensão pela vida. Entretanto, a bondade de Deus é amorosa e incomparável e está à frente de toda situação de maneiras suaves, claras ou imperceptíveis.
Um fator muito importante, ou melhor, decisivo, é compreender que somos seres milenares e muito já vivemos, e erramos, e choramos, e fizemos chorar, e crescemos, e perdemos, e ganhamos, e sorrimos, e eternamente há a nos melhorarmos. E os campos verdes florescerão para as flores e para as crescidas sementes, como o vento tombará o campo de trigo com seu carinho, e o sol trará o calor para o trigal, e a chuva alimentará a sua raiz, e os espíritos reconhecerão as suas virtudes e todo o caminho necessário para sentirem a pura sensação de amor e proximidade do bem... o seu aprimoramento.
Os exemplos sempre valem quando benfazejos e aprendidos para não realizá-los quando a dor for a primeira a chegar. O nosso coração sabe distinguir muito bem o que é bom e o que ainda não se desenvolveu para este fim. Nossas existências são todo nosso acerto e todo nosso aprendizado que, de uma forma ou outra, nos construíram como estamos hoje. E o nosso futuro dependerá de cada presente vivido. Nunca importará o que o alheio pensamento considerar, mas, eternamente, o que sentir e pensar o próprio coração.
Quantos olhares cruzarão o horizonte, quantos já cruzaram e muitos outros cruzam agora e esses olhares se despertam, na maior parte das vezes, mais tristonhos que felizes, pois deixaram de realizar o pouco que se propuseram. Entretanto, o tempo é apropriado sempre para o agradecimento e a decisão pela conduta melhorada, para mais realização que omissão, para mais amor que egoísmo, para mais vida que desânimo perante ela. O tempo continua e não esperará a indecisa decisão.
E o imenso horizonte oferece conhecimento a quem deseja adquiri-lo. E quanto mais compreendermos a vida, mais em paz poderemos viver e cooperar para a sua expansão. Então, reclamaremos menos e faremos mais; aceitaremos mais e menos julgaremos; valorizaremos a eternidade e a centelha que somos e nos enxergaremos como filhos do mesmo Pai e a energia fraterna nos abraçará tão ternamente. A partir do momento em que desejarmos as estrelas, a luz confortará o nosso coração.
O conhecimento ampara, acalma, preenche, traz a vontade tão nobre de querer viver e não somente o equívoco de viver por viver.
E quando a alma decide crescer, a alegria reverbera no espírito que devolve em forma de acorde harmônico à alma que naturalmente presenteia o espírito e, em sincronia, o espírito e a alma começam a se conhecer e a, de fato, desejar ser um só como são em momentos distintos.
O laço do conhecimento une o ser por completo. 
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segunda-feira, 18 de julho de 2016

AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI (199) PARTILHADO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI




Lama nas ruas
Almir Guineto e Zeca Pagodinho
Deixa 
Desaguar tempestade,
Inundar a cidade,
Porque arde um sol dentro de nós.
Queixas, sabes bem que não temos
E seremos serenos,
Sentiremos prazer no tom da nossa voz.
Veja, o olhar de quem ama
Não reflete um drama, não.
É a expressão mais sincera, sim.
Vim pra provar que o amor, quando é puro,
Desperta e alerta o mortal.
Aí é que o bem vence o mal,
Deixa a chuva cair, que bom tempo há de vir.
Quando o amor decidir mudar o visual,
Trazendo a paz no sol,
Que importa se o tempo lá fora vai mal?
Que importa?
Se há tanta lama nas ruas
E o céu é deserto e sem brilho de luar...
Se o clarão da luz do teu olhar vem me guiar,
Conduz meus passos
Por onde quer que eu vá.
Se há...
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