segunda-feira, 29 de agosto de 2016

AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI (205)



Pra conquistar teu coração
Luiz Carlos da Vila e Wanderley Monteiro
Se o limite for o infinito,
Vou subir até o pico do Everest,
Nadar o oceano sem um grito
E de joelho atravessar o agreste.
Faço isso tudo e muito mais
Pra te encontrar, te conquistar,
E até provar que é minha paz
O inverso dos meus ais.
Preto no branco num poema, vou pôr sim,
E, onde houver um mau começo, pôr fim,
Fazer de tudo pra mudar,
Um novo mundo instalar
E com o mundo em minhas mãos...
Onde houver talvez ou não, eu vou sim
Com as próprias mãos andar a pé ao Bonfim
E num xaxim eu vou plantar
Um baita de um jequitibá,
Enraizar mesmo sem chão.
São Tomé vai crer sem olhar
E todo mundo vai cantar
Que eu conquistei teu coração...
Você pode ouvir a canção acima, na voz dos intérpretes abaixo, clicando nos links indicados:
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domingo, 28 de agosto de 2016

REFLEXÕES À LUZ DO ESPIRITISMO REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI




Pontos a observar no tocante ao tratamento do alcoolismo
Conforme dissemos no domingo passado, focalizaremos nesta edição o tema tratamento do alcoolismo.
Sintetizando os passos recomendados pelos especialistas na matéria e as recomendações específicas do Espiritismo a respeito da obsessão, nove pontos devem ser observados pela pessoa que deseja, com o auxílio dos recursos espíritas, curar-se:
1. Conscientização de que é, de fato, alcoólatra e deseja, por isso, tratar-se.
2. Mudança dos hábitos do dia a dia, para desse modo evitar os ambientes e os amigos que com ela bebiam anteriormente.
3. Abstinência de toda e qualquer bebida alcoólica, convicta de que não bebendo o primeiro gole não haverá o segundo nem os demais.
4. Buscar apoio em um grupo de natureza idêntica à dos Alcoólicos Anônimos, que proporciona, segundo o conhecido psiquiatra americano George Vaillant, o melhor tratamento que se conhece.
5. Cultivar a oração e a vigilância contínua, como elementos de apoio à decisão de manter a abstinência.
6. Utilizar os recursos oferecidos pela fluidoterapia, ou seja, os passes magnéticos, a água fluidificada e as radiações.
7. Leitura de páginas, mensagens ou livros de conteúdo elevado, que possibilitem a assimilação de ideias superiores e a renovação dos pensamentos.
8. A ação no bem, adotando a laborterapia como recurso precioso à saúde da alma.
9. Realização, pelo menos uma vez na semana, do chamado Evangelho no lar, ciente de que a família que lê o Evangelho e ora em conjunto beneficia a si e a todos os que a rodeiam. 
Sobre o assunto e os malefícios causados pelas bebidas alcoólicas, sugerimos ao leitor que leia, quando puder, o Especial “Alcoolismo e Obsessão”, publicado na edição 38 da revista “O Consolador”. Eis o link: http://www.oconsolador.com.br/38/especial.html
Recomendamos também a leitura dos livros “Meu marido é um alcoólatra”, “Alcoolismo, Cura, através da conscientização” e “Alcoolismo: as histórias que eles contam”, todos de autoria de Damião Borges Marins, publicados pela EVOC – Editora Virtual O Consolador. Os livros citados podem ser baixados gratuitamente, bastando para isso acessar a página da editora na internet: http://www.oconsolador.com.br/editora/obras_publicadas1.htm
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quarta-feira, 24 de agosto de 2016

PÍLULAS GRAMATICAIS (219) REPROD. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI




Observe estas frases:
- Ele fez a prova, contudo não foi bem.
- Chegou atrasado, entretanto conseguiu fazer a prova.
- Ela prometeu vir, no entanto não veio.
Todas estão corretas no tocante à colocação da vírgula, que deve anteceder as conjunções coordenativas, tais como: mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, portanto, logo, pois, assim, por conseguinte, então, por conseguinte, por isso.
A exceção ocorre com as conjunções e, ou e nem, que dispensam a vírgula:
- Ele chegou e logo saiu.
- João foi internado ou viajou de repente.
- Ele não comeu nem bebeu nada.
Nos três primeiros casos, em que a vírgula é de lei, observe que não há necessidade de colocar outra vírgula depois da conjunção (Ele fez a prova, contudo não foi bem), exceto quando a conjunção estiver intercalada no período:
- O rapaz pediu socorro; nenhum transeunte, porém, parou para ajudá-lo.
- A jovem estudou bastante; não conseguiu, no entanto, sucesso na prova.
- O menino estava sem camisa e sentia, por isso, muito frio.
*
A expressão “sem conto” tem o mesmo sentido de “sem conta”. Podemos, portanto, dizer:
- Vezes sem conto ele viajou pelo interior de Minas.
Ou, se preferir:
- Vezes sem conta ele viajou pelo interior de Minas.
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sábado, 20 de agosto de 2016

CORREIO MEDIÚNICO - VIDA E AMOR - PARTILHADO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Vida e amor
Irmão X
A cena desenrolou-se há quase cinco anos.
O apelo vinha de longe. O cansaço da velha amiga se lhe desenhava no rosto. E o rosto dela se nos refletia no espelho da mente. Era Dona Maria Eugênia da Cunha, que eu conhecera menina e moça em meus últimos tempos no Rio.
Lembrava-nos a afeição, rogava socorro espiritual.
A jovem de outra época era agora uma viúva, pobre, residindo de favor com o filho único, recém-casado. O chamamento lhe fluía do ser, em nossa direção:
– Meu amigo, em nome de Jesus, se é possível, auxilie-me... Não aguento mais!
Utilizando os recursos do desencarnado, quando pode ganhar distância e tempo, fomos vê-la e encontramo-la, arrasada de angústia, ante os insultos da nora.
Maria Cristina, a boneca que lhe desposara Júlio, o filho que ela preparara com tanto mimo para a vida, não considerava nem mesmo a tempestade lá fora, e ordenava:
– E a senhora saia daqui hoje...
– Mas hoje? Com esta noite? – arrazoava a sogra, em pranto.
– Estou farta, se eu fosse velha moraria no asilo.
– Preciso ver meu filho...
– Isso é que não. Quem manda nesta casa sou eu...
– Sou mãe.
– Seja o que for, saia daqui. A senhora tem irmã no Leblon, tem sobrinhos em Madureira... Pode escolher...
– Maria Cristina!...
– Não dramatize.
– Afinal, você me expulsa deste modo?! Que fiz eu?
– Não vou com a sua cara.
– Minha filha, pelo amor de Deus, não me atire assim porta fora...
– Arranque-se daqui ou não respondo pelo que possa acontecer.
– Júlio!...Quero ver Júlio!...
– A senhora não mais envenenará meu marido com as suas conversas...
– Ah! Meu Deus!...
– Não se escore em Deus para mudar de assunto. Saia agora!
– Preciso arranjar minhas coisas, minha roupa...
– Nada disso... Amanhã, a senhora telefona, que eu mando seus cacarecos...
– Não posso sair assim...
– Vamos ver quem pode mais...
Colocando algum dinheiro nas mãos da sogra, sacudiu-a com violência e, em seguida, puxou-a até a porta e gritou:
– Vá de táxi, vá de ônibus, vá como quiser, mas desapareça!
Inútil qualquer tentame de socorro. A moça, transtornada, não assimilava qualquer apelo de misericórdia.
Num momento, Dona Maria Eugênia se viu empurrada para a rua.
A pobre cambaleou, arrastou-se, e, mais alguns minutos de chuva e lágrimas nos olhos, o desastre... Projetada ao longe por pesado veículo, veio a fratura mortal.
No dia seguinte, identificada pelo filho numa casa de pronto-socorro, largou-se do corpo, ao anoitecer.
Abateu-se o infortúnio sobre o casal. Júlio e Maria Cristina passaram à condição de doentes da alma. Por mais que a mulher engenhasse a escapatória, asseverando que a sogra teimara em sair em visita à irmã, debaixo do aguaceiro, o esposo desconfiava. Desconfiava e sofria.
Dona Maria Eugênia, porém, na espiritualidade, compadeceu-se dos filhos e, conquanto enriquecida de proteção e carinho, não se sentia tranquila ao sabê-los em desentendimento e dificuldade.
Repetia preces, mobilizou relações e, depois de quatro anos, venceu o problema, tornando, de novo, à Terra...
Hoje, fui ver a velha amiga renascida no Rio.
Renasceu de Júlio e Maria Cristina, lembrando uma flor de luz no mesmo tronco familiar. Os pais felizes, agindo intuitivamente, deram-lhe o mesmo nome: Maria Eugênia.
O jovem genitor beijava-a enternecido e a ex-nora, transfigurada em mãezinha abnegada, guardava-a sobre o próprio seio, com a ternura de quem carrega um tesouro.
Meditava nos Prodígios da Reencarnação, à frente do trio, quando o irmão Felisberto, que me acompanhava, falou, entre alegria e a emoção:
– Veja, meu amigo!... Não adianta brigar, condenar, ofender, perseguir... A Lei de Deus é o Amor e o Amor Vencerá Sempre.
Do livro Cura, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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quinta-feira, 18 de agosto de 2016

PÉROLAS LITERÁRIAS (164) PARTL. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI



Carta aos cônjuges
Casimiro Cunha
Meus irmãos, o matrimônio
É um instituto divino,
Onde o trabalho em comum
É luz de amor e de ensino.
O lar é um templo sagrado
De vida superior,
Onde começa no mundo
A lei sublime do amor.
Toda a harmonia terrestre,
Em circunstâncias quaisquer,
Tem seu início sagrado
No marido e na mulher.
São ambos um corpo só,
Em doce consagração.
Se o homem é a cabeça,
A mulher é o coração.
Cada um no seu lugar,
São iguais pelo dever
No santo esforço que as mãos
Nunca cessam de fazer.
Sem a máxima união
Na intimidade do lar,
Esse corpo transcendente
Não consegue funcionar.
Porventura, já se viu
Coração sobre a cabeça?
Ou ambos em separado,
Funcionando em vida avessa?...
Se a mulher é sentimento,
Se o homem é luta e ação,
Devem ambos ser unidos
No plano da educação.
Para que um lar seja o pouso
Do carinho e da esperança,
Jamais se esqueça o regime
Do amor e da confiança.
Harmonia em toda a casa
Faz da vida um campo em flor.
Ciúme é a erva daninha
Que mata as rosas do amor.
Intriga e relaxamento
São treva e calamidade,
Trazendo consigo o atrito
Que queima a felicidade.
Se há lutas pelo caminho,
A ventura dos casais
Consiste em reconhecer
Que o perdão nunca é demais.
Quem recebeu a Missão
Desse Instituto de Amor
Tem Solenes Compromissos
Perante as Leis do Senhor.
Façam, pois, do Lar Terrestre
A Estrada de Salvação,
Onde Jesus Plante as Flores
De Vida e de Redenção.
Do livro Cartas do Evangelho, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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terça-feira, 16 de agosto de 2016

SE SOMOS ALMAS INTEIRAS - PARTILHADO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Contos e crônicas



Se somos almas inteiras
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Dia desses, alguém me relatou, ou melhor, desaguou lágrimas de desespero por não estar na companhia de quem supõe amar. Ouvi com atenção, era tudo que podia fazer. E esse alguém foi embora. Fiquei com minhas constatações seguindo para casa.
De fato, muitas pessoas mais se precisam do que se completam. E o pior, é que elas não percebem que são seres inteiros, centelhas, chispas de luz eterna, amor, criação bendita. E sofrem tanto pela ausência de quem julgam amar, e sofrem ainda mais por sentirem o outro – o suposto amado ser – como propriedade; um erro atrás do outro, o que resulta em desequilíbrio e sofrimento. Somos todos seres que podemos nos completar com outros quanto à afinidade, carinho, respeito, alegria, paz, amor, mas se precisamos de alguém... ah, nesse quesito, o que menos haverá é o amor, começando pelo amor próprio.
Quando se fala também que a felicidade será alcançada no momento em que o coração estiver junto do tanto almejado, mais uma vez, ilusão, pois depositar no outro, ou seja, responsabilizar outro ser pela própria felicidade, sem dúvida, é enorme falta de entendimento sobre a vida, esta que é amor, liberdade, compreensão e conquista de lindos jardins com flores tão belas. Uma estrela não será mais ou menos estrela se estiver sozinha no céu ou infinitamente acompanhada; estrelas sempre são estrelas, como corações sempre serão corações.
O que tanto é preciso é desenvolvermos a nobreza dos sentimentos, conhecermo-nos mais a fundo, apreciarmos todo o universo existente em nós, encontrarmos os limites entre o que já aprendemos e todo o infinito ainda a ser descoberto e lapidado. Isso é viver. Ninguém deve precisar de ninguém, mas desejar viver junto para se completar, para alcançar os raios solares que o horizonte oferece, para conhecer as novas coisas e ter uma mão para enlaçar e ver, a perder de vista, os pores de sol e as noites nascendo, acompanhar o tracejado que os pássaros fazem no céu e simplesmente olhar para os olhos ao lado e sorrir.
Compartilhar os dias chuvosos; os domingos; as segundas-feiras; o último pedacinho de bolo; conversar de madrugada, pois um inteiro perdeu o sono e o outro, também em sua completude, sabe da importância da companhia. A alma, ser individual, nunca deve precisar de outra, mas deseja companheirismo e muito se compraz ao lado da eternidade de outras almas que, a seu tempo, tanto a completam.
Se um universo há em cada ser, tanto há para conhecer e descobrir, familiarizar-se e surpreender-se, aprimorar e entender e simplesmente querer viver. Após realizar um pouquinho de cada ação e começar a compreender o próprio universo, então, completar-se com outra alma que lhe faça bem, sem dúvida, é presente para o coração e boa energia para felizes realizações.
Então, quando precisar de alguém é por haver necessidade de algo; entretanto, quando alguém nos completar é por que o amor é razão maior, pois somos centelhas inteiras e indivisíveis que amam ser amadas e que, aos poucos, caso ainda não tenham assimilado, amarão amar outras almas inteiras.
Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/
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segunda-feira, 15 de agosto de 2016

AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI (203) SACO DE FEIJÃO - PARTIL. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

Saco de feijão
Francisco Santana
 
Meu Deus, mas para que tanto dinheiro,
Dinheiro só pra gastar.
Que saudade tenho do tempo de outrora,
Que vida que eu levo agora!
Já me sinto esgotado
E cansado de penar, meu Deus!
Sem haver uma solução.
De que me serve um saco cheio de dinheiro
Pra comprar um quilo de feijão?
De que me serve um saco cheio de dinheiro
Pra comprar um quilo de feijão?
No tempo do merréis e do vintém
Se vivia muito bem, sem haver reclamação.
Eu ia ao armazém do seu Manoel com um tostão,
Trazia um quilo de feijão.
Depois que inventaram o tal cruzeiro,
Eu trago um embrulhinho na mão
E deixo um saco de dinheiro.
Ai, ai, meu Deus!
Depois que inventaram o tal cruzeiro,
Eu trago um embrulhinho na mão
E deixo um saco de dinheiro.

Você pode ouvir a canção acima, na voz dos intérpretes abaixo, clicando nos links indicados:
Beth Carvalho e Velha Guarda da Portela - https://www.youtube.com/watch?v=Rm6sNJuo_wI
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sexta-feira, 12 de agosto de 2016

CORREIO MEDIÚNICO -EVITANDO O CRIME - PARTL. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI




Evitando o crime
Hilário Silva
Era o Dr. Aristides Spínola distinto diretor da Federação Espírita Brasileira, no Rio, quando foi procurado por um amigo do Méier, que lhe comunicou a desesperadora situação no lar.
Tinha esposa e quatro filhas a se voltarem contra ele, em difícil obsessão. Duas filhas solteiras rixavam com as duas casadas, e os genros, inimigos entre si, injuriavam-no, publicamente, cada qual querendo senhorear a casa.
E, no que era mais triste, a esposa ficara moralmente ao lado de um deles, criando-lhe posição insustentável.
A cada momento, era instado a discutir.
Sentia-se tentado a matar um dos genros, mas começara a ler algo da Doutrina Espírita e sentia-se necessitado de orientação. Não desejava perder a migalha de luz que a fé lhe acendera n’alma.
O Aristides Spínola, que era muito humilde e sereno, aconselhou:
- Evite a discussão.                                            
- E se eu for insultado? - indagou o consulente.
- Conte até sessenta, sem responder.
- Mas, se a provocação continuar?
- Busque mudar de assunto.
- Se for inútil?
- Saia de casa.
- É possível, no entanto, que mo impeçam - tornou o amigo, sinceramente interessado em tratar de todas as minúcias.
- Se isso acontecer, procure isolar-se num quarto, a chave.
- E se abrirem o aposento à força?
- Nesse caso, telefone imediatamente para o Pronto-Socorro e espere a ambulância na porta.
- E quando a ambulância chegar?
Entre nela e recolha-se ao hospital - disse o Dr. Spínola -; isto é melhor que entrar na faixa do crime, comprometendo-se por muitas reencarnações.
O cavalheiro despediu-se mais tranquilo; no entanto, rogou ao prestimoso orientador para que o visitasse, por espírito de caridade, no dia seguinte, a fim de ajudá-lo a conversar com a esposa, que parecia francamente obsidiada.
Na manhã seguinte, Aristides Spínola encaminhou-se para o endereço de que se munira; entretanto, ao chegar à porta, deu com uma ambulância que deixava a casa, tilintando, ruidosamente, a pedir caminho...
Do livro Almas em Desfile, obra psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier.
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quarta-feira, 10 de agosto de 2016

PÍLULAS GRAMATICAIS (217) REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

Pílulas gramaticais (217)



Observe a seguinte frase:
– Iludiram os mestres os alunos, com vários truques e subterfúgios.
Quem iludiu a quem? Foram os mestres ou foram os alunos?
Essa frase é um exemplo típico de um vício de linguagem chamado de anfibologia ou ambiguidade, que se dá quando a frase admite mais de uma interpretação.
Outros exemplos do mesmo vício:
– Prefeito e Governador se desentenderam por causa da má administração de seu governo.
– O menino viu o incêndio do prédio em que estava.
Os vícios de linguagem, que devem ser evitados por todas as pessoas que primam pelo bom uso do idioma pátrio, são assim designados:
1. Barbarismo: desvio da norma culta (nós foi; rúbrica; oróscopo)
2. Arcaísmo: emprego de palavras que já caíram de uso (antanho)
3. Neologismo: uso de palavras novas ainda não incorporadas pelo idioma (telecomunicar)
4. Solecismo: erro de sintaxe (sobrou muitas bebidas; eu lhe vi na missa)
5. Anfibologia ou ambiguidade: frase com sentido dúbio (o policial prendeu o vizinho em sua casa)
6. Obscuridade: frase com defeito de construção que a torna incompreensível (Como todo estrangeiro faz, porque a eles não assiste, o naturalista, não tendo aos desfiles assistido, queixou-se pelo fato)
7. Cacófato: junção de duas ou mais palavras que produz um som ruim ou desagradável (Envie-me já o catálogo de vendas)
8. Eco: dissonância causada pelo uso sequencial de palavras com terminações iguais ou semelhantes (De forma constante o declarante fez-se participante e integrante importante de...)
9. Hiato: efeito dissonante causado por uma sequência de vogais (Ou eu o ouço, ou não sei o que eu faço)
10. Colisão: dissonância produzida pelo uso na frase de consoantes iguais ou semelhantes (Pedro, pedreiro português, pintava paisagens pitorescas)
11. Pleonasmo: redundância desnecessária de informação (Há dois anos atrás ele se casou).
O pleonasmo, quando tem por finalidade reforçar uma ideia, constitui uma figura de linguagem. Se usado desnecessariamente, constitui vício.
São incluídos como barbarismo todos os tipos de estrangeirismo, ou seja, o uso desnecessário de palavras ou expressões de outras línguas. Exemplo: week-end, em vez de fim de semana.
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