quarta-feira, 30 de novembro de 2016

PÍLULAS GRAMATICAIS (233) REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

Pílulas gramaticais (233)



Os jornais diários e a televisão exercem grande influência sobre a forma como escrevemos ou pronunciamos determinadas palavras.
Algum tempo atrás, em reportagem publicada pela Gazeta do Povo, de Curitiba (PR), numa matéria sobre os prejuízos que os clubes de futebol tiveram no campeonato estadual deste ano, o repórter escreveu: “Os clubes ainda não reaviram o que gastaram”.
Ele queria dizer que os clubes ainda não recuperaram os gastos feitos.
O verbo reaver [de re- + haver] significa: haver de novo; recobrar, recuperar. Exemplo: É difícil reaver o tempo perdido. Trata-se, porém, de um verbo irregular e defectivo, que se conjuga como o verbo haver, mas somente nas formas verbais em que aparece a letra “v”.
No pretérito perfeito, diz-se: ele reouve, eles reouveram. No pretérito mais-que-perfeito, ele reouvera, eles reouveram.
A frase publicada pelo jornal deveria, portanto, ser assim redigida: “Os clubes ainda não reouveram o que gastaram”.

*

Na transmissão de um dos jogos do Barcelona, pela Liga dos Campeões da Europa, o repórter de determinada emissora de TV referiu-se aos simpatizantes do Barcelona como a torcida catalana. O jogo realizava-se em Barcelona, cidade situada na Catalunha.
O certo é, no entanto, catalã, e não catalana.
Catalã é feminino de catalão [do esp. catalán], que significa: pertencente ou relativo à Catalunha (Espanha); o natural ou habitante da Catalunha; língua românica falada nas províncias espanholas da Catalunha e de Valença, nas ilhas Baleares e em Andorra (Pireneus); vocábulo dessa língua. 
A palavra catalana existe, mas como feminino de catalano, adjetivo que se refere a Catalão, cidade situada no Estado de Goiás.
Catalano significa: pertencente ou relativo a Catalão (GO); o natural ou habitante de Catalão. [Feminino: catalana.]
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terça-feira, 29 de novembro de 2016

AINDA MAIS ENQUANTO ESTAMOS A CAMINHO - PART. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Contos e crônicas



Ainda mais enquanto estamos a caminho
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Certos momentos, a sensibilidade torna-se mais presente devido a ocorrências conosco ou com pessoas próximas, aliás, ocorrências que muito nos emocionam e, por alguns minutos, nos fazem desejar a realização de atitudes importantes de fato como, por exemplo, o amor pelas pessoas, se não ainda todas, mas pelo menos pelas que compartilham de nossa vida de forma mais direta; o carinho pelos braços que nos embalaram e nos amparam até hoje; o respeito pela voz que, mesmo mais cansada ou fragilizada, procura nos encorajar e orientar; a reciprocidade da atenção com que os queridos olhos nos olham... o pai, a mãe, as pessoas que estão conosco por algum motivo na estrada de agora.
A efemeridade de cada existência é notável, no entanto, em cada uma tanto se pode realizar de positivo, as alavancas para o progresso. E no fim das contas de cada existência o que se poderá calcular de créditos é quanto se conseguiu amar. O sentimento supérfluo, a preocupação com o pensamento alheio, a insistência desmedida para alcançar o que não tem valor em nosso estado maior, as desavenças tolas, a palavra proferida feito lança na emoção de outrem, o descaso com o desassistido, o cultivo do orgulho daninho e tantas atitudes improdutivas, negativas e causadoras de dor apenas dificultarão o alcance da liberdade que inteiramente o espírito almeja, ou melhor, necessita para a sua leveza, para a sua imprescindível paz.
Quando se pode fazer é agora, a vida é agora. Em todos os aspectos, o momento atual é propício e fecundo e a busca pela sabedoria é a ação mais acertada rumo à felicidade. O que já se viveu deveria ser lição aprendida, logo, muito tempo e energia esvaem-se em reincidentes atitudes desmedidas, inadequadas e deveras muito tristes. Diversas vezes, o que de bom não se preocupou em realizar até pode acontecer em outra oportunidade, mas com demora ou até mesmo nenhuma ocasião mais surgir. O sol comumente nascerá pela manhã, pois já conquistou sua posição devido ao benefício emitido por seu brilho. Mas nós... somos ainda pequeninos focos com bem pouca conquista, no entanto, com muito a conquistar principalmente com a conscientização de que o objetivo será alcançado se nossos pés derem os passos.
Portanto, que em nosso coração brote mais amor a cada novo amanhecer; que nossos braços abracem bem mais outros e não fiquem muito cruzados; que as palavras carinhosas e refazedoras sejam pronunciadas e ouvidas mais vezes; que o sorriso seja gratuito, verdadeiro e ilimitado; que a segurança em ser feliz faça vencer os obstáculos perante o caminho em busca da felicidade. Hoje... hoje é o melhor tempo, é a ocasião para um futuro bem-sucedido na própria emoção e em muitas outras; a vida requer direção.
Às vezes, a simplicidade da vida não é compreendida; complicamos demais o que simplesmente deveria ser assimilado com amor e gratidão. Caso ainda se esteja seguindo numa estrada complicada parar um instante, olhar para o Céu e procurar ouvir a sábia voz latente em todos – embora nem todos a possam ouvir ainda – e discernir a atitude real, certamente, é uma escolha muito acertada, pois as realizações para o verdadeiro júbilo do espírito são bem mais singelas, mas com a essência dos bons sentimentos e nobres valores.
A bondade divina, por meio dos acontecimentos diários, insiste em nos mostrar e ensinar que a vida é abençoada demais e que esta requer o cuidado de ser gerida com mais atenção, agradecimento e amor. As pessoas próximas de nós hoje são as exatas para o nosso crescimento e reparação e procurar amá-las enquanto estamos juntos e a caminho é o início da compreensão do próprio amor do Mestre por nós.
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segunda-feira, 28 de novembro de 2016

AS MAIS LINDAS CANÇÕES - PART. DE O BLOG O ESPIRITISMO SÉCULO XXI


As mais lindas canções que ouvi (218)



Mel

Caetano Veloso e Waly Salomão


Ó abelha rainha,
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória,
Pois se é noite de completa escuridão,
Provo do favo de teu mel,
Cavo a direta claridade do céu
E agarro o Sol com a mão...
É meio-dia, é meia-noite, é toda hora,
Lambe olhos, torce cabelos,
Feiticeira, vamo-nos embora.
É meio-dia, é meia-noite,
Faz zum-zum na testa,
Na janela, na fresta da telha,
Pela escada, pela porta,
Pela estrada toda afora.
Anima de vida o seio da floresta,
Amor empresta a praia deserta,
Zumbe na orelha, concha do mar.
Ó abelha, boca de mel,
Carmim, carnuda, vermelha.
Ó abelha rainha,
Faz de mim um instrumento
De teu prazer, sim, e de tua glória.
E de tua glória...
E de tua glória...
Você pode ouvir a canção acima, na voz dos intérpretes abaixo, clicando no link indicado:
Maria Bethânia (com legendas) - https://www.youtube.com/watch?v=XtpwD0AkO3Q
Maria Bethânia - https://www.youtube.com/watch?v=rVXYME0GdDg e https://www.youtube.com/watch?v=lGEep2Oawzg

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domingo, 27 de novembro de 2016

REFLEXÕES À LUZ DO ESPIRITISMO - REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

domingo, 27 de novembro de 2016

Reflexões à luz do Espiritismo



Como todo suicídio, voluntário ou não, as consequências do tabagismo vão além desta vida
Se tudo o que já se escreveu nas revistas e nos jornais sobre os malefícios do cigarro ainda não foi suficiente para despertar os fumantes, eis mais algumas informações a respeito do assunto: o tabagismo é responsável direto por 90% das mortes por câncer de pulmão, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença coronariana e cerebrovascular; e está também relacionado com o aneurisma arterial, a trombose vascular, a úlcera digestiva, as infecções respiratórias, a impotência sexual e, ainda, com o terrível enfisema pulmonar, uma doença respiratória grave que geralmente se desenvolve nos pulmões de quem fumou cigarro por muitos anos. O enfisema pulmonar leva à diminuição da elasticidade dos pulmões e à destruição dos alvéolos, provocando a tosse e extrema dificuldade para a pessoa respirar.
A nicotina, substância que provoca dependência, é um alcaloide que na fumaça do cigarro é veiculado através da fase gasosa e das partículas de alcatrão. Sua absorção dá-se rapidamente pelos pulmões. Quando tragada, ela se distribui para a circulação sistêmica e em cerca de 9 segundos atinge o cérebro, após atravessar rapidamente a barreira hematoencefálica. Seus efeitos farmacológicos podem ser observados em todo o corpo, conquanto atue principalmente sobre o aparelho cardiovascular provocando vasoconstrição, aumento da pressão arterial, da frequência cardíaca, da força de contração miocárdica e da adesão plaquetária.
Os que desencarnam em virtude do uso deliberado do cigarro adentram o mundo espiritual na condição de suicidas involuntários e enfrentam, por isso mesmo, todas as consequências decorrentes de uma desencarnação precipitada, consumada antes da hora.
No livro Temas da Vida e da Morte, psicografado por Divaldo Franco, Manoel Philomeno de Miranda diz-nos que o comportamento do homem afeta de maneira rigorosa a programação de sua vida.
São, segundo ele, de duas classes as causas que influem na existência humana: as próximas, ocasionadas na encarnação presente em que a pessoa se movimenta, e as remotas, que procedem das ações pretéritas. As causas próximas, situadas na presente existência, geram novos compromissos que, se negativos, podem ser atenuados de imediato por meio de atitudes opostas, e, se positivos, ampliados na sua aplicação. O tabagismo, o alcoolismo, a toxicomania, a sexolatria, a glutoneria, entre outros fatores dissolventes e destrutivos, são de livre opção e não estão, evidentemente, incursos no processo educativo de ninguém. Mas aquele que se vincula a qualquer deles padecer-lhe-á, inexoravelmente, o efeito prejudicial.
Como vivemos em um planeta bastante atrasado, no qual as chances de reencarnar em boas condições são cada vez mais escassas, perder a oportunidade de que ora desfrutamos é algo que temos dificuldade de compreender, sobretudo se o dependente do tabaco acredita em Deus. Afinal, o corpo físico é um presente que o Criador nos concede, e não pode, por causa disso, ser tratado com tanto descaso e indiferença.
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sábado, 26 de novembro de 2016

PROBLEMAS COM A INTERNET - PART. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

Contos e crônicas



Problemas com a internet
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Tentei pagar conta telefônica pelo meu i-Phone, no ícone do BB e, em resposta, li a seguinte mensagem: “Desbloquear usando o Touch ID”. Bati com o dedo ali, para atender o pedido de desbloqueio e não abriu. Quando dedei em cancelar, fui atendido. Após meia dúzia de tentativas de desbloqueio sem resultado e cancelamento com êxito, resolvi ligar para o número de atendimento aos clientes da agência. Então, teve início nova saga. A secretária eletrônica pediu tudo, de 1 a 10, sem que nenhuma dessas opções fosse a que eu queria.
— E o que querias, Joteli?
— Ah, mestre Machado, desejava simplesmente que alguém e não somente uma gravação eletrônica me dissesse o que fazer para desbloquear aquele ícone e acessar o tal de Touch ID. Se ao menos o Touch, que até sobrenome tem, me dissesse o que fazer, poupar-me ia a perda de meia hora do meu precioso tempo...Ide para os quintos... ID.
— É, meu caro, atualmente, tudo está sendo informatizado. Andam dizendo que já há crianças que pouco após seu nascimento são capazes de dizer: “— Só paro de chorar se mamãe prometer que vai comprar um i-Phone 7 para mim!”
— É verdade, Machado, mas já sou idoso e só na próxima encarnação terei um cérebro limpinho para cutucar com o dedo todos os botões que aparecerem em minha frente.
— Nisso eu concordo contigo, Jo, CPU e cérebro têm que estar limpos para produzirem muito...
— Agora ocorreu-me que eu bem podia ter lembrado de consultar meu neto de 4 anos, ao invés de digitar cada número do código de barras pelo computador, para pagar a malfadada conta telefônica. Ó, céus, ó lua, ó mar... Por que não me sugeristes tal ideia antes, Bruxo!?
 — E a coisa ainda vai melhorar, meu caro secretário. Estamos nos primórdios do tempo em que as máquinas vão resolver tudo para nós, sem qualquer intromissão humana. Imagino o dia em que a pessoa liga para uma clínica médica e...
— Fufufufufil... fufufufufil... fufufufufil...
Após o terceiro fufufufufil, responde a/o secretária/o eletrônica/o:
— Bom dia! (Quanta educação!) — ou: Boa tarde!. Ou: Boa noite! Conforme a hora. (Quanta sofisticação!) — Aqui quem fala é Touch ID às suas ordens.
Para consulta à clínica geral com robô masculino, digite 1; para consulta a robô feminino, digite 2 [...]; para voltar ao robô anterior, digite 5.
— ....
— Dois. Se você está gripado, digite 1; se está com pneumonia, digite 2; se é gastroenterite, digite 3; hipo ou hipertensão, digite 4; outras doenças, digite 5.
— ...
— Dois!... para cefaleia, digite 1; para tosse, digite 2; para espirro, digite 3; para coriza, digite 4, para hipertermia, digite 5, para falar com outro robô, digite 0.
— ...
— Um!... Tome um paracetamol de oito em oito horas.
— ...
— [...]. Entendi o seu problema. Procure um/a robô psiquiatra.
E pensar que não era para bater com o dedo no Touch ID, e sim apertar o botão do i-Phone...
Depois disso, mais duas horas perdidas... Alteraram o meu blog e, por fim, fiquei sem sinal de internet!
E hoje nem sexta-feira treze é... 
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quinta-feira, 24 de novembro de 2016

INICIAÇÃO AO ESTUDO DA DOUTRINA ESPÍRITA - PART. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Iniciação ao estudo da doutrina espírita



Allan Kardec, sua vida, sua
obra e seu método
Este é o terceiro texto de uma série que esperamos possa servir aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Os estudos aqui apresentados foram elaborados de acordo com o temário que a Federação Espírita Brasileira adotou nos primórdios do ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita.
Cada texto compõe-se de duas partes:
- questões para debate
- texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 
Questões para debate
1. Qual foi o nome de batismo do Codificador do Espiritismo?
2. Em que data e cidade ele nasceu e quando faleceu?
3. Como se chamou sua esposa?
4. Quais são os principais livros espíritas de sua autoria?
5. Em que consistiu o chamado método kardequiano?
Texto para leitura
1. Na cidade de Lyon (França), na Rua Sala 76, nasceu em 3 de outubro de 1804 aquele que se celebrizaria sob o pseudônimo de Allan Kardec, de tradicional família francesa de magistrados e professores, filho de Jean Baptiste Antoine Rivail e Jeanne Louise Duhamel. Batizado pelo padre Barthe a 15-6-1805, recebeu o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail.
2. Em Lyon fez ele seus primeiros estudos, seguindo depois para Yverdon (Suíça), a fim de estudar com o célebre professor Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), pedagogo suíço que fundou diversas escolas. O instituto de Yverdon era um dos mais famosos e respeitados na Europa, reputado mesmo como Escola-modelo, por onde passaram vultos eminentes do Velho Continente.
3. Desde cedo, Hippolyte tornou-se um dos mais eminentes discípulos de Pestalozzi. Na "Revista Espírita" de maio de 1869 diz-se que, dotado de notável inteligência e atraído por sua vocação, desde os 14 anos o jovem lionês ensinava aos colegas menos adiantados tudo o que aprendia.
4. Concluídos os estudos em Yverdon, ele se radicou em Paris, onde se tornaria conceituado mestre não só de Letras, como de Ciências, distinguindo-se como notável pedagogo, autor de obras didáticas e divulgador do método de Pestalozzi.
5. Encontrando-se no mundo literário de Paris com a professora Amélie Gabrielle Boudet, também autora de livros didáticos, o professor Hippolyte contrai com ela matrimônio, conquistando preciosa colaboradora para sua futura atuação missionária. Como pedagogo, no primeiro período de sua vida, publicou numerosos livros didáticos e apresentou planos e métodos referentes à reforma do ensino francês. Entre as obras publicadas destacam-se: Curso Teórico e Prático de Aritmética, Gramática Francesa Clássica, Catecismo Gramatical da Língua Francesa, além de programas para os cursos ordinários de Física, Química, Astronomia e Fisiologia.
As obras espíritas da lavra de Kardec
6. Em 1854, o professou ouviu falar pela primeira vez nas mesas girantes, por meio de seu amigo Fortier, estudioso do Magnetismo. A princípio, revelou-se cético a respeito dos fenômenos, embora se dedicasse desde muito ao estudo do Magnetismo. No ano seguinte, ele pôde assistir pela primeira vez aos propalados fenômenos; corria o mês de maio de 1855. A partir de então passa a dedicar-se ao assunto, recebendo provas numerosas de que as manifestações eram produzidas pelos Espíritos de pessoas que haviam deixado a Terra.
7. Recebendo logo depois das mãos dos senhores Carlotti, René Taillandier, Tiedeman-Manthese, Sardou, pai e filho, e Didier, editor, cinquenta cadernos contendo comunicações diversas, o professor se dedicou à desafiadora tarefa de organizar ditos cadernos, resultando daí a codificação do Espiritismo e a elaboração de um conjunto de obras fundamentadas nos ensinamentos fornecidos pelos Espíritos, sendo a primeira delas "O Livro dos Espíritos", publicada em 18 de abril de 1857 e considerada como o marco inicial da codificação, embora o formato definitivo desse livro saísse apenas três anos depois, em março de 1860.
8. Explicando a sua convicção, Kardec sustenta que sua crença apoia-se no raciocínio e em fatos. Era' do seu feitio examinar, antes de negar ou afirmar, a priori, qualquer tema. Foi, portanto, como racionalista estudioso, emancipado de qualquer misticismo, que ele se pôs a examinar os fenômenos relacionados com as mesas girantes.
9. Em 1º de janeiro de 1858 lançou o primeiro número da "Revista Espírita", e em 1º de abril do mesmo ano fundou a Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. Em 1861 publicou a primeira edição de "O Livro dos Médiuns", a que se seguiram "O Evangelho segundo o Espiritismo" (1864), "O Céu e o Inferno" (1865) e "A Gênese" (1868), que são, juntamente com "O Livro dos Espíritos", suas principais obras.
10. A primeira revelação de sua missão ele a recebeu em 30-4-1856 por meio da jovem médium Srta. Japhet, o que foi confirmado em 12-6-1856 por intermédio da Srta. Aline e em 12-4-1860 por meio do Sr. Crozet. Na "Revista Espírita" de maio de 1869, publicada após sua desencarnação, ocorrida em 31 de março de 1869, Kardec é definido como trabalhador infatigável, "sempre o primeiro e o último a postos".
O método kardequiano
11. Kardec, cognominado por Camille Flammarion "o bom senso encarnado", adotou, em seu trabalho, o método intuitivo-racionalista, que aprendera com Pestalozzi, considerando todavia o valor da análise experimental. Sob tais diretrizes, cultiva o espírito natural da observação, apregoando o uso do raciocínio na descoberta da verdade. Desestimula, porém, a atitude mecânica, para que o aprendiz procure sempre a razão e a finalidade de tudo. Kardec sustenta que devemos partir do simples para o complexo, do particular para o geral. Recomenda a utilização de uma memória racional, fazendo o uso da razão, para reter as ideias, de modo a evitar o processo de repetição mecânica das palavras. Procura despertar no estudo a curiosidade do observador, de modo a avivar sua atenção e percepção.
12. O lastro contido no ensino basilar é sempre intuitivo, que ele considera "como o fundamento geral dos nossos conhecimentos e o meio mais adequado para desenvolver as forças do espírito humano, da maneira mais natural". Entendia Kardec que "todo bom método devia partir do conhecimento dos fatos adquiridos pela observação, pela experiência e pela analogia, para daí se extraírem, por indução, os resultados e se chegar a enunciados gerais que pudessem servir de base de raciocínio, dispondo-se esses materiais com ordem, sem lacuna, harmoniosamente".
13. Diz J. Herculano Pires que o método adotado por Kardec na codificação da Doutrina Espírita transformou-se no método da própria doutrina e tem, na sua própria simplicidade, a garantia da sua eficiência. Podemos – de acordo com Herculano Pires – resumi-lo assim:
I - Escolha de colaboradores mediúnicos insuspeitos, tanto do ponto de vista moral, quanto da pureza das faculdades e da assistência espiritual.
II - Análise rigorosa das comunicações, do ponto de vista lógico, bem como do seu confronto com as verdades científicas demonstradas, pondo-se de lado tudo aquilo que não possa ser logicamente justificado.
III - Controle dos Espíritos comunicantes, através da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem.
IV - Consenso universal, ou seja, concordância das várias comunicações, dadas por médiuns diferentes, ao mesmo tempo e em vários lugares, sobre o mesmo assunto.
Respostas às questões propostas
1. Qual foi o nome de batismo do Codificador do Espiritismo?
Batizado pelo padre Barthe a 15-6-1805, ele recebeu o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail.
2. Em que data e cidade ele nasceu e quando faleceu?
Kardec nasceu em 3 de outubro de 1804 na cidade de Lyon, França, e faleceu em Paris em 31 de março de 1869.
3. Como se chamou sua esposa?
Amélie Gabrielle Boudet.
4. Quais são os principais livros espíritas de sua autoria?
O primeiro a sair foi "O Livro dos Espíritos", publicado em 18 de abril de 1857 e considerado o marco inicial da codificação, embora o formato definitivo desse livro saísse apenas três anos depois, em março de 1860.
Seguiram-se "O Livro dos Médiuns" (1861), "O Evangelho segundo o Espiritismo" (1864), "O Céu e o Inferno" (1865) e "A Gênese" (1868), que formam com "O Livro dos Espíritos" o chamado Pentateuco Kardequiano.
Não podemos esquecer, porém, duas obras introdutórias importantíssimas: "Instruções Práticas sobre as Manifestações Espíritas" (1858) e "O que é o Espiritismo" (1859), além de "Viagem Espírita em 1862" e "Obras Póstumas", este último publicado depois de sua desencarnação.
5. Em que consistiu o chamado método kardequiano?
De acordo com o professor J. Herculano Pires, o método utilizado por Kardec na codificação do Espiritismo foi composto de quatro pontos:
I. Escolha de colaboradores mediúnicos insuspeitos, tanto do ponto de vista moral, quanto da pureza das faculdades e da assistência espiritual.
II. Análise rigorosa das comunicações, do ponto de vista lógico, bem como do seu confronto com as verdades científicas demonstradas, pondo-se de lado tudo aquilo que não possa ser logicamente justificado.
III. Controle dos Espíritos comunicantes, através da coerência de suas comunicações e do teor de sua linguagem.
IV. Consenso universal, ou seja, concordância das várias comunicações, dadas por médiuns diferentes, ao mesmo tempo e em vários lugares, sobre o mesmo assunto.
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terça-feira, 22 de novembro de 2016

ENTRE OS CAMPOS DE FLORES E AS PAISAGENS GRIS - PART. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Contos e crônicas



Entre os campos de flores e as paisagens gris
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Comumente se ouvem queixas sobre o avanço da idade. Pessoas reclamando que a vida está passando rápido demais e pouco é possível de realizar-se. No entanto, outras pessoas comentam alegremente que a vida é a mais linda e nobre oportunidade. Mesmo tempo, mesmo espaço, no entanto, atitude e visão diferentes. Naquelas ressoam algum tipo de insatisfação com elas mesmas ou com algo ao redor; estas simplesmente começam a reconhecer a nobreza abençoada de viver.
Quando as observações são feitas com sentimento de gratidão pelo mais nobre ato, a vida, nada mais é necessário, tudo – a vida ‒ já está evidente. Tão mais agradável é o coração leve, em paz e feliz. Ver os verdes prados; sentir o vento tocar a pele; ouvir sobre tantos presentes; poder, a cada amanhecer, refazer a ação que ainda não resultou num satisfatório termo, saborear as frutas e todos os alimentos produzidos pela sensível doce terra. Além de realizar o mínimo esperado para o feliz sorriso da vida, esta se tornará tão iluminada simplesmente pela percepção, em sua grandeza, de mais um coração querer compreendê-la.
Os dias não precisam de nós, tudo continuará, as flores lindas; o ar vital; a água, fonte da continuidade da nobre condição; os pássaros, no passeio no céu; os animais, no habitat apropriado; a natureza, com toda cor, cheiro e benéfica realização. No entanto, nós precisamos de tudo o que o Pai criou, e precisamos, antes ainda, compreender e reconhecer o que nos é ofertado e a partir dessa paciente preparação, quem sabe – o que deveria ser tão mais natural –, iniciarmos os passos de celebração à vida. Não é necessário sofrermos ou despendermos tanta energia salutar para de forma leve e em paz vivermos os dias que tanto nos acolhem, com o seu tempo e suas fases que nos direcionam. Tudo é tão mais singelo e maravilhoso.
Será abençoadamente bom quando o valor por amanhecer nascer junto com o primeirinho raio de sol. Sem contar que as pessoas com a compreensão dessa grandeza são mais agradáveis, risonhas, pacientes, amorosas... são bem mais cheias de vida que as de contrário sentimento. Nem é preciso comparar qual segmento de pessoa encanta e felicita o todo. Esperar mais uma existência perder-se por falta de lapidação, de fato, é um perturbador atraso. Momentos difíceis existem, mas passam; o que não se deve ocorrer é o descarte de mais um presente concedido: uma existência.
E quem possui a sabedoria de ver a vida com a sua nobre beleza será sempre a criança feliz e simples correndo nos campos floridos do desenvolvimento, pois não envelhecerá, já que o frescor da alegria mantém a leveza no ser físico e no espiritual ser. Buscar o entendimento é uma atitude inteiramente positiva e não possui um tempo definido ‒ só na velhice ‒ nem espaço declarado, quanto antes mais felicidade, que seja agora, então. O tempo que se espera é a demora para sentir-se feliz. Portanto, o coração descobrirá o que mais deseja encontrar.
Imenso horizonte é o plano de fundo para as mais lindas paisagens que se aproximam em planos diferenciados. A cada passo, que os pés busquem a relva verdinha e suave e que os dedos, com delicadeza, queiram tocar as flores coloridas. Que os olhos percebam mais as belas imagens e que as palavras pronunciadas sejam incomparavelmente mais amorosas.
Na verdade, o estado do espírito e o seu desejo é que trarão a faculdade para encantar-se ou sentir-se desencantado em meio ao mais precioso ato de amor: a experiência da vida.
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