quarta-feira, 29 de março de 2017

PÍLULAS GRAMATICAIS - REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

Pílulas gramaticais (250)




Observe esta frase: “Democracia sem tolerância e respeito pelo outro é um oximoro”. Qual é o seu significado?
O autor da frase quer dizer que não pode haver democracia sem tolerância e respeito pelo outro. Se tal situação existir em algum lugar, estaremos diante de um contrassenso, de um paradoxo.
Oximoro é, como vemos, uma figura de linguagem que tem como característica reunir, em um texto, palavras ou ideias contraditórias, paradoxais. É o mesmo que paradoxismo.
Embora considerado uma figura da retórica clássica, um oximoro, dependendo do contexto, pode ser considerado um vício de linguagem.
Diante de um texto qualquer em que esteja presente essa figura de linguagem, o leitor é, assim, forçado a buscar o sentido metafórico da frase, providência necessária, muitas vezes, quando lemos crônicas ou poemas, como vemos neste texto de Carlos Drummond de Andrade:
“A explosiva descoberta
Ainda me atordoa.
Estou cego e vejo.
Arranco os olhos e vejo.”
Eis alguns exemplos clássicos de oximoro:
silêncio ensurdecedor
inocente culpa
gelo fervente
declaração tácita
guerra pacífica
doce veneno
gênio ignorante
tristemente alegre
inimigo amistoso
estudioso sem-noção
mentiroso honesto
valentia covarde
amor violento
silêncio eloquente.
No tocante à pronúncia, oximoro é uma palavra paroxítona que, segundo o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, deve ser lida assim: oc-si-mô-ro.
Ocorre que inúmeros dicionários admitem também a forma oxímoro, proparoxítona. Entre eles citamos o Dicionário da Academia das Ciências de Lisboa, o Dicionário de usos do português do Brasil, de Francisco Borba, o Dicionário Aulete e o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa.
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segunda-feira, 27 de março de 2017

AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI (235) REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


As mais lindas canções que ouvi (235)


Brilho
Vansan

Existe um brilho em você,
que me atrai e me trai,
fazendo mais e mais a amar,
não sei por quê.
Existe um brilho em seus olhos
que me chama a atenção,
 e põe mais perto minhas mãos
de suas mãos...
Existe luz nesse brilho,
 existe amor nessa luz
e cada vez que eu a vejo
 desejo mais conhecer
 por que essa luz tão intensa?
por que essa chama ainda acesa?
 por que amar tanto assim você?


Você pode ouvir a canção acima, na voz do intérprete abaixo, clicando no link indicado:
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sábado, 25 de março de 2017

VICTO HUGO E O ESPIRITISMO POR JORGE LEITE DE OLIVEIRA jojorgeleite@gmail.com De Brasília-DF


Contos e crônicas


Victor Hugo e o Espiritismo
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
— É... Joteli, foi ali que Victor Hugo realizou suas inúmeras experiências...
— Ali onde e que experiências, amigo?
— Na ilha de Jersey, para onde foi desterrado em 5 de agosto de 1852 por Napoléon le Petit, como ousara chamar o Imperador francês, Napoleão III.
Quanto às experiências, trata-se de sessões mediúnicas com base nas respostas de uma “mesa falante”, que em sua época respondia por pancadas às perguntas feitas a uma entidade invisível. Esse ser, que dizia ser o espírito de alguém falecido, satisfazia à curiosidade de todas as pessoas com respostas inteligentes às questões a ele propostas.
Victor Hugo estudou obras de Pitágoras, de Swedenborg e da Cabala, que, antes mesmo de Allan Kardec publicar as obras espíritas, demonstravam sua crença em seus pontos básicos, como a sobrevivência do espírito à morte do corpo físico, sua manifestação a nós, a elevação gradual do espírito e mesmo suas “migrações sucessivas”...
Uma de suas frases, publicada no Journal de l’Exil de agosto de 1852, que parece ter sido parafraseada por Léon Denis, na obra O problema do ser, do destino e da dor, é a seguinte: “A vida mineral passa à vida orgânica vegetal; a vida vegetal torna-se vida animal, cujo espécime mais elevado é o macaco. Acima do macaco, começa a vida intelectual, escala invisível e infinita pela qual cada espírito se eleva na eternidade, tendo Deus por coroamento”.1
Anos depois, residindo em Marine-Terrace, Hugo comunicou-se com o espírito chamado Dama Branca, que desenhou seu retrato com um lápis adaptado a uma mesinha. Dias após, indo a um enterro, o grande poeta francês, ao curvar-se sobre a cova do falecido, viu a forma do desenho da Dama Branca, suavemente luminosa, deitada na cova ainda vazia.
— E ele... não tinha medo?
— Até que tinha, mas, com o tempo, foi acostumando-se... O fato é que Victor Hugo foi secretário de várias manifestações mediúnicas, reunindo em três cadernos suas anotações provenientes das perguntas e respostas dadas pelos espíritos...
Nessas reuniões, foram anunciadas as visitas das mais variadas personalidades desencarnadas que, ora estavam presentes, ora não... Ainda darei notícias delas aos nossos leitores ávidos das novidades do Além.
— E o que mais disse o genial poeta, Bruxo do Cosme Velho?
— Dentre outras frases estupendas, separei esta:
Há meio século que escrevo meu pensamento em prosa e em verso: história, filosofia, dramas, romances, lendas, sátiras, odes, canções etc.; tudo tenho tentado, mas sinto que não disse a milésima parte do que está em mim. Quando me curvar para o túmulo, não direi como tantos outros: terminei minha jornada. Não, a sepultura não é um beco sem saída, é uma avenida; ela se fecha no crepúsculo, ela se reabre na aurora (Victor Hugo).2 
Carácoles, Machado! genial, poesia pura. Só mesmo Victor Hugo e você para escreverem algo tão profundo e belo.
— Sou mais irônico e frio prosador do que poeta; Hugo é mais poesia em prosa e em verso do que ironia. Ambos, porém, refletimos sobre a ignorância e as incoerências humanas... A bientôt, mon ami!
Au revoir, ami; merci.
1 WANTUIL, Zêus. As mesas girantes e o espiritismo. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1978, p. 156.
2 Id., p. 158.

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quarta-feira, 22 de março de 2017

PÍLULAS GRAMATICAIS (249) - REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Pílulas gramaticais (249)




Exercitar é, em matéria de estudo da língua portuguesa, tão importante quanto o é no aprendizado de Matemática.
Indique nas orações abaixo a função sintática das palavras grafadas em negrito:
1) O prédio foi atingido por uma bomba caseira.
2) Nesta praça já não há pombinhas.
3) Meu pai gostava de vinho verde.
4) Meu tio toca piano muito bem.
5) Passei o dia à toa.
6) Quando enxotada por mim voou longe a abelha.
7) Um dia uma mulher muito gentil bateu à nossa porta.
8) Um famoso atleta deu nome ao estádio.
9) A ilha era povoada de selvagens.
10) O poço secou com o calor.
Eis as respostas:
1) por uma bomba caseira – agente da passiva.
2) pombinhas – objeto direto.
3) de vinho verde – objeto indireto.
4) Meu tio – sujeito; piano – objeto direto.
5) o dia – objeto direto.
6) por mim – agente da passiva.
7) Um dia – adjunto adverbial de tempo.
8) nome – objeto direto; ao estádio – objeto indireto.
9) de selvagens – agente da passiva.
10) com o calor – adjunto adverbial de causa.

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sábado, 18 de março de 2017

LONGE DE TUDO PERTO DAS ESTRELAS - REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

Contos e crônicas


Longe de tudo. Perto das estrelas
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Dia destes, conversando com meu mestre Machado, que agora se recusa tratar-me como seu secretário, e sim como amigo, ouvi dele a explicação de que, muitas vezes, foi considerado injustamente, pela crítica, como absenteísta. Repeli veementemente aquela imerecida distinção, mas tal foi sua insistência que, muito constrangido, disse-lhe o seguinte:
— Machado, sinto-me ainda a anos-luz de tão relevante distinção... Segundo o Espírito Emmanuel, precisamos de duas asas para irmos a Deus:
Uma chama-se amor; a outra, sabedoria. Pelo amor, que, acima de tudo, é serviço ao semelhante, a criatura se ilumina e aformoseia por dentro, emitindo em favor dos outros o reflexo de suas virtudes; e pela sabedoria, que começa na aquisição do conhecimento, recolhe a influência dos vanguardeiros do progresso, que lhes comunicam os reflexos da própria grandeza, impelindo-a ao Alto (XAVIER, 2016, cap. 4).
Em resposta, ouvi do Bruxo a seguinte reflexão:
— Podemos também simbolizar modernamente, no avião, o corpo e, no Espírito, o piloto. Essa “ave metálica”, assim como necessita das asas do amor e da sabedoria, também requer o motor da vontade e o combustível da humildade para elevar-se acima dos píncaros. Continue simples, e jamais me afastarei de você.
— É verdade, concluí. Vontade e humildade impulsionam o amor e a sabedoria. Somente assim, o Espírito terá forças suficientes para superar a horizontalidade da matéria pela verticalidade do anjo, quando então estará em condições de “ver Deus”. Mas, responda-me agora: onde podemos identificar, em sua obra, provas incontestes do seu empenho em favor da causa abolicionista?
— Cito apenas dois exemplos: em meus trabalhos nos Ministérios sempre que esteve em pauta o direito de qualquer negro e sua família, manifestei-me favoravelmente a estes; e, dias após a chamada Lei Áurea, ironizei em crônica a hipocrisia do homem branco em relação ao negro alforriado. Releia minha crônica de 19 de maio de 1988, publicada no jornal Gazeta de Notícias. É, principalmente, nas minhas crônicas que você encontrará a “fina ironia” deste neto de escravos sobre o tratamento desumano e humilhante sofrido por minha etnia no Brasil.
— E na política, onde você se fez presente?
— Não somente nos romances, como em diversas crônicas e em alguns contos... Leia, amigo, leia muito! Afinal, para que lhe servem mil obras em suas estantes?
Antes de despedir-se com um afetuoso piparote em minha orelha esquerda, arrematou:
— O amor precisa transcender o apelo das paixões e fraquezas materiais; a sabedoria precisa exercitar a caridade sob o impulso do motor da vontade; mas o sublime combustível que nos permitirá a subida é a humildade, sem a qual podemos despencar das alturas.
Agradeci-lhe as sábias palavras e prometi-lhe meu esforço em continuar sendo-lhe fiel servidor.
Ao afastar-se, ele sorriu-me, generoso como sempre, e lembrou-me, ainda, estes versos do poeta Cruz e Sousa: “[...] as almas irmãs, almas perfeitas,/ Hão de trocar, nas Regiões eleitas,/ Largos profundos, imortais abraços!”
E eu ali estupefato e mudo:
Ainda plano longe desses laços!
Perto das estrelas. Longe de tudo!
Referências:
XAVIER, Francisco Cândido. Pensamento e vida. Pelo Espírito Emmanuel. 19. ed. 4. imp. Brasília: FEB, 2016, cap. 4, p. 19.
SOUZA, Cruz e. Poema intitulado Longe de tudo.
Obs.: as referências a Machado de Assis, em todas as nossas crônicas, são puramente fictícias, salvo quando se trata de fatos notórios.
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sexta-feira, 17 de março de 2017

INICIAÇÃO AOS CLÁSSICOS ESPÍRITAS - RRP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

Iniciação aos clássicos espíritas




Por que creio na imortalidade da alma
Sir Oliver Lodge
Parte 7
Damos prosseguimento ao estudo metódico e sequencial do livro Por que creio na imortalidade da alma, de autoria de Sir Oliver Lodge, de acordo com a tradução feita por Francisco Klörs Werneck, publicada pela Federação Espírita do Estado de São Paulo em 1989.
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo. 
Cada parte compõe-se de:
1) questões preliminares;
2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 
Questões preliminares
A. Que dificuldade Oliver Lodge aponta nos casos de premonições e predições?
B. A distância constitui obstáculo aos fenômenos de clarividência?
C. Que explicação Oliver Lodge dá para as predições pormenorizadas que depois se confirmam?
Texto para leitura
79. De acordo com muitos relatórios, as faculdades de clarividência e lucidez, que Richet denominou criptestesia, ultrapassam os limites ordinários do espaço, de modo que a distância e a opacidade não são obstáculos a essa percepção ultranormal. (P. 43)
80. Os fatos de premonições e predições apresentam uma dificuldade excepcional: até que ponto é o futuro precisamente determinado para que se torne possível a percepção do que possa acontecer? (P. 43)
81. Sabemos que a predição é possível no que diz respeito ao mundo inorgânico, particularmente pelos movimentos estudados pela Astronomia. Pode-se admitir que o Universo seja uma consequência da lei de causa e efeito e que um conhecimento mais completo das condições atuais pode permitir-nos deduzir a emergência futura que se prepara. (P. 43)
82. Como exemplo do fenômeno de clarividência, o autor descreve uma comunicação relativa ao assassinato da rainha Draga e de seus irmãos, ocorrido na antiga Sérvia. Foi Richet quem lhe relatou o fato, no ano de 1903. Recebida na noite de 10 de junho de 1903, em Paris, a mensagem foi ditada por meio de pancadas vibradas na madeira. O crime anunciado ocorreu na madrugada de 11 de junho, como foi noticiado amplamente pelos jornais da época. (PP. 46 a 48)
83. O caso relatado em seguida refere-se à eleição de Hindenburg à presidência da República Alemã. Era o dia 26 de abril de 1925, quando Raymond se manifestou informando que Hindenburg fora eleito e ele se despedia para ir à festa. No dia 27, o jornal Daily Mail informava a eleição do presidente da Alemanha ocorrida na véspera. (PP. 49 e 50)
84. O terceiro caso, comunicado à Society for Psychical Research por um de seus membros radicado no Canadá, refere-se a um curioso episódio ocorrido na Carolina do Norte, em que o Espírito de um agricultor - James L. Chaffin - apareceu a um de seus filhos para cientificá-lo de que havia, pouco antes de sua morte, modificado o testamento em que designara um único filho como beneficiário. O Espírito indicou onde se encontrava o documento, que foi localizado e depois aceito pelo Tribunal do Estado. (PP. 50 a 54)
85. No tocante às predições, Lodge relata que em 6 de maio de 1913, na cidade de Londres, uma clarividente profissional de nome Vera descreveu, com todas as minúcias necessárias, a casa de campo onde a família do cientista passaria a residir mais de seis anos depois. Seu filho Raymond ainda estava com eles, visto que seu falecimento durante a primeira guerra mundial ocorreu em 1915. (PP. 54 a 56)
86. No começo de outono de 1919, a esposa de Lodge partiu para Vichy, na França, quando Raymond enviou a seu pai a seguinte mensagem: “Dizei à mamãe para cessar com a sua caça à casa. Já descobri certa morada e espero obtê-la para vós”. Pouco depois, visitando seu amigo Lord Glenconner, este mostrou a Lodge uma velha herdade situada no vale do Avon, que ele acabara de comprar. Reformada, foi esta a casa alugada por Oliver Lodge e que correspondia, nos mínimos detalhes, à descrição feita pela clarividente de Londres seis anos antes. (PP. 56 a 60)
87. Depois de relatar o caso, Oliver Lodge indaga: como explicar a previsão da Sra. Vera, feita num momento em que nenhuma intenção o professor tinha de deixar os arredores de Birmingham, nem a menor ideia de ir morar no campo? “Somente de modo vago - entende Lodge - é que posso conjecturar uma espécie de preparação no Além para produzir tais coisas. Porque, como já disse algures, a dedução do presente e o estabelecimento de projetos para o futuro são nossos dois métodos normais de predição nos negócios ordinários de nossa vida.” (P. 61)
88. A terceira classe de fatos - a psicometria - é ilustrada por um caso que, por exigir longo desdobramento e ocupar bastante espaço, foi relatado de forma sucinta neste livro. As experiências que lhe deram origem ocorreram em 1901, um ano depois da nomeação de Oliver Lodge para Reitor da Universidade de Birmingham, que acabara de ser criada. Entre a comunidade irlandesa de Liverpool havia um homem que era paralítico, o Sr. David Williams. (PP. 62 e 63)
89. Desejoso de auxiliá-lo, o Sr. Benjamin Davies, que durante muitos anos auxiliou Lodge em suas investigações científicas, levou a uma médium de Liverpool, de nome Thompson, dois objetos pertencentes ao enfermo. Um deles era um pedaço de pano que o doente manejava continuamente. (P. 63)
90. Sem nada indagar quanto ao dono dos objetos, a médium descreveu o acidente que produzira a paralisia do Sr. Williams e indicou a região do crânio onde existia um coágulo de sangue, recomendando para o enfermo uma urgente cirurgia. (P. 64)
91. Examinado pelo dr. Robert Jones, que clinicava em Liverpool, o Sr. Williams acabou sendo operado pelo médico em 30 de maio de 1902, tendo o cirurgião confirmado a lesão craniana referida pela médium. (PP. 64 e 65)
Respostas às questões preliminares
A. Que dificuldade Oliver Lodge aponta nos casos de premonições e predições?
A dificuldade por ele apontada é expressada nesta pergunta: Até que ponto é o futuro precisamente determinado para que se torne possível a percepção do que possa acontecer? Não há dúvida, diz ele, que a predição é possível no que diz respeito ao mundo inorgânico, particularmente pelos movimentos estudados pela Astronomia. O conhecimento mais completo das condições atuais pode permitir-nos deduzir a emergência futura que se prepara. Mas fora desse campo, é difícil compreendê-la. (Por que creio na imortalidade da alma, pág. 43.)
B. A distância constitui obstáculo aos fenômenos de clarividência?
Não. De acordo com muitos relatórios, as faculdades de clarividência e lucidez, que Richet denominou criptestesia, ultrapassam os limites ordinários do espaço. A distância e a opacidade não são obstáculos a essa percepção ultranormal. (Obra citada, pág. 43.)
C. Que explicação Oliver Lodge dá para as predições pormenorizadas que depois se confirmam?
Primeiro, Lodge relatou um fato que envolveu sua própria família. No outono de 1919, sua esposa partiu para Vichy, quando Raymond (seu filho então desencarnado) enviou-lhe a seguinte mensagem: “Dizei à mamãe para cessar com a sua caça à casa. Já descobri certa morada e espero obtê-la para vós”. Pouco depois, visitando seu amigo Lord Glenconner, este mostrou a Lodge uma velha herdade situada no vale do Avon, que ele acabara de comprar. Reformada, foi esta a casa alugada por Oliver Lodge e que correspondia, nos mínimos detalhes, à descrição feita por uma clarividente de Londres seis anos antes. Depois do relato, Lodge indaga: Como explicar a previsão da clarividente, feita num momento em que nenhuma intenção ele tinha de deixar os arredores de Birmingham, nem a menor ideia de ir morar no campo? “Somente de modo vago – escreveu então –- é que posso conjecturar uma espécie de preparação no Além para produzir tais coisas. Porque, como já disse algures, a dedução do presente e o estabelecimento de projetos para o futuro são nossos dois métodos normais de predição nos negócios ordinários de nossa vida.” (Obra citada, pp. 56 a 61.) 
Nota:
Links que remetem aos textos anteriores:
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