segunda-feira, 31 de julho de 2017

AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI (253) REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


As mais lindas canções que ouvi (253)




Apelo

Baden Powell e Vinícius de Moraes

Ah, meu amor, não vás embora,
Vê a vida como chora, vê que triste esta canção.
Não, eu te peço, não te ausentes,
Pois a dor que agora sentes só se esquece no perdão...

Ah, minha amada, me perdoa,
Pois embora ainda te doa a tristeza que causei.
Eu te suplico não destruas tantas coisas que são tuas
Por um mal que já paguei.

Ah, minha amada, se soubesses
Da tristeza que há nas preces
Que a chorar te faço eu!
Se tu soubesses num momento todo arrependimento,
Como tudo entristeceu...

Se tu soubesses como é triste
Eu saber que tu partiste
Sem sequer dizer adeus!
Ah, meu amor, tu voltarias
E de novo cairias
A chorar nos braços meus...



As cifras desta música você encontra em:https://www.cifras.com.br/cifra/vinicius-de-moraes/apelo


Você pode ouvir a canção acima clicando nos links indicados:
Maria Creuza:
Elizeth Cardoso:
Vinícius, Maria Bethânia e Toquinho:
Toquinho:




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste linkhttp://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.




quinta-feira, 27 de julho de 2017

INICIAÇÃO AOS ESTUDOS DA DOUTRINA ESPÍRITA - REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Iniciação ao estudo da doutrina espírita





Vida de isolamento e voto de silêncio

Este é o módulo 38 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. A vida de isolamento contraria as leis naturais? por quê?
2. Quais as principais consequências da insociabilidade?
3. Por que o convívio social é importante para os seres humanos?
4. Que diz a doutrina espírita sobre o voto de silêncio?
5. Como deve viver o cristão no mundo que habitamos?

Texto para leitura

O insulamento é incompatível com o progresso
1. A criatura humana, pela sua estrutura ético-psicológica, é dotada por Deus de sentimentos e emoções que a obrigam e a impelem para a vida social. Deus fez o homem para viver em sociedade e para isso outorgou-lhe o atributo da palavra, que é o veículo da comunicação entre os encarnados.
2. Sendo por excelência um ser gregário, um animal social, como há séculos já apregoava a filosofia aristotélica, o homem não pode viver isoladamente.
3. A vida solitária por opção revela quase sempre uma fuga inconcebível, porque indica infração às leis divinas do trabalho e do amor. O insulamento é incompatível com o sentimento de fraternidade que deve existir nos corações humanos.
4. Como o homem não é dotado inicialmente de autossuficiência, condição conseguida pelo trabalho e pelo progresso, ele é dependente do seu semelhante. As faculdades humanas não estão desenvolvidas no mesmo grau e, por isso, como lembra Deolindo Amorim, “há necessidade de viverem uns pelos outros e para os outros, tendo como ponto convergente o bem comum”.

Sem o contato social o Espírito se embrutece
5. O insulamento, como já vimos anteriormente, é contrário à lei da Natureza, isso porque pelo próprio instinto o homem busca a vida comunitária de modo a concorrer para o progresso, mediante o auxílio recíproco. A solidão torna o homem improdutivo e inútil para os seus semelhantes e isso “não pode agradar a Deus”.
6. A insociabilidade, ao gerar a solidão, atenta contra o próprio instinto de conservação e perpetuação da espécie, entrava o progresso e, dessa forma, embrutece e enfraquece o homem que a ela se devota ou se agarra como fuga.
7. Os cultores da vida reclusa se enfraquecem pela improdutividade e pela estagnação quanto às aquisições dos tesouros da sabedoria e da experiência. Essa atitude revela uma forma de egoísmo e, por isso, só merece reprovação, à luz dos ensinamentos espíritas.
8. Como observa Rodolfo Calligaris, não há “como desenvolver e burilar nossas faculdades intelectuais e morais senão no convívio social, nessa permuta constante de afeições, conhecimentos e experiências, sem a qual a sorte do nosso Espírito seria o embrutecimento e a estiolação”.

O voto de silêncio não passa de uma tolice
9. O voto de silêncio adotado por alguns religiosos nada edifica, porque impede a comunicação entre os indivíduos, o que, em última análise, como sustentam os Espíritos Superiores, “é uma tolice”. A palavra é uma faculdade natural concedida por Deus ao homem, para facultar-lhe ocasiões de fazer o bem e de cumprir a lei do progresso. Se Deus quisesse silenciar suas criaturas pensantes, não lhes teria conferido esse dinâmico atributo.
10. Devemos considerar, evidentemente, que há ocasiões em que o silêncio pode fazer-se necessário, a exemplo dos momentos de recolhimento espiritual, em que o Espírito, mais livre, entra em contato com o Criador ou seus prepostos. Fora disso, a vida contemplativa é geralmente improdutiva e não existem motivos que a justifiquem.
11. Nesse sentido, um Espírito Protetor adverte (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 17, item 10):
 “Não julgueis que exortando-vos incessantemente à prece e à evocação mental pretendamos vivais uma vida mística, que vos conserve fora das leis da sociedade onde estais condenados a viver. Não. Vivei com os homens da vossa época, como devem viver os homens. Sacrificai-vos às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai-vos com um sentimento de pureza que as possa santificar. Sois chamados a estar em contato com Espíritos de naturezas diferentes, de caracteres opostos: não choqueis a nenhum daqueles com quem estiverdes. Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem. Basta reporteis todos os atos da vossa vida ao Criador que vo-la deu”.

Respostas às questões propostas

1. A vida de isolamento contraria as leis naturais? por quê?
Sim. Sendo por excelência um ser gregário, um animal social, como há séculos já apregoava a filosofia aristotélica, o homem não pode viver isoladamente. A vida solitária por opção revela sempre uma fuga inconcebível, porque indica infração às leis divinas do trabalho e do amor. O insulamento é incompatível com o sentimento de fraternidade que deve existir nos corações humanos.
2. Quais as principais consequências da insociabilidade?
A solidão torna o homem improdutivo e inútil para os seus semelhantes e isso “não pode agradar a Deus”. A insociabilidade, ao gerar a solidão, atenta contra o próprio instinto de conservação e perpetuação da espécie, entrava o progresso e, dessa forma, embrutece e enfraquece o homem que a ela se devota ou se agarra como fuga. Os cultores da vida reclusa se enfraquecem pela improdutividade e pela estagnação quanto às aquisições dos tesouros da sabedoria e da experiência. Essa atitude revela uma forma de egoísmo e, por isso, só merece reprovação, à luz dos ensinamentos espíritas.
3. Por que o convívio social é importante para os seres humanos?
Valendo-nos das palavras de Rodolfo Calligaris, não há “como desenvolver e burilar nossas faculdades intelectuais e morais senão no convívio social, nessa permuta constante de afeições, conhecimentos e experiências, sem a qual a sorte do nosso Espírito seria o embrutecimento e a estiolação”.
4. Que diz a doutrina espírita sobre o voto de silêncio?
O voto de silêncio adotado por alguns religiosos nada edifica porquanto impede a comunicação entre os indivíduos, o que, em última análise, como sustentam os Espíritos Superiores, “é uma tolice”. A palavra é uma faculdade natural concedida por Deus ao homem, para facultar-lhe ocasiões de fazer o bem e de cumprir a lei do progresso. Se Deus quisesse silenciar suas criaturas pensantes, não lhes teria conferido esse dinâmico atributo. Obviamente, há ocasiões em que o silêncio se faz necessário, como os momentos de recolhimento espiritual, em que o Espírito, mais livre, entra em contacto com o Criador ou seus prepostos. Fora disso, a vida contemplativa é inteiramente improdutiva e não existem motivos que a justifiquem.
5. Como deve viver o cristão no mundo que habitamos?
Segundo um Benfeitor espiritual, o cristão deve viver como vivem os homens. Propõe-nos ele: “Sacrificai-vos às necessidades, mesmo às frivolidades do dia, mas sacrificai-vos com um sentimento de pureza que as possa santificar”. “Não consiste a virtude em assumirdes severo e lúgubre aspecto, em repelirdes os prazeres que as vossas condições humanas vos permitem. Basta reporteis todos os atos da vossa vida ao Criador que vo-la deu.”

Nota:
Eis os links que remetem aos 3 últimos  textos:




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste linkhttp://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.



quarta-feira, 26 de julho de 2017

PÍLULAS GRAMATICAIS (267) REP DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Pílulas gramaticais (267)





Atendendo a pedidos, voltamos a falar sobre o emprego da vírgula.
Em grande número de casos, as vírgulas exercem papel de parênteses. Ora, aberto o parêntese, devemos depois fechá-lo.
Veja este exemplo:
O professor (conforme a orientação recebida) entrou e encarou seus alunos.
O texto ficará, portanto, redigido assim:
O professor, conforme a orientação recebida, entrou e encarou seus alunos.
A vírgula é empregada também para separar certas conjunções que aparecem intercaladas na frase: todavia, contudo, porém, pois.
Eis alguns exemplos:
•  A casa que comprei não pôde, porém, ser habitada até hoje.
•  A carta que lhe enviei não chegou, todavia, ao seu destino.
•  Naquela tarde, contudo, a chuva atrapalhou os dois times.
O emprego da vírgula é de lei nas orações adjetivas explicativas, que aparecerão obrigatoriamente entre vírgulas.
Exemplos:
•  O Palácio Alvorada, que é a residência oficial do presidente, acabou de ser reformado.
•  O jogador Neymar, que atua hoje no Barcelona, foi revelado pelo Santos.
•  O romance Renúncia, que foi escrito por Emmanuel, retrata a vida de Alcíone.
Se a oração adjetiva for restritiva, não caberá a vírgula.
Exemplos:
•  O carro que comprei no mês passado é da marca Ford.
•  O jogador que o Flamengo não quis chama-se Williams.
•  O negócio que fechei ontem foi bem vantajoso.

*
Admite-se o emprego da vírgula no fim da oração adjetiva restritiva quando esta for constituída por dizeres muito longos.
Exemplo:
O homem que fundou no século passado os diversos povoados ao longo do Rio das Velhas, deixou seu nome marcado na história.



Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link:http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.



terça-feira, 25 de julho de 2017

UMA TARDE COM BOLINHOS DE CHUVA - REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Contos e crônicas





Uma tarde com bolinhos de chuva

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

A chuva, àquela tarde, foi mais do que a água abundante e cristalina, foi especialmente uma saudade carinhosa para o meu coração. Até o momento, era um dia comum com os afazeres. Depois do almoço, o tempo mudou e a chuva logo começou. Terminei o que precisava em casa ‒ aquele dia estava de folga do trabalho ‒ e fui para a varanda lateral observar a aguinha caindo do céu e animando as plantas; até alguns passarinhos brincavam de voar na chuva.
Sentei-me na cadeira branca, na varanda, e fiquei olhando o comportamento da natureza, sempre belo e sábio. Ao lado, há uma mesinha redonda e também branca na qual deixo o romance que estou lendo e normalmente uma xícara com chá de camomila. Agora só estava o livro. Fiquei mais um pouco olhando tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo. A chuva tornou-se mais calma, e continuava.
De repente, parece que senti o cheiro de bolinho de chuva. Tentei esquecer. Quem estaria fritando esses bolinhos? Ninguém. Mas o cheiro persistiu e comecei a ficar com muita vontade, vontade de criança que não esquece. Não me restou outra saída, fui fazer. Minha avó materna havia me ensinado. E como amava os seus bolinhos. Lembro-me de quando eu era criança e passava parte das férias na casa de minha avó que fazia muitos bolinhos de chuva, guardava numa lata grande e tínhamos aquela delícia por muitos dias. Era para o café da manhã e o da tarde, mas como “vó é vó” eu podia comer quantos quisesse também durante o dia.
Peguei os poucos ingredientes e a tigela e coloquei-os na pia. Comecei a arte da culinária do delicioso bolinho. E lembrei-me de que minha avó falava: “A massa deve ficar mais consistente do que a de bolo”. E foi assim que ficou. Esquentei bem o óleo na panela e pegava a massa com colher e a colocava no óleo quente. Logo terminei. Esquentei água para o chá.
Sentei-me. Na mesa da cozinha estavam o prato com os bolinhos e a xícara de chá de camomila. E, de fato, os bolinhos estavam deliciosos. Enquanto fazia e quando comia, meu pensamento reavivou inúmeras lembranças de minha tão querida avó. Uma saudade tranquila e cheia de ternura tomou meu coração. E falei em voz alta: “Ah, vó, que saudade!”.
Peguei mais um bolinho e neste momento senti um carinho no meu dedo mindinho. A surpresa foi grande com um frio no estômago. Meus olhos se encheram. Lembrei-me tão ternamente destas palavras: “Minha querida, seja feliz!”. Eram as palavras que minha avó sempre me dizia e acarinhava com leveza o dedo mindinho de minha mão direita. Senti com calma e gratidão esse momento.
Depois de um tempinho, secando o rosto, pensei: “Verdade, o amor que existe não se perde, mas fica no sentimento sem diferença de dimensão”.

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura:http://contoecronica.wordpress.com/





Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link:http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.



segunda-feira, 24 de julho de 2017

AS MAIS LINDAS CANÇÕES QUE OUVI- REP DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


As mais lindas canções que ouvi (252)



Volte para mim

Monique Kessous

Não me deixe,
Não me esqueça assim,
Não vá sem antes me ouvir falar.
Olhe nos meus olhos,
Veja bem:
Ninguém tem culpa
do que aconteceu.
Você sabe muito bem
Que no fundo eu só preciso
ter o seu amor,
Nos teus braços me atirar
e o céu mudar de cor.
Acho que eu nunca amei
ninguém assim,
Como eu amo você.

Diga que me quer,
Volte para mim.
Dê mais uma chance pra nós dois...
Pense outra vez,
Esqueça o depois.
Faça o que quiser,
Mas diga que sim.



As cifras desta música você encontra em:https://www.cifraclub.com.br/monique-kessous/volte-para-mim/



Você pode ouvir a canção acima clicando nos links indicados:
Monique Kessous:
outro vídeo:




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste linkhttp://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.




sexta-feira, 21 de julho de 2017

INICIAÇÃO AOS CLÁSSICOS ESPÍRITAS- REP. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Iniciação aos clássicos espíritas





A Crise da Morte

Ernesto Bozzano

Parte 4

Damos continuidade ao estudo do clássico A Crise da Morte, de Ernesto Bozzano, conforme tradução de Guillon Ribeiro publicada em 1926 pela editora da Federação Espírita Brasileira. 
Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de:
1) questões preliminares;
2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. Que revelações nos traz o oitavo caso?
B. Como os Espíritos satisfazem os hábitos voluptuosos que trazem da última existência?
C. Que ensinamentos extraímos do nono caso?
D. O advento da Nova Revelação veio na época certa?

Texto para leitura

52. Oitavo caso – Extraído também da revista Light, edição do ano de 1925, trata-se de comunicações ditadas em maio e junho de 1918 por um jovem soldado morto logo no início da Grande Guerra. (PP. 69 e 70)
53. Eis os detalhes contidos nas mensagens do jovem soldado: a) a ignorância em que muitos se encontram a respeito da própria morte; b) o sono reparador, que acomete os desencarnados, sobretudo quando acham que a morte é o aniquilamento total da criatura humana; c) após despertar desse sono, o desencarnado se sente um outro ser e entende que se encontra num meio espiritual e que é um Espírito; d) os que desencarnam com a convicção de que existe uma vida de além-túmulo não necessitam dormir, a menos que cheguem ao mundo espiritual esgotados por longa enfermidade ou deprimidos por uma vida de tribulações; e) os Espíritos muito inferiores, que permanecem ligados à Terra, não gozam do benefício do sono reparador e, por isso, perseveram na ilusão de que continuam encarnados; f) o meio espiritual apresenta ao visitante "coisas" que parecem da mesma natureza que as que ele conhecia na Terra, mas elas são reais, absolutamente reais; g) os desencarnados não demoram a descobrir que podem transformar certas "coisas" que veem em torno deles, unicamente pelo desejo de que elas se transformem. (PP. 70 a 75)
54. A propósito do último detalhe, diz o Espírito que, vendo a seus pés uma agulha de madeira, ele pôde transformá-la, pela força de sua vontade, em uma agulha de aço; mas não pode transformar os objetos volumosos e, ainda menos, o meio em que vive. A razão é que a paisagem que o rodeia não é somente "cenário" dele; é o "cenário" de todos os Espíritos que ali residem. Pode, pois, transformar apenas as coisas pequenas e quando isso a ninguém aborreça ou prejudique. (P. 75)
55. Após repetidas experiências desta natureza, informa a Entidade, entende-se que o meio espiritual é, na realidade, constituído unicamente de "formas de pensamento" e de "projeções da memória", e que tudo isto está organizado com o fim de tornar mais fácil, aos Espíritos recém-desencarnados, o período de transição decorrente da morte corpórea. (P. 75)
56. A respeito das percepções espirituais, diz o comunicante que, a princípio, pensa-se que os Espíritos conversam da mesma maneira que o faziam quando encarnados; mas, desde o começo, experimenta-se a curiosa sensação de compreender-se muito mais do que o que se formula verbalmente. (P. 75)
57. Com o tempo, percebe-se que a conversação por meio da palavra não constitui mais do que uma espécie de superestrutura artificial, substancialmente inútil para a permuta das ideias, a qual, na realidade, se opera diretamente, pela transmissão dos pensamentos. (P. 75)
58. Citando o livro Raymond, escrito pelo professor Oliver Lodge, Bozzano lembra que os Espíritos recém-desencarnados não encontram no meio espiritual a mesma satisfação de antes, nos hábitos voluptuosos adquiridos no mundo dos vivos, e até os perdem. Todavia, quando chegam ao mundo espiritual, influenciados pelas tendências que os dominavam na Terra, há os que pedem de comer e outros que querem um gole de uísque. Existe, porém, um meio de contentá-los, fornecendo-se-lhes qualquer coisa que se assemelhe ao que reclamam. Desde, porém, que hajam saboreado uma ou duas vezes a coisa desejada, não mais sentem dela necessidade e a esquecem. (P. 78)
59. As projeções do pensamento no meio espiritual são consideradas efêmeras, apenas do ponto de vista da evolução ulterior do Espírito. São, contudo, substanciais no meio em que elas se produzem. Com efeito, admitida a existência de um meio espiritual, cuja densidade específica seja constituída de "éter vitalizado" – num mundo assim a paisagem geral, assim como as projeções particulares devem ser consideradas reais, absolutamente reais, pois que teriam a mesma consistência que o organismo espiritual dos seres que o habitam e seriam constituídas do mesmo elemento. (P. 81)
60. Nono caso – Este caso foi tirado do livro de mensagens transcendentais intitulado A Heretic in Heaven. O médium-narrador é o Sr. Ernesto H. Peckham, autor do belo livro The Morrow of Death, e o comunicante, que fora membro do mesmo círculo experimental do Sr. Peckham, valeu-se de um pseudônimo – "Daddy" – para assinar as mensagens. (PP. 84 e 85)
61. Eis os detalhes contidos nas mensagens de "Daddy": a) embora morto, o Espírito se sentia mais vivo do que antes; b) os acessos de soluço, a asma e outros sintomas bronquiais, que o atormentaram no momento da morte, continuaram a afligi-lo na vida espiritual; c) sua mãe, que morrera havia muitos anos, e sua esposa foram visitá-lo em sua nova morada; d) seguiu-se depois disso um prolongado período de sono. (PP. 86 a 88)
62. Além de outros episódios constantes das mensagens de "Daddy", Bozzano comenta o fato de ter o Espírito anunciado sua morte a um amigo encarnado, que então a ignorava. Como o fato realmente ocorreu nas condições de meio indicadas pelo comunicante, é forçoso concluir que se trata de um dos fenômenos comuns – ora visuais, ora auditivos – de manifestação dos mortos, fenômenos a que os metapsiquistas ortodoxos chamam "telepatia diferida". (P. 90)
63. O autor assinala ainda nas citadas mensagens: 1º) o interessante fenômeno segundo o qual os objetos afastados não parecem diminuídos à percepção espiritual, pela distância, enquanto todo objeto é simultaneamente percebido por todos os seus lados e no seu próprio interior, indo a visão além do objeto; 2º) a observação concernente ao pensamento do Espírito, logo percebido por outro Espírito distante e que intervém, auxiliando o primeiro com um conselho que lhe transmite no mesmo instante. (P. 91)
64. Bozzano diz que os "raios Roentgen" (raios X) e a "telegrafia sem fio" são conquistas científicas que nos permitem compreender perfeitamente a viabilidade dos dois fenômenos acima referidos, que pareceriam absurdos se revelados duas gerações antes da sua. "Esta observação – adverte o autor – deveria aconselhar a todos prudência, antes de proclamarem absurdas e impossíveis outras informações análogas, constantes das mensagens do Além e que ainda não estão confirmadas pela ciência terrestre." (PP. 91 e 92)
65. O fato indica ainda que as manifestações mediúnicas se produzem no momento exato em que parecem maduros os tempos, para serem compreendidas, apreciadas e assimiladas. Se as "pancadas" de Hydesville se houvessem produzido um século antes, teriam passado despercebidas e infecundas. "Cumpre, pois, se reconheça que a Nova Ciência da Alma nasceu na hora precisa, no seio dos povos civilizados", acrescenta Bozzano. (P. 92)
66. O autor considera também detalhe fundamental a revelação mediúnica acerca das modalidades sob as quais se manifesta a visão espiritual, que requer um certo tempo para que se desenvolva inteiramente nos Espíritos recém-chegados, o que explica por que são em número reduzido os Espíritos desencarnados que a ela aludem. (PP. 92 e 93)

Respostas às questões preliminares

A. Que revelações nos traz o oitavo caso?
Ditadas por um jovem soldado morto logo no início da Grande Guerra, as comunicações que compõem o oitavo caso contêm, entre outros, os seguintes detalhes: a) a ignorância em que muitos se encontram a respeito da própria morte; b) o sono reparador, que acomete os desencarnados, sobretudo quando acham que a morte era o aniquilamento total da criatura humana; c) o fato de, após despertar desse sono, o desencarnado sentir-se um outro ser e entender que se encontra num meio espiritual e que é um Espírito; d) a informação de que os que desencarnam com a convicção de que existe uma vida de além-túmulo não necessitarem dormir, a menos que cheguem ao mundo espiritual esgotados por longa enfermidade ou deprimidos por uma vida de tribulações; e) a circunstância de os Espíritos muito inferiores, que permanecem ligados à Terra, não gozarem do benefício do sono reparador e, por isso, perseverarem na ilusão de que continuam encarnados. (A Crise da Morte, pp. 70 a 75.)
B. Como os Espíritos satisfazem os hábitos voluptuosos que trazem da última existência?
Mencionando expressamente o livro Raymond, escrito pelo professor Oliver Lodge, Bozzano diz que os Espíritos recém-desencarnados não encontram no meio espiritual a mesma satisfação de antes, nos hábitos voluptuosos adquiridos no mundo dos vivos, e até os perdem. Todavia, quando chegam ao mundo espiritual, influenciados pelas tendências que os dominavam na Terra, há os que pedem de comer e outros que querem um gole de uísque. Existe, porém, um meio de contentá-los, fornecendo-se-lhes qualquer coisa que se assemelhe ao que reclamam. Desde, porém, que hajam saboreado uma ou duas vezes a coisa desejada, não mais sentem dela necessidade e a esquecem. (A Crise da Morte, p. 78.)
C. Que ensinamentos extraímos do nono caso?
Este caso foi tirado do livro de mensagens transcendentais intitulado A Heretic in Heaven. O médium-narrador é o Sr. Ernesto H. Peckham, e o comunicante, que fora membro do mesmo círculo experimental do Sr. Peckham, valeu-se de um pseudônimo – "Daddy" – para assinar as mensagens. Eis os detalhes contidos nas mensagens: a) embora morto, o Espírito se sentia mais vivo do que antes; b) os acessos de soluço, a asma e outros sintomas bronquiais, que o atormentaram no momento da morte, continuaram a afligi-lo na vida espiritual; c) sua mãe, que morrera havia muitos anos, e sua esposa foram visitá-lo em sua nova morada; d) seguiu-se depois disso um prolongado período de sono. (A Crise da Morte, pp. 84 a 91.)
D. O advento da Nova Revelação veio na época certa?
Sim. Segundo Bozzano, as manifestações mediúnicas se produziram no momento exato em que estavam maduros os tempos para serem compreendidas, apreciadas e assimiladas. Se as "pancadas" de Hydesville se houvessem produzido um século antes, teriam passado despercebidas e infecundas. "Cumpre, pois, se reconheça que a Nova Ciência da Alma nasceu na hora precisa, no seio dos povos civilizados", afirma Bozzano. (A Crise da Morte, pp. 91 e 92.)

Nota:
Links que remetem aos textos anteriores:




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste linkhttp://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.