quarta-feira, 11 de julho de 2018

NAS CULMINÂNCIAS DA LUTA - REP DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULOXXI




Nas culminâncias da luta
Cairbar Schutel (Espírito)
Muitas vezes, vivemos normalmente dez longos anos, conquistando patrimônios espirituais, para viver apenas dez minutos fugazes de modo extraordinário e excepcional.
São os clímax da vida, onde somos chamados às contas, na aferição de responsabilidades intransferíveis e que, não raro, percebemos intuitivamente, a derramar lágrimas que pressagiam amargas lutas.
Aprendemos, dia a dia, a pouco e pouco, anos seguidos, o desprendimento de bens transitórios para enfrentarmos a prova do desapego maior em momentos breves; experimentamos, por vários lustros, a repetição, instante a instante, de um dever trivial para testarmos a própria perseverança, no epílogo desse ou daquele problema, aparentemente vulgar, mas de profunda significação em nosso destino; adquirimos forças íntimas vivendo toda uma encarnação a preparar-nos para a demonstração de coragem num minuto grave de testemunho...
Alpinistas da evolução, que destilam suor, de escarpa em escarpa, galgamos a montanha da experiência, adestrando-nos para transpor a garganta que nos escancara o abismo diante da tentação; estudantes comuns, nos currículos da existência, enceleiramos preciosos conhecimentos em cursos laboriosos de observação e trabalho, para superarmos a prova eliminatória, às vezes num só dia de sacrifício...
Estamos sempre, face a face, com a banca examinadora do mundo, pois onde formos aí seremos convocados à confissão de nossa fé e consequente valor moral.
O minuto que se esvai é a nossa oportunidade valiosa; o lugar onde estamos é o anfiteatro de nossas lições contínuas.
Por isso, caminhar sem Jesus, nos domínios humanos, é sentir que a água não dessedenta, o alimento não sacia, a melodia não eleva, a página não edifica, a flor não perfuma, a luz não aquece...
Entretanto, amparados no Cristo, todos somos autossuficientes, porquanto dispomos de apoio, esclarecimento e fortaleza em qualquer transe aflitivo com que a vida nos surpreenda.
O alento que a certeza da fé raciocinada nos proporciona transcende todas as consolações efêmeras que possamos auferir de vantagens terrenas, de vez que nos faculta trabalhar sem fadiga, ajudar sem esforço, sofrer sem ressentimento e rir engolindo pranto.
Marchemos assim, arrimados nos padrões do Divino Mestre sem que nos creiamos no pretenso direito de reclamar ou maldizer, tumultuar ou censurar.
Desistamos de reivindicações, privilégios, prêmios ou honrarias de superfície, porquanto urge aspirarmos à medalha invisível do dever retamente cumprido que nos brilhe na consciência, à coroa da paz que nos cinja os pensamentos e a carta-branca do livre-arbítrio que nos amplie o campo de ação no bem puro.
Regozija-te, pois, se a tua fé vive analisada na intimidade do lar, combatida na oficina de trabalho, fustigada no círculo de amigos, fiscalizada na ribalta social ou testada na enxerga de sofrimento...
Somente conduzindo a nossa cruz de renúncia às gloríolas do século, com a serenidade da abnegação e com o sorriso da paciência é que poderemos ser recompensados pelo triunfo sobre nós mesmos, nas rotas da perfeita alegria.
Do livro Ideal Espírita, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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sábado, 7 de julho de 2018

TEMPO E CONSCIÊNCIA - REP DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULOXXI




Tempo e consciência
JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF
Bom dia, amigos!
Quando eu tinha quatorze anos, trabalhei numa loja de materiais elétricos, no Rio de Janeiro. Como costuma ocorrer com crianças e jovens, nessa época, eu observava atentamente as atitudes dos mais velhos. O gerente da loja, guapo descendente de italiano, atendia a todos com extrema gentileza. Principalmente às jovens e bonitas clientes. Quase sempre, ele elogiava a beleza da moça e solicitava dela o número de telefone, após vender-lhe lâmpadas, fios de eletricidade etc.
Algumas vezes, era atendido com um amável e promissor sorriso; noutras ocasiões, a jovem esquivava-se da “cantada” do belo jovem. Na época, ele devia ter uns trinta e poucos anos. Era, porém, discreto e sabia preservar o seu conceito e o da loja que gerenciava.
Cinquenta e dois anos após, acompanhado da esposa, parei o carro em semáforo aqui de Brasília e presenciei algo que jamais pensara ser possível ocorrer. Vi jovem bonita abrir a janela de seu carro e pedir, em voz alta, a outro jovem que parara pouco adiante: — Oi, bonitão, passe-me seu telefone. Quero ficar com você, gostosão.
O bonitão, de seu carro, negava-se a atendê-la, mas ela insistia:  — Oi, gostoso, que tal ir para a cama comigo? O jovem, entretanto, não quis saber de conversa com ela. O sinal abriu, ela foi por um lado da rua, e ele dirigiu em sentido contrário ao dela.
A leitora e o leitor hão de rir do que acabei de narrar. No mundo atual, muitas vezes, os papéis se invertem. Antigamente, a iniciativa da conquista era do jovem apaixonado, e a donzela pretendida, mesmo sentindo atração por ele, não facilitava a conquista. Atualmente, a banalização sexual chegou a tal ponto que não há respeito nem mesmo às pessoas do mesmo sexo. Isso deve-se tanto aos avanços tecnológicos e científicos, quanto às influências das teorias materialistas humanas na Terra.
Para que o avanço da ciência alcance seu objetivo de tornar nossa vida melhor, entretanto, o caminho sempre foi o da mensagem do Evangelho em espírito e vida. Este está redivivo nas palavras dos Espíritos superiores, que foram encarregados pelo Cristo de nos conscientizar do propósito de cada existência na Terra e das consequências de nossos atos.
Nada há, em nossa vida, que não traga resultados. Costumo dizer que o tempo é nosso advogado, e a consciência, nosso juiz. Se nossos atos bons prevalecem, o advogado é de defesa; caso contrário, será o promotor que atuará contra nós. O juiz equânime, que tudo sente, tudo vê e tudo julga com implacável justiça, chama-se consciência, tribunal divino.
Somente quando nos assegurarmos de que a vida real é a do espírito, estaremos preparados para espiritualizar a matéria e não para materializar o espírito. Então perceberemos a importância da ética em nossos atos.
Explica Allan Kardec, no capítulo 23, item 8 d’O Evangelho segundo o Espiritismo:
A vida espiritual é, realmente, a verdadeira vida, é a vida normal do Espírito; sua existência terrestre é transitória e passageira, espécie de morte, se comparada ao esplendor e atividade da vida espiritual. O corpo não passa de vestimenta grosseira que reveste temporariamente o Espírito, verdadeira algema que o prende à gleba terrena, do qual ele se sente feliz em se libertar.
Tal afirmativa não abona o desinteresse completo pelas nossas necessidades orgânicas e tampouco justifica o suicídio, que provoca sofrimentos inenarráveis ao desertor da existência terrena, no mundo espiritual. Além de afastá-lo do ingresso nesse mundo feliz da espiritualidade por tempo indeterminado. Seu objetivo é conscientizar-nos sobre a importância de atribuirmos valor relativo à matéria, em especial ao nosso corpo, que devemos respeitar e não submeter ao jugo das paixões animais.
Somente assim alcançaremos a verdadeira felicidade, a baseada na sanção positiva de nossa consciência, após ouvir o advogado tempo.
Agimos no bem? O tempo é nosso defensor. Nossos atos visaram ao mal? Entra em cena o tempo promotor. O veredito consciencial é sempre justo, e nunca dorme.
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sexta-feira, 6 de julho de 2018

A ALMA É IMORTAL - REP DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI





A Alma é Imortal
Gabriel Delanne
Parte 15
Continuamos o estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo sirva para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 
Questões preliminares
A. Delanne reporta-se a uma série de evidências da existência do perispírito a partir dos efeitos que se produzem em certos pacientes hipnotizados. Que experiências foram essas?
B. Que é que a fotografia transcendental demonstrou de modo indubitável?
C. Onde e de que modo foram produzidas as primeiras moldagens de Espíritos materializados?
Texto para leitura
154. Delanne relata, em seguida, uma série de evidências da existência do perispírito a partir dos efeitos que se produzem em certos pacientes hipnotizados, quando se aproximam de seu corpo determinadas substâncias. (Pág. 166)
155. Conservada a uma distância de dez a quinze centímetros de um paciente adormecido, a cuba de um termômetro lhe produzia dor muito viva, convulsões e uma contração do braço. Um cristal de iodeto de potássio determinava espirros. O ópio o fez dormir. (Pág. 166)
156. Outras substâncias foram usadas e cada uma produziu efeito de acordo com a sua natureza, como se o paciente a houvesse introduzido em seu organismo. Tais fatos são, sem dúvida, singulares, mas não é difícil explicá-los depois que a exteriorização do perispírito e do fluido nervoso se tornou fenômeno demonstrado, como vimos no caso da água que acumulara a sensibilidade e depois transmitira sensações ao corpo físico do sensitivo. (Pág. 167)
157. Uma circunstância digna de registro é que, nas experiências precedentes, as substâncias estavam encerradas em frascos fechados a esmeril ou selados a fogo. O fluido perispirítico, porém, penetra todos os corpos, o mesmo fazendo o fluido nervoso em grande número deles. (Pág. 168)
158. Um dos fenômenos que de modo autêntico demonstram a existência da alma durante a vida é a fotografia do duplo, durante a sua saída temporária do corpo. Ora, se a alma humana é capaz de impressionar uma chapa fotográfica por ocasião de seu desprendimento, a mesma faculdade há de ela ter após a morte, como depois se comprovou. (Pág. 169)
159. Há um meio muito simples de verificar se a figura retratada é a de um Espírito desencarnado: basta verificar se os membros de sua família reconhecem a pessoa que se apresenta na chapa. Alfred Russel Wallace trata do assunto em seu livro “Os Milagres e o Moderno Espiritualismo”, em que relata, entre muitos outros fatos, a experiência em que o Espírito de sua própria mãe foi fotografado. (Págs. 170 e 171)
160. Essas experiências - informa Delanne - só puderam realizar-se com muito trabalho e perseverança, mas os êxitos alcançados valeram bem a pena que custaram, porque demonstraram de modo indubitável: 1º, a existência objetiva dos Espíritos; 2º, a faculdade da vidência mediúnica. (Pág. 173)
161. Outro fenômeno que se alia à fotografia transcendental, no capítulo da comprovação da existência dos Espíritos, é o das impressões deixadas por eles em suas intervenções em nosso meio. O eminente astrônomo alemão Zöllner obteve, em folhas de papel enegrecido, duas marcas, uma de um pé direito, a outra de um pé esquerdo, sem que o médium houvesse tocado as lousas que as continham. Noutra ocasião, a marca aí feita media quatro centímetros menos do que o pé de Slade, o médium com quem ele trabalhava. (Pág. 176)
162. O professor Chiaia, experimentando com Eusápia Paladino, teve a ideia de se munir de argila dos escultores e o Espírito imprimiu nessa matéria plástica o seu rosto: derramando gesso no molde assim produzido, obteve ele uma cabeça de um homem, de melancólico semblante. (Pág. 176)
163. O uso da parafina derretida em água quente foi descoberto na América. Como a parafina fica na superfície da água, o Espírito era instruído a mergulhar repetidas vezes na parafina a parte do seu corpo que se desejava conservar. Quando o envoltório de parafina se secava, aí ficava um molde perfeito: bastava derramar gesso dentro dele e ter-se-ia uma lembrança duradoura do Espírito que se prestou à operação. Eis assim como se produziram as célebres moldagens. (Pág. 177) (Continua no próximo número.)
Respostas às questões preliminares
A. Delanne reporta-se a uma série de evidências da existência do perispírito a partir dos efeitos que se produzem em certos pacientes hipnotizados. Que experiências foram essas?
A experiência consistia em aproximar do corpo do paciente hipnotizado determinadas substâncias, encerradas em frascos fechados a esmeril ou selados a fogo, as quais produziam, conforme o caso, reações diferentes. O cristal de iodeto de potássio determinava espirros, o ópio o fazia dormir. Era como se o paciente as houvesse introduzido em seu organismo. A experiência comprovou que o fluido perispirítico penetra todos os corpos, o mesmo fazendo o fluido nervoso em grande número deles. (A Alma é Imortal, págs. 166 a 168.)
B. Que é que a fotografia transcendental demonstrou de modo indubitável?
A fotografia transcendental demonstrou, em primeiro lugar, a existência objetiva dos Espíritos e, em segundo lugar, a faculdade da vidência mediúnica. (Obra citada, págs. 169 a 173.)
C. Onde e de que modo foram produzidas as primeiras moldagens de Espíritos materializados?
O uso da parafina derretida em água quente foi descoberto na América. Como a parafina fica na superfície da água, o Espírito era instruído a mergulhar repetidas vezes na parafina a parte do seu corpo que se desejava conservar. Quando o envoltório de parafina se secava, aí ficava um molde perfeito: bastava derramar gesso dentro dele e ter-se-ia uma lembrança duradoura do Espírito que se prestou à operação. Foi assim que se produziram as célebres moldagens. (Obra citada, págs. 176 e 177.)
Observação:
Eis os links que remetem aos três últimos textos:
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quinta-feira, 5 de julho de 2018

CONQUISTA DE PAZ - REP DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULOXXI





Conquista de paz
Emmanuel
Em muitas ocasiões, especialmente quando se te agravam as situações difíceis, perguntas a esmo como conquistar serenidade, de maneira a varar os percalços do dia a dia.
Imagina-te no lugar daqueles que se te fazem motivos de irritação e examina-te um tanto mais.
Se, em teu grupo de trabalho, desempenhasses a função do chefe, atormentado de problemas e conflitos, estarias talvez em mais duras condições de intemperança mental, quando isso acaso acontecesse.
Caso te visses na posição do subalterno, faceando, às vezes, amargos dramas domésticos, é provável evidenciasses mais lentidão no serviço a fazer, quando isso viesse a suceder.
Considerando a possibilidade de seres o doente que te incomoda, quando isso se verifique, decerto não te reconhecerias com menos intolerância diante do sofrimento.
Na hipótese de haveres sofrido as longas tentações da criatura julgada em erro, é possível houvesses descido a mais baixo nível.
Se te notasses na posição enfermiça da pessoa que te ofendeu, ignoras se não terias ferido alguém com mais ímpeto.
Analisemo-nos, através das lentes da introspecção e reconhecer-nos-emos imensamente distantes da condição dos anjos.
Isso nos ensinará que os companheiros com os quais convivemos nem sempre conseguirão apresentar, por enquanto, qualidades que ainda não possuímos e raciocínios mais profundos nos farão sentir a necessidade de calma e tolerância, de uns para com os outros, em todos os momentos inquietantes da vida.
Do livro Calma, obra psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.
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terça-feira, 3 de julho de 2018

UMA FLORISTA REP DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULOXXI





Uma florista
CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Há muito não via uma florista passar, talvez por não estar tão na moda, diante das perfeitas e frias flores virtuais. Mas o importante foi que vi e tão feliz fiquei; no entanto, foi numa pequena cidadezinha bem longe da cidade grande onde moro. E ela vinha com flores recém-colhidas e vivas e perfumadas e com textura aveludada em cores mais saltitantes ainda. E foi. E seguiu para o destino que a aguardava ou, então, para inesperados destinos que, sim, acreditava que pudesse ser feliz.
A jovem florista foi e fiquei a pensar quão possível é entregar flores, pois são leves, perfumadas e que, quase sem exceção – já que nenhuma regra existe sem −, conquistam o sorriso de quem as recebe, também de quem as doa.
E agora mais a refletir, as flores ensinam desde os campos até as cidades que são doutoras em sua existência; nos campos acompanham com sabedoria a direção dos ventos, não se enrijecem porque seus caules podem partir-se e tão precocemente se ferirem ou perderem-se sobre a terra. E na cidade, por causa dos altos arbustos imóveis cinza e frios, alegram os olhares e fazem os corações, muitas vezes, sentirem que a simplicidade é o que de fato os completa.
O olhar singelo da florista, assim como as flores que carrega, deixa claro que é preciso bem menos coisas efêmeras e ilusórias para sentir-se bem e mais suaves perfumes e bons gestos para inebriarem a alma da verdadeira felicidade pela qual ela tanto procura.
Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura: http://contoecronica.wordpress.com/
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