domingo, 17 de fevereiro de 2019

TRAGÉDIA!


O STF - SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL:
VAI JULGAR PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO PARA REBAIXAR SALÁRIOS DE FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS NO DIA  27 DE FEVEREIRO DO ANO EM CURSO.
EM REPRESÁLIA:
 OS  FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS  DEVEM COLETAR ASSINATURAS PARA EM AÇÃO POPULAR SEJAM TAMBÉM REBAIXADOS OS SALÁRIOS  DOS VEREADORES, DOS DEPUTADOS  ESTADUAIS, DOS DEPUTADOS FEDERAIS, DOS SENADORES,  DOS MINISTROS DE ESTADOS, DOS GOVERNADORES E DOS JUIZES INCLUSIVE DAS CORTES FEDERAIS E DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM 50%.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

AJUDEMO - NOS - PARTILHADO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019




Ajudemo-nos

Maria Augusta Bittencourt (Espírito)

O tempo é o advogado de todos. Fala sem palavras e exalta sem louros humanos.
Confere a cada um, segundo as próprias obras, a alegria ou a dor, a libertação ou o cativeiro.
Jesus não nos conhece pelos títulos religiosos que possuímos no mundo, mas pelo nosso coração, pelo nosso caráter e pelos nossos sentimentos. Vale mais acumular dons de servir e lutar pelo bem, que guardar moedas ou títulos destinados ao esquecimento.
Bem-aventurado é o trabalhador que, na hora do crepúsculo, se sente ainda com o tesouro do serviço. As estrelas brilham para ele com renovado fulgor e o Pai de Infinita Bondade lhe renova as energias para o trabalho a fazer.
Que encontremos em tudo, sobretudo, a felicidade de trabalhar para o bem, sem repouso.
O Céu nos fortalecerá para que não desfaleçamos na marcha.
Louvemos os padecimentos que nos surpreendem a caminhada, porque não possuímos mais competentes instrutores para guiar-nos ao cume da divina ressurreição.
Desculpemos a existência pelos golpes que nos oferece. Pensemos que os nossos dias mais felizes são aqueles da mágoa e do sofrimento, que muitas vezes nos perseguem na Terra.
Viver confiando em Deus, ainda mesmo que as provações se multipliquem, significa tudo na base do êxito espiritual.
A oração é o remédio milagroso que o doente recebe em silêncio. A vida é infinita e o dia se renova constantemente, sob o hálito divino do Criador.
A morte é a grande niveladora no mundo e precisamos, em muitos casos, esperar por ela, a fim de que certos problemas sejam desvendados.
A meditação e a prece serão sempre lugares benditos de reencontros com a inspiração divina.
As dificuldades são luzes, quando aproveitamos o seu concurso para o bem.
Ajudemo-nos, ajudando aos outros, na tarefa da nossa própria libertação.
É indispensável admitir a necessidade do nosso testemunho no sacrifício, para nos abeirarmos na verdade e suportá-la.
Precisamos crer no poder do trabalho e da boa vontade, os sublimes orientadores da alma, no roteiro que o Mestre nos traçou.

Do livro Cartas do Coração, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.





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terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

A FLOR AMARELA NA TERRA SECA - PARTILHADO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI




A flor amarela na terra seca

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Sol forte, solo seco. Esse era o cenário onde uma florzinha amarela, pequena, tentava firmar-se. Somente ela no vasto e batido campo.
O vento a empurrava, sem perdão, para os lados; os raios solares insistiam em desidratá-la; a luz da lua a observava. Mas estava forte e confiante, deveras, pois ser única naquela terra árida era inclinação para se comprovar a presença da superioridade.
Há entre nós ou nós mesmos – em muitas vezes − sentimo-nos solitários na vida. Esse sentimento precisa enfraquecer para que não nos enfraqueça porquanto o que menos estamos é sós. Além de toda companhia – várias vezes não vista nem sentida, mas bem próxima −, benéfico e precioso, é o encontro interior, encontro eterno, aquele criado pela essência suprema. Ainda mais, guardamos em nós tudo o que já vivemos e quem amamos. Temos ainda a chispa da eternidade. 
Quando o ser se desperta da angústia da solidão que fere e livra-se da venda dos olhos para enxergar a luz, compreende que no mais profundo silêncio de sua alma, ele pode encontrar o que tanto procura. Apenas encontrar-se.
A fé daquela flor permitia-lhe a sua existência; por mais desarranjado fosse o presente, a flor estava forte o bastante para cumprir o acordo com a vida.
Buscava aprofundar ainda mais suas raízes para que as intempéries não a retirassem do local, nem a tolhessem de ser uma flor amarela no meio da aridez.
Assimilava que sua definitiva responsabilidade era a de manter-se viva. Sua fragilidade aparente convertia-se no grande exemplo criado pela fé. Não há outra forma a não ser a de crer na Sublimidade presente e eterna quando se apresenta em meio tão cerceado.
Agora, no pôr do sol, a flor amarela poderá descansar, mesmo que pouco, pois os raios quentes não mais a desgastarão. Ela se acalmará e reporá suas energias, já entendeu que sua cor amarela enche de brilho a aridez na qual por enquanto está.
Os seres se encontram onde necessitam estar. Se ainda não é o éden, porém é o caminho para no tempo certo poder avistá-lo e encaminhar-se à sua entrada. Cada momento é vencido quando a compreensão deseja ser assimilada.

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

LÍNGUA PORTUGUESA - REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI






Na seção de cochilos geralmente cometidos no uso do idioma português, eis mais cinco casos:
1 - Vou consigo.
O correto: Vou com você. Outra opção: Vou contigo.
A explicação: diferentemente do que ocorre em Portugal, em nosso país o pronome “consigo” só é usado com valor reflexivo, ou seja, quando o complemento verbal se refere ao próprio sujeito: - Pensou consigo mesmo. Irritou-se consigo. De vez em quando ele sai falando consigo mesmo. Ele levou consigo os pertences.
2 - Agora é 3 horas.
O correto: Agora são 3 horas.
A explicação: as horas e demais palavras que definem o tempo variam normalmente: São agora 9 horas. Já são 7 da manhã. Já é 1 hora. Agora é meio-dia.
3 - Dado os índices das pesquisas.
O correto: Dados os índices das pesquisas.
A explicação: a concordância em casos assim é normal: Dadas as condições expostas, decidimos. Dado o resultado, ele se demitiu. Dadas as suas ideias...
4 - Ela ficou sobre a mira do assaltante.
O correto: Ela ficou sob a mira do assaltante.
A explicação: a preposição “sob” é que significa debaixo de, por baixo de: Ele se escondeu sob a cama. É triste viver sob o teto alheio.
5 - Ao meu ver, não existe perigo.
O correto: A meu ver, não existe perigo.
A explicação: não é legal usar o artigo “o” nas expressões a meu ver, a seu ver, a nosso ver.




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domingo, 10 de fevereiro de 2019

UMA RECEITA PARA AFASTAR OS MAUS ESPÍRITOS - PARTILHADO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI




Uma receita para afastar os maus Espíritos

Toda vez que alguém envolvido em um processo obsessivo busca auxílio numa Casa Espírita, as pessoas, sobretudo seus familiares, imaginam que o resultado positivo se dará rapidamente, o que nem sempre ocorre.
Será que os bons Espíritos, os protetores espirituais chamados para o socorro, são mais fracos do que o Espírito causador da obsessão?
Não. Não é isso que ocorre. Não é o bom Espírito que é mais fraco: é a pessoa que não é bastante forte para sacudir o manto lançado sobre ela, para se livrar do constrangimento dos braços que a enlaçam e nos quais, é preciso que se diga, algumas vezes se compraz. Ora, se a pessoa prefere comprazer-se no envolvimento que a constrange, nada ou pouco poderá fazer o amigo espiritual.
Imaginemos, porém, que a pessoa tenha realmente o desejo de se desembaraçar desse jugo e mesmo assim nada consegue. Qual a explicação?
Examinando esse assunto, Kardec explica que nem sempre o desejo, em casos assim, basta, porque a tarefa da desobsessão é uma espécie de luta contra um adversário.
Se duas pessoas lutam corpo a corpo, aquela que tem músculos mais fortes derruba a outra.
Nos processos obsessivos, é necessário lutar não corpo a corpo, mas Espírito a Espírito, e é ainda aqui o mais forte que domina, sendo que nesse caso a força está na autoridade moral que se pode tomar sobre o Espírito.
Esforçar-se para ser bom, tornar-se melhor se já é bom, purificar-se de suas imperfeições, em uma palavra: elevar-se moralmente o mais possível, esse é o meio para se adquirir o poder de dominar os Espíritos inferiores e, desse modo, afastá-los.
Mas – alguns ainda perguntam – não podem os Espíritos protetores ordenar ao mau Espírito que se afaste?
Sem dúvida, podem e o fazem algumas vezes; contudo, permitindo a luta, deixam também à vítima do processo o mérito da vitória. Se deixam se debaterem pessoas merecedoras sob certos aspectos, é para provar a sua perseverança e fazê-las adquirir mais força no bem, o que será, para elas, uma espécie de ginástica moral.
Muitos, sem dúvida, prefeririam uma receita prática para a expulsão dos maus Espíritos. Quem sabe? algumas frases de efeito, alguns sinais cabalísticos, o que seria mais cômodo do que corrigir seus defeitos.
Não se conhece, porém, nenhum meio eficaz para vencer um inimigo senão sendo moralmente mais forte do que ele.




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sábado, 9 de fevereiro de 2019

O TEMPO DE DEUS E NOSSO TEMPO - REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

 




O tempo de Deus e o nosso tempo

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
De Brasília-DF

“Vinde, vós que desejais crer. Os Espíritos celestes acorrem a vos anunciar grandes coisas.” – Santo Agostinho (KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. 27, it. 23.)
No último parágrafo da mensagem de Santo Agostinho, inserida no capítulo III d’O Evangelho segundo o Espiritismo, lemos o seguinte:

A Terra nos oferece, pois, um dos tipos de mundos expiatórios, cuja variedade é infinita, mas que têm, como caráter comum, o fato de servirem de lugar de exílio para Espíritos rebeldes à Lei de Deus. Esses Espíritos têm aí de lutar, ao mesmo tempo, com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza, duplo e árduo trabalho que simultaneamente desenvolve as qualidades do coração e as da inteligência. É assim que Deus, em sua bondade, faz que o próprio castigo reverta em proveito do progresso do Espírito.

Em nossa análise desse trecho, percebemos diversos ensinos:
1º) a Terra, em 1864, data da publicação dessa obra básica do Espiritismo por Allan Kardec, foi classificada como “mundo expiatório”;
2º) a variedade de mundos como o nosso é “infinita”;
3º) os Espíritos rebeldes à Lei de Deus são exilados para esses mundos;
4º) nesses mundos, como no nosso, tais  Espíritos lutam “com a perversidade dos homens e com a inclemência da Natureza”;
5º) esse trabalho penoso desenvolve-lhes a inteligência e o sentimento;
6º) Deus é bondade e também é justiça misericordiosa (mas implacável);
7º) o progresso espiritual, em mundos de expiação, decorre da luta contra dois elementos: o natural e o mal proveniente da ação dos maus.
Do exposto, concluímos que a Terra ainda é mundo de expiações e também de provas, pelas lutas contra as inclemências da Natureza, que ainda teremos de encetar por longo tempo, se calcularmos esse período  cronologicamente. Entretanto, que são alguns séculos para o homem saído da animalidade há, no máximo, 15.000 anos? A Terra existe há aproximadamente 4,5 bilhões de anos.
A Astronomia informa-nos a existência de bilhões de estrelas no Universo. Algumas delas milhares de vezes maiores do que nosso Sol. Muitas delas já desapareceram há milhões de anos, outras vão sendo formadas, incessantemente, pois Deus não cessa de criar.
Se nossa própria estrela de 5ª grandeza, ante o esplendor de outras estrelas, não passa de diminuto grão, comparativamente falando, que seria a Terra, nessa comparação dimensional? Pequenino átomo. Entretanto, diz o Livro Sagrado que Deus criou o homem pouco menor do que os anjos, e de glória e de honra o coroou (Salmo 8:5). Como modelo, deu-nos o Cristo, Senhor da Terra, responsável por todos nós ante Ele, o Senhor do Universo.
Outros Cristos haverá na infinidade de mundos, assim como cada um de nós foi criado para a perfeição e a felicidade na vida eterna. Porém, isso é resultante de nosso mérito, ou seja, do trabalho e obediência às Leis Divinas. Se formos dóceis a essas leis, evoluiremos mais rapidamente, ainda que isso demande milhares de anos, como também ocorre em relação à Natureza desses orbes. Caso contrário, espera-nos a luta áspera em mundos semelhantes a outros já vivenciados por nós, cujos habitantes lutam contra as inclemências da Natureza e a própria imperfeição. Tal estado foi o da Terra há pouco tempo, ou seja, ainda de dois ou três mil anos para cá.
Todavia, a Justiça Divina nunca surge desacompanhada de Sua Bondade e Misericórdia. Como Pai que corrige o filho com amor, Ele proporciona-nos, pelo trabalho, a oportunidade de desenvolver a inteligência e o sentimento. É quando ocorre a luta contra as inclemências naturais e as decorrentes das nossas próprias imperfeições.
Verificamos que, no que tange à inteligência, o progresso da Terra caminha para uma condição material muito melhor do que a existente em meados do século XIX. Hoje, qualquer família de classe média possui condições materiais muito melhores do que as da aristocracia de há dois séculos. O mesmo parece não ocorrer com o aspecto moral da humidade.
Mas será mesmo que o homem continua tão bárbaro como ainda o era na época de Kardec, quando até o duelo era oficializado por questões de defesa da dignidade? Será que ainda há pessoas tão embrutecidas que, por um “toma lá, dá cá”, assassinam seu próximo e ficam impunes? Nesse último caso, com certeza, isso ainda ocorre, mas não como era antes. A própria evolução das comunicações, que tornou o mundo uma “aldeia global”, proporciona-nos, atualmente, o acesso muitíssimo maior às informações sobre o mal do que no passado.
Podemos assegurar, no entanto, com base em estatísticas, que há mais gente do bem na Terra do que do mal (se considerarmos “gente do bem” aquelas que não cometem grandes crimes, que trabalham, constituem família e não estão presas). E a separação simbólica anunciada pelo Cristo, entre bons e maus, já começa a ser feita, mas se ela ainda não é definitiva para o nosso tempo, que é o tempo para Deus e para o Governador espiritual da Terra, Jesus Cristo?
Acredito que, em nossa época, a humanidade não tardará a perceber que somente vale a pena o usufruto dos bens materiais sem lesar o próximo. Que a lei de causa e efeito é implacável com os maus, mas também é bênção para os bons. E apenas se calcularmos o tempo pelo relógio humano, ainda vai longe a época da Terra prometida pelo Cristo aos mansos (Mateus, 5: 5).
Quando? Em trezentos, quinhentos anos? Nos mundos superiores, como Júpiter, esse é o tempo de encarnação de cada Espírito.








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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

O FENÔMENO ESPÍRITA PARTILHADO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI






O Fenômeno Espírita

Gabriel Delanne

Parte 9

Damos sequência ao estudo do clássico O Fenômeno Espírita, de Gabriel Delanne, conforme o texto da 4ª edição publicada pela Federação Espírita Brasileira, com base em tradução de Francisco Raymundo Ewerton Quadros. O estudo será aqui apresentado em 12 partes.
Nosso objetivo é que este estudo possa servir para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto abaixo. 

Questões preliminares

A. Como Delanne conceitua o perispírito e suas características?
B. Onde e de que maneira surgiu a ideia de se obter moldes das formas materializadas?
C. Que conclusão se pode tirar dos fenômenos de materialização de Espíritos, como o de Katie King, que respirava e apresentava todos os caracteres fisiológicos de um ser vivo?
D. Que interpretação dava Lombroso aos fatos espíritas, antes de aderir à tese espírita?

Texto para leitura

132. O perispírito, conforme o ensino espírita, é o molde fluídico no qual se incorpora a matéria durante a vida. É ele que, sob o impulso da força vital, mantém o tipo específico e individual, porque é invariável no meio do fluxo incessante da matéria orgânica. (PP. 174 e 175)
133. Eis algumas características que, a respeito do perispírito, refere Delanne: I) o perispírito não se destrói na morte; II) é nele que se acham gravadas as conquistas da alma, permitindo a ela recordar-se do passado; III) acumulando nele a força vital suficiente, o Espírito pode dar-lhe uma vida momentânea; IV) concretando-se, o perispírito pode deixar impressões em moldes de parafina, na argila ou em folhas de papel enegrecido. (P. 175)
134. Zöllner verificou, mesmo antes de obter-se formas materializadas dos Espíritos, que estes podiam deixar impressões provando a sua tangibilidade. As experiências feitas por Zöllner com o médium Slade são descritas por Delanne, que relata ainda as realizadas pelo professor Chiaia, de Nápoles, com a célebre médium Eusápia Paladino. (PP. 175 a 177)
135. O professor Chiaia, não satisfeito de fotografar Espíritos, quis conservar uma lembrança mais comprobativa: a própria forma da aparição. Inicialmente ele valeu-se de um prato de farinha; depois teve a ideia de utilizar a argila dos escultores, perguntando se o Espírito poderia moldar ali uma cabeça. Essas experiências reproduziram-se muitas vezes e a moldagem deu sempre resultado análogo ao pedido feito. (PP. 176 e 177)
136. As experiências comprovaram, desse modo, que o perispírito é bem o molde fluídico do corpo e que, no espaço, ele não perde nenhuma das suas propriedades plásticas: basta fornecer-lhe a força vital e a matéria para que o corpo material se reproduza total ou parcialmente. (N.R.: No livro “O Espiritismo perante a Ciência”, Delanne estuda longamente o perispírito e expõe minuciosamente as provas da sua existência durante a vida e depois da morte.) (P. 177)
137. Os moldes de parafina, que Delanne descreve neste livro, foram concebidos inicialmente pelo Sr. Denton, professor de Geologia assaz conhecido na América. Foi em 1875 que ele obteve, pela primeira vez, o molde de um dedo. Os moldes obtêm-se assim: duas vasilhas, uma com água fria e outra com água quente, são colocadas na sala. Na superfície da última flutua uma camada de parafina fundida. Pede-se ao Espírito que mergulhe sua mão materializada na parafina e, em seguida, na água fria, repetindo por várias vezes essa operação. Forma-se desse modo na superfície da mão uma luva de certa espessura. Quando a mão do Espírito se desmaterializa, deixa um molde perfeito que se enche de gesso. Basta mergulhar tudo em água fervente para que, fundindo-se a parafina, fique a reprodução exata da mão materializada. (P. 178)
138. Operando dessa forma os pesquisadores obtiveram moldes de mãos inteiras e de pés dos mais diversos tamanhos e conformações. (P. 180)
139. Como a crítica acreditava que nessas experiências poderia haver fraude, o professor Denton recorreu a uma prova interessante: pesou a massa de parafina antes e depois da sessão, achando o mesmo peso nos dois casos. Sua experiência foi repetida por três vezes, publicamente, diante de grande número de pessoas, em Boston, em Charlestown, Portland, Baltimore etc., sempre com êxito completo. (P. 180)
140. Para afastar de vez a possibilidade de artifícios por parte do sensitivo, a médium foi, certa vez, encerrada num saco, fortemente amarrado ao seu pescoço. Como isso ainda assim suscitasse suspeitas, decidiu-se que o molde deveria ser produzido dentro de uma caixa fechada, devidamente preparada segundo as indicações do Dr. Gardner. Delanne relata a experiência, feita em maio de 1876, atuando como médium a Sra. Hardy. (PP. 181 e 182)
141. Depois de quarenta minutos de espera, uma série de pancadas anunciou que alguma coisa fora obtida. Erguido o véu, viu-se, flutuando no balde d’água, o molde perfeito de uma grande mão. (P. 182)
142. Na Inglaterra, o Dr. Nichols, servindo Eglinton como médium, fez uma experiência em condições idênticas. Em artigo no “Spiritual Record”, de dezembro de 1883, Dr. Nichols descreve a sessão, na qual as moldagens obtidas representavam mãos que foram reconhecidas por ele como sendo de sua falecida filha Willie.  (PP. 183 e 184)
143. Comentando essas experiências, Delanne lembra que a fabricação desses moldes é inteiramente impossível, porque a mão enluvada com a parafina não pode sair do molde sem quebrá-lo, visto o punho ser mais estreito que a mão. Admitindo-se, porém, a materialização e a posterior desmaterialização do Espírito, o fato é facilmente assimilável. (P. 183)
144. Cumpre lembrar – diz Delanne – que o Espiritismo não inventou nenhuma teoria para explicar os fatos: foram os próprios Espíritos que descreveram seu estado no espaço e, assim, pelas experiências a que prestavam seu concurso, estabeleceram as condições em que vivem depois de terem abandonado a Terra. (P. 185)
145. Verificamos como Katie King, o Espírito materializado ante os olhos de Crookes, era verdadeiramente uma mulher e soubemos que ela respirava, que seu coração batia, que tinha, em suma, todos os caracteres fisiológicos de um ser vivo. (P. 185)
146. Que podemos concluir desses fatos? A resposta é clara: o perispírito, invólucro fluídico da alma, é o molde em que se incorpora a matéria terrena durante a encarnação. Com a morte, os elementos que formam o corpo físico voltam à natureza, mas o invólucro espiritual subsiste e conserva todas as aptidões e propriedades que tinha na Terra. Forneça-se-lhe matéria e força vital, e logo esse organismo entra em função e reproduz o indivíduo. Essa vida é, porém, momentânea e temporária, e raramente atinge a intensidade observada por William Crookes. (P. 185)
147. Examinando alguns fatos espíritas produzidos com a médium Eusápia Paladino, o professor Lombroso admitiu os fatos como verdadeiros, mas deu-lhes interpretação diversa da ensinada pelo Espiritismo. Delanne relata os pormenores das experiências feitas pelo célebre estudioso italiano, que entendia então que os fatos podiam ser explicados à luz da neuropatologia. Eusápia Paladino, segundo ele, era neuropata, e também eram neuropatas médiuns admiráveis como Home, Slade etc. (N.R.: Só mais tarde, em 1909, Lombroso aderiu à tese espírita, como aliás foi previsto por Delanne.) (PP. 186 a 194)
148. Delanne rebate com toda a ênfase a teoria aventada por Lombroso e lembra que, em geral, os cientistas são bastante cuidadosos quando formulam hipóteses em sua área de atuação, mas, quando se trata de Espiritismo, toda essa prudência desaparece e arrojam-se a construir sistemas, cada qual mais inverossímil do que o outro. (P. 194)
149. Por exemplo, quando se refere às fotografias de Espíritos, Lombroso diz ter visto muitas, mas acrescentou que não tinha confiança em nenhuma delas. “Enquanto eu mesmo não tiver obtido uma – asseverou o professor italiano –, não poderei emitir juízo sobre o assunto.” (P. 192)

Respostas às questões preliminares

A. Como Delanne conceitua o perispírito e suas características?
O perispírito é o molde fluídico no qual se incorpora a matéria durante a vida. É ele que, sob o impulso da força vital, mantém o tipo específico e individual, porque é invariável no meio do fluxo incessante da matéria orgânica. Eis algumas características do perispírito, conforme Delanne: I) o perispírito não se destrói na morte; II) é nele que se acham gravadas as conquistas da alma, permitindo a ela recordar-se do passado; III) acumulando nele a força vital suficiente, o Espírito pode dar-lhe uma vida momentânea; IV) concretando-se, o perispírito pode deixar impressões em moldes de parafina, na argila ou em folhas de papel enegrecido. (O Fenômeno Espírita, págs. 174 a 177.)
B. Onde e de que maneira surgiu a ideia de se obter moldes das formas materializadas?
A ideia parece haver surgido com o professor Chiaia que, não satisfeito de fotografar Espíritos, quis conservar uma lembrança mais comprobativa: a própria forma da aparição. Inicialmente ele valeu-se de um prato de farinha; depois teve a ideia de utilizar a argila dos escultores, perguntando se o Espírito poderia moldar ali uma cabeça. Essas experiências reproduziram-se muitas vezes e a moldagem deu sempre resultado análogo ao pedido feito.  Os moldes de parafina, que Delanne descreve no livro, foram concebidos inicialmente pelo Sr. Denton, professor de Geologia conhecido na América. Foi em 1875 que ele obteve, pela primeira vez, o molde de um dedo. (Obra citada, págs. 176 a 183.)
C. Que conclusão se pode tirar dos fenômenos de materialização de Espíritos, como o de Katie King, que respirava e apresentava todos os caracteres fisiológicos de um ser vivo?
A conclusão é clara: o perispírito, invólucro fluídico da alma, é o molde em que se incorpora a matéria terrena durante a encarnação. Com a morte, os elementos que formam o corpo físico voltam à natureza, mas o invólucro espiritual subsiste e conserva todas as aptidões e propriedades que tinha na Terra. Forneça-se-lhe matéria e força vital, e logo esse organismo entra em função e reproduz o indivíduo. Essa vida é, porém, momentânea e temporária. (Obra citada, pág. 185.)
D. Que interpretação dava Lombroso aos fatos espíritas, antes de aderir à tese espírita?
O célebre estudioso italiano entendia então que os fatos podiam ser explicados à luz da neuropatologia. Eusápia Paladino, segundo ele, era  neuropata, e também eram neuropatas médiuns admiráveis como Home, Slade etc. Anos depois, Lombroso aderiu à tese espírita. (Obra citada, págs. 186 a 194.)


Observação:
Eis os links que remetem aos três últimos textos:





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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019