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Estudo analisa veracidade
de cartas psicografadas por Chico Xavier
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Rayder Bragon
Do UOL, em Belo Horizonte
Do UOL, em Belo Horizonte
26/12/201406h00
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Pesquisa cientifica realizada por núcleo da
Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) concluiu que informações contidas
em lote de cartas psicografadas pelo médium Chico Xavier, morto em 2002, eram
verídicas.
Ao todo, foram analisadas treze cartas atribuídas a
Jair Parente, morto por afogamento em 1974, na cidade de Americana (SP). As
correspondências começaram a ser psicografadas pelo médium ainda no ano da
morte de Parente e prosseguiram até 1979.
Conforme o psiquiatra Alexander Moreira-Almeida,
diretor do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde (NUPES-UFJF), o
estudo teve início em 2011 e foi feito em parceria com o Departamento de Psiquiatria
da Universidade Federal de São Paulo (USP), a partir do pós-doutorado dos
pesquisadores Denise Paraná e Alexandre Rocha.
O resultado, de acordo com o pesquisador, foi
publicado em setembro deste ano pela revista científica Explore, editada na Holanda.
O interesse para desenvolver a pesquisa, explica
Almeida, foi a relevância dada no país às cartas psicografadas.
"A motivação foi a importância que as chamadas
cartas psicografadas têm no Brasil e a falta de estudos acadêmicos a respeito
delas. Sabe-se que pessoas enlutadas podem aceitar, como sendo reais e
precisas, cartas que contêm apenas informações genéricas", afirmou o
pesquisador.
Segundo ele, o estudo comprovou que os dados colhidos
nas cartas atribuídas a Parente eram críveis.
"As informações comunicadas nas cartas eram
precisas (nomes, datas e descrições de fatos acontecidos na vida da família) e
verídicas (nenhuma informação comunicada nas cartas estava incorreta ou era
falsa)", afirmou Almeida em entrevista ao UOL por e-mail.
O pesquisador informou que a análise foi feita nas
cartas originais, das quais foram extraídas 99 informações objetivas e
passíveis de verificação.
"Familiares e amigos de Jair Presente foram
entrevistados, documentos como jornais de época foram checados, além de escritos
do Jair Presente e registros em cartórios", disse.
Conforme Moreira, o intuito era comprovar se Chico
Xavier poderia ter tido acesso a essas informações por meios convencionais e se
as cartas continham dados verídicos e específicos em relação ao falecido.
"A probabilidade de Chico Xavier ter tido acesso
a grande parte destas informações por vias convencionais era extremamente
remota. Em vários casos, eram informações muito privativas da família e, em
algumas delas, até desconhecidas dos familiares que visitaram Chico Xavier para
obter as cartas psicografadas", afirmou.
O pesquisador citou como exemplo o falecimento da
madrinha da mãe de Presente, "fato que ainda não era do conhecimento da
família", descreveu Almeida.
Médiuns em atividade
O psiquiatra Alexander Moreira-Almeida informou que o
resultado de outro lote de cartas psicografadas por Chico Xavier, também
investigado por Denise Paraná e Alexandre Rocha, será publicado em breve. Ele
adiantou que o núcleo dará início a pesquisas com médiuns em atividade.
"Assim teremos maior possibilidade de um controle
experimental do vazamento das informações para o médium. Seu desenho
metodológico nos permitirá investigar um número bastante significativo de
médiuns em atividade", disse.
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