Há duas razões principais: o
governo quer aumentar os desvios de recursos da Seguridade para pagar juros da
dívida pública e estimular as pessoas a
fazerem previdência privada, beneficiando principalmente os grandes bancos. Por
meio das Desvinculações das Receitas da União (DRU), por exemplo, em 2015 o
governo desviou R$ 61 bilhões para essa finalidade. Nesse mesmo Ano, a Seguridade
Social deixou de contar com R$ 157 bilhões por conta de desonerações
tributárias e com R$ 11 bilhões devido a isenções concedidas a entidades ditas
filantrópicas.
A REFORMA VAI AFETAR A POPULAÇÃO E
QUASE TODOS OS MUNICÍPIOS
Em sua justificativa para a PEC 287
Temer diz que a dupla jornada de trabalho de mulheres as condições precárias da
maior parte das pessoas que vivem no meio rural são coisas do passado.
Portanto, a partir de agora todos devem se aposentar com no mínimo 65 anos de
idade e contribuir por no mínimo 25 anos. Ao mesmo tempo, para ter aposentadoria integral serão
necessários 49 anos de contribuição, o que é impossível para a maior parte da
população brasileira
VEJA ABAIXO ALGUMAS SITUAÇÕES SUPONDO QUE A PESSOA NUNCA FICARÁ
DESEMPREGADA:
Idade de início no
Mercado de trabalho
|
Tempo de contribuição
Para ter salário integral
|
Idade para ter
Aposentadoria integral
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20 anos
|
49 anos
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69 anos
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21 anos
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49 anos
|
70 anos
|
22 anos
|
49 anos
|
71 anos
|
23 anos
|
49 anos
|
72 anos
|
Quem recebe pensão e aposentadoria
terá que optar por uma das duas, haverá redução no valor no período de
pagamento das pensões e os benefícios assistenciais poderão ficar abaixo do
salário mínimo. As pessoas que não conseguirem comprovar que contribuíram só
poderão requerer esse benefício aos 70 anos. Como no Maranhão, segundo o IBGE,
a expectativa média de vida em 2017 é de 70,3 anos, se a reforma for aprovada
muitos morrerão antes que possam ter aposentadoria integral. Se não conseguirem
comprovar contribuição nem chegarão a receber
Não menos importante é o impacto da reforma para a maior parte dos
municípios maranhenses, já que as transferências previdenciárias se constituem
principal fonte de recursos financeiros para 70% dos municípios brasileiros.
Portanto, os prefeitos e vereadores que tiverem um mínimo de compromisso com
seus eleitores têm a obrigação de se
colocarem na linha de frente contra essa reforma.
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