sexta-feira, 14 de abril de 2017

PORQUE O GOVERNO QUER FAZER A REFORMA?




Há duas razões principais: o governo quer aumentar os desvios de recursos da Seguridade para pagar juros da dívida pública  e estimular as pessoas a fazerem previdência privada, beneficiando principalmente os grandes bancos. Por meio das Desvinculações das Receitas da União (DRU), por exemplo, em 2015 o governo desviou R$ 61 bilhões para essa finalidade. Nesse mesmo Ano, a Seguridade Social deixou de contar com R$ 157 bilhões por conta de desonerações tributárias e com R$ 11 bilhões devido a isenções concedidas a entidades ditas filantrópicas.

A REFORMA VAI AFETAR A POPULAÇÃO E QUASE TODOS OS MUNICÍPIOS

Em sua justificativa para a PEC 287 Temer diz que a dupla jornada de trabalho de mulheres as condições precárias da maior parte das pessoas que vivem no meio rural são coisas do passado. Portanto, a partir de agora todos devem se aposentar com no mínimo 65 anos de idade e contribuir por no mínimo 25 anos. Ao mesmo tempo,  para ter aposentadoria integral serão necessários 49 anos de contribuição, o que é impossível para a maior parte da população brasileira

VEJA ABAIXO ALGUMAS SITUAÇÕES SUPONDO QUE A PESSOA NUNCA FICARÁ DESEMPREGADA:
Idade de início no
Mercado de trabalho
Tempo de contribuição
Para ter salário integral
Idade para  ter
Aposentadoria integral
20 anos
49 anos
69 anos
21 anos
49 anos
70 anos
22 anos
49 anos
71 anos
23 anos
49 anos
72 anos

Quem recebe pensão e aposentadoria terá que optar por uma das duas, haverá redução no valor no período de pagamento das pensões e os benefícios assistenciais poderão ficar abaixo do salário mínimo. As pessoas que não conseguirem comprovar que contribuíram só poderão requerer esse benefício aos 70 anos. Como no Maranhão, segundo o IBGE, a expectativa média de vida em 2017 é de 70,3 anos, se a reforma for aprovada muitos morrerão antes que possam ter aposentadoria integral. Se não conseguirem comprovar contribuição nem chegarão a receber

Não menos importante é o impacto da reforma para a maior parte dos municípios maranhenses, já que as transferências previdenciárias se constituem principal fonte de recursos financeiros para 70% dos municípios brasileiros. Portanto, os prefeitos e vereadores que tiverem um mínimo de compromisso com seus eleitores têm  a obrigação de se colocarem na linha de frente contra essa reforma.

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