Como é atuar na
cidade onde
nasceu Herculano
Pires?
Temos grande
contato com a
família de
Herculano Pires
aqui em Avaré.
Sua irmã Marília
Pires participou
da inauguração
da Colônia
declamando seus
versos. Sua
filha Heloísa,
sempre que pode,
visita nossa
cidade
proferindo
palestras.
Herculano foi
grande “Zelador
da Doutrina
Espírita”, e
ainda foi
cunhada a
expressão “O
Metro que Melhor
Mediu Allan
Kardec”, de
maneira que
estamos falando
de uma alma
missionária.
Orgulha-nos
muito saber que
nossa terra
serviu de palco
para alma tão
luminosa.
Quando e por
quem foi fundada
a Colônia
Espírita
Fraternidade?
Quando ainda
participávamos
do grupo de
jovens na
Associação
Espírita Léon
Denis, nutríamos
um desejo de um
dia trabalhar
com crianças.
Com o tempo a
ideia foi
tomando corpo
até que
finalmente eu,
Marli Forteza e
Luiz Augusto de
Freitas (Guto)
criamos coragem
e demos o passo
inicial. Esse
trabalho
permaneceu
graças a muitas
pessoas que
agregadas ao
grupo se dedicam
carinhosamente à
Instituição.
Qual o principal
perfil da
Instituição?
Pesquisa feita
junto ao Juizado
da Infância e
Juventude e ao
Conselho Tutelar
de nossa cidade,
verificamos uma
grande
necessidade de
programas
sociais para
crianças do sexo
masculino, com
idade de 7 a 15
anos. Dessa
forma passamos a
focar nesse
público. Hoje a
Colônia
proporciona
atividades para
150 meninos em
regime de
contraturno
escolar.
Como se
distribuem as
atividades
doutrinárias e
promocionais em
área tão
extensa?
Sem dúvida, esse
trabalho depende
de um grande
grupo de pessoas
que dedicam amor
e carinho no que
fazem. É das
atividades
doutrinárias que
sai a maior
parte do
voluntariado
para nossos
eventos de
arrecadação
financeira.
Deixamos o
trabalho
voluntariado
para a
manutenção das
atividades,
enquanto o
trabalho junto
às crianças fica
a cargo de
profissionais de
formação técnica
em cada área de
atuação,
contratados e
remunerados. Daí
o sucesso nos
resultados com
os meninos: o
trabalho com
profissionais
formados e
graduados nas
mais diversas
áreas.
A respeito do
imenso público
nas reuniões
públicas, quais
as principais
observações
colhidas do
trabalho?
Penso que o
número
considerável de
público para uma
cidade do
interior seja em
razão da
simplicidade, do
trabalho
honesto, das
pessoas sérias e
motivadas que
nelas atuam,
além de
palestras
diversificadas e
temas atuais. A
ênfase dada à
Caridade e à
Reforma íntima
promove
resultados
maravilhosos nas
pessoas que
buscam
consolação e
ajuda no Centro.
Hoje, as pessoas
em geral vivem
num mundo egoico,
individualista,
e descobrem como
o trabalho
voluntário é uma
atividade
curativa de
grande valor,
associado às
reuniões
doutrinárias.
Como foi a
influência do
conhecido
confrade Tadeu,
de Araxá (MG),
no
desenvolvimento
da Instituição?
Nosso grupo de
trabalho sempre
teve uma ligação
muito grande com
Minas,
primeiramente
com contatos do
querido Chico
Xavier.
Posteriormente
nosso mestre foi
o Sr. Langerton,
que
carinhosamente
chamamos de “Vô”.
Tendo por 30
anos trabalhado
com Chico em
Uberaba, o Vô
nos recebia em
sua chácara em
Peirópolis (40
quilômetros de
Uberaba). Ele
nos orientava em
todas as áreas
de atuação,
principalmente
nos formando no
seu grande
trabalho da
Fitoterapia. Foi
exatamente
Langerton quem
nos falou para
conhecermos o
Tadeu, de Araxá.
Com sua
desencarnação,
fomos a Araxá, à
Casa do Caminho,
onde conhecemos
o Tadeu.
Mostrando grande
afinidade
conosco, passou
assim a ser
nosso orientador
encarnado nos
diversos
assuntos ligados
ao Centro
Espírita e
quanto à
Colônia.
Fale-nos sobre
sua experiência
com os jovens.
Como disse
anteriormente,
foi justamente
na época da
Mocidade que
teve início a
vontade do
trabalho com
crianças. Sempre
muito ligado à
juventude, tenho
procurado
incentivar os
jovens em todas
as suas
atividades. Não
tenho dúvidas:
para que o
Movimento
Espírita
continue e para
que a Colônia
não pare,
somente
orientando os
jovens para nos
sucederem.
Afinal eles
possuem muita
energia e nós
logo não teremos
tanta força por
conta da idade
que, aliás,
chega rápido.
Quais os
projetos
existentes para
as áreas
disponíveis?
Nosso próximo
desafio é
envolver as
famílias no
trabalho de
transformação
das crianças.
Precisamos
trazer os
familiares para
que, juntos,
possamos criar
as condições
ideais de
resgate,
transformando
todo o núcleo
familiar.
Algo marcante
que gostaria de
relatar da
história da
Instituição?
Muito
interessante é o
terreno onde se
localiza a
Colônia. Possui
4 alqueires
adquiridos no
início da década
de 60 por um
grupo espírita
de nossa cidade,
mas ficou
adormecido por
30 anos até que,
ao assumirmos a
diretoria,
iniciamos o
projeto com as
crianças. Desse
grupo permaneceu
um lindo quadro
de Jesus doado
na época com o
intuito de ser
colocado no
saguão do futuro
hospital
psiquiátrico a
ser construído.
Hoje esse quadro
se encontra
pendurado no
refeitório das
crianças. É
nítido o plano
maior nos
dirigindo e
criando
condições para o
nosso trabalho.
Suas palavras
finais.
Quero dizer que,
ao responder às
suas perguntas,
estou fazendo em
nome de um
grupo, que
chamamos de
Conselho. Pois
esse trabalho
jamais seria
concretizado se
não fossem essas
pessoas que
juntas tomam as
decisões e
dirigem a
Instituição.
Agradeço todos
os dias a Deus,
ao Mestre Jesus
e a toda a
espiritualidade
que deposita em
nós a esperança
de um bom
trabalho aqui na
Terra. Um grande
abraço e venham
nos visitar.
Obrigado.
Fonte: retirado de o Consolador ema Revista de Divulgação Espírita em inteiro Teor
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