Edição do
dia 15/01/2016
15/01/2016
08h48 - Atualizado em 15/01/2016 09h52
Ministério da Educação
reajusta piso salarial dos professores em 11,36%
Novo piso salarial dos professores da rede pública,
já em vigor, é de R$ 2.135. Aumento ficou um pouco acima da inflação oficial
O
Ministério da Educação reajustou o piso salarial dos professores da rede
pública de ensino. O aumento ficou acima da inflação. Governadores reclamaram,
pediram para adiar o pagamento, diminuir o reajuste, disseram que estados e
municípios com problemas financeiros não vão poder pagar, mas o Governo
Federal manteve a decisão.
O novo
piso salarial dos professores da rede pública já está em vigor. Tem que ser
pago aos professores com formação de nível médio e que trabalham 40 horas por
semana a partir de fevereiro. São R$ 2.135; um aumento de 11,36% em relação ao
ano passado. Um pouco acima da inflação oficial: 10,67%.
Governadores
tentaram evitar que o novo piso entrasse em vigor agora. Em uma carta, entregue
à presidente Dilma Rousseff, argumentaram que, com a crise econômica, a
arrecadação caiu e há dificuldades para garantir a manutenção de serviços.
Pediram
que fosse adiada para agosto a obrigação de pagar o novo valor do piso para
profissionais da educação básica. E ainda queriam que o índice de reajuste
fosse menor, de 7,4%.
O
governador do Rio de Janeiro disse que ainda não sabe qual o impacto nas contas
do estado, mas que muitos terão dificuldade para pagar o novo valor. “Qualquer
aumento, qualquer impacto é mortal para as finanças do estado. É muito difícil
ser cumprido por muitos estados esse piso e por muitos municípios”, afirma o
governador Luiz Fernando Pezão.
O
ministro da Educação disse que ouviu a reivindicação de representantes de
estados e municípios, mas alegou que não podia adiar o reajuste.
“Nós não
temos poder para desrespeitar uma lei. Mesmo reconhecendo que há problemas
fiscais delicados no Brasil. A lei é clara: calcula-se o piso pelo Tesouro
Nacional e divulga-se através de um aviso ministerial pelo MEC no mês de
janeiro. É o que estou fazendo hoje”, disse o ministro da Educação, Aloizio
Mercadante.
A
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação disse que até hoje muitos
estados ainda não cumprem totalmente a lei. Em alguns casos, eles até pagam o
piso salarial, mas desrespeitam a regra que diz que o professor precisa usar 13
das 40 horas semanais de trabalho em atividades fora da sala, para preparar
aulas, corrigir provas. Às vezes, eles têm que levar esse serviço para casa.
O
presidente da Confederação considera o pedido dos governadores para adiar o
reajuste um desrespeito. “Dois mil e poucos reais é mínimo, é muito pouco para
profissionais que têm a responsabilidade que têm os professores. Esses
professores precisam e merecem ser muito valorizados”, afirma Roberto Leão.
De acordo
com o Ministério da Educação, de 2009 a 2015, o piso
salarial dos professores teve aumento real de 46%.
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