terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

SE CORRUPÇÃO NA PETROBRÁS FOSSE INVESTIGADA DESDE OS ANOS 1996 E 1997 A SITUAÇÃO HOJE SERIA DIFERENTE

REPRODUZIDO DO BLOG DE DILMA PRESIDENTA DO BRASIL 1424443206_PR_Dilma_investigacao_96_97_petrobras.jpg

Sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015 às 11:45
“Quem cometeu maus feitos, quem participou de atos de corrupção vai ter de responder por eles. Essa é a regra no Brasil", enfatizou a presidenta. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
“Quem cometeu maus feitos, quem participou de atos de corrupção vai ter de responder por eles. Essa é a regra no Brasil”, enfatizou a presidenta. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.
Em conversa com jornalistas, nesta sexta-feira (20), a presidenta Dilma Rousseff reforçou, ao falar da Petrobras, que há no Brasil um processo de investigação como nunca foi feito antes, cumprindo a regra de que se responda pelos maus feitos cometidos.
“Quem cometeu maus feitos, quem participou de atos de corrupção vai ter de responder por eles. Essa é a regra no Brasil. Porque você veja, a gente olhando os dados que vocês mesmos divulgam nos jornais: se em 96, 97 tivessem investigado e tivessem, naquele momento, punido, nós não teríamos um caso desses, um funcionário da Petrobras que ficou, durante mais de dez anos, mais de vinte, quase vinte anos, praticando atos de corrupção”, afirmou Dilma após receber cartas credenciais de embaixadores estrangeiros.
“A impunidade – isso eu disse durante toda minha campanha – ela leva água para o moinho da corrupção então, hoje eu acho que um passo foi dado no Brasil. E é esse passo que nós temos que olhar e valorizar”, enfatizou a presidenta.
Comparando o cenário atual com outros períodos, Dilma também fez questão de frisar que hoje os órgãos responsáveis pelas investigações têm liberdade de atuação, sem ingerência política em contrário. Ela citou as atuações independentes do Ministério Público e da Polícia Federal.
“Não tem ‘engavetador’ da República. Não tem controle sobre a Polícia Federal, nós não nomeamos pessoas políticas para os cargos da Polícia Federal. E isso significa que junto do Ministério Público e junto com a justiça, todos os órgão do Judiciário, está havendo no Brasil um processo de investigação como nunca foi feito antes. Não que antes não existia. É que antes não tinha sido investigado e descoberto, porque quando você investiga e descobre a raiz das questões, surge, e quando surge a raiz das questões você impede que aquilo se repita e que seja continuado.”
A presidenta ainda esclareceu que é necessário que se perceba a diferença entre as empresas e quem praticou corrupção, para que se punam os culpados mas se preserve a geração de empregos no País.
“Eu não vou, por exemplo, tratar a Petrobras como tendo praticado maus feitos. Quem praticou maus feitos foram funcionários da Petrobras, que vão ter de pagar por isso. (…) As empresas, os donos das empresas ou os acionistas das empresas vão ser investigados. Porque a empresa não é um ente que esteja desvinculado dos seus acionistas. Nós iremos tratar as empresas tentando, principalmente, considerar que é necessário criar emprego e gerar renda no Brasil. Isso não significa, de maneira alguma, ser conivente ou apoiar ou impedir qualquer investigação ou qualquer punição a quem quer que seja, doa a quem doer.”

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