sexta-feira, 3 de junho de 2016

DIVALDO FRANCO: "AMAR PROMOVE A SAÚDE INTEGRAL E É UMA FORMA DE FLUIR FELICIDADE"

JÚLIO ZACARCHENCO
juliokachenco@gmail.com
Sumaré, SP (Brasil)
 

Divaldo Franco: “Amar promove a saúde integral e é uma forma de fruir felicidade” 
O conhecido orador iniciou em Paris, capital da França, um novo ciclo de divulgação do Espiritismo no continente europeu 

No último dia 5 de maio, o médium e orador espírita Divaldo Franco iniciou um novo roteiro de divulgação do Espiritismo na Europa.
Na capital francesa, Paris, onde o ciclo de conferências se iniciou, ele proferiu a conferência “A Conquista da Plenitude”, que contou com a participação de 220 pessoas. Sophie Giuste foi a intérprete. O local foi o auditório da FIAP Jean Monnet, que ficou lotado.
Na ocasião, o presidente do CSF - Conselho Espírita Francês e Francófono, sr. Richard Buono, ofereceu uma placa de reconhecimento ao médium, pelos seus relevantes trabalhos de divulgação da Doutrina Espírita na França. Como de hábito, Divaldo agradeceu profundamente a deferência e o carinho representados naquele gesto, transferindo a homenagem, no entanto, a todos os trabalhadores espíritas, conhecidos e anônimos, daquela nação.
Evocando o discurso feito por Ernest Renan em sua aula inaugural no Collège de France, em 22 de fevereiro de 1862, Divaldo abriu a conferência com o destaque para o pensamento desse emérito historiador e escritor francês que afirmara que Jesus foi um homem incomparável, demitizando, assim, a figura do Jesus-Deus. Posteriormente, escrevera ter sido o Nazareno tão grandioso que não coube na História da Humanidade, dividindo-a em antes e depois d’Ele.
Ainda no campo do conhecimento científico, foram apresentadas as considerações da Dra. Hanna Wolff, renomada psicanalista alemã, acerca da excelência da mensagem de Jesus no tratamento das problemáticas psicológicas. Em seu livro “Jesus Psicoterapeuta”, ela falaria d’Ele como o maior psicoterapeuta da Humanidade em todos os tempos, capaz de penetrar nos conflitos mais profundos dos indivíduos,
Mesa diretora
Público presente
Divaldo fala ao público em Paris
Divaldo ladeado por Júlio Zacarchenco
e Lucas Milagre
 oferecendo os recursos precisos para a libertação das consciências.
Avançando na questão da saúde humana, do ponto de vista integral, Divaldo referiu-se à colocação da Organização Mundial de Saúde a dizer que as doenças seriam o resultado de determinadas emoções desarmônicas.
No mesmo sentido, Eckhart Tolle teria afirmado que as doenças começariam no sentimento desajustado da criatura humana, o qual abriria campo para a manifestação do estado patológico. 
O sistema imunológico em face dos nossos pensamentos – Demonstrando a coerência e a sintonia entre os diversos ramos da Ciência, mereceu análise, também, a descoberta dos Drs. David Bohm e Stewart Wolf, físicos quânticos, a provar que os pensamentos e as ações repercutem diretamente sobre o nosso sistema imunológico, positiva ou negativamente, dependendo dos conteúdos expressos pela mente. A ação positiva geraria partículas equivalentes a fótons, a gerar equilíbrio, harmonia. A ação negativa liberaria elétrons no organismo e, então, teria o efeito oposto sobre ele. Dessa maneira, amar promoveria a saúde integral e seria uma forma de fruir felicidade.
Com base nesses apontamentos, fora explicado que amar é bom para quem experiencia esse sentimento, sendo absolutamente indiferente, do ponto de vista da saúde do indivíduo, que exista a reciprocidade. Por isso, o caminho para a plenitude física, psicológica e psíquica seria exatamente a vivência do amor. E essa teria sido a mesma conclusão a que chegaram os psicanalistas Carl Gustav Jung e Viktor Frankl, isto é, amar seria o mais excelente sentido psicológico na vida de qualquer ser humano, capaz de preencher o vazio existencial e gerar a alegria de viver.
Para o aprofundamento dos estudos sobre a plenitude do ser, Divaldo discorreu sobre as conclusões do matemático, físico e filósofo do século XVII, Blaise Pascal. Para ele, a Humanidade de sua época vivia um momento de grandes dificuldades, como que numa encruzilhada. De um lado, alcançara um bom desenvolvimento no aspecto intelectual, científico, o que ele denominava de “espírito de geometria”, mas sem o equivalente desenvolvimento ético-moral, por ele denominado de “espírito da gentileza”, ou “de finesse”. Esse desequilíbrio, marcado pela escassez do “espírito de finesse”, levaria os indivíduos a se entredevorarem. Em contrapartida, o equilíbrio entre esses dois aspectos do desenvolvimento das sociedades geraria o “espírito do coração”, a plenitude. 
Vazio existencial, depressão e suicídio Conforme ressaltado, o pensamento de Pascal alcançaria o mundo contemporâneo com ares de perfeita atualidade e isso seria demonstrado pela observação do psicólogo americano Rollo May, que afirmou que o ser humano vive hoje o grande drama do vazio existencial, em virtude dos comportamentos tipificados pelo individualismo, pela sexolatria e pelo consumismo. O vazio existencial conduziria o indivíduo à depressão e esta, ao suicídio. Nesse contexto, as estatísticas da OMS mostrar-se-iam estarrecedoras: até o ano 2025, a primeira causa de mortes no mundo seria o suicídio.
A inabilidade para lidar com os seus conflitos íntimos levaria o ser a buscar compensações para suas frustrações e infelicidade no mundo exterior: a ilusória necessidade da posse, a projeção de suas mágoas e inseguranças na sociedade, de modo a responsabilizá-la pelos seus insucessos etc.
Relacionando o conhecimento científico com o Espiritismo, Divaldo demonstrou a razão pela qual Jesus é o modelo e guia para toda a Humanidade, conforme dito na obra O Livro dos Espíritos. Isso porque, sem criar nenhuma religião dogmática, nenhum movimento sectarista, ofereceu, por seus exemplos, vivências e ensinamentos, uma proposta de religiosidade universal, pautada no autoconhecimento e na autoiluminação, por meio do exercício do amor e da superação das nossas más inclinações morais, capaz de promover o reequilíbrio da criatura humana e, por via de consequência, a sua saúde integral (física, psicológica e espiritual). A mensagem cristã, deturpada ao longo dos séculos, estaria sendo revivida na Doutrina Espírita, em toda a sua pureza, provando a imortalidade da alma, a reencarnação, a lei de causa e efeito e a perfeita justiça das aflições humanas, e oferecendo, assim, todos os instrumentos úteis para que o ser humano possa viver em harmonia.
No encerramento da conferência, Divaldo repetiu a lição de Jesus expressada na sentença “O Reino de Deus está dentro de vós”, deixando claro que a conquista da plenitude diz respeito à conquista do Self, ou, ainda do ser imortal que somos.
Fonte: O Consolador uma Revista Semanal de Divulgação Espírita

Nota do Autor:
As fotos que ilustram esta reportagem são de autoria de Dominique Cheron e José Manuel Gomes.
 

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