Sábado, 22/01/2011
Já perdeu algum parente para as
drogas? * Por:
Reinaldo Cantanhêde Lima
Quanto você gastou em dinheiro para criar um
filho até a idade de 11 anos? Não sabe! Isso varia de acordo com a
condição financeira do pai e da mãe. Entretanto, lembra das alegrias ao ter a
certeza de estar grávida e do dia do nascimento do bebê, dos olhares da
criança, do dia do primeiro aniversário, do engatinhar, do sentar, do primeiro
pino, do primeiro passo, do primeiro conjunto, do primeiro fardamento escolar e
do primeiro diploma no jardim de infância. Até aí, só alegrias e muitos planos
para o futuro!
Ainda na pré-adolescência descobre que o seu
filho, ou filha está envolvido ou envolvida com drogas lícitas e
ilícitas. A primeira decepção! Com o passar do tempo, fica sabendo que
ele ou ela, faz parte de um grupo de malfeitores, organização
conhecida como “Gangue”. A segunda decepção e mais dolorida. A
cada pessoa que chama na porta, um espanto, um tremor nas pernas, boca
amarga, dores no corpo, desarranjo intestinal e até insônia, durante a
noite, ouve foz do seu filho, pedindo socorro, embora não o seja. A vida
transformou-se em um pesadelo!
Depois recebe um policial em sua
residência, informando que o seu filho ou filha está envolvido(a) com pequenos
roubos. É preciso que o pai ou a mãe compareça a delegacia de polícia, para
assumir a responsabilidade. Na outra semana a sua casa é depredada em razão do
seu filho drogado ter furado outro drogado. O pai ou a mãe comparece a
delegacia de polícia, pela segunda vez. Andando pelas ruas, não levanta o rosto
para cumprimentar os amigos, o coração está sangrando e as pernas
enfraquecidas levam a vítima até a sua própria residência.
Daí, á algumas semanas ouve dizer bem cedinho na
padaria mais próxima de sua casa, que o seu filho a noite envolveu-se com
brigas, foi espancado pela polícia e, encontra-se preso. No outro dia,
pela madrugada, ouve uma voz enfraquecida como quem pede socorro, a mãe ao
abrir a porta depara-se com o rapaz, outro filho, com o rosto deformado com
hematomas produzidos por chute de pé calçado com botas de trabalhar em obras.
Entre tantos dias difíceis, o pior, foi quando
ficou sabendo que o seu filho, encontrava-se ferido e estendido no chão
sobre um lago de sangue. Podendo ter sido ferido por um dos seus
comparsas ou membros de grupos rivais ou até por um policial. É assim a triste
realidade de um pai ou de uma mãe de usuários dependentes de drogas!
Os escritos a cima são tudo verdade e, não é
toda verdade. Alguns fatos são omitidos. Em conversa em épocas passada, em
oportunidade que a TV o Globo apresentava a novela o “Clone”, havia um
personagem, identificado como Mel, a atriz, representava uma moça com
dependência química. Nessa oportunidade uma professora, perguntou-me sobre o
papel de Mel, o que ela representa é verdade seu Reinaldo? Respondi que não
havia nenhum exagero!!!
*Reinaldo Cantanhêde Lima - Aposentado, Sindicalista, SINTSEPE/MA,
Mobilizador Social e Educador Alternativo
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