domingo, 27 de novembro de 2016
Reflexões à luz do Espiritismo
Como todo suicídio, voluntário ou não, as consequências
do tabagismo vão além desta vida
Se tudo o que já se
escreveu nas revistas e nos jornais sobre os malefícios do cigarro ainda não
foi suficiente para despertar os fumantes, eis mais algumas informações a
respeito do assunto: o tabagismo é responsável direto por 90% das mortes por
câncer de pulmão, 85% das mortes por doença pulmonar obstrutiva crônica e 25%
das mortes por doença coronariana e cerebrovascular; e está também relacionado
com o aneurisma arterial, a trombose vascular, a úlcera digestiva, as infecções
respiratórias, a impotência sexual e, ainda, com o terrível enfisema pulmonar, uma
doença respiratória grave que geralmente se desenvolve nos pulmões de quem
fumou cigarro por muitos anos. O enfisema pulmonar leva à diminuição da
elasticidade dos pulmões e à destruição dos alvéolos, provocando a tosse e
extrema dificuldade para a pessoa respirar.
A nicotina,
substância que provoca dependência, é um alcaloide que na fumaça do cigarro é
veiculado através da fase gasosa e das partículas de alcatrão. Sua absorção
dá-se rapidamente pelos pulmões. Quando tragada, ela se distribui para a
circulação sistêmica e em cerca de 9 segundos atinge o cérebro, após atravessar
rapidamente a barreira hematoencefálica. Seus efeitos farmacológicos podem ser
observados em todo o corpo, conquanto atue principalmente sobre o aparelho
cardiovascular provocando vasoconstrição, aumento da pressão arterial, da frequência
cardíaca, da força de contração miocárdica e da adesão plaquetária.
Os que desencarnam
em virtude do uso deliberado do cigarro adentram o mundo espiritual na condição
de suicidas involuntários e enfrentam, por isso mesmo, todas as consequências
decorrentes de uma desencarnação precipitada, consumada antes da hora.
No livro Temas da Vida e da Morte, psicografado
por Divaldo Franco, Manoel Philomeno de Miranda diz-nos que o comportamento do
homem afeta de maneira rigorosa a programação de sua vida.
São, segundo ele, de
duas classes as causas que influem na existência humana: as próximas, ocasionadas na encarnação
presente em que a pessoa se movimenta, e as remotas, que procedem das ações pretéritas. As causas próximas,
situadas na presente existência, geram novos compromissos que, se negativos,
podem ser atenuados de imediato por meio de atitudes opostas, e, se positivos,
ampliados na sua aplicação. O tabagismo, o alcoolismo, a toxicomania, a
sexolatria, a glutoneria, entre outros fatores dissolventes e destrutivos, são
de livre opção e não estão, evidentemente, incursos no processo educativo de
ninguém. Mas aquele que se vincula a qualquer deles padecer-lhe-á,
inexoravelmente, o efeito prejudicial.
Como vivemos em um
planeta bastante atrasado, no qual as chances de reencarnar em boas condições
são cada vez mais escassas, perder a oportunidade de que ora desfrutamos é algo
que temos dificuldade de compreender, sobretudo se o dependente do tabaco
acredita em Deus. Afinal, o corpo físico é um presente que o Criador nos
concede, e não pode, por causa disso, ser tratado com tanto descaso e indiferença.
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