A Unesco
realizou há algum tempo, num país latino-americano, uma experiência notável que
comprovou ser possível reverter, nas crianças de até três anos, um quadro de
insuficiência intelectual ocasionado pela desnutrição.
Um grupo de
crianças previamente escolhidas foi dividido em três subgrupos.
Ao primeiro
forneceu-se, pelo período de seis meses, alimentação adequada.
Ao segundo
não foi oferecido qualquer suplemento alimentar, mas seus pais foram instruídos
para que dessem aos filhos, todos os dias, atenção e afeto que demonstrassem a
eles quanto eram amados.
Ao terceiro
subgrupo, além do alimento adequado, foram dados também o afeto e a atenção
recomendados para o segundo subgrupo.
A experiência
durou seis meses e, findo o prazo, todas as crianças haviam recuperado a
defasagem inicialmente verificada, o que ficou demonstrado pelos testes de
avaliação de inteligência realizados.
O primeiro
subgrupo, que recebeu alimentação especial, teve um desempenho semelhante ao do
segundo subgrupo, que contou tão somente com a atenção e o carinho dos pais.
O terceiro
subgrupo, que recebeu alimento adequado e o afeto dos genitores, apresentou, no
entanto, um desempenho muito superior ao dos demais, comprovando que os pais
podem perfeitamente compensar, com seu amor e seu afeto, as carências que
porventura tiverem de ser enfrentadas por seus filhos.
“Nem só de
pão vive o homem”, ensinou-nos Jesus.
Eis aí um
lembrete que os casais deveriam pôr continuamente sob suas vistas, para que não
tenham de lamentar mais tarde o tempo e a atenção que tiverem sonegado aos seus
rebentos, certos de que a missão da paternidade é tarefa abençoada que não
deveríamos, sob pretexto nenhum, relegar a plano secundário.
*
Num dia como
hoje, dedicado aos nossos pais, não desejamos apenas reconhecer a importância
que eles têm ou que tiveram em nossa vida, mas, sobretudo, agradecer-lhes por
tudo que deles recebemos, algo que poucos conseguem avaliar corretamente, como
demonstra um antigo e conhecido texto, cuja autoria ignoramos, intitulado “Como
os filhos, com o passar dos anos, veem seu pai”:
aos 7 anos - Meu
pai é um sábio.
aos 14 anos -
Parece que meu pai se engana em certas coisas.
aos 20 anos -
Meu pai está um pouco atrasado em suas teorias: elas não são mais desta época.
aos 25 anos -
O velho não sabe nada... Está ultrapassado, decididamente.
aos 35 anos -
Com a minha experiência, nesta idade meu pai estaria milionário.
aos 45 anos -
Não sei se consulto o velho. Ele talvez me possa aconselhar.
aos 50 anos -
Que pena o velho ter morrido! A verdade é que ele tinha umas ideias notáveis.
aos 55 anos -
Pobre pai! Era um sábio... Como lastimo tê-lo compreendido tão tarde!
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