Iniciação aos clássicos espíritas
Depois da Morte
Léon Denis
Parte 4
Continuamos o estudo
metódico e sequencial do livro Depois da
Morte, obra de autoria de Léon Denis. Nosso propósito é que esta sequência
de estudos sirva, para o leitor, de iniciação aos chamados Clássicos do
Espiritismo.
- questões preliminares
- texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto
indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Que fatos
acabaram fortalecendo as doutrinas materialistas e quais os equívocos dessas
doutrinas, incluindo aí o Positivismo?
B. A que atribuir o
estado de decomposição moral da sociedade humana, a que se refere o autor deste
livro, e qual será para tais coisas o remédio?
C. Qual é a função
da dor?
D. Qual a origem do
mal e como conceituá-lo?
Texto para leitura
67. O Positivismo é
mais sutil do que o materialismo e chegou mesmo a contribuir para enriquecer
alguns ramos dos conhecimentos humanos; mas perdeu de vista o conjunto das
coisas e as leis superiores do universo. (P. 85)
68. Embora tenham
proclamado o método experimental como único meio de atingir a verdade, o
Positivismo desmentiu-se ao negar a priori uma ordem inteira de fenômenos e de
manifestações psíquicas. (P. 85)
69. A obra da
civilização tem seu lado esplêndido, mas tem também seu lado triste, ao aguçar
os apetites e desejos, favorecer o sensualismo e aumentar a depravação. (PP. 86
e 87)
70. A embriaguez, a
prostituição, a imoralidade, o desespero e o suicídio constituem tristes sinais
de uma civilização carcomida. (P. 87)
71. Esse estado de
coisas pode ser imputado ao ambiente, aos maus exemplos recebidos na infância,
à falta de energia dos pais, à ausência de educação da família, mas se deve
também ao fato de que, apesar do progresso da ciência, o homem não conseguiu
ainda conhecer-se a si mesmo. (PP. 87 e 88)
72. Como há vinte
séculos, o homem em geral não sabe sua origem, para onde vai, qual a finalidade
real da vida, enquanto a religião sem provas e a ciência sem ideal
engalfinham-se, ferem-se, combatem-se. (P. 88)
73. As consequências
disso fazem-se sentir por toda parte: na família, na escola, na sociedade, e
para que cesse é preciso que a luz se faça para todos; é preciso que um novo
ensinamento popular venha a iluminar as almas sobre suas origens, seus deveres
e seus destinos. (P. 89)
74. A importância de
uma educação melhor é enorme, tanto para guiar o indivíduo, como para as
instituições e as relações sociais. (P. 89)
75. O conceito
católico criou a civilização da Idade Média e modelou a sociedade feudal,
monárquica, autoritária. As doutrinas materialistas, conduzindo os homens à
idolatria do ouro e da carne, criaram uma geração sem ideais, sem fé no futuro,
sem energia para a luta. (P. 90)
76. De onde virão a
luz e a salvação? Não da Igreja, que é impotente para regenerar o espírito
humano, nem da ciência, que não se preocupa com o caráter nem com a consciência
da criatura humana. (P. 94)
77. Para elevar o
nível moral, para deter as correntes da superstição e do ceticismo, é
necessário um ensino que inspire os homens na estrada do aperfeiçoamento, e ele
se encontra na filosofia dos Espíritos. (PP. 94 e 95)
78. A doutrina
ensinada pelos Espíritos pode muito bem transformar povos e sociedades, levar
luz às trevas, fundir o egoísmo das almas. (P. 95)
79. A ideia de Deus
está escrita em dois livros: o livro do Universo, onde as obras divinas
ressaltam em caracteres luminosos, e o livro da consciência, no qual estão
impressos os preceitos da moral. (P. 101)
80. Uma poderosa
unidade rege o mundo: uma só substância, o éter ou fluido universal, constitui
a incontável variedade de corpos. Esse elemento vibra sob a ação das energias
cósmicas e gera, segundo o número e a velocidade de suas vibrações, o calor, a
luz, a eletricidade, o fluido magnético: quando essas vibrações se condensam,
os corpos aparecem. (P. 105)
81. O estudo da
Natureza mostra-nos em cada coisa a ação de uma vontade oculta; por toda parte
a matéria obedece a uma força que a domina. (P. 105)
82. Os males da vida
mostram-nos que não estamos aqui para gozar e adormecer no quietismo, mas para
trabalhar e combater. (P. 107)
83. Poder-se-ia
definir Deus de modo superior ao que fazemos? Definir é limitar. Deus impõe-se
ao nosso espírito, mas escapa a qualquer análise. Deus é a vida, a razão, a
causa operante de tudo o que existe. (P. 111)
84. A dor é uma
advertência necessária, um estímulo para a atividade humana, que nos obriga à
interiorização, à reflexão. (P. 114)
85. O mal constitui
um estado transitório inerente ao nosso planeta, como uma fase inferior da
evolução dos seres para o bem. (P. 115)
86. Antítese da lei
divina, o mal não pode ser obra de Deus e é, por isso mesmo, obra do homem, uma
consequência de sua liberdade. Mas, o mal, como a sombra, não tem existência
real: é apenas a ausência do bem. (P. 115)
87. Libertar-se das
baixas regiões da matéria e subir todos os degraus da hierarquia espiritual,
emancipar-se do jogo das paixões e conquistar todas as virtudes, todo o saber,
eis o fim para que fomos criados. (P. 116)
Respostas às questões preliminares
A. Que fatos acabaram fortalecendo as
doutrinas materialistas e quais os equívocos dessas doutrinas, incluindo aí o
Positivismo?
Os séculos de
submissão e de imposição de uma fé cega levaram o homem a cansar-se do triste
ideal de Roma, o que resultou no fortalecimento das ideias materialistas,
apesar das inúmeras contradições que estas doutrinas apresentam. Até o Positivismo,
que inegavelmente é mais sutil do que o materialismo clássico, tendo mesmo
chegado a contribuir para enriquecer alguns ramos dos conhecimentos humanos,
perdeu de vista o conjunto das coisas e as leis superiores do universo, ao
negar a priori uma ordem inteira de fenômenos e de manifestações psíquicas,
fato que constitui o maior equívoco das doutrinas materialistas em geral. (Depois da Morte, capítulo VII, p. 85.)
B. A que atribuir o estado de decomposição
moral da sociedade humana, a que se refere o autor deste livro, e qual será
para tais coisas o remédio?
O sensualismo, a
depravação, a embriaguez, a prostituição, a imoralidade, o desespero e o
suicídio constituem tristes sinais de uma civilização carcomida. Esse estado de
coisas pode ser imputado ao ambiente, aos maus exemplos recebidos na infância,
à falta de energia dos pais, à ausência de educação da família, mas se deve
também ao fato de que, apesar do progresso da ciência, o homem não conseguiu
ainda conhecer-se a si mesmo. Como há vinte séculos, o homem em geral não sabe
sua origem, para onde vai, qual a finalidade real da vida, enquanto a religião
sem provas e a ciência sem ideal engalfinham-se, ferem-se, combatem-se. As consequências
disso fazem-se sentir por toda parte: na família, na escola, na sociedade, e
para que cesse é preciso que a luz se faça para todos; é preciso que um novo
ensinamento popular venha a iluminar as almas sobre suas origens, seus deveres
e seus destinos. A importância de uma educação melhor é enorme, tanto para guiar
o indivíduo, como para as instituições e as relações sociais. Para elevar o
nível moral, para deter as correntes da superstição e do ceticismo, é
necessário um ensino que conduza os homens à estrada do aperfeiçoamento, e ele
se encontra na filosofia dos Espíritos. A doutrina ensinada pelos Espíritos
pode muito bem transformar povos e sociedades, levar luz às trevas, fundir o
egoísmo das almas. (Obra citada, capítulo VIII, p. 86 a 95.)
C. Qual é a função da dor?
A dor é uma
advertência necessária, um estímulo para a atividade humana, que nos obriga à
interiorização, à reflexão. (Obra citada, cap. IX, p. 114.)
D. Qual a origem do mal e como conceituá-lo?
O mal constitui um
estado transitório inerente ao nosso planeta, como uma fase inferior da evolução
dos seres para o bem. Antítese da lei divina, o mal não pode ser obra de Deus e
é, por isso mesmo, obra do homem, uma consequência de sua liberdade. Contudo, o
mal, assim como a sombra, não tem existência real: é apenas a ausência do bem.
(Obra citada, capítulo IX, p. 115.)
Nota:
Links
que remetem aos textos anteriores:
Parte
1 – http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/11/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
Parte
2 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/11/iniciacao-aos-classicos-espiritas_18.html
Parte
3 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/11/iniciacao-aos-classicos-espiritas_25.html
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