sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

INICIAÇÃO AOS CLÁSSICOS ESPÍRITAS - REPROD. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI


Iniciação aos clássicos espíritas



Depois da Morte
Léon Denis
Parte 4
Continuamos o estudo metódico e sequencial do livro Depois da Morte, obra de autoria de Léon Denis. Nosso propósito é que esta sequência de estudos sirva, para o leitor, de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada texto compõe-se de duas partes:
- questões preliminares
- texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 
                         Questões preliminares

A. Que fatos acabaram fortalecendo as doutrinas materialistas e quais os equívocos dessas doutrinas, incluindo aí o Positivismo?
B. A que atribuir o estado de decomposição moral da sociedade humana, a que se refere o autor deste livro, e qual será para tais coisas o remédio?
C. Qual é a função da dor?
D. Qual a origem do mal e como conceituá-lo?
Texto para leitura
67. O Positivismo é mais sutil do que o materialismo e chegou mesmo a contribuir para enriquecer alguns ramos dos conhecimentos humanos; mas perdeu de vista o conjunto das coisas e as leis superiores do universo. (P. 85)
68. Embora tenham proclamado o método experimental como único meio de atingir a verdade, o Positivismo desmentiu-se ao negar a priori uma ordem inteira de fenômenos e de manifestações psíquicas. (P. 85)
69. A obra da civilização tem seu lado esplêndido, mas tem também seu lado triste, ao aguçar os apetites e desejos, favorecer o sensualismo e aumentar a depravação. (PP. 86 e 87)
70. A embriaguez, a prostituição, a imoralidade, o desespero e o suicídio constituem tristes sinais de uma civilização carcomida. (P. 87)
71. Esse estado de coisas pode ser imputado ao ambiente, aos maus exemplos recebidos na infância, à falta de energia dos pais, à ausência de educação da família, mas se deve também ao fato de que, apesar do progresso da ciência, o homem não conseguiu ainda conhecer-se a si mesmo. (PP. 87 e 88)
72. Como há vinte séculos, o homem em geral não sabe sua origem, para onde vai, qual a finalidade real da vida, enquanto a religião sem provas e a ciência sem ideal engalfinham-se, ferem-se, combatem-se. (P. 88)
73. As consequências disso fazem-se sentir por toda parte: na família, na escola, na sociedade, e para que cesse é preciso que a luz se faça para todos; é preciso que um novo ensinamento popular venha a iluminar as almas sobre suas origens, seus deveres e seus destinos. (P. 89)
74. A importância de uma educação melhor é enorme, tanto para guiar o indivíduo, como para as instituições e as relações sociais. (P. 89)
75. O conceito católico criou a civilização da Idade Média e modelou a sociedade feudal, monárquica, autoritária. As doutrinas materialistas, conduzindo os homens à idolatria do ouro e da carne, criaram uma geração sem ideais, sem fé no futuro, sem energia para a luta. (P. 90)
76. De onde virão a luz e a salvação? Não da Igreja, que é impotente para regenerar o espírito humano, nem da ciência, que não se preocupa com o caráter nem com a consciência da criatura humana. (P. 94)
77. Para elevar o nível moral, para deter as correntes da superstição e do ceticismo, é necessário um ensino que inspire os homens na estrada do aperfeiçoamento, e ele se encontra na filosofia dos Espíritos. (PP. 94 e 95)
78. A doutrina ensinada pelos Espíritos pode muito bem transformar povos e sociedades, levar luz às trevas, fundir o egoísmo das almas. (P. 95)
79. A ideia de Deus está escrita em dois livros: o livro do Universo, onde as obras divinas ressaltam em caracteres luminosos, e o livro da consciência, no qual estão impressos os preceitos da moral. (P. 101)
80. Uma poderosa unidade rege o mundo: uma só substância, o éter ou fluido universal, constitui a incontável variedade de corpos. Esse elemento vibra sob a ação das energias cósmicas e gera, segundo o número e a velocidade de suas vibrações, o calor, a luz, a eletricidade, o fluido magnético: quando essas vibrações se condensam, os corpos aparecem. (P. 105)
81. O estudo da Natureza mostra-nos em cada coisa a ação de uma vontade oculta; por toda parte a matéria obedece a uma força que a domina. (P. 105)
82. Os males da vida mostram-nos que não estamos aqui para gozar e adormecer no quietismo, mas para trabalhar e combater. (P. 107)
83. Poder-se-ia definir Deus de modo superior ao que fazemos? Definir é limitar. Deus impõe-se ao nosso espírito, mas escapa a qualquer análise. Deus é a vida, a razão, a causa operante de tudo o que existe. (P. 111)
84. A dor é uma advertência necessária, um estímulo para a atividade humana, que nos obriga à interiorização, à reflexão. (P. 114)
85. O mal constitui um estado transitório inerente ao nosso planeta, como uma fase inferior da evolução dos seres para o bem. (P. 115)
86. Antítese da lei divina, o mal não pode ser obra de Deus e é, por isso mesmo, obra do homem, uma consequência de sua liberdade. Mas, o mal, como a sombra, não tem existência real: é apenas a ausência do bem. (P. 115)
87. Libertar-se das baixas regiões da matéria e subir todos os degraus da hierarquia espiritual, emancipar-se do jogo das paixões e conquistar todas as virtudes, todo o saber, eis o fim para que fomos criados. (P. 116)
Respostas às questões preliminares
A. Que fatos acabaram fortalecendo as doutrinas materialistas e quais os equívocos dessas doutrinas, incluindo aí o Positivismo?
Os séculos de submissão e de imposição de uma fé cega levaram o homem a cansar-se do triste ideal de Roma, o que resultou no fortalecimento das ideias materialistas, apesar das inúmeras contradições que estas doutrinas apresentam. Até o Positivismo, que inegavelmente é mais sutil do que o materialismo clássico, tendo mesmo chegado a contribuir para enriquecer alguns ramos dos conhecimentos humanos, perdeu de vista o conjunto das coisas e as leis superiores do universo, ao negar a priori uma ordem inteira de fenômenos e de manifestações psíquicas, fato que constitui o maior equívoco das doutrinas materialistas em geral. (Depois da Morte, capítulo VII, p. 85.)
B. A que atribuir o estado de decomposição moral da sociedade humana, a que se refere o autor deste livro, e qual será para tais coisas o remédio?
O sensualismo, a depravação, a embriaguez, a prostituição, a imoralidade, o desespero e o suicídio constituem tristes sinais de uma civilização carcomida. Esse estado de coisas pode ser imputado ao ambiente, aos maus exemplos recebidos na infância, à falta de energia dos pais, à ausência de educação da família, mas se deve também ao fato de que, apesar do progresso da ciência, o homem não conseguiu ainda conhecer-se a si mesmo. Como há vinte séculos, o homem em geral não sabe sua origem, para onde vai, qual a finalidade real da vida, enquanto a religião sem provas e a ciência sem ideal engalfinham-se, ferem-se, combatem-se. As consequências disso fazem-se sentir por toda parte: na família, na escola, na sociedade, e para que cesse é preciso que a luz se faça para todos; é preciso que um novo ensinamento popular venha a iluminar as almas sobre suas origens, seus deveres e seus destinos. A importância de uma educação melhor é enorme, tanto para guiar o indivíduo, como para as instituições e as relações sociais. Para elevar o nível moral, para deter as correntes da superstição e do ceticismo, é necessário um ensino que conduza os homens à estrada do aperfeiçoamento, e ele se encontra na filosofia dos Espíritos. A doutrina ensinada pelos Espíritos pode muito bem transformar povos e sociedades, levar luz às trevas, fundir o egoísmo das almas. (Obra citada, capítulo VIII, p. 86 a 95.)
C. Qual é a função da dor?
A dor é uma advertência necessária, um estímulo para a atividade humana, que nos obriga à interiorização, à reflexão. (Obra citada, cap. IX, p. 114.)
D. Qual a origem do mal e como conceituá-lo?
O mal constitui um estado transitório inerente ao nosso planeta, como uma fase inferior da evolução dos seres para o bem. Antítese da lei divina, o mal não pode ser obra de Deus e é, por isso mesmo, obra do homem, uma consequência de sua liberdade. Contudo, o mal, assim como a sombra, não tem existência real: é apenas a ausência do bem. (Obra citada, capítulo IX, p. 115.)
Nota:

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