Iniciação aos clássicos espíritas
Depois da Morte
Léon Denis
Parte 10
Damos sequência ao estudo
metódico e sequencial do livro Depois da
Morte, de autoria de Léon Denis, de acordo com a tradução feita por
Torrieri Guimarães, publicada pela Hemus Livraria Editora Ltda. Esperamos que
este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos
do Espiritismo.
- questões preliminares
- texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto
indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Em que a filosofia
espírita concorre para o melhoramento dos homens?
B. Como esta obra
conceitua a fé e o orgulho?
C. Que diz o autor
deste livro sobre riqueza e pobreza?
D. Que é egoísmo e
quais as suas consequências?
Texto para leitura
193. O Espiritismo
dá-nos a chave do Evangelho e ensina-nos a moral superior, definitiva, cuja
grandeza revela sua origem sobre-humana. (P. 260)
194. A filosofia dos
Espíritos, sobrepondo aos castigos eternos a justa consequência dos próprios
atos, mostra-nos que o Espírito, em toda parte e sempre, será aquilo que de si
mesmo fez. (P. 260)
195. A noção da
finalidade real da existência tem um valor incalculável para o melhoramento e a
elevação dos homens: o conhecimento da meta a que nos dirigimos facilita nossa
marcha e imprime às ações um impulso vigoroso para o ideal concebido. (P. 261)
196. A perspectiva
se alarga com a filosofia espírita; o que devemos buscar não é mais o bem
terrestre, mas o melhoramento íntimo. (P. 261)
197. O dever é o
nobre ideal que inspira os grandes sacrifícios, as puras dedicações e os
entusiasmos santificados, e do seu culto decorre uma calma íntima e uma
serenidade de espírito mais preciosa que todos os bens da Terra, que se pode
degustar mesmo entre provas e desventuras. (P. 263)
198. A essência do
homem moral é a honestidade. (P. 264)
199. A honestidade,
segundo o mundo, não é, porém, honestidade segundo as leis divinas, que são
mais exigentes com a criatura humana. (P. 264)
200. Os Espíritos
nos mostram que a responsabilidade é relativa ao saber e que o conhecimento
espírita impõe-nos trabalhar mais ainda. (P. 265)
201. A prática
constante do dever leva-nos ao aperfeiçoamento; para apressá-lo é preciso
estudar primeiro com atenção a si mesmo e submeter os próprios atos a
escrupuloso controle. (P. 265)
202. É necessário,
em segundo lugar, escolher as amizades, os companheiros e procurar viver em
ambiente honesto e puro, onde reinem apenas influências benéficas e fluidos
quentes e simpáticos, evitando conversas frívolas, a maledicência e a mentira e
retemperando-se com frequência no estudo e no recolhimento. (P. 266)
203. A fé é a mãe de
todo sentimento nobre e de toda grande ação. (P. 268)
204. O conhecimento
do mundo invisível e a confiança numa lei superior de justiça e de progresso
imprimem à fé segurança e calma. (P. 269)
205. O orgulho é o
mais temível de todos os vícios e dele derivam todas as perturbações da vida
social. O homem só poderá livrar-se dele ao preço de provas dolorosas e de
existências obscuras. (P. 271)
206. O ensino
espírita revela-nos a condição dos orgulhosos na vida futura: os humildes e os
pobres deste mundo são ali exaltados; os vaidosos e os poderosos são deprimidos
e humilhados. (P. 272)
207. A riqueza e o
poder geram, com frequência, o orgulho, enquanto uma vida obscura e de
trabalhos concorre para o progresso moral. (P. 274)
208. As tentações
têm menor força contra o operário ocupado em seu trabalho diário, enquanto o
homem mundano é absorvido pelas ocupações frívolas, pelas especulações e pelo
prazer. (P. 274)
209. A riqueza
prende-nos à Terra com vínculos tão numerosos e íntimos, que a morte raramente
consegue romper e libertar-nos deles; daí decorrem as angústias do rico na vida
futura. (P. 274)
210. A pobreza
ensina-nos a termos compaixão pelos males alheios e a dar valor a mil coisas
que nada significam para os que são felizes. (P. 276)
211. Irmão do
orgulho, o egoísmo provém das mesmas causas e constitui uma das mais terríveis
doenças da alma e o maior obstáculo que se opõe a qualquer aperfeiçoamento
social. (P. 278)
212. O egoísmo é a
persistência do feroz espírito de individualismo que distingue o animal e que
apresenta o vestígio de um estado inferior pelo qual tenhamos passado. (P. 278)
213. O egoísmo traz
em si seu próprio castigo: a vida do egoísta transcorre vazia e monótona e
tanto aqui quanto na vida espiritual todos fogem dele, homens ou Espíritos. (P.
280)
214. Embora possa
ser encontrado em todas as classes, o egoísmo é mais comum no rico que no
pobre: com frequência a prosperidade endurece o coração, enquanto a desventura
ensina-nos a partilhar as dores alheias. (P. 280)
215. Não haverá paz,
segurança, bem-estar social, se não for vencido o egoísmo e destruídos os
privilégios. Mas a solidariedade irá triunfar, graças ao conhecimento de nossos
destinos: a reencarnação e a necessidade de voltar em condições modestas serão
aguilhões a estimular o egoísta, fazendo com que o sentimento exagerado da
personalidade se atenue. (PP. 281 e 282)
Respostas às questões preliminares
A. Em que a filosofia espírita concorre para o
melhoramento dos homens?
A contribuição da
filosofia espírita para o progresso moral dos homens advém de vários fatores.
Primeiramente, dá-nos ela a chave do Evangelho e ensina-nos a moral superior,
definitiva, cuja grandeza revela sua origem sobre-humana. Em segundo lugar,
sobrepondo aos castigos eternos a justa consequência dos próprios atos,
mostra-nos que o Espírito, em toda parte e sempre, será aquilo que de si mesmo
fez. A noção da finalidade real da existência tem um valor incalculável para o
melhoramento e a elevação dos homens: o conhecimento da meta a que nos
dirigimos facilita nossa marcha e imprime às ações um impulso vigoroso para o
ideal concebido. Com a filosofia espírita, a perspectiva se alarga; o que
devemos buscar não é mais o bem terrestre, mas o melhoramento íntimo. (Depois da Morte, cap. XLII e XLIII, pp.
260 a 263.)
B. Como esta obra conceitua a fé e o orgulho?
A fé é a mãe de todo
sentimento nobre e de toda grande ação. O orgulho é o mais temível de todos os
vícios e dele derivam todas as perturbações da vida social. O homem só poderá
livrar-se do orgulho ao preço de provas dolorosas e de existências obscuras.
(Obra citada, cap. XLIV e XLV, pp. 268 a 274.)
C. Que diz o autor deste livro sobre riqueza e pobreza?
A riqueza prende-nos
à Terra com vínculos tão numerosos e íntimos, que a morte raramente consegue
romper e libertar-nos deles; daí decorrem as angústias do rico na vida futura.
A pobreza ensina-nos a termos compaixão pelos males alheios e a dar valor a mil
coisas que nada significam para os que são felizes. (Obra citada, cap. XLV, pp.
274 a 276.)
D. Que é egoísmo e quais as suas consequências?
O egoísmo constitui
uma das mais terríveis doenças da alma e o maior obstáculo que se opõe a
qualquer aperfeiçoamento social. O egoísmo é a persistência do feroz espírito
de individualismo que distingue o animal e que apresenta o vestígio de um
estado inferior pelo qual tenhamos passado. O egoísmo traz em si seu próprio
castigo: a vida do egoísta transcorre vazia e monótona e tanto aqui quanto na
vida espiritual todos fogem dele, homens ou Espíritos. Não haverá paz,
segurança, bem-estar social, se não for vencido o egoísmo e destruídos os
privilégios. (Obra citada, cap. XLVI, pp. 278 a 282.)
Nota:
Links que
remetem aos textos anteriores:
Parte 1 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/11/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
Parte 2 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/11/iniciacao-aos-classicos-espiritas_18.html
Parte 3 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/11/iniciacao-aos-classicos-espiritas_25.html
Parte 4 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
Parte 5 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-aos-classicos-espiritas_9.html
Parte 6 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-aos-classicos-espiritas_16.html
Parte 7 -
http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-aos-classicos-espiritas_23.html
Parte 8 -
http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2016/12/iniciacao-aos-classicos-espiritas_30.html
Parte 9 -
http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/01/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
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