sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

INICIAÇÃO AOS CLÁSICOS ESPÍRITAS PART. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

Iniciação aos clássicos espíritas



Depois da Morte
Léon Denis
Parte 10
Damos sequência ao estudo metódico e sequencial do livro Depois da Morte, de autoria de Léon Denis, de acordo com a tradução feita por Torrieri Guimarães, publicada pela Hemus Livraria Editora Ltda. Esperamos que este estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte compõe-se de: 
- questões preliminares
- texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 
                           Questões preliminares
A. Em que a filosofia espírita concorre para o melhoramento dos homens?
B. Como esta obra conceitua a fé e o orgulho?
C. Que diz o autor deste livro sobre riqueza e pobreza?
D. Que é egoísmo e quais as suas consequências?
Texto para leitura
193. O Espiritismo dá-nos a chave do Evangelho e ensina-nos a moral superior, definitiva, cuja grandeza revela sua origem sobre-humana. (P. 260)
194. A filosofia dos Espíritos, sobrepondo aos castigos eternos a justa consequência dos próprios atos, mostra-nos que o Espírito, em toda parte e sempre, será aquilo que de si mesmo fez. (P. 260)
195. A noção da finalidade real da existência tem um valor incalculável para o melhoramento e a elevação dos homens: o conhecimento da meta a que nos dirigimos facilita nossa marcha e imprime às ações um impulso vigoroso para o ideal concebido. (P. 261)
196. A perspectiva se alarga com a filosofia espírita; o que devemos buscar não é mais o bem terrestre, mas o melhoramento íntimo. (P. 261)
197. O dever é o nobre ideal que inspira os grandes sacrifícios, as puras dedicações e os entusiasmos santificados, e do seu culto decorre uma calma íntima e uma serenidade de espírito mais preciosa que todos os bens da Terra, que se pode degustar mesmo entre provas e desventuras. (P. 263)
198. A essência do homem moral é a honestidade. (P. 264)
199. A honestidade, segundo o mundo, não é, porém, honestidade segundo as leis divinas, que são mais exigentes com a criatura humana. (P. 264)
200. Os Espíritos nos mostram que a responsabilidade é relativa ao saber e que o conhecimento espírita impõe-nos trabalhar mais ainda. (P. 265)
201. A prática constante do dever leva-nos ao aperfeiçoamento; para apressá-lo é preciso estudar primeiro com atenção a si mesmo e submeter os próprios atos a escrupuloso controle. (P. 265)
202. É necessário, em segundo lugar, escolher as amizades, os companheiros e procurar viver em ambiente honesto e puro, onde reinem apenas influências benéficas e fluidos quentes e simpáticos, evitando conversas frívolas, a maledicência e a mentira e retemperando-se com frequência no estudo e no recolhimento. (P. 266)
203. A fé é a mãe de todo sentimento nobre e de toda grande ação. (P. 268)
204. O conhecimento do mundo invisível e a confiança numa lei superior de justiça e de progresso imprimem à fé segurança e calma. (P. 269)
205. O orgulho é o mais temível de todos os vícios e dele derivam todas as perturbações da vida social. O homem só poderá livrar-se dele ao preço de provas dolorosas e de existências obscuras. (P. 271)
206. O ensino espírita revela-nos a condição dos orgulhosos na vida futura: os humildes e os pobres deste mundo são ali exaltados; os vaidosos e os poderosos são deprimidos e humilhados. (P. 272)
207. A riqueza e o poder geram, com frequência, o orgulho, enquanto uma vida obscura e de trabalhos concorre para o progresso moral. (P. 274)
208. As tentações têm menor força contra o operário ocupado em seu trabalho diário, enquanto o homem mundano é absorvido pelas ocupações frívolas, pelas especulações e pelo prazer. (P. 274)
209. A riqueza prende-nos à Terra com vínculos tão numerosos e íntimos, que a morte raramente consegue romper e libertar-nos deles; daí decorrem as angústias do rico na vida futura. (P. 274)
210. A pobreza ensina-nos a termos compaixão pelos males alheios e a dar valor a mil coisas que nada significam para os que são felizes. (P. 276)
211. Irmão do orgulho, o egoísmo provém das mesmas causas e constitui uma das mais terríveis doenças da alma e o maior obstáculo que se opõe a qualquer aperfeiçoamento social. (P. 278)
212. O egoísmo é a persistência do feroz espírito de individualismo que distingue o animal e que apresenta o vestígio de um estado inferior pelo qual tenhamos passado. (P. 278)
213. O egoísmo traz em si seu próprio castigo: a vida do egoísta transcorre vazia e monótona e tanto aqui quanto na vida espiritual todos fogem dele, homens ou Espíritos. (P. 280)
214. Embora possa ser encontrado em todas as classes, o egoísmo é mais comum no rico que no pobre: com frequência a prosperidade endurece o coração, enquanto a desventura ensina-nos a partilhar as dores alheias. (P. 280)
215. Não haverá paz, segurança, bem-estar social, se não for vencido o egoísmo e destruídos os privilégios. Mas a solidariedade irá triunfar, graças ao conhecimento de nossos destinos: a reencarnação e a necessidade de voltar em condições modestas serão aguilhões a estimular o egoísta, fazendo com que o sentimento exagerado da personalidade se atenue. (PP. 281 e 282)
Respostas às questões preliminares
A. Em que a filosofia espírita concorre para o melhoramento dos homens?
A contribuição da filosofia espírita para o progresso moral dos homens advém de vários fatores. Primeiramente, dá-nos ela a chave do Evangelho e ensina-nos a moral superior, definitiva, cuja grandeza revela sua origem sobre-humana. Em segundo lugar, sobrepondo aos castigos eternos a justa consequência dos próprios atos, mostra-nos que o Espírito, em toda parte e sempre, será aquilo que de si mesmo fez. A noção da finalidade real da existência tem um valor incalculável para o melhoramento e a elevação dos homens: o conhecimento da meta a que nos dirigimos facilita nossa marcha e imprime às ações um impulso vigoroso para o ideal concebido. Com a filosofia espírita, a perspectiva se alarga; o que devemos buscar não é mais o bem terrestre, mas o melhoramento íntimo. (Depois da Morte, cap. XLII e XLIII, pp. 260 a 263.)
B. Como esta obra conceitua a fé e o orgulho?
A fé é a mãe de todo sentimento nobre e de toda grande ação. O orgulho é o mais temível de todos os vícios e dele derivam todas as perturbações da vida social. O homem só poderá livrar-se do orgulho ao preço de provas dolorosas e de existências obscuras. (Obra citada, cap. XLIV e XLV, pp. 268 a 274.)
C. Que diz o autor deste livro sobre riqueza e pobreza?
A riqueza prende-nos à Terra com vínculos tão numerosos e íntimos, que a morte raramente consegue romper e libertar-nos deles; daí decorrem as angústias do rico na vida futura. A pobreza ensina-nos a termos compaixão pelos males alheios e a dar valor a mil coisas que nada significam para os que são felizes. (Obra citada, cap. XLV, pp. 274 a 276.)
D. Que é egoísmo e quais as suas consequências?
O egoísmo constitui uma das mais terríveis doenças da alma e o maior obstáculo que se opõe a qualquer aperfeiçoamento social. O egoísmo é a persistência do feroz espírito de individualismo que distingue o animal e que apresenta o vestígio de um estado inferior pelo qual tenhamos passado. O egoísmo traz em si seu próprio castigo: a vida do egoísta transcorre vazia e monótona e tanto aqui quanto na vida espiritual todos fogem dele, homens ou Espíritos. Não haverá paz, segurança, bem-estar social, se não for vencido o egoísmo e destruídos os privilégios. (Obra citada, cap. XLVI, pp. 278 a 282.)
Nota:
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