quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

PÍLULAS GRAMATICAIS 242 - REPROD. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI

Pílulas gramaticais (242)


Muitos leitores têm-nos falado sobre a dificuldade de recordar conceitos pertinentes aos estudos gramaticais que hoje, anos depois de haverem cursado o ensino médio, lhes parecem estranhos e mesmo incompreensíveis.
Exemplos: adjunto adverbial, predicado, complemento nominal, sujeito inexistente, aposto, crase, vocativo.
De fato, a queixa é geral e não sabemos exatamente por que ocorre a aludida dificuldade.
Uns acham que isso se deve ao método de ensino do idioma português, em que muitas vezes se incentiva o hábito ou a mania de decorar, sem assimilação do conteúdo ministrado.
Vejamos o caso da crase. A pessoa que a utiliza antes de uma palavra masculina ou de um verbo mostra que jamais entendeu seus fundamentos, mas apenas decorou algumas regras, sem as assimilar.
O conhecimento dos termos da oração e sua função é, no entanto, fundamental para quem pretende usar corretamente o idioma que falamos.
Recordaremos, então, nesta e nas próximas edições algo que possa ajudar o leitor a rememorar informações e conceitos que poderão auxiliá-lo no uso do idioma.
Sujeito – eis o tema de hoje.
Sujeito é o termo da oração a respeito do qual se enuncia algo. Exemplos: João faleceu. Os meninos chegaram. Minha filha casa-se hoje. (O sujeito das orações está indicado em negrito.)
Há três tipos de sujeito:
1. Sujeito determinado. O que pode ser identificado na oração, quer se apresente de forma explícita, quer implícita. Pode ser simples, composto ou oculto.
Sujeito simples: o que só tem um núcleo, isto é, aquele em que o verbo se refere a um único elemento. Exemplo: A primavera é uma bela estação.
Sujeito composto: o que tem mais de um núcleo. Exemplo: Inflação e desemprego são os desafios a enfrentar.
Sujeito oculto: o que se acha somente subentendido na oração, mas é passível de ser identificado. Exemplo: Viajaremos amanhã. (Sujeito oculto: “nós”.)
2. Sujeito indeterminado. O que não está expresso na oração, ou por não se desejar que ele seja conhecido, ou pela impossibilidade de sua explicitação. Exemplos: Dizem maravilhas sobre o Pantanal. Falava-se de tudo na festa. Precisa-se de médicos.
3. Sujeito zero ou inexistente. Trata-se do caso em que não existe elemento ao qual a ação verbal se refere. Exemplo: Choveu muito hoje. Nevou em Curitiba. Faz frio em Londrina.
*
Alguém nos pergunta qual é o significado do vocábulo doula.
Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, doula (do inglês doula, do grego doúle, mulher escrava, serva) designa a mulher que dá apoio e formação a outra mulher durante a gravidez, no parto e após o parto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o ministérios da Saúde de vários países, entre eles o Brasil, reconhecem hoje a profissão de doula. Pesquisas realizadas na última década demonstraram que, sob a supervisão de uma doula, o parto evolui com maior tranquilidade e rapidez e com menos dor e complicações tanto maternas como fetais.
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