Iniciação aos clássicos espíritas
Por que creio na imortalidade da alma
Sir Oliver Lodge
Parte 7
Damos prosseguimento
ao estudo metódico e sequencial do livro Por
que creio na imortalidade da alma, de autoria de Sir Oliver Lodge, de
acordo com a tradução feita por Francisco Klörs Werneck, publicada pela
Federação Espírita do Estado de São Paulo em 1989.
Esperamos que este
estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do
Espiritismo.
Cada parte compõe-se
de:
1) questões preliminares;
2) texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto
indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Que dificuldade
Oliver Lodge aponta nos casos de premonições e predições?
B. A distância
constitui obstáculo aos fenômenos de clarividência?
C. Que explicação
Oliver Lodge dá para as predições pormenorizadas que depois se confirmam?
Texto para leitura
79. De acordo com
muitos relatórios, as faculdades de clarividência e lucidez, que Richet
denominou criptestesia, ultrapassam os limites ordinários do espaço, de modo
que a distância e a opacidade não são obstáculos a essa percepção ultranormal.
(P. 43)
80. Os fatos de
premonições e predições apresentam uma dificuldade excepcional: até que ponto é
o futuro precisamente determinado para que se torne possível a percepção do que
possa acontecer? (P. 43)
81. Sabemos que a
predição é possível no que diz respeito ao mundo inorgânico, particularmente
pelos movimentos estudados pela Astronomia. Pode-se admitir que o Universo seja
uma consequência da lei de causa e efeito e que um conhecimento mais completo
das condições atuais pode permitir-nos deduzir a emergência futura que se
prepara. (P. 43)
82. Como exemplo do
fenômeno de clarividência, o autor descreve uma comunicação relativa ao
assassinato da rainha Draga e de seus irmãos, ocorrido na antiga Sérvia. Foi
Richet quem lhe relatou o fato, no ano de 1903. Recebida na noite de 10 de
junho de 1903, em Paris, a mensagem foi ditada por meio de pancadas vibradas na
madeira. O crime anunciado ocorreu na madrugada de 11 de junho, como foi
noticiado amplamente pelos jornais da época. (PP. 46 a 48)
83. O caso relatado em
seguida refere-se à eleição de Hindenburg à presidência da República Alemã. Era
o dia 26 de abril de 1925, quando Raymond se manifestou informando que
Hindenburg fora eleito e ele se despedia para ir à festa. No dia 27, o jornal
Daily Mail informava a eleição do presidente da Alemanha ocorrida na véspera.
(PP. 49 e 50)
84. O terceiro caso,
comunicado à Society for Psychical Research por um de seus membros radicado no
Canadá, refere-se a um curioso episódio ocorrido na Carolina do Norte, em que o
Espírito de um agricultor - James L. Chaffin - apareceu a um de seus filhos
para cientificá-lo de que havia, pouco antes de sua morte, modificado o
testamento em que designara um único filho como beneficiário. O Espírito
indicou onde se encontrava o documento, que foi localizado e depois aceito pelo
Tribunal do Estado. (PP. 50 a 54)
85. No tocante às
predições, Lodge relata que em 6 de maio de 1913, na cidade de Londres, uma
clarividente profissional de nome Vera descreveu, com todas as minúcias
necessárias, a casa de campo onde a família do cientista passaria a residir
mais de seis anos depois. Seu filho Raymond ainda estava com eles, visto que
seu falecimento durante a primeira guerra mundial ocorreu em 1915. (PP. 54 a
56)
86. No começo de
outono de 1919, a esposa de Lodge partiu para Vichy, na França, quando Raymond
enviou a seu pai a seguinte mensagem: “Dizei à mamãe para cessar com a sua caça
à casa. Já descobri certa morada e espero obtê-la para vós”. Pouco depois,
visitando seu amigo Lord Glenconner, este mostrou a Lodge uma velha herdade
situada no vale do Avon, que ele acabara de comprar. Reformada, foi esta a casa
alugada por Oliver Lodge e que correspondia, nos mínimos detalhes, à descrição
feita pela clarividente de Londres seis anos antes. (PP. 56 a 60)
87. Depois de
relatar o caso, Oliver Lodge indaga: como explicar a previsão da Sra. Vera,
feita num momento em que nenhuma intenção o professor tinha de deixar os
arredores de Birmingham, nem a menor ideia de ir morar no campo? “Somente de
modo vago - entende Lodge - é que posso conjecturar uma espécie de preparação
no Além para produzir tais coisas. Porque, como já disse algures, a dedução do
presente e o estabelecimento de projetos para o futuro são nossos dois métodos
normais de predição nos negócios ordinários de nossa vida.” (P. 61)
88. A terceira
classe de fatos - a psicometria - é ilustrada por um caso que, por exigir longo
desdobramento e ocupar bastante espaço, foi relatado de forma sucinta neste
livro. As experiências que lhe deram origem ocorreram em 1901, um ano depois da
nomeação de Oliver Lodge para Reitor da Universidade de Birmingham, que acabara
de ser criada. Entre a comunidade irlandesa de Liverpool havia um homem que era
paralítico, o Sr. David Williams. (PP. 62 e 63)
89. Desejoso de
auxiliá-lo, o Sr. Benjamin Davies, que durante muitos anos auxiliou Lodge em
suas investigações científicas, levou a uma médium de Liverpool, de nome
Thompson, dois objetos pertencentes ao enfermo. Um deles era um pedaço de pano
que o doente manejava continuamente. (P. 63)
90. Sem nada indagar
quanto ao dono dos objetos, a médium descreveu o acidente que produzira a
paralisia do Sr. Williams e indicou a região do crânio onde existia um coágulo
de sangue, recomendando para o enfermo uma urgente cirurgia. (P. 64)
91. Examinado pelo
dr. Robert Jones, que clinicava em Liverpool, o Sr. Williams acabou sendo
operado pelo médico em 30 de maio de 1902, tendo o cirurgião confirmado a lesão
craniana referida pela médium. (PP. 64 e 65)
Respostas às questões preliminares
A. Que dificuldade Oliver Lodge aponta nos casos de
premonições e predições?
A dificuldade por
ele apontada é expressada nesta pergunta: Até que ponto é o futuro precisamente
determinado para que se torne possível a percepção do que possa acontecer? Não
há dúvida, diz ele, que a predição é possível no que diz respeito ao mundo
inorgânico, particularmente pelos movimentos estudados pela Astronomia. O
conhecimento mais completo das condições atuais pode permitir-nos deduzir a
emergência futura que se prepara. Mas fora desse campo, é difícil
compreendê-la. (Por que creio na
imortalidade da alma, pág. 43.)
B. A distância constitui obstáculo aos fenômenos de
clarividência?
Não. De acordo com
muitos relatórios, as faculdades de clarividência e lucidez, que Richet
denominou criptestesia, ultrapassam os limites ordinários do espaço. A
distância e a opacidade não são obstáculos a essa percepção ultranormal. (Obra
citada, pág. 43.)
C. Que explicação Oliver Lodge dá para as predições
pormenorizadas que depois se confirmam?
Primeiro, Lodge
relatou um fato que envolveu sua própria família. No outono de 1919, sua esposa
partiu para Vichy, quando Raymond (seu filho então desencarnado) enviou-lhe a
seguinte mensagem: “Dizei à mamãe para cessar com a sua caça à casa. Já
descobri certa morada e espero obtê-la para vós”. Pouco depois, visitando seu
amigo Lord Glenconner, este mostrou a Lodge uma velha herdade situada no vale
do Avon, que ele acabara de comprar. Reformada, foi esta a casa alugada por
Oliver Lodge e que correspondia, nos mínimos detalhes, à descrição feita por
uma clarividente de Londres seis anos antes. Depois do relato, Lodge indaga:
Como explicar a previsão da clarividente, feita num momento em que nenhuma
intenção ele tinha de deixar os arredores de Birmingham, nem a menor ideia de
ir morar no campo? “Somente de modo vago – escreveu então –- é que posso
conjecturar uma espécie de preparação no Além para produzir tais coisas.
Porque, como já disse algures, a dedução do presente e o estabelecimento de
projetos para o futuro são nossos dois métodos normais de predição nos negócios
ordinários de nossa vida.” (Obra citada, pp. 56 a 61.)
Nota:
Links que remetem aos textos
anteriores:
Parte 1 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
Parte 2 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-aos-classicos-espiritas_10.html
Parte 3 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-aos-classicos-espiritas_17.html
Parte 4 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-aos-classicos-espiritas_24.html
Parte 5 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
Parte 6 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas_10.html
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