Iniciação aos clássicos espíritas
Por que creio na imortalidade da alma
Sir Oliver Lodge
Parte 6
Damos prosseguimento
ao estudo metódico e sequencial do livro Por
que creio na imortalidade da alma, de autoria de Sir Oliver Lodge, de
acordo com a tradução feita por Francisco Klörs Werneck, publicada pela
Federação Espírita do Estado de São Paulo em 1989.
Esperamos que este
estudo constitua para o leitor uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do
Espiritismo.
Cada parte compõe-se
de:
1) questões preliminares;
2) texto para
leitura.
As respostas
correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto
indicado para leitura.
Questões preliminares
A. Qual é a
importância da telepatia?
B. É possível
pôr-nos em comunicação telepática com os chamados mortos?
C. Que é, segundo
Oliver Lodge, ectoplasma?
Texto para leitura
66. É digno, pois,
de nota que a Ciência Psíquica não tenha ainda ganho o seu inteiro direito à
liberdade total. Nesta ciência, o método experimental ainda está sob uma nuvem
de suspeita e aversão. Fatos são afirmados por investigadores competentes,
embora nenhuma sociedade ortodoxa se digne de dar-lhes atenção, por parecerem
estar eles em contradição com a estrutura geral do Universo geralmente
admitida. (P. 35)
67. O método
experimental desta ciência, que o professor Charles Richet denominou
Metapsíquica, ramo anormal e raro da Psicologia, está em prova. Ele caminha
lentamente, arcando com as dificuldades causadas pela desaprovação quase geral
e pela tendência em se perseguir os instrumentos humanos, os únicos que
permitem se façam tais experiências, que são os médiuns. (P. 35) (N.R.: Lembremo-nos
de que Lodge escreveu esta obra em 1929, há quase 88 anos.)
68. Examinando os
argumentos contrários aos fatos espíritas, vê-se que a explicação mecânica é
incompleta, porquanto os fatos implicam a admissão de que a vida e o Espírito
são realidades fora da matéria e dos processos materiais. Os Espíritos são, no
entanto, capazes de agir sobre os instrumentos materiais na qualidade de guia.
O cérebro torna-se órgão ou instrumento do Espírito, mas não é ele o Espírito.
(P. 36)
69. Supondo-se que a
existência da telepatia seja definitivamente estabelecida, qual seria a
importância disso? (P. 38) (N.R.: Graças ao advento da Parapsicologia, a telepatia
é hoje um fato cientificamente comprovado.)
70. A importância
principal da telepatia é provar que a atividade mental não é limitada aos órgãos
corporais e aos instrumentos que a transmitem regularmente. Em outros termos:
que o Espírito é independente do corpo e que não somos obrigados a supor que o
Espírito deixa de existir quando o seu instrumento é destruído. (P. 38)
71. Os pesquisadores
foram, porém, mais longe e afirmam - a exemplo de Oliver Lodge - que é possível
pôr-nos em comunicação telepática com aqueles que sobreviveram à morte do
corpo, os quais, ainda que não possam causar uma impressão direta sobre os
órgãos de nossos sentidos, são capazes de utilizar um instrumento fisiológico -
o mecanismo cérebro neuromuscular de uma pessoa viva dotada de faculdade
receptiva ou telepática - e transmitir mensagens aos que deixaram na Terra.
(PP. 38 e 39)
72. Afirmando que
essas coisas não podem ser tratadas levianamente, Lodge atesta: “Falo sob o
peso de um grande conjunto de provas hoje conhecidas por mim e outras pessoas
mais. Ou ela é verdadeira ou é falsa. Se é verdadeira, difícil é encobrir a sua
formidável importância. É preciso longa e cuidadosamente examinar-se o assunto,
pois a esperança e o futuro da humanidade dependem dela”. (P. 39)
73. Tais
experiências têm sido, contudo, ignoradas pela ciência ortodoxa até os nossos
dias. O mundo científico e o mundo religioso zombam, um e outro, das
experiências sobre essas coisas. Os médiuns continuam expostos a certas
perseguições legais no momento. (P. 39)
74. Os fenômenos que
parecem grupar-se em torno da telepatia e estabelecer a sobrevivência não são,
no entanto, os únicos que os investigadores têm descoberto e sustentado. São,
de alguma sorte, os mais interessantes, mas existe também a telergia ou ação do
Espírito sobre o corpo e sobre o cérebro. (P. 39)
75. Que o Espírito
aja sobre o próprio corpo é fato sabido, mas há casos em que um Espírito
estranho é que age temporariamente sobre o mecanismo fisiológico de outra
pessoa, que lhe cedeu temporariamente o aparelho. É assim que se produz a
escrita e a palavra automáticas com relação a assuntos desconhecidos pela
personalidade normal. Afirma-se ainda que, em condições especiais e na presença
de um organismo em relação com elas, coisas inorgânicas podem ser movidas,
pesos levantados, objetos transportados, fatos esses que, embora fáceis de
ocorrerem pela ação dos músculos, podem dar-se, excepcionalmente, de outra
forma. (P. 40)
76. A hipótese de
trabalho é que os objetos assim movimentados são movidos por uma espécie de
emanação chamada ectoplasma que sai do corpo do médium, porção do organismo
exteriorizada temporariamente e que, havendo atingido o seu fim, volta ao corpo
de onde emanou. (P. 40)
77. Após atestar a
realidade da telecinesia, afirmando que o deslocamento de objetos sem contato
aparente se produz realmente, Lodge diz que ectoplasma é o nome dado a uma
espécie de matéria celular organizada, que se diz emanada, temporariamente, e
com propriedades extraordinárias e inexplicáveis, de certas pessoas. Tal
substância se molda, toma forma de rostos e de mãos, como se fosse guiada por
uma inteligência subconsciente. (P. 41)
78. Existe ainda um
grupo de fenômenos tão interessantes quanto a ectoplasmia: a clarividência e a
lucidez, ou seja, a percepção de acontecimentos sucedidos a distância, a
leitura de cartas lacradas ou de livros fechados, a descoberta de objetos
ocultos ou de cursos d’água subterrâneos. A prova de que certas pessoas possuem
essa faculdade se confirma dia a dia. Alguns desses fatos não parecem
explicar-se pela telepatia ou pela leitura do pensamento. Mas é preciso levar a
hipótese telepática até o seu extremo limite, antes de admitir-se qualquer
outra. (P. 42)
Respostas às questões preliminares
A. Qual é a importância da telepatia?
Sua importância
principal é provar que a atividade mental não se limita aos órgãos corporais e
aos instrumentos que a transmitem regularmente. Em outros termos: que o
Espírito independe do corpo e que não somos obrigados a supor que o Espírito
deixa de existir quando seu instrumento é destruído. (Por que creio na imortalidade da alma, pág. 38.)
B. É possível pôr-nos em comunicação telepática com os
chamados mortos?
Sim. Os
pesquisadores desse fenômeno e Oliver Lodge afirmam que é possível pôr-nos em
comunicação telepática com aqueles que sobreviveram à morte do corpo, os quais
são capazes de utilizar um instrumento fisiológico de uma pessoa viva dotada de
faculdade receptiva ou telepática e transmitir mensagens aos que deixaram na
Terra. (Obra citada, pp. 38 e 39.)
C. Que é, segundo Oliver Lodge, ectoplasma?
Ectoplasma é o nome
dado a uma espécie de matéria celular organizada, que se diz emanada,
temporariamente, e com propriedades extraordinárias e inexplicáveis, de certas
pessoas. Essa substância se molda, toma forma de rostos e de mãos, como se
fosse guiada por uma inteligência subconsciente. (Obra citada, p. 41.)
Nota:
Links que remetem aos textos
anteriores:
Parte 1 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
Parte 2 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-aos-classicos-espiritas_10.html
Parte 3 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-aos-classicos-espiritas_17.html
Parte 4 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/02/iniciacao-aos-classicos-espiritas_24.html
Parte 5 - http://espiritismo-seculoxxi.blogspot.com.br/2017/03/iniciacao-aos-classicos-espiritas.html
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