CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@hotmail.com
De Londrina-PR
É engraçado como estamos assustados
com a “irreverência” dos fenômenos naturais diante da nossa pequenez e
grandiosa fragilidade. Pobres de nós! Quanta nossa pequenez! Como já a
desafiamos, natureza bendita, tanto a desrespeitamos e ainda continuamos!
Indefesos animais... aquáticos, terrestres, da liberdade dos ares... quantos
sofrimentos lhes causamos por egoísmo, ignorância e com imensa crueldade. E
saber que essa irmã natural de ar, terra e água, de fauna, flora é tão
necessitada do ato humano amoroso e fraterno.
Não é possível calcular as maneiras
variadas de cessamento da vida e, o mais trágico, a desconsideração com que o
humano insiste em destruir algo que o mantém vivo. Sem natureza corresponde a
não sobrevivência do ser humano. Lei natural, ação e reação.
Se se buscar um histórico,
equilibrados acontecimentos naturais ocorrem em seu tempo e por sua necessidade
de renovação. No entanto, o prejuízo do homem é a catástrofe diária,
perturbadora e inacreditável que nos apavora com a maior facilidade desses novos
dias.
O ar que não mais se purifica, pois
as fábricas, os carros, a ganância, o egoísmo, o poder, o desmatamento, a
irresponsabilidade e tantas outras barbáries impossibilitam a sua purificação.
E os pássaros persistentemente ainda desenham lindos voos no ar do céu. Também
o sol deixa os raios alaranjados e os tons de amarelo no horizonte aerado. A
vida pulsa na natureza e luta para se manter viva.
Com lágrimas tão tristes, a água
observa toda maldade feita com ela. Suas nascentes estão, muitas delas, comprometidas
pela inconsequência humana; os rios com sua doçura inerente, sem descanso, vêm
anunciando para todos os cantos que neles a vida ainda corre e necessita se
propagar... e quer continuar viva e não sem oxigênio, e não com inúmeros
fragmentos, resíduos e rejeitos que matam essa correnteza natural, e não como
um lodo sem um coração a pulsar. A água precisa continuar viva para manter os
outros seres... vivos.
E engasgado com tanta poluição,
novamente o ar implora por socorro. Sua leveza não é mais comum, sua
possibilidade de cores vem desaparecendo para se tornar mais gris... triste
acinzentado, opaco infeliz. E os humanos, os variados animais, as delicadas
flores, as árvores, toda fauna e flora sofrem prejuízos indescritíveis e,
muitas vezes, por enquanto, irreversíveis neste Planeta abençoado que era tão
colorido, leve, puro e agora com o ar poluído, denso e sem perspectiva.
Oh, humanos, vamos nos conscientizar!
O globo ainda azul é uma oportunidade material para a nossa alma, é um estágio
de aprendizado e lapidação para conquista e progresso, não deve ser campo de
devastação nem de batalha, pois se assim for, o humano sempre estará só e
tornar-se-á o mais deprimido e equivocado vencedor. A análise sobre o egoísmo,
a ganância, o poder, o dinheiro precisa ser atuante e percebida, identificada,
reconsiderada e reestruturada. O homem, como mais um habitante, não pode
invalidar o curso para incontáveis centelhas mais adiantadas ou não, inclusive
tão diretamente para ele, com atos de infelicidade exacerbada. Para o homem,
ser racional, recai a responsabilidade dessa vida planetária.
Então, com uma simples reflexão,
pode-se considerar que todo esse caos natural não é extraordinário, muito menos
inexplicável. O caos que se intensifica a cada novo dia é decorrente de antigas
e arbitrárias atitudes humanas, vivas, até hoje, ou melhor, sucessivas no
presente.
A lei universal é perfeita: recebemos
o que doamos. Perante os desventurados acontecimentos, mais conscientização e
amor e isso resultará mais na vida natural e harmoniosa que sempre deveria
resplandecer.
Devemos refletir quanto antes para a
prática sequencial iniciar a atividade de reconstrução, pois se desejamos
intensamente dias melhores, devemos imediatamente respeitar o Planeta como
nosso meio de vida... evolução... vislumbramento da luz... reconhecimento da
bondade em relação a nós, pequeninos filhos de Deus.
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