terça-feira, 1 de dezembro de 2015

DIVALDO FRANCO NO RIO GRANDE DO SUL

Brasil
Ano 9 - N° 442 - 29 de Novembro de 2015
PAULO SALERNO
pgfsalerno@gmail.com
Porto Alegre, RS (Brasil)

Divaldo Franco
no Rio Grande do Sul
O orador falou aos espíritas de Caxias do Sul e Porto Alegre, onde participou da 61ª Feira do Livro da Capital gaúcha

O Pavilhão 2 do Centro de Eventos da Festa da Uva foi palco para mais uma conferência de Divaldo Franco em Caxias do Sul, realizada no dia 12 de novembro. A atividade foi uma promoção da União Municipal Espírita – UME-Caxias do Sul, com o apoio do Conselho Regional Espírita da 3ª Região – CRE-3, órgãos de difusão e descentralização do Movimento Espírita da Federação Espírita do Rio Grande do Sul. A mesa diretiva estava formada pelo Presidente do CRE-3, Jaime Perin; pela Presidente da UME-Caxias do Sul, Anabela Formolo Ramos; e pelo conferencista. Estiveram presentes mais de quatro mil e quinhentas pessoas, ávidas por se enriquecerem com as imorredouras lições do Espiritismo.
 
Divaldo Franco, o Semeador de Estrelas, recebido de pé com uma grande salva de palmas, afirmou que a ciência se encontra em face de alguns enigmas ainda não decifrados. Embora já se tenha adentrado no conhecimento do macro e do microcosmo, há muitas questões sem respostas. No campo sociológico houve pouca evolução no comportamento de ordem mo-
ral. O Embaixador da Paz no Mundo destacou que a ciência a partir do Século XVII, tornando-se independente da religião, logrou grandes avanços. Blaise Pascal, pensador do Século XVII, afirmava que o ideal seria o indivíduo desenvolver o espírito do coração, aliando o espírito de geometria, da razão, e o de finesse, ou da gentileza. O século atual é considerado o período da inteligência, da cibernética, mas é também o século da solidão.
Essa solidão tem causado a depressão, e os indivíduos aturdidos por esse cavaleiro do apocalipse perdem o sentido existencial, a meta de vida, uma razão para viver, perdendo-se por vivenciar fatores que denigrem o ser humano. Thomas Hardy, novelista e poeta inglês, afirmava que o homem havia perdido o endereço de Deus, completando Divaldo, à luz da experiência de vida do homem moderno, que o homem perdeu o endereço de si mesmo.  
Quanto mais se ama mais saúde se possui  
A busca pela aquisição de bens materiais e pelos valores transitórios das paixões, como fugas psicológicas, têm propiciado ao homem experimentar quadros de depressão, nos quais a vida perde seu significado.
A par dessa situação, há uma sociedade de abnegados amantes da criatura humana, que amam com as mais vibrantes fibras do amor. A vida, disse Divaldo, não é um amontoado de sensações, mas um somatório de sentimentos. O medo, a ira e o amor foram fatores abordados para explicar que os indivíduos, conforme sua evolução, os desenvolvem como mecanismos de crescimento.
Deve-se amar por necessidade. O amor é a alma da vida. Cada indivíduo é o que pensa. Quem ama é feliz. Essas sentenças foram utilizadas para dizer que na Terra cada indivíduo transita em um determinado nível de consciência. A grande proposta do amor é o autoconhecimento. Quanto mais se ama mais saúde se possui. Quando o indivíduo se ama não experimenta a depressão, cujos fatores básicos se originam em causas endógenas e exógenas. Assim, é importante que cada um encontre e desenvolva um sentido para a vida, aprendendo a viver e amar. Quem ama é infinitamente feliz. Nesses períodos de crise é necessário manter o bom ânimo, a esperança e a confiança nas ações do amor.
Com pitadas de humor e narrativas enriquecedoras, Divaldo Franco prendeu a atenção do público que, magnetizado pelo verbo eloquente e esclarecedor, se manteve atento, sorvendo os ensinamentos para bem-viver e amar a si mesmo e ao próximo.
Ao finalizar o enriquecedor trabalho, o público de pé, novamente, em agradecimento, aplaudiu o lídimo trabalhador do Cristo, o Paulo de Tarso dos dias atuais, Divaldo Franco. 
“Livros ajudam a pensar” 
No dia 13 de novembro, depois de concluir as atividades realizadas em Caxias do Sul, Divaldo Franco participou da 61ª Feira do Livro na Capital do Gaúchos. O tema da Feira do Livro, que é patrimônio histórico e cultural do Rio Grande do Sul, foi “Livros ajudam a pensar”.
Ainda nas dependências do hotel onde estava hospedado, o Embaixador da Paz no Mundo concedeu três entrevistas, para os jornais “O Sul” e “Zero Hora” e para a Rádio da Universidade/UFRGS.
Na entrevista ao jornal “O Sul”, Divaldo abordou assuntos relacionados ao livro Divaldo Franco – A Trajetória de um dos maiores médiuns de todos os tempos, escrito pela jornalista Ana Landi, e falou ainda sobre o retorno do Espírito Emmanuel ao corpo físico; o sentido da vida; compaixão aos suicidas; o Espiritismo no Brasil; as mudanças de comportamento como solução apresentada pelo Espiritismo; a transição planetária; a mentora Joanna de Ângelis e a dignidade da mulher e sua maternidade. A mediunidade foi outro tópico abordado, tanto quanto as questões relativas às encarnações e às desencarnações. Focalizou então o tônus vital que cada indivíduo é dotado, passível de ser abreviado, ou de ser prolongado conforme a utilização; a morte do corpo físico como uma fatalidade; o ideal de alcançar a autoiluminação; a crise de moralidade experimentada pela humanidade atual. Finalizou expressando o seu apreço e consideração ao Rio Grande do Sul.
À Rádio da Universidade, O Semeador de Estrelas respondeu questões relativas à transição da Terra para a categoria de mundo de regeneração; a decadência dos valores éticos; a mudança para os valores de ordem elevada; a vigência do amor e da solidariedade; o respeito à Natureza; os ideais nobres em face do sexismo, do individualismo e do materialismo; a tarefa de cada indivíduo em auxílio na construção de mudanças para melhor da Humanidade; as medicinas alternativas que visam a atender as mais diversas necessidades da criatura humana e, por fim, e questões sobre a mentora Joanna de Ângelis e suas anteriores existências. Por mensagem final disse que vale a pena amar. Seja você aquele que ama. Amar é um desafio, comece a amar-se para depois amar o seu próximo. O importante, frisou ele, é não ser inimigo de ninguém, amando indistintamente as criaturas. 
A religiosidade é o ideal da vida 
Para o jornal “Zero Hora”, Divaldo falou sobre o início de sua mediunidade; eventos de vida de sua família; sua primeira palestra, no ano de 1947; o Espiritismo em sua vida; o sofrimento e seus portadores, que são os que mais o procuram para uma palavra amiga; a ignorância como fator de transferência para outros o que a própria pessoa deveria assumir. Sobre a Doutrina Espírita explicou que Deus é a inteligência suprema e a causa primeira do Universo; o Espiritismo como fator de despertamento; o prazer e a felicidade; pessoas generosas se solidarizam com os menos afortunados; o silêncio dos bons revitaliza a ação dos maus; a sintonia com os desencarnados e a mediunidade; os níveis de consciência – de sono, ou desperta. Disse possuir certezas não absolutas, que propõe, expõe, mas não impõe; a necessidade de que os valores éticos sejam utilizados para viver, e não para exibir. O importante, frisou, é o Cristo, a criatura humana é vulnerável; o importante é perceber Deus: a religiosidade é o ideal da vida.
 
Acompanhado por Marco Cena (foto), Presidente da Câmara Rio-grandense do Livro, promotora do evento e com o apoio da Federação Espírita do Rio Grande do Sul, Divaldo Franco esteve no Teatro Carlos Urbim para proferir uma conferência, onde abordou as questões relativas aos avanços dos conhecimentos científicos e tecnológicos, notadamente a partir do Século XVII e o florescimento de ideias novas trazidas por eminentes pesquisadores. Aprofundando a sonda da investigação, o homem está desvendando o macro e o mi-
crocosmo. Galáxias são perscrutadas, as partículas infinitamente pequenas, como o Bóson de Higgs, não escapam aos estudos em busca de respostas que satisfaçam.  
Os cavaleiros do apocalipse da atualidade 
Embora esses avanços tecnológicos/científicos do conhecimento humano sejam crescentes, o homem ainda não foi capaz de interiorizar-se, passando a viver crises de toda ordem, principalmente no campo da moralidade, da ética, da honradez, sem saber para onde seus passos o estão levando. Os transtornos da culpa, as enfermidades degenerativas, a fragilidade do corpo humano foram outros fatores bem elucidados, ante uma plateia de mais de seiscentos expectadores. O homem desenvolveu mecanismos de fuga que estão muito próximos do prazer e longe do dever. Aturdido pela prática do sexismo, do consumismo e do individualismo, os indivíduos derivam para todo o tipo de drogadição.
Eloquente como de hábito, Divaldo apresentou os quatro cavaleiros do apocalipse da atualidade: a AIDS, a violência, a drogadição e as doenças degenerativas. A vida para ser vivida, nas palavras de Victor Frankl, necessita de uma meta, de um objetivo psicológico. Salientou o nobre conferencista que as conquistas do exterior não equilibram as de ordem interna. A fome no mundo encontrará sua solução no emprego da solidariedade, em não desperdiçar alimentos, na prática do amor, conforme preconiza o Mestre de todos os tempos, o psicoterapeuta por excelência, a personalidade mais importante do mundo, Jesus Cristo.
O homem esqueceu o amor e aferrou-se às questões puramente materiais, infelicitando-lhe a própria vida, temendo amar. No campo da ciência, alguns pesquisadores concluíram que o homem não é somente uma estrutura biológica, mas uma dimensão espiritual, que transcende. Cada ser é uma onda vibratória que se volta, pouco a pouco, ao teísmo, ao espiritualismo. Na área das pesquisas sobre o cérebro e a mente humana, foi constatado que há uma zona que se ilumina ante a pronúncia da palavra Deus, em qualquer idioma ou dialeto, fruto de pesquisas de eméritos cientistas e estudiosos. Esse ponto divino está no centro coronário, na glândula pineal.  
A melhor psicoterapia para a depressão é o amor 
As questões da decodificação do genoma humano e das partículas de mente estão oportunizando aos cientistas uma viagem ao encontro de Deus, do Espírito. Notáveis pesquisadores avançam em seus estudos para melhor compreender os intricados mecanismos que regem a vida fora do corpo denso, perecível, apesar de inúmeras indagações sem respostas. Cada ser é uma onda vibratória. O neurocirurgião norte-americano, Dr. Eben Alexander III, após uma experiência de quase morte, provou que a consciência é independente do cérebro, que a morte é uma ilusão, e que há uma dimensão espiritual, uma realidade no além-túmulo. Dr. Eben Alexander III escreveu, entre outras obras, O Céu Existe e O Mapa do Céu.
Nessa crise que se abate hoje sobre a Humanidade surge uma era nova, a era do Espírito. Apresentando as conclusões de Allan Kardec, Divaldo esclareceu que a proposta da ciência espírita é demonstrar que a vida não poderia ter gasto milhões de anos para simplesmente dissolver-se através da morte do corpo físico, mas para o exercício do amor, que é o seu destino.
A melhor psicoterapia para a depressão é o amor. Vale a pena amar, vale a pena viver. O maior dom da vida é a própria vida. Cada indivíduo se enriquecerá através da prática do amor.
Finalizando, exortou o público a amar, sem esperar correspondência. A luz divina é curadora e a vida é o prêmio que cada um recebe por viver. Vale a pena viver, sobretudo para amar. Ao encerrar, Divaldo Pereira Franco foi longamente aplaudido e ovacionado pelo público atento e dedicado.
 
Antes da sessão de autógrafos, que se prolongou por mais de uma hora, com várias centenas de pessoas, juntamente com a jornalista Ana Landi, Divaldo concedeu mais uma breve entrevista, agora para a TVE/RS, oportunidade em que discorreu sobre a plenitude da vida, a caridade e a literatura espírita, que fornece esclarecimentos, comprova-
vações, construindo harmonia para a vida. Durante os autógrafos, o poeta Dilan Camargo (foto), Patrono da 61ª Feira do Livro de Porto Alegre, esteve com Divaldo Franco, cumprimentando-o.

 

Nota do autor:


As fotos que ilustram esta reportagem são de Jorge Moehlecke. 

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