Obsessores não são nossos amigos e nem
professores
Mais uma vez eu, que represento
“um perigo para o movimento espírita”, aqui estou para
escrever mais uma matéria convidando os queridos amigos espíritas ao
raciocínio.
Vejam bem: Não é pensar conforme
a cabeça do Alamar, não é se deixar passar por lavagem cerebral pelo
Alamar, é fazer pensar, raciocinar com a sua própria cabeça,
já que Kardec nos sugeriu o tempo todo a sermos racionais, posto que o
Espiritismo é racional e não dogmático.
Você já deve ter ouvido, várias
vezes, da boca de vários espíritas, frases mais ou menos assim:
Isto sai da boca de muitos
espíritas, porque está implantado na mente de muitos que entenderam o
Espiritismo desta maneira.
Daí veio a auto flagelação
espírita, a necessidade de auto desvalorização para parecer bem miserável
ao seu próximo, daí dar a impressão que é humilde.
Eu não valho nada, eu sou uma
insignificância, eu não mereço nada de bom que dizem de mim, eu sou
escória, sou lixo, eu não fui nada que presta na encarnação passada, estou
fazendo um esforço enorme para aprender alguma coisa, sou uma formiguinha
aqui no centro, o meu trabalho aqui é muito insignificante, se é que pode
ser chamado de trabalho...
Tudo isto você escuta da boca de
espíritas, pode prestar atenção.
Mas você é bonita,
Lúcia.
Eu queria saber onde foi
que os espíritas aprenderam isto. Já li Kardec de cabo a rabo, inclusive a
Revista Espírita, Viagem Espírita e tudo e nunca o vi comportando-se desse
jeito, diante de ninguém, entre as inúmeras pessoas, encarnadas e
desencarnadas com as quais ele convivia e mantinha diálogos.
Será que o Alamar está errado,
por considerá-lo a base do Espiritismo que devemos seguir? Ou será que
sugerir que os espíritas se mirem nele, Allan Kardec, representa mesmo um
perigo para o movimento espírita?
Vamos então falar sobre os tais
obsessores, que são os nossos “verdadeiros” amigos, como querem muitos
espíritas.
Desculpem, mas me parece uma
alienação total esse negócio de considerar espírito obsessor como amigo -
ou melhor, como nossos verdadeiros amigos - e até
professores.
É de uma incoerência sem tamanho.
Ou, provavelmente, não sabem o que é obsessor.
Muitos ainda dão uma ênfase
enorme ao MEUS e ao NOSSOS, quando falam “MEUS obsessores”,
“NOSSOS obsessores”. É como se fossem umas jóias preciosas, das quais não
pretendem se ver livres.
Obsessor é um espírito ruim,
perturbado, desequilibrado e invariavelmente perverso que quer a nossa
desgraça, o nosso insucesso, o nosso sofrimento e tudo faz para nos
destruir.
Como deve estar o juízo de um
espírita que considera como nosso amigo alguém que vive infernizando a
nossa vida e que só quer o nosso mal?
Não é um tremendo
absurdo?
Veja só que coisa mais
impressionante:
Você desenvolve um trabalho
maravilhoso no meio espírita, se dedica à pesquisa, a experimentação, ao
estudo, à criatividade, à garra, à dedicação total, apresenta esse
trabalho ao público espírita, é aplaudido de pé por quase a unanimidade do
auditório presente, aí se depara com uma praga invejosa e desqualificada
que está ali para procurar defeito no seu trabalho, sai metendo a língua
na sua obra, procurando um erro de português, falando mal, lhe
desmerecendo, sem competência para apreciar o que você fez, que todo mundo
reconheceu.
Eu pergunto: É racional você
considerar que 99% do público presente no centro não é seu amigo, só
porque lhe aplaudiu, elogiou, ficou três minutos de pé batendo palmas para
você, reconhecendo o seu mérito, estimulando para que você continue a
desenvolver bons trabalhos e considerar como amigo apenas o 1% das pragas
incompetentes, despreparadas, invejosas e desequilibradas que lhe
criticaram?
O nome disto é maluquice
espírita, gente!
É doideira total e não tem
respaldo numa doutrina cuja proposta nos convida à
racionalidade.
Chega de espírita
besta.
Ah,
mas tem espírita que vive em busca dos aplausos e dos
elogios.
Isto é verdade, eu sei que tem;
mas daí a achar que todos aqueles que realizam bons trabalhos e são
aplaudidos fazem as suas palestras esperando os aplausos no final e deixa
exacerbar a sua vaidade e o seu orgulho ao final, há uma diferença muito
grande.
Imaginem se eu chego numa cidade
para fazer uma palestra, ao final não sou aplaudido e depois volto para o
hotel ou para a casa do confrade que me hospeda numa frustração enorme
porque não fui aplaudido de pé.
Só na cabeça de gente muito
idiota achar que todo palestrante espírita está em tal nível de
imbecilidade.
Eu vou levar em consideração os
aplausos, o carinho e o estímulo das pessoas, sim, para que aquilo sirva
para mim como um incentivo para que eu continue a desenvolver novos
trabalhos iguais àquele e que continue levando aquele para outras pessoas
de outras regiões a, também, ficarem satisfeitas e felizes, daí se
levantarem também para dizer MUITO OBRIGADO, ao expositor.
Que o invejoso se dane, que vá se
tratar, que vá tomar seu passe, ler o Evangelho, sair do baixo astral em
que vive, abandonar a vida hipócrita que certamente deve ter e se
equilibrar e instruir, pra ver se consegue adquirir um pouco de
competência para realizar alguma coisa de útil, pra não estar se
incomodando tanto com o sucesso dos outros.
Mas,
Alamar, aí você está faltando com a caridade com irmãos nossos que, se
estão nessa situação, é porque necessitam da nossa compreensão. Será que
não seria melhor relevar, ir ao seu encontro e dar uma palavra de
apoio?
Mas quando? Se uma praga dessa
não conseguiu absorver uma palavra, dentre as inúmeras que você falou em
uma hora de palestra e mais uma hora de perguntas e respostas do público,
mesmo vendo centenas de pessoas empolgadas com os ensinamentos e as idéias
apresentadas, vai se comover com cinco minutos de palavras que você vai
dirigir a ela, por caridade?
Tem espírita que não suporta
Divaldo, que não suporta Raul, que não suporta Simonetti, que não suporta
Medrado... enfim, não suporta ninguém que faz o que ele não consegue
fazer, que é sucesso junto ao público.
Não nos iludamos tanto assim. Tem
gente que é uma praga mesmo e que precisa de muito tempo para sair do mar
de lama emocional que vive, mergulhado por ele mesmo.
Devemos fazer a nossa parte para
ajudar e não para carregar a sua cruz.
Obsessor, invejoso, fofoqueiro,
caluniador, censurador e crítico não são nossos amigos nunca, eles são
infernizadores das nossas vidas e devem ser vistos assim.
E tem outra coisa, não são
somente desencarnados não, muitos estão encarnados próximos da
gente.
Eu nunca vi, em momento algum,
Allan Kardec dar moleza para críticos, fofoqueiros, hipócritas,
detratores, inconseqüentes e irresponsáveis que vinham com a palhaçada de
botar defeito na sua obra, sem se dar ao trabalho de examiná-la
previamente, antes de abrir a boca para emitir opiniões. Ele sempre reagia
a altura, com a indispensável energia.
Eu nunca vi Allan Kardec se dizer
lixo, insignificância, escória, homem sem valor e que não sabia
nada.
Quer ter caridade para com o
obsessor, o espírito que lhe persegue, que tenha. Tudo bem, é válido. Ore
por ele, peça a Deus e aos bons espíritos sobre as possibilidades de
orientá-lo e esclarecê-lo, tudo bem, tá correto. Mas daí a ficar com essa
hipocrisia de dizer que ele é seu verdadeiro amigo, que você vai conseguir
doutriná-lo, fingindo que os males que ele faz não lhe atingem, que você
merece toda aquela sorte de sofrimento e toda essa palhaçada que muitos
espíritas adotam, chega a ser ridículo.
Ou será que você acha que o tal
obsessor é besta e não saberá que você está apenas fingindo uma evolução
espiritual que não tem?
Vamos raciocinar, gente.
Quem é que, andando pelos campos,
de repente vê um espinho encravar-se no seu pé e não vai imediatamente
querer tirá-lo para afastar aquela dor?
Isto é natural e o que se espera
de quem está bem do juízo.
E tem outra coisa: Essa mania de
dizer que o sofrimento é indispensável para a nossa evolução é outra
balela, conversa de gente que tem tendência masoquista. Sofrimento se faz
necessário, sim, mas apenas em ALGUNS casos e não em
todos.
Lembro-me de uma história do
tempo em que os carcereiros espancavam os presos, nos presídios, baixavam
a porrada mesmo sem piedade, e consta que Xeretinha era um dos presos que,
assim que chegou à prisão, deixou claro que ali estava justamente, para
cumprir os seus 4 anos de prisão, porque de fato havia cometido um crime.
Só que ele queria pagar com alegria, limpando o presídio, ajudando aos
outros presos, procurando ser útil ao seu próximo sem reclamar de
nada.
Consta que, apesar da
heterogeneidade emocional dos diversos carcereiros, nunca nenhum deles
precisou dar um tapa sequer em Xeretinha, que passou os seus quatro anos
preso e foi libertado sem sofrer qualquer agressão na prisão.
Ora, se no ambiente de uma
penitenciária, que é sempre pesado, encontramos gente capaz de tal
discernimento, por quais razões poderíamos duvidar do mesmo bom senso do
mundo espiritual?
Podemos ter certeza de que essa
onda de apologia exagerada ao sofrimento que fazem no meio espírita, essa
mania de auto desvalorização assim como essa conversa fiada de considerar
obsessor nosso amigo, é coisa de espírita bobo que pouco ou nada entendeu
do Espiritismo.
Revejamos os nossos
conceitos mas, mais uma vez eu peço: não precisa acreditar nos conceitos
do Alamar não, veja Kardec e observe como ele fazia.
Fica aí, então, esta matéria para apreciação de
todos.
Abração.
Alamar Régis Carvalho
Analista de Sistemas, Escritor e Antares DINASTIA alamarregis@redevisao.net www.redevisao.net --- www.canal500.com www.alamarregis.net www.partidovergohanacara.com www.facebook.com/alamarregis Ah, tem outra coisa: Você, que gosta do Alamar, dê uma entradinha no site da Rede Visão e se cadastre lá, como amigo do Alamar. É fácil, basta clicar em CADASTRE-SE AQUI, que está logo ao lado esquerdo do site, coloque o seu email lá que o sistema vai verificar se já consta os seus dados em nosso arquivo. Se tiver, esses dados vão aparecer e você poderá completar as outras informações que pedem lá, com objetivos de estatística apenas. Se for espírita, diga que é espírita para receber os artigos voltados aos espíritas. Se você já recebe emails do Alamar, com certeza já consta. Mesmo assim pedimos para que entre lá, a fim de atualizar as informações.
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segunda-feira, 17 de março de 2014
OBSESSORES NÃO SÃO NOSSOS AMIGOS E NEM PROFESSORES
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