Ainda em "O Livro dos
Médiuns", Cap. VI, nº
109, Allan Kardec
registra que o
perispírito é o
princípio de todas as
manifestações até então
tidas à conta de
maravilhosas.
Posteriormente,
referindo-se em
particular às
características e
propriedades do hoje
chamado ectoplasma,
denominou-o, em "A
Gênese", Cap. XIV, nº 35
e 36, de "fluido
perispirítico", ou,
segundo outros
tradutores, de "fluido
perispiritual".
Após Kardec os Espíritos
deixaram entrever que o
ectoplasma, como
"produto acabado", isto
é, pronto para ser
utilizado, em reuniões
de materializações ou de
outros objetivos
(terapêutica?) é
composto por outras
substâncias, além das
orgânicas, do médium.
- André Luiz, Espírito,
por exemplo, descreve
com minúcias
uma reunião de
materialização, segundo
visão do Plano Maior: Ao
ectoplasma utilizado nas
sessões de
ectoplasmia
(materializações), são
acrescentados potencial
energético de Espíritos
Siderais, e outros
elementos, denominados
"recursos da natureza".
- dessa forma, o
fenômeno da
materialização, para
alcançar êxito,
necessita da energia de
três elementos
essenciais:
1. Energias sutis,
emanadas dos Espíritos
Protetores;
2. Energias do
médium (ectoplasma) e
eventualmente de outros
participantes da
reunião; aqui, o
ectoplasma do médium é
tratado pelo orientador
espiritual como "força
nervosa, fluindo
abundante, qual neblina
espessa e leitosa...
sendo matéria plástica
profundamente sensível
às nossas criações
mentais";
3. Energias colhidas
de elementos da Natureza
terrestre (águas,
plantas etc.).
NOTA:
No já citado livro
Espírito,
Perispírito e Alma,
Hernani Guimarães
Andrade propõe a
existência dos seguintes
tipos de ectoplasma:
ectomineroplasma,
originário dos materiais
minerais; ectofitoplasma,
extraído dos vegetais;
ectozooplasma, produzido
pelos animais;
ecto-humanoplasma,
gerado pelos humanos.
Mas, simplificando a
terminologia, no sentido
de tornar o significado
mais acessível às
pessoas, reduzo para
ectoplasma mineral,
vegetal, animal e
humano.
Ainda do autor
espiritual André Luiz há
outra narração de
sessões de ectoplasmia,
onde é detalhado como o
médium que emite o
ectoplasma se desdobra,
sob influxo espiritual
protetor. Na sequência,
há materialização de
flores, que são
distribuídas aos médiuns
componentes da sessão.
- Francisco Cândido
Xavier (1910-2002), o
inolvidável médium
brasileiro, “no início
da sua tarefa na Terra
exercia, dentre outras
mediunidades, a de
efeitos físicos”,
segundo narração abaixo:
Ficaram célebres as
reuniões que promoveu
junto a vários amigos,
tanto em Pedro Leopoldo,
quanto em Uberaba. Os
que tiveram o privilégio
de presenciar referidas
reuniões com ele afirmam
que observaram
inesquecíveis fenômenos.
(...) Chico estava num
pequeno quarto,
recostado numa poltrona.
Ao entrar em transe,
dentro de poucos minutos
uma intensa luz começa a
jorrar inundando todo o
ambiente da reunião.
Para surpresa geral e
alegria de todos,
Emmanuel surge
materializado de corpo
inteiro, trajado à
romana, com as estrelas
do Cruzeiro do Sul
resplandecendo em seu
peito. Nessas reuniões,
ainda se materializavam
André Luiz e Scheilla,
que aplicavam passes nos
enfermos, deixando
perfumados os vasilhames
com água. Mais tarde,
Emmanuel recomendou a
Chico que não seria
conveniente continuar se
desgastando nas
atividades de
materialização, porque a
sua tarefa primordial,
na atual existência, era
o livro.
- Porém, das mais
vibrantes notícias sobre
o ectoplasma, são
encontradas na narração
de fatos estupendos,
dentre os quais o de
três crianças (irmãs da
médium de efeitos
físicos Ofélia Corrales,
na República de São José
da Costa Rica): estando
o local da reunião
mediúnica com todas as
portas trancadas, as
três crianças foram
transportadas para uma
casinha próxima; a
seguir, repetiu-se a
mesma operação, em
sentido inverso — portas
trancadas, em ambos os
ambientes, eis que as
crianças foram trazidas
de volta!
Nota:
Ocorre-me a lembrança da
série de TV “Jornada nas
Estrelas”, criada em
1966 por Gene Rodenberry,
na qual os tripulantes
da nave “Enterprise”
passavam por esse
fenômeno de
desmaterialização num
local, seguido de
transporte e
materialização em
outro...
Ainda o saudoso
Herculano Pires noticiou:
Um conhecido físico
paulista, professor
universitário, opinou
ser possível o fenômeno
da materialização, ante
os conhecimentos atuais
da Física, mas que, para
realizar-se seria
necessária uma
quantidade de energia só
possível de obter-se num
período de duzentos
anos. Entretanto, como
ficou demonstrado nas
experiências científicas
do Espiritismo (e
podendo voltar a ser
comprovado desde que o
Plano Espiritual o
permita, mediante
justificada razão), o
fenômeno de
materialização é
produzido em poucos
minutos. Além do mais,
houve erro de
classificação científica
por parte daquele
cientista (o físico
paulista), já que a
materialização não é um
fenômeno físico, mas um
fenômeno fisiológico.
Aportes
“Aporte”, na linguagem
parapsicológica, é o
aparecimento súbito de
objetos, animais ou
pessoas, num determinado
ambiente, onde esteja um
médium de efeitos
físicos. Johann Karl
Friedrich Zöllner
(1834-1882), astrônomo e
físico alemão, professor
de Astronomia e Física
na Universidade de
Leipzig, membro da Real
Sociedade de Londres, da
Imperial Academia de
Ciências Físicas e
Naturais em Moscou, da
Sociedade Científica de
Estudos Psíquicos de
Paris e da Associação
Britânica Espiritualista
de Londres, membro
honorário da Associação
de Ciências Físicas em
Frankfurt-on-Main — ufa!
— esse brilhante
cientista imaginou esse
mesmo tipo de transporte
através da Quarta
Dimensão.
Outra hipótese seria a
desmaterialização dos
elementos citados e
rematerialização em
lugar diferente.
Obs.: Citei o currículo
do Dr. Zöllner para que
seja aquilatado o grau
de interesse científico
do tema.
Cito outra pequena
divagação: na longínqua
Ilha da Páscoa, no
Oceano Pacífico, as
grandes estátuas de
pedra, denominadas
“Moais”, segundo lendas
locais, teriam sido
transportadas pela força
do pensamento de um
sacerdote. Os blocos de
rocha, de uma pedreira
afastada quilômetros de
onde estão, vinham “pelo
ar”...
Não menos
impressionantes são os
relatos de lousas que
vão de uma sala a outra,
com portas e janelas
fechadas e plantas que
são geradas, no próprio
ambiente da reunião
mediúnica, a partir de
outras plantas, chamadas
de plantas-médiuns,
já que elas é que
possibilitaram o
nascimento
(materialização) de
outras, havendo até
casos de plantas com
frutos!
Considerações gerais
O ectoplasma foi tema
imperante no final do
século XIX, quando
homens responsáveis e
dedicados pesquisaram-no
à exaustão, deixando as
portas abertas para os
vindouros. Por não
disporem de instrumental
mais adequado, suas
experiências
restringiram-se a
fenômenos de
materialização, junto a
médiuns especialistas e
exames laboratoriais com
os recursos de um século
atrás...
Aliás, esse assunto, que
no século passado
intrigou tantos
pesquisadores, hoje já
não frequenta os
laboratórios e, talvez,
poucos Centros
Espíritas. Imagino que é
porque a humanidade já
evoluiu a ponto de
permitir-nos considerar
que tais fatos nada mais
representaram do que um
despertamento que a
Espiritualidade Amiga, à
época, trouxe para a
Humanidade. E é
importante consignar que
as materializações
“espoucaram” por toda a
Europa logo após a
Codificação do
Espiritismo, como se os
Espíritos quisessem
consolidá-lo,
literalmente.
Sou dos que consideram o
ectoplasma como mais uma
bênção, das incontáveis
que nos concede o
Criador. Seu potencial é
inimaginável. Assim,
é-me penoso verificar
que o ectoplasma não
está presente nos
laboratórios de
pesquisas.
Por isso minha tristeza,
ao notar que não há
interesse científico
sobre essa
transcendental questão.
Contudo, como "a
Natureza não dá saltos",
creio que no tempo certo
o homem despertará tal
atenção. E essa será
mais uma das valiosas
contribuições que o
Espiritismo prestará à
Humanidade, vez que as
possibilidades de
emprego do ectoplasma
ultrapassam todos os
voos da imaginação:
desde transporte de
pessoas/objetos,
desmaterializando-os na
origem e
rematerializando-os no
destino, até à cura de
patologias consideradas
fatais.
Fonte: o Consolador Revista Semanal de Divulgação Espírita
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