Em 2000, quando
recebi em minhas
mãos O Livro
dos Espíritos,
de Allan
Kardec.
Como se deu sua
conversão ao
Espiritismo?
Em face da
leitura d´O
Livro dos
Espíritos eu
fiquei curiosa
e, procurando na
internet,
cheguei ao grupo
SEELE, de
Stuttgart. Desde
a minha primeira
visita, comecei
a ir
regularmente às
reuniões. Algo
em mim me
manteve no
Espiritismo. Já
havia muitos
anos que estava
procurando algo,
mas o quê?
Quando eu me
aprofundei na
Doutrina
Espírita, eu
sabia que havia
encontrado. Eu
encontrei um
tesouro e quero
tê-lo comigo.
Qual foi a
reação de sua
família diante
disto?
Meus filhos
aceitam minha
convicção, mas
as reações foram
bem misturadas,
até ao ponto de
rejeitar que a
vida continua e
que os Espíritos
existem.
Qual é no
momento sua
atividade no
âmbito espírita?
Eu sou
vice-presidente
do grupo SEELE
em Stuttgart e
secretária da
União Espírita
Alemã. Dentro do
grupo SEELE
trabalho com o
passe e com
trabalho
mediúnico, e
faço também os
boletins
informativos
mensais do
grupo. Ministro
o curso sobre a
Doutrina
Espírita para os
alemães do nosso
grupo e duas
vezes por mês eu
auxilio com o
curso sobre o
Evangelho,
quando ele é
dado em alemão.
Fora isso, faço
palestras
regularmente
sobre vários
temas espíritas.
Quando o tempo
me permite,
procuro traduzir
o Boletim do CEI
do inglês para o
alemão. Trabalho
também para a
Revista Espírita
na língua alemã
e nas campanhas
espíritas.
Qual o aspecto
da Doutrina
Espírita que
mais a atrai:
ciência,
filosofia ou
religião?
Para mim os três
são de igual
importância e
interessantes.
No tocante às
obras espíritas,
fora os livros
de Kardec, quais
lhe chamaram
mais a atenção
quando você as
leu?
Foram os livros
de Chico Xavier
(tanto os de
André Luiz como
os de Emmanuel)
e os de Joanna
de Ângelis.
O que você pode
nos falar a
respeito do
movimento
espírita na
Alemanha?
O movimento
Espírita na
Alemanha começou
a ser organizado
em Berlim no ano
de 2003 e era
composto por
quatro grupos, e
então a União
Espírita Alemã
foi criada. No
final de 2007 a
União Espírita
Alemã foi
registrada
oficialmente com
sede na cidade
de Stuttgart.
Atualmente 10
grupos estão
ativos na
federativa
nacional.
A União Espírita
Alemã, com sua
presidente Maria
Gekeler, está se
empenhando em
difundir o
Espiritismo na
Alemanha. Para
isso foi
traduzido para o
alemão um guia
de orientação
para atividades
espíritas e as
apostilas do
ESDE, com o
intuito de terem
os grupos
espíritas mais
atividades a
oferecer para as
pessoas de
língua alemã.
Existe um site
com informações
sobre o
Espiritismo.
Todo ano é feito
um encontro
fraterno com
todos os grupos
espíritas
alemães, que é
organizado cada
ano por um
grupo, em forma
de rodízio,
seguido pela
Assembleia
Geral. Na
Alemanha já
foram
organizados três
congressos
espíritas. A
União Espírita
Alemã iniciou a
publicação da
Revista Espírita
(em alemão), na
qual, com
diversos
artigos, é
abordado um tema
principal.
São convidados
regularmente
oradores
espíritas para
palestras e/ou
seminários. O
esforço é para
que, ao máximo,
as palestras
sejam
traduzidas, para
as pessoas de
língua alemã
entenderem o
tema
apresentado.
Um outro ponto
muito importante
para o movimento
espírita alemão
é a
evangelização
espírita na
língua alemã.
Atualmente a
União Espírita
Alemã apoia
ativamente a
campanha “Amor
pela Vida”
através de
cartazes e um
calendário.
O movimento
espírita em
terras de língua
alemã sofre
ainda com a
pouca adesão das
pessoas nativas.
Qual o seu ponto
de vista a esse
respeito?
Aqui, somente a
paciência, o
esclarecimento e
o trabalho
persistente
auxiliam.
Precisa ser
apagado tudo o
que está ligado,
negativamente,
ao termo
Espiritismo. Muitas,
muitas ofertas
(de estudo) na
língua alemã
devem ser
oferecidas,
mesmo quando a
ressonância não
seja grande e os
esforços muitas
vezes pareçam em
vão. Cada
semente conta. É
muito bom que já
tenhamos
bastante
literatura na
língua alemã,
como panfletos,
prospectos, a
Revista Espírita
e também as
apostilas para
estudo, para
fazer a Doutrina
Espírita
conhecida.
No continente
europeu, o
aborto, a
eutanásia e o
suicídio
assistido são
autorizados em
inúmeros países.
Qual a sua visão
sobre isso, e
qual seria a
melhor forma de
podermos, como
movimento
espírita, evitar
esses atos
nefastos?
Na Alemanha é,
até o momento,
proibido e
passível de
penalidades que
médicos,
parentes e
outras pessoas
promovam a
chamada morte
assistida.
Apesar disso, no
momento esse
tema está sendo
fortemente
discutido
porque, de
acordo com as
autoridades, a
lei deve ser
mudada. Os
legisladores têm
como meta a
diminuição do
chamado “Turismo
da morte”, uma
prática
fomentada em
certos países, e
que seja
retirada de
certas
instituições a
possibilidade de
ganharem
dinheiro com
essa prática. A
União Espírita
Alemã deu início
a uma campanha
contra o
suicídio
assistido e a
eutanásia. Nós
lançamos Flyers
e logo também
lançaremos
cartazes, que
afixaremos nos
grupos e
apresentaremos
também em nossa
homepage. Além
disso,
procuraremos
autorização para
colocar esse
material em
lugares
públicos. Junto
disso é
importante
oferecermos às
pessoas que
queiram
informações
sobre o tema os
contatos das
instituições
espíritas.
Indispensável é
a participação
de pessoas
capacitadas para
repassarem estas
informações em
forma de
diálogo, de
esclarecimento,
naturalmente sob
a ótica
espírita. Eu
mesma tenho o
curso para
orientar e
cuidar de
pessoas em
estado terminal.
Esta classe
profissional é
também contra o
suicídio
assistido. O que
significa
oferecer as mãos
a alguém e
assisti-lo,
zelando pela sua
vida, e não
oferecer-lhe a
mão para
retirá-la.
Quando durante
um
acompanhamento
de morte
assistida temos
uma conversa com
o paciente,
procuro tomar
este caminho de
mostrar que a
vida continua.
Surpreendentemente,
de acordo com
minha
experiência, são
muitas as
pessoas que
acreditam nisso.
As orações são
também muito bem
aceitas.
É muito
importante
alertar as
pessoas sobre
estas coisas,
demonstrar-lhes
compreensão,
levar o
indivíduo e sua
situação a
sério.
Suas
considerações
finais.
Minhas últimas
considerações
com certeza não
serão as últimas
(risos).
O Espiritismo me
ensinou muito e
ainda me ensina
continuadamente
sobre o que
significa a vida
realmente. A
Doutrina
Espírita
responde a
tantas perguntas
e faz com que a
luz de Jesus
brilhe ainda
mais e mais.
Todos os dias
abrem-se novas
perspectivas
para recebermos
a vida de
maneira
positiva.
Com certeza,
existem algumas
horas difíceis e
às vezes me
encontro incerta
perante meus
sentimentos. Por
meio do que eu
aprendi no
Espiritismo, eu
sei que não só
preciso
trabalhar isto,
como também
trabalho. Sei
que esta reforma
íntima é de
vital
importância.
Esse
automelhoramento,
sobre o qual
Jesus tanto
falou, é para
mim o caminho
para um futuro
melhor. Repleta
de gratidão,
posso falar que
comigo vai tudo
bem e que tantos
momentos felizes
sinto, porque,
afinal, vivo e
sinto quão
grandioso e
misericordioso é
Deus. Então,
graças à
Doutrina
Espírita, eu
posso observar a
vida de uma
perspectiva bem
mais abrangente.
Quero
simplesmente
continuar o meu
trabalho pelo
bem do meu
próximo, por mim
e por minha
família. Sei, e
é com prazer,
que sou espírita
24 horas por dia
e durante 365
dias do ano. Que
Deus abençoe a
todos nós, que
somos seus
filhos.
Nota da Autora:
Para os que
desejarem manter
contato, eis os
websites das
instituições
espíritas
citadas nesta
entrevista:
Fonte: Retirado de O Consolador uma Revista Semanal de Divulgação Espírita.
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