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A cada dia da nossa existência terrena somos abençoados com infinitas possibilidades de trabalho para nossa elevação e aprimoramento. Em Sua Infinita Misericórdia, o Pai nos faz inúmeras concessões para que, através dos recursos que nos oferece, possamos nos ajudar, ajudando os outros.
Quase sempre fazemos uma
lista de tarefas que
pretendemos realizar
durante o dia,
geralmente tarefas
materiais, e, quase
sempre, também, em
benefício de nosso
próprio conforto e
tranquilidade.
Muito distraídos com as
coisas da matéria e nos
esquecendo das coisas do
Espírito, não percebemos
muitas vezes esses
recursos que Deus nos
concede - e por isso
mesmo Ele os concede. De
que outra maneira
poderíamos caminhar,
ainda que aos tropeços,
para Seu Amor?
Entretanto, nesse
processo de muita
distração e já de alguma
consciência, nos
lembramos dos aflitos e
necessitados de todos os
tipos e, por algum
tempo, elevamos nosso
pensamento ao Pai
generoso e rogamos por
eles. Evidentemente, que
Ele olhe por todos, não
percebendo que estão
ali, ao nosso redor,
como oportunidades de
trabalho, como
concessões que nos são
oferecidas para que,
através deles, façamos a
nossa parte na
construção de um mundo
melhor.
Pedimos, e com fervor,
para o doente do corpo,
para o parente
necessitado; pedimos a
ajuda divina para o
companheiro em
desarmonia, envolvido em
atmosfera
desequilibrante;
solicitamos o
atendimento a um amigo
que passa por prova
inquietante. E, assim,
vamos desfiando um
sem-número de rogativas
sem nos esquecermos de
ninguém.
Certamente, os
mensageiros de Jesus, em
socorro às criaturas
sofredoras, não deixam
de atender aos nossos
pedidos, mas quando
suplicamos ajuda para
alguém, não podemos nos
esquecer de fazer,
também, a nossa parte.
Não há necessidade de
que essa ajuda que
possamos dar seja
grande. Temos certeza,
quando já possuímos
algum conhecimento
evangélico, que ela será
sempre a migalha que
temos condição de
ofertar. O que importa,
todavia, é que saibamos
acionar esses recursos,
por menores que sejam, e
que o Pai Criador põe à
nossa disposição, para
que aprendamos a
cooperar e a dar o
testemunho da nossa fé
na Sabedoria e na
Justiça Divina.
O Evangelista Marcos, no
Capítulo 6, versículo
37, nos diz que Jesus
não atendeu simplesmente
ao pedido dos discípulos
para dar pão ao povo
faminto, que aguardava
as Suas palavras – o que
Ele poderia fazer
tranquilamente –, mas,
ao contrário, disse-lhes
que dessem, eles
próprios de comer a
essas pessoas.
Ao receberem a ordem,
trataram de angariar
tudo que havia
disponível para aliviar
a fome de tantos. Foi
diminuta a quantidade
que juntaram, mas foi o
suficiente – o recurso
necessário – para que
Jesus a centuplicasse. A
lição do Divino Amigo
não deixa dúvidas:
roguemos a assistência
divina em favor dos
outros, mas não nos
esqueçamos de
cumprir nosso dever
cristão.
Emmanuel, no livro
Palavras de Vida Eterna,
lição 11, diz: “Antes
de tudo, é necessário
fazer a nossa parte,
quanto nos seja
possível, para que o bem
se realize, de modo a
entrarmos em sintonia
com os poderes do Bem
Eterno”.
Aquilo que não
realizarmos hoje ou que
deixarmos por terminar,
na tarefa de construção
do edifício do Bem,
seremos chamados,
amanhã, a completar.
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