Formado em canto
lírico pelo
Conservatório
Estadual Haideé
França
Americano, de
Juiz de Fora,
fez vários
cursos
particulares em
São Paulo, além
de aulas
particulares de
teoria musical,
técnica vocal e
canto.
Recentemente
lançou o CD:
“Sentimentos”,
resgatando
momentos da
música que não
sai das nossas
lembranças como:
Besame Mucho,
She, My Way,
Hallelujah, além
de outras. Luiz
Gamonall, entre
um show e outro,
conversou
conosco de forma
descontraída e
amiga:
Noel Rosa
(Espírito) nos
disse que a
música “é a
maior expressão
do sentimento
humano”. A
música para você
tem esse
sentido?
Com certeza, a
música consegue
nos dar
sensações e
sentimentos que
nem sabíamos que
poderíamos
sentir. Com
apenas alguns
acordes a música
pode tocar seu
coração e lhe
fazer sentir
algo tão
profundo ao
ponto de chorar,
sem ao menos
conter qualquer
palavra nela. É
tão incrível e
maravilhosa que
não há nenhum
registro
histórico
citando ter
havido uma alma
sequer
completamente
indolente a esse
gênero, a ponto
de não haver
nenhum som ou
melodia que não
o sensibilize. E
acredito tanto
nisso que meu
primeiro CD se
chama
“Sentimentos".
Qual a diferença
entre cantar uma
música popular e
uma música
erudita. Em qual
delas melhor se
realiza?
Para mim, cantar
uma música
erudita requer
certa "tensão",
pois sua
interpretação
tem que ser
totalmente
"perfeita"
dentro do
conceito erudito
e exatamente
como está na
partitura. Já a
música popular
dá-nos maior
flexibilidade, e
em minha opinião
mais
sensibilidade e
liberdade de
expressão,
podendo até
mudar totalmente
seu arranjo
criando novas
versões e
abrilhantando
ainda mais uma
letra incrível
que ainda não
tinha uma
melodia ao seu
alcance. Assim
sendo, toca mais
o coração do
público, que se
emociona e
participa das
músicas cantando
e se divertindo
ou apenas
chorando de
emoção.
Esta, em sua
opinião, a
diferença entre
o erudito e o
popular quanto
ao público?
A música erudita
é diferente. Tem
o momento certo
para ser
aplaudida e não
se pode cantar
junto.
Resumindo, em
minha opinião a
música erudita é
mais "fria" e a
popular com mais
sentimentos.
Como tudo no
mundo requer
equilíbrio, me
realizo
plenamente no
estilo Crossover
(estilo que
canto), que é a
mistura da
música popular
cantada com voz
lírica (voz
usada na música
erudita)
mesclada à voz
pop, tendo assim
a flexibilidade
da música
popular com a
"perfeição" da
música erudita,
mas sem tensão e
com total
liberdade, tanto
para quem a
canta quanto
para o público
que a ouve.
Como tenor, como
acha que pode
contribuir
dentro do
movimento
espírita?
Acredito que a
voz tem um poder
incrível de
liberar energia,
transmitindo
exatamente o que
o cantor está
sentindo. Assim,
como um
apaixonado pela
música e pela
vida, só tenho a
transmitir bons
sentimentos a
todos que me
ouvem; nesse
caso acho que
contribuo não só
com o movimento
espírita, mas
com toda a
humanidade.
Dizem que o
peito de um
tenor é uma
caixa que ressoa
a música sublime
se ele assim o
desejar. Abraça
essa teoria?
Sim e não, pelo
fato de todo o
corpo ser
responsável pelo
ressoar do
canto, mas
principalmente a
cabeça, onde se
encontram as
principais
ressonâncias
para uma sublime
apresentação.
Qual tipo de
canções mais
gosta de
interpretar?
As canções que
mais gosto de
interpretar são
as românticas,
que falem de
amor e coisas
boas. Que passem
bastante energia
positiva a todos
que as ouvem.
No livro “Obras
Póstumas” Kardec
nos fala sobre a
música celeste e
a música
espírita. Elas,
em sua opinião,
transitam por um
mesmo caminho?
Acredito que
sim, mas em
níveis
diferentes. A
música celeste é
algo
indescritível
pela sua
perfeição e a
forma que nos
toca. Já a
música espírita
ou qualquer
música deste
mundo é incrível
e maravilhosa,
mas ainda está
caminhando para
tal perfeição.
No romance
psicografado
Pedalando,
de Antonio Luiz
Fontela, vamos
encontrar os
personagens numa
solenidade em um
planeta
evoluído. Ouvem
a música. Não
conseguem
descrevê-la.
Entendem que os
maiores
virtuoses dos
instrumentos
daqui não seriam
lá mais do que
aprendizes. Lá,
não apenas
ouviam o som,
mas também o
viam. A cada
acorde, a cada
nota do solo,
uma cor fluídica
se elevava e
tudo formava uma
combinação
pictórica
inebriante, que
os envolvia.
Sentiam-se como
parte da
harmonia. Eram a
própria música
que vibrava em
suas almas.
Na mesma obra há
uma comunicação
de Rossini na
qual ele diz:
“Um maestro é
uma potência
nesse mundo onde
o prazer
desempenha um
papel tão
importante”. O
prazer de cantar
músicas de
elevado teor
espiritual é, de
fato, uma
propulsão do
espírito ao
encontro das
redes sublimadas
das consciências
livres?
Sim, a emoção e
energia que são
liberadas,
quando se canta,
são incríveis e
indescritíveis.
Como é, para
você, enternecer
corações com sua
voz e as
melodias que
interpreta?
Para mim é um
presente de Deus
poder
acrescentar algo
e de alguma
forma à vida de
outras pessoas,
levando-lhes
bons
sentimentos.
Esta frase: “Sou
algo evolutivo
me adaptando à
vida em busca do
desconhecido”
você escreveu na
capa interna do
seu CD. Fale-nos
sobre ela.
Esta frase faz
parte de um
poema de minha
autoria em que
falo de minha
própria vida,
chamado “Quem
sou?”:
Sou algo
evolutivo me
adaptando à vida
em busca do
desconhecido
Ascendendo
desejos e
sensações de
todos os tipos,
atravessando
obstáculos
invisíveis à
procura de
alguma coisa que
ainda não sei,
Mas vou em
frente por
caminhos que me
guiam através de
sentimentos
incontroláveis
procurando ser
alguém melhor.
Não importa
quanto tempo
dure,
Ou se tenho que
mudar mais uma
vez.
Me levanto, me
fortaleço e
evoluo com meus
erros e acertos.
Quem sabe se
estou no caminho
certo?
Sou apenas uma
nota musical me
adaptando às
pautas da vida
Em busca da
melodia
perfeita.
Este poema foi
escrito em
fevereiro de
2007 e nele falo
sobre minha
evolução, a cada
dia, como ser
humano. Na época
em que o escrevi
não sabia
exatamente o que
estava buscando.
O que me era
desconhecido
naquele momento,
hoje, entendo, é
a Evolução
Espiritual.
Nos versos: “Sou
apenas uma nota
musical me
adaptando às
pautas da vida
em busca da
melodia
perfeita”. Quem
é, em síntese,
Luiz Gamonall?
Difícil falar de
nós mesmos, mas
poderia dizer
que Luiz
Gamonall é
apenas um ser
feliz e em
constante
mudança e
evolução, que
quer o bem de
todos e tudo,
que pensa em
ajudar e levar o
amor através do
seu dom que é a
música.
Você é também
compositor.
Fale-nos das
suas músicas.
Sou um
compositor
romântico e
apaixonado;
todas as minhas
composições
falam de amor de
alguma forma.
Normalmente
minhas
inspirações vêm
de madrugada,
quando consigo
me expressar
melhor e com
tranquilidade.
Há pouco tempo
V. fez um
concerto
lindíssimo para
uma plateia
numerosíssima no
Teatro
Pró-Música, de
Juiz de Fora.
Muitos foram às
lágrimas pela
ternura da sua
voz. Que momento
é esse para um
artista que
busca expandir o
bem nos corações
vizinhos?
É o momento mais
perfeito que um
artista pode
receber.
Primeiro pela
lotação do
teatro, que é um
grande presente
para qualquer
artista ser
valorizado e
conseguir tocar
o coração e a
alma das pessoas
que o
prestigiam.
Entendo ser esse
o maior presente
que o artista
pode ganhar de
Deus. Saber
usá-lo de forma
boa é mais um
presente.
Se existe, qual
a melhor receita
para amar
incondicionalmente?
Incondicionalmente
no amor é algo
que não existe,
pelo fato de que
para se amar
alguém ou alguma
coisa depende
sempre de um
pouco mais para
acontecer. Se
existisse amor
incondicional,
as pessoas não
se separariam
jamais, pois,
independente de
qualquer coisa,
ela ainda
amaria. Mas,
para se amar, a
melhor receita
se chama
respeito em
todos os
aspectos e
momentos. Já o
respeito é algo
incondicional em
qualquer
situação (ou
pelo menos
deveria ser). A
receita para se
amar é eterna,
pois a cada dia
tem que se
colocar uma
pitada nova de
alguma coisa,
como carinho,
atenção, espaço,
compreensão etc.
Amor é um
assunto de que
gosto muito,
então poderia
falar de amor o
dia todo. Mas
para finalizar
digo que, para
que o amor dure,
deve-se
conquistá-lo
todos os dias. O
outro não nos
pertence e
estamos em
constantes
modificações.
Assim, somos
sempre uma
pessoa diferente
a cada dia.
Sente-se capaz
de participar de
forma aguerrida
para o grande
projeto de
consolidação da
música elevada
que se
estabelecerá
neste terceiro
milênio?
Posso dizer que
estou aberto à
evolução que
necessária for.
Isto, para poder
acrescentar e
ser usado pelo
mundo espiritual
ao bem maior. Se
eles assim
acharem que
estou e sou
capaz de
participar,
estarei honrado.
O que dizer ao
jovem espírita
que gosta de
curtir outras
variações
musicais que não
as que
interpreta?
Diria que nunca
fiquem presos a
apenas um estilo
ou qualquer
outra coisa.
Ouçam e conheçam
de tudo e
escolham para
curtir mais o
que acrescente
em sua vida e
lhe traga paz,
amor e
crescimento
espiritual.
Já se apresentou
em outros
países? Qual o
seu projeto para
uma carreira
internacional?
Sim, tive a
oportunidade de
me apresentar em
alguns países:
Itália, Espanha,
Portugal,
Paraguai,
Argentina e
Peru, onde fui
recebido com
muito carinho.
Tenho um projeto
internacional
simultâneo ao
nacional. Hoje a
internet nos
propicia um
contato
internacional
muito grande.
Nosso trabalho
hoje tem um
fã-clube com
pessoas de todo
o mundo, criado
por uma italiana
que reside na
Itália. Chama-se
The Luiz
Gamonall Fan
club, na
rede social
facebook. De
acordo com o
crescimento do
público aqui no
Brasil fica mais
fácil explorar
outros países.
Aceita convites
para participar
de eventos
espíritas em
outras cidades?
Quais os
contatos?
Com o maior
prazer, é uma
honra conhecer
novos horizontes
e pessoas de
outras cidades.
Aliás, amo
viajar e
conhecer novas
pessoas. Para
tanto, deixo
abaixo meus
contatos:
Tel. (32)
8833-0430
Site:
www.LuizGamonall.com
https://www.facebook.com/luizgamonall
https://www.facebook.com/groups/luizgamonallfanclub/
Continue
cantando e
encantando.
Agradecemos sua
gentileza e
pedimos que nos
deixe suas
palavras finais.
Eu é que
agradeço. Desejo
a todos uma
excelente vida.
Amem bastante
para que
consigamos
evoluir e sermos
felizes com
muita música em
nossas vidas.
Fonte: Retirado de o Consolador uma Revista Semanal de Divulgação Espírita
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