Fale-nos um
pouco da sua
relação com o
Espiritismo e
que trabalhos
você executa
atualmente.
Nascemos em lar
espírita
começando a
frequentar,
desde bem jovem,
casas espíritas
de nossa
vizinhança. Como
aluno do Colégio
Militar e depois
cadete da AMAN,
frequentamos
sempre as
atividades que a
Cruzada dos
Militares
Espíritas
promovia – e
ainda promove –
nesses
estabelecimentos
de ensino.
Participamos
também, há quase
30 anos, de
atividades
assistenciais
realizadas no
âmbito espírita,
particularmente
no Abrigo Teresa
de Jesus,
sediado no Rio
de Janeiro (RJ),
e no Lar Fabiano
de Cristo, cujo
âmbito é
nacional.
Como surgiu a
Cruzada dos
Militares
Espíritas?
A Cruzada dos
Militares
Espíritas nasceu
em 10 de
novembro de 1944
com a ideia de
promover a
divulgação da
mensagem
espírita nos
ambientes
militares. Ela
atua sobretudo
por meio de seus
Núcleos (que são
centros
espíritas
situados nas
principais
guarnições do
país) e
Delegados, que
são companheiros
que a
representam nas
organizações
militares em que
servem. Desde
sua fundação
contou ela
sempre com a
colaboração de
civis, inclusive
em postos de
direção.
A que demandas
se destina a
existência de
uma organização
espírita voltada
para os
militares?
A Cruzada e as
outras entidades
especializadas
como ela
(associações de
médicos,
psicólogos,
juristas,
esperantistas e
outras)
apresentam um
tipo de
capilaridade que
facilita a
divulgação da
mensagem
espírita. No
início, há quase
setenta anos, o
militar espírita
que se
transferia para
uma localidade
pequena não
tinha como dar
continuidade à
sua ligação com
o Espiritismo, o
que era, de
alguma sorte,
atendido pela
Cruzada, que
periodicamente
lhe remetia suas
publicações e
material
doutrinário.
Hoje contamos
com a internet.
Por outro lado,
nas áreas de
fronteira, na
região norte,
vários centros
espíritas
surgiram a
partir do
trabalho dos
Delegados da
CME.
A Cruzada dos
Militares
Espíritas
congrega também
policiais
militares e
bombeiros? Como
é essa
experiência?
Sim. Os
policiais
militares desde
os primeiros
tempos. Os
bombeiros, em
número menor,
bem mais tarde.
A experiência é
muito positiva.
O relacionamento
é sempre
fraterno somando
forças no
trabalho do
bem.
Os núcleos da
Cruzada dos
Militares
Espíritas
procuram se
integrar com as
comunidades
próximas às
unidades
militares ou se
restringem à
caserna?
Os Núcleos se
integram
naturalmente nas
comunidades onde
atuam, cujos
integrantes
frequentam suas
reuniões,
podendo,
inclusive,
ocupar postos de
Direção. Eles se
filiam
normalmente, por
meio das
federativas
estaduais, ao
movimento
federativo.
Que mensagem nos
traz Maurício,
como Espírito
que orienta as
atividades da
Cruzada dos
Militares
Espíritas?
Maurício e seus
comandados
integram a
valorosa falange
dos primeiros
seguidores de
Jesus, tendo
sido
sacrificados por
sua lealdade ao
Mestre e à
própria
consciência. O
exemplo de
fidelidade e
coragem que nos
legaram é
incentivo e
roteiro para os
Cruzados de
hoje.
As relações
hierárquicas
típicas dos
militares são
entraves para as
práticas das
reuniões da
Cruzada dos
Militares
Espíritas nos
quartéis?
Não. A Cruzada é
uma sociedade
civil organizada
como as demais
sociedades
espíritas, nas
quais todos
procuram
tratar-se com
estima e
respeito. Nos
quartéis, quando
da realização de
palestras
doutrinárias ou
nas reuniões dos
grupos de Estudo
Doutrinário,
observa-se o
mesmo
procedimento.
Como foi a
experiência da
Cruzada dos
Militares
Espíritas
durante o
período do
chamado Regime
militar, ou
seja, de
1964-1985. O
senhor tem algum
case para
ilustrar?
O movimento de
64
posicionava-se
contra o
Comunismo, que é
uma doutrina
materialista. As
religiões,
assim, pelo que
observamos então
– pois éramos
tenente na época
–, não tiveram
problemas para a
realização de
seus cultos.
Lembramos, a
propósito disso,
de ter
participado,
ainda nos
primeiros dias
de abril de
1964, de uma
atividade do
Núcleo de
Deodoro. Era
sábado e, com
autorização de
nosso
comandante,
comparecemos
fardados, pois
estávamos de
prontidão. Nosso
quartel era
vizinho ao
Núcleo.
Que conselhos o
senhor daria aos
colegas
militares e
espíritas que
não conhecem a
Cruzada?
Conhecemos
muitos militares
espíritas que
são
trabalhadores
dedicados em
nossa seara, sem
que mantenham
laços com a
Cruzada, o que
entendemos como
natural, dada a
dimensão maior
do movimento
espírita como um
todo. Quanto aos
que desejarem
informações
sobre o trabalho
da CME, basta
acessar nosso
site -
www.cme.org.br
-, em que se
acham listados
os nossos
Núcleos. Quem
quiser colaborar
na sede ou em
algum deles,
pode
aproximar-se,
pois há
trabalhos para
todos.
FONTE: RETIRDO DE O CONSOLADOR UMA REVISTA DE DIVULGAÇÃO ESPÍRITA
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