Nesta
entrevista,
Baronceli nos
fala sobre o
movimento
espírita na
cidade e sobre a
árdua luta para
manutenção do
Hospital.
Situe, para
conhecimento do
leitor, a cidade
de Loanda em
seus aspectos
demográfico,
geográfico,
social e
econômico.
Loanda é um
município do
estado do
Paraná. Sua
população
estimada em 2014
é de 22.448
habitantes. A
cidade é polo
nacional na
fabricação de
torneiras e uma
das cidades mais
importantes na
região do
extremo noroeste
paranaense.
Quem foram os
pioneiros do
movimento
espírita na
cidade? E como
surgiu o
primeiro centro
espírita?
Em 1950, André
Fernandes e
família deixaram
uma próspera
propriedade de
café em
Rolândia,
adquirindo uma
gleba de terras
que, na época,
pertencia ao
município de
Paranavaí (PR).
Junto a
agregados,
formou a Fazenda
Belo Horizonte,
sendo assim um
dos fundadores
de Loanda (PR).
Foi também um
dos fundadores,
juntamente com
Narciso Daviz,
das obras "Nosso
Lar" em Loanda,
que compreendem:
Centro Espírita
Nosso Lar em
1953, Albergue
Noturno Nosso
Lar em 1967, e o
Hospital
Psiquiátrico
Nosso Lar em
1970,
instituições
que, sem dúvida,
vêm prestando
relevantes
atendimentos
sociais.
Não podemos
deixar de
mencionar o Sr.
Pedro Leiva
Andreo, hoje com
82 anos, que
teve grande
importância nas
obras “Nosso
Lar”. André
Fernandes
desencarnou com
81 anos de
idade, no dia 7
de junho de
1974, e teve sua
existência
sempre na luta,
na seara do Bem.
Não há na cidade
outro centro
espírita.
Como e quando
surgiu o
Hospital
Psiquiátrico?
A ideia de
formar um
Hospital
Psiquiátrico em
Loanda surgiu de
uma pessoa
simpatizante da
Doutrina
Espírita, o
médico, clínico
geral, Dr. Ugo
Accorsi, que foi
por várias vezes
prefeito da
cidade. Ao
participar da
fundação do
Albergue Noturno
Nosso Lar,
juntamente com
representantes
espíritas da
região e de
Curitiba,
sugeriu que no
futuro próximo
se transformasse
o Albergue em
Hospital
Psiquiátrico. A
proposta foi
levada pelo
presidente
Narciso Daviz à
diretoria e
aprovada. Vale
dizer que
Albergue e
Hospital fazem
parte do
Movimento
Espírita de
Loanda. O
Hospital é um
departamento do
Albergue Noturno
Nosso Lar, que
tem
personalidade
jurídica e
independente do
Centro. Atende
dependentes de
álcool, drogas e
psicóticos, com
idade acima de
18 anos.
De suas
experiências e
lembranças do
trabalho
espírita na
cidade há algo
marcante que
gostaria de
relatar?
Vários momentos
nos marcaram,
como a criação
da Casa da Sopa
André Fernandes
em 1977 e
outras, mas
tenho que
registrar a
lembrança do meu
bisavô André
Fernandes
(pioneiro) dando
aula de
Evangelização da
qual
participava.
Quais as
principais
dificuldades
enfrentadas
atualmente pelo
Hospital?
A principal é
financeira. As
diárias pagas
pelo SUS –
Sistema Único de
Saúde – não
cobrem os custos
da instituição.
Lembro que os
serviços
ofertados pelo
Hospital são:
psiquiatria,
psicologia,
terapia
ocupacional,
farmácia,
enfermeiros 24
horas,
nutricionista,
além do serviço
de apoio:
limpeza,
manutenção,
cozinheiras,
lavanderias,
vigias e 5
refeições
diárias (café da
manhã, almoço,
lanche da tarde,
jantar e ceia).
Os medicamentos
prescritos e
administrados
são incluídos no
serviço. O SUS
tem coberto
apenas 50% das
despesas. Os
outros 50% vêm
de ajuda do
Governo do
Estado do
Paraná,
Prefeituras,
campanhas e
doações para a
conta fechar. Já
quase fechamos
várias vezes por
falta de
recursos, pois
faz mais de uma
década que não
há alteração das
diárias pagas
pelo SUS.
Quantos internos
e quantos
funcionários há
no Hospital?
Atendemos
atualmente com
48 leitos.
Quando foi
construído, o
Hospital tinha
convênio com a
Fundação Caetano
Munhoz da Rocha
e contava com 36
leitos. Temos 43
funcionários.
O Hospital paga
aluguel?
Não. Ele tem
sede própria.
Como se realiza
a integração da
Casa Espírita
com suas
atividades e o
trabalho do
Hospital?
O tratamento
espiritual é
feito duas vezes
por semana,
compreendendo a
explanação do
Evangelho,
passes, água
fluidificada e
encaminhamento
para reunião
mediúnica dos
casos mais
complicados. Os
trabalhadores do
Centro Espírita
Nosso Lar estão
bem vinculados
ao Hospital.
Suas palavras
finais.
É uma honra
poder participar
como tarefeiro
de uma obra tão
importante como
as Instituições
“Nosso Lar” de
Loanda.
Desejamos apenas
agradecer o
apoio de tantos
companheiros em
nossa jornada
evolutiva. A
todos, o nosso
muito obrigado.
Fonte: Retirado de o Consolador uma Revista Semanal de Divulgação Espírita
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