Transmitido aos
domingos, das
12h às 12h50,
com o objetivo
de divulgar a
doutrina e o
movimento de
unificação
espírita
paulista, o
programa conta
com cerca de 30
pessoas que se
dividem nos
programas
semanais, em
cuja pauta
padrão se
inserem
comentários
acerca de temas
atuais no quadro
intitulado
“Espiritismo
Hoje”, as obras
básicas
codificadas por
Allan Kardec e
outros clássicos
do Espiritismo
(em “Estude e
Viva”), além de
assuntos
suscitados pelos
ouvintes.
Entre os mais
antigos ouvintes
que acompanham o
Momento
Espírita,
destaque para as
mulheres que,
como não poderia
deixar de ser,
se identificam
com a
coordenadora da
equipe, Suzete
Amorim, que nos
concedeu a
entrevista
seguinte.
Suzete, fale-nos
um pouco sobre o
início do
programa.
Em 5 de março de
1972, Zulmiro
Santos Silva e
mais dois
companheiros,
Jair e Neusa,
todos da USE
Distrital
Jabaquara,
assumiram a
responsabilidade
de elaborar e
fazer o
programa, em
conjunto com a
USE Regional SP.
No começo
foram-nos dados
25 minutos, às
6h30 da manhã do
domingo, e
Zulmiro saía com
seu gravador de
fita cassete
(muito moderno à
época) colhendo
algumas
entrevistas que
eram
apresentadas no
programa,
juntamente com a
leitura de
mensagens e
páginas de
livros. A rádio
nessa época
usava gravadores
de rolo e sua
potência era de
150 Watts, o
suficiente para
o programa
chegar a
ouvintes da
cidade de
Guarulhos.
Como você e seu
esposo, Antonio
Carlos Amorim,
começaram a
integrar essa
equipe?
Em agosto de
1975, Zulmiro
ficou doente e a
rádio aumentou o
tempo do
programa para 50
minutos. Ele não
teve condições
de continuar e
André Luiz
Bertan, nosso
amigo de
mocidade, que
tinha
participado de
alguns
programas,
conversou comigo
e com o Amorim –
que estudava e
trabalhava com
eletrônica e
sonorização –
para assumirmos.
Não pensamos
duas vezes para
aceitar o
desafio: éramos
jovens e
entusiastas.
Quatro meses
depois nosso
companheiro,
também da
Mocidade, Mauro
Spínola, se
juntou ao grupo,
que reunia então
um total de 6
jovens. E lá se
vão 40 anos!
Imaginamos que
há 40 anos não
havia tantos
recursos para
facilitar a
tarefa de vocês
e, além do mais,
o Brasil estava
enfrentando a
censura imposta
pela ditadura.
Como era a
rotina dessa
jovem e
empenhada equipe
em tempos tão
hostis à
liberdade de
expressão?
O trabalho era
imenso, época de
censura
acirrada.
Tínhamos que
datilografar
tudo o que seria
dito no programa
em 9 laudas.
Usávamos uma
máquina de
escrever
portátil e um
papel bem fino,
de cor amarela,
com carbono, no
qual não podia
haver rasuras.
O texto era
entregue para
ser aprovado
pela censura e
depois de 15
dias voltava.
Somente após
esse retorno
podíamos gravar,
sem alterar uma
vírgula sequer,
pois a rádio era
obrigada a
deixar tudo
gravado à
disposição da
fiscalização,
caso houvesse
alguma dúvida
por parte dos
censores.
Havia um local
de trabalho ou
vocês
desenvolviam a
tarefa em algum
Centro Espírita
ou na própria
rádio?
Nós nos
reuníamos toda
sexta-feira em
um quarto e
cozinha que meus
pais tinham
disponível na
Lapa (zona oeste
de São Paulo).
Iniciávamos
nosso trabalho
às 20 horas e
terminávamos por
volta das 10
horas da manhã
do sábado.
Passávamos a
noite toda
elaborando o
programa e
decidindo as
pautas e
datilografando.
A próxima etapa
era gravar os
programas já
aprovados para
que o Amorim
levasse a fita
de rolo para a
rádio, que o
transmitiria no
domingo ao
meio-dia. Foram
muitos anos
nesse esquema.
Vocês possuíam
algum
patrocinador ou
a rádio
disponibilizava
os equipamentos
para a gravação?
Não tínhamos
patrocinadores.
O Amorim tinha
gravador de
rolo, igual ao
da rádio, o que
facilitava nossa
gravação.
Qual o papel do
ouvinte ao longo
desses 43 anos,
40 dos quais com
a participação
de vocês três,
provenientes da
Mocidade?
Ao longo do
tempo a rádio
aumentou a
potência para
5.000 watts e
depois de alguns
anos para
10.000, o que
foi motivo de
muita
comemoração,
pois nossa
audiência
aumentou muito.
Soma-se a isso o
final da
ditadura,
dando-nos mais
liberdade e a
possibilidade de
fazer o programa
ao vivo.
Como o programa
tornou-se
acessível para
outros estados
fora de São
Paulo?
Com a
inauguração da
antena
parabólica.
Transmitimos
pela primeira
vez ao vivo um
Congresso
Espírita
realizado em
Goiânia, com a
presença dos
diretores da
Rádio (Jether
Jacomini e Osmar
Marsili), minha
e do Amorim.
Foi muita emoção
poder contar com
a participação
dos ouvintes de
outros estados
brasileiros.
Cabe salientar
que as
participações,
até então, eram
através de
cartas e a
partir desse
momento pudemos
incluir a
participação dos
ouvintes via
telefone e ouvir
seus
questionamentos,
comentários e,
acima de tudo, o
carinho deles
pelo programa e
pela rádio.
Posteriormente
passamos a
contar com a
ajuda da
internet, que
possibilita
levar nossa
mensagem para o
mundo todo.
Hoje os ouvintes
podem participar
postando
opiniões e
respondendo às
nossas enquetes
semanais através
da página do
Facebok
denominada
Programa Momento
Espírita.
Houve mudanças
também na equipe
do programa?
Sim, sempre
contamos com
equipes que ao
longo dos anos,
por motivos
particulares,
iam se
modificando.
Amorim, Mauro e
eu é que estamos
– e permanecemos
– desde o
início. Hoje
contamos com uma
grande equipe
com cerca de 30
pessoas, todas
conhecedoras
profundas da
doutrina e
integrantes do
movimento de
unificação.
Tenho certeza
que a cada
domingo milhares
de pessoas nos
ouvem e que
fazemos a
diferença na
vida de muita
gente.
Sobre o que
trata o
programa?
O grande
destaque é a
Doutrina
Espírita, sempre
pautada na base
deixada pelo
Codificador
Allan Kardec.
Temos duas
seções fixas.
Uma, chamada
“Espiritismo
Hoje”, trata de
assuntos atuais
à luz da
Doutrina
Espírita. A
outra, “Estude e
Viva”, estuda de
forma objetiva
as obras
kardequianas e
os clássicos
doutrinários.
Também damos
notícias do
movimento
espírita e
tratamos de
assuntos
sugeridos pelos
ouvintes e
internautas – já
que a
comunicação
entre nós e
nosso público
agora se dá pelo
telefone e,
também, pelo
Facebook oficial
do programa.(1)
Fale-nos sobre a
campanha de
incentivo à
leitura.
Começamos essa
campanha em
2014, com vistas
a promover a
leitura para
adultos e
crianças. Todo
domingo
escolhemos um
livro de
qualidade
(espírita ou
não) para
indicar aos
nossos ouvintes.
Aproveitamos,
também, para
reforçar a ideia
de que é preciso
ler para as
crianças, para
que elas tenham
contato com o
livro e, quando
alfabetizadas,
possam ser –
tomara –
leitoras.
Deixe uma
mensagem final
para nossos
leitores.
Ao longo desses
43 anos, o
Momento Espírita
tem levado a
mensagem
espírita a
muitas pessoas,
muitas delas nos
contatam e
afirmam que
mudaram suas
vidas em virtude
do que ouviram
no programa.
Isso só é
possível porque
há um trabalho
sério e uma
equipe
fantástica que
dispensa seus
domingos para
passar algo de
positivo a
pessoas que nem
sequer conhecem.
Porém, tenho
certeza, todos
fazem o trabalho
com alegria e
prazer, em prol
da Doutrina.
Que continuemos
firmes nesse
propósito!
(1)
Para sintonizar
o programa aos
domingos, das
12h às 12h50,
pela Rede Boa
Nova de Rádio:
1450 AM (Grande
São Paulo), 1080
AM (Sorocaba e
região), 1160 AM
(Mococa)
Rádio Cidade:
870 AM (algumas
cidades da Bahia
e Pernambuco),
A Rádio Boa Nova
pode ser
sintonizada
também via
antena
parabólica.
No Facebook eis
o link do
programa:
Fonte: Retirado em inteiro teor da Revista Semanal de Divulgação Espírita intitulada o CONSOLADOR
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