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Título
do
livro:
A
Vida
Viaja na
Luz
Autor:
Inácio
Ferreira
Médium:
Carlos
A.
Baccelli
Editora:
LEEPP
Ao longo
desta
análise,
deveriam
ser
colocados
entre
aspas os
nomes
dos
Espíritos
citados,
pelo
fato de
suas
palavras
e
atitudes
não nos
convencerem
da
identidade
a eles
atribuída.
Entretanto,
para
facilitar
a
redação
deste
texto,
|
deixamos
de fazê-lo. |
Os
textos
do livro
serão
transcritos
em
negrito,
as
páginas,
entre
parênteses.
Esse
Espírito,
que se
fez
passar
pelo Dr.
Inácio
Ferreira,
depois
de
achincalhar
a
mediunidade,
de
atacar
os
espíritas,
de
inventar
materialização
a partir
de
ectoplasma
haurido
de um
cadáver
de um
bêbado,
de
inventar
reencarnação
no Mundo
Espiritual,
de usar
uma
linguagem
absolutamente
incompatível
com a
sobriedade,
a
dignidade
e a
nobreza
da
Doutrina
Espírita,
agora
coloca-se,
em
linguajar
bem mais
moderado,
como
defensor
de Chico
Xavier,
esquecido
de que
no livro
“Chico
Xavier
Responde”
colocou
na boca
do
médium
desencarnado
uma
clara
defesa
do
aborto.
Se esse
Espírito
fosse
realmente
o
ilustre
Dr.
Inácio
Ferreira,
deveria
valorizar
a obra
do
médium
Chico
Xavier,
estudando
e
desdobrando
as teses
apresentadas
por
André
Luiz,
que se
apresentam
como um
complemento
da
Codificação.
Mas,
numa
tentativa
de
valorizar
o
trabalho
equivocado
do
médium
que lhe
serve de
instrumento,
primeiro
defende
a tese
de que
Chico
Xavier
foi
Kardec,
e agora
apresenta
Baccelli
como
médium
de
Chico,
logo do
próprio
Kardec,
que
estaria
voltando
para
completar
a
Codificação.
– Mas
ninguém
pode
querer
impor
silêncio
ao
Chico!
-,
exclamou,
indignado,
o fiel
amigo.
– É uma
tentativa
de
lançar
ao
descrédito
toda a
mensagem
dele,
via
mediúnica.
Veja:
contestam
alguns
livros
de sua
lavra
psicográfica
– tendo
o
visível
intuito
de que
não
sejam
admitidos
por
complemento
da
Codificação...
(22)
Quem
estuda a
obra de
André
Luiz tem
uma
visão
clara de
como se
organiza
a vida
no Mundo
Espiritual.
O Dr.
Inácio
nunca se
refere à
bela
organização
delineada
na
comunidade
“Nosso
Lar” e
noutras
colônias,
em que
são
ressaltados
os
valores
espirituais,
a
vivência
evangélica,
a ordem,
a
seriedade,
o
merecimento,
a
obediência.
– No
outro
dia, bem
cedo, na
companhia
de
Modesta
e Manoel
Roberto,
fui ver,
nas
imediações
do
Hospital,
uma
chácara
que
conseguíramos
em
regime
de
comodato,
para a
realização
de velho
sonho.
(25)
– O
Hospital
dos
médiuns
será a
instituição
mantenedora
da
Sociedade
Protetora
dos
Animais
“Francisco
de
Assis”!
– Uma
Sociedade
Protetora
dos
Animais
no Além!
(27)
– O
Hospital
dos
Médiuns,
do ponto
de vista
jurídico,
responderá
pela
Sociedade
“Francisco
de
Assis”.
(30)
O Dr.
Inácio,
em seu
consultório,
encontrou
sobre
sua mesa
uma
carta
confidencial
de Chico
Xavier,
como se
houvesse
lá um
serviço
postal.
(33/35)
Essa,
uma das
inúmeras
tentativas
que faz
no
sentido
de
tornar a
vida
espiritual
semelhante
à vivida
na
Terra,
numa
tentativa
clara de
minimizar
as
revelações
de André
Luiz.
Depois,
recebe
um homem
que
havia
sido
condenado
a 200
anos de
prisão
no Mundo
Espiritual,
e que
havia
obtido
licença
do juiz
para uma
consulta:
– Jamais
poderia
supor
que, na
Vida de
Além-Túmulo,
a
justiça
funcionasse
como
funciona
na
Terra.
Assim
que me
vi fora
do
corpo,
deram-me
voz de
prisão e
fui para
uma
penitenciária,
onde
fiquei
aguardando
julgamento.
(49)
Observe-se
a
continuação
do
relato
do
madeireiro
desencarnado:
–
Conforme
lhe
disse,
assim
que me
vi fora
do corpo
– tive
oportunidade
de ver
meu
corpo
imóvel,
caído no
banheiro
de uma
das
minhas
propriedades
-, dois
detetives
se
aproximaram
e me
perguntaram
se eu
era o
dono
daquelas
propriedades
e da
serraria.
– Os
detetives
pronunciaram
o meu
nome
completo.
Noutras
circunstâncias,
como
fugi
inúmeras
vezes,
eu teria
fugido,
mas...
Eu tinha
inúmeros
contatos
na
polícia,
Doutor!
(50)
–
Conforme
lhe
disse,
deram-me
voz de
prisão e
me
algemaram.
– E você
foi
algemado?
–
Conduzido
na
viatura?
–
Levaram-me
para o
presídio.
Tiraram-me
as
algemas,
um
médico
me
examinou
e
prescreveu
alguns
medicamentos.
Devo ter
dormido
uns
quatro
ou cinco
dias
seguidos...
(51)
A
estória
prossegue,
dando-nos
a
impressão
de que o
Dr.
Inácio
tornou-se
um
novelista...
Mais
adiante,
diz que
foi a
Uberaba
e, tendo
materializado
um
ouvido e
um olho
(precisaria?),
ouviu
umas
conversas
de
espíritas
e
presenciou
algumas
cenas
triviais,
cuja
descrição,
como
muitas
outras,
serve
apenas
para
encher
páginas
de
livros.
(58)
Lecionando
bons
costumes,
diz que
leu nos
jornais
(sic) da
localidade
onde
habita:
– Você
leu, nos
jornais,
a lei
que foi
aprovada
recentemente?
– Quem
for pego
jogando
papel no
chão, ou
cuspindo,
além de
ser
multado,
será
condenado
a um mês
de
serviços
comunitários!
(60)
Difícil
de
comentar
é a
afirmativa
da
possibilidade
de
afogamento
seguido
de morte
na
colônia
“Nosso
Lar”.
Depois
da
morte, o
sepultamento,
ou a
cremação.
– Será
que, sem
saber
nadar,
se algum
de nós
cair nas
águas do
Rio
Azul,
poderá
se
afogar e
morrer?
Doutor,
se o
corpo
espiritual
é dotado
de
sistema
pulmonar
e tudo
mais, se
continuamos
a inflar
os
pulmões
de
oxigênio,
a
resposta
é
lógica:
sim,
poderá
se
afogar e
morrer
!
(87)
E não só
morre,
mas é
enterrado
ou
cremado...
– Morre
e é
enterrado!
Vai para
o
cemitério,
ou, como
neste
Outro
Lado, é
mais
comum,
para o
forno
crematório!
(119)
Mas como
pode
haver
desencarnação
se não
há
carne?
Apesar
do
absurdo,
o Dr.
Inácio
prossegue
no seu
raciocínio
falacioso,
aproveitando
para
reafirmar
sua tese
da
reencarnação
no Mundo
Espiritual,
partindo
de um
sofisma
criado
por ele
próprio:
– Minha
gente,
reflita
comigo.
Se do
Lado de
Cá se
morre,
ou seja,
desencarna-se,
o que
impede
que
também
se
reencarne?
Paulo,
na sua
Primeira
Carta
aos
Coríntios
(15:
40), faz
distinção
entre
corpo
carnal e
corpo
espiritual,
demonstrando
que este
sobrevive
à morte:
“E há
corpos
celestes
e corpos
terrestres
(...)”.
Mas, O
Dr.
Inácio
cita a
passagem
apenas
pela
metade,
tentando
confundir
o
leitor:
– “...
também
há
corpos
celestiais”!
(121)
Continuando
na sua
campanha
de
disseminar
descontentamento
no meio
espírita,
faz
acusações,
como se
houvesse
algum
órgão
censor:
– Sim.
Sob o
pretexto,
por
exemplo,
de
pureza
doutrinária,
em
substituição
à
fraternidade,
a
intolerância
vem
sendo
adotada.
Estamos
quase a
repetir
os erros
cometidos
pela
Igreja,
no campo
da
censura
às novas
ideias
com o
cerceamento
da
liberdade
de
expressão.
(133)
Logo
adiante,
o Dr.
Odilon
afirma
justamente
o
contrário,
ou
estará
fazendo
um
mea
culpa
em nome
do Dr.
Inácio e
advertindo
o seu
médium?:
– É
sumamente
desagradável
falarmos,
mas os
médiuns,
notadamente
os
psicógrafos,
deveriam
ser mais
comedidos.
Nem todo
médium
nasceu
para
escrever
sob a
inspiração
dos
espíritos.
Em
consequência,
pressionados
pelas
editoras,
os
médiuns
perdem
todo o
critério
de
avaliação
quanto
ao que
se
refere à
conveniência
ou não
de se
publicar
esta ou
aquela
obra de
sua
coautoria.
(137)
No cap.
19, o
Dr.
Inácio
faz uma
interpretação
curiosa
da
Parábola
do Filho
Pródigo,
na qual
se
aventura
como
teólogo
e produz
afirmativas
como
esta, em
que nega
a
encarnação
como
necessidade
evolutiva,
quando
diz que
só
depois
de o
filho
ter
deixado
a casa
paterna
é que
necessitou
da
reencarnação
(será
esta uma
nova
versão
da
“queda
dos
anjos”?):
– Em
tradução
metafísica,
deixando
o Plano
Etéreo,
ele
reencarna!
Mergulha,
de
cabeça,
na
experiência
da
reencarnação!
Até
então,
ele não
possuía
carma,
estava
isento!
(158)
Note-se
como é
“terreno”
o plano
espiritual
em que o
Dr.
Inácio
se
situa:
– Meu
caro,
por onde
é que
você
andava?
–
perguntei
ao
Cássio.
– Por
aí,
Doutor.
– O que
está
fazendo
agora?
–
Lecionando
e
cuidando
da
Clínica.
– Você
abriu
uma
clínica
por
aqui?
(178)
Na obra
“Nosso
Lar” há
uma
observação
de
Lísias a
André
Luiz, no
sentido
de serem
evitados
comentários
que não
sejam
construtivos.
No livro
“Fundação
Emmanuel”,
o Dr.
Inácio
faz
referência
a um
jornal,
intitulado
“Resenha”,
que
circularia
naquela
região,
veiculando
comentários
feitos
na
Terra.
Ao tomar
conhecimento
de
apreciações
que lhe
foram
desagradáveis,
o Dr.
Inácio
dá uma
banana
aos
espíritas
que não
concordam
com suas
teses.
No livro
em
estudo,
há uma
afirmação
equivocada,
afirmando
a
existência
de
imprensa
na
colônia
“Nosso
Lar”, o
que não
é
verdade:
– A
lembrança
de
Altiva é
interessante,
Inácio -
falou
Modesta
-, o
pessoal
que lê a
obra
“Nosso
Lar”
pouco
comenta
sobre a
Imprensa
no Mundo
Espiritual.
(179)
O Dr.
Inácio,
sempre
diminuindo
o valor
dos
espíritas,
e
dando-se
importância...
–
Ultimamente,
muitos
espíritas
recém-desencarnados
marcam
consulta
comigo.
Não que
estejam
propriamente
doentes,
mas
desejam
ajustar
certas
ideias
em
conflito
com a
realidade
da Vida,
ante a
qual se
deparam
na
existência
de
Além-Túmulo.
(184)
Esse
Espírito,
que se
diz Dr.
Inácio,
moderou
um tanto
os
ataques
aos
espíritas
e as
piadas
que
fazia em
seus
livros
anteriores,
mas não
as
deixou
de todo,
como se
vê
nesses
diálogos
que diz
ter tido
com um
espírita
recém-desencarnado:
– Você
não
podia:
sorrir
era
contra a
pureza
doutrinária!
Aliás,
para
muitos
espíritas,
fumar é
mais
contra a
pureza
da
Doutrina
do que
contra a
pureza
dos
pulmões!
O amigo
agora
passou a
rir
sonoramente.
– Eu
mesmo,
Doutor –
ponderou
–, já
combati
muito o
hábito
de se
comer
carne...
Chego a
este
Outro
Lado e
percebo
que
certos
espíritos...
–
Espíritos
,
não –
homens!
–
consertei.
–
Correto.
Percebo
que
muitos
homens
estão se
desabituando
aos
poucos...
(189)
Prosseguindo
a
conversa,
passou a
entrevistar
o
Espírito:
– Você é
espírita?
– Sim,
há mais
de 40
anos...
–
Desencarnou,
e daí?
– Não
aconteceu
absolutamente
nada.
Estou na
mesma.
– Não
volitou?
– Mal me
arrastei
e estou
me
arrastando...
– Come e
dorme?
– E bebo
água!
– Faz
sexo?
– Faço!
– Com o
que?
–
Doutor,
o senhor
é louco!
–
Responda.
– Com as
coisas,
ué!
– Você é
espírito
vampiro?
– Não,
eu sou
normal.
– Então,
você faz
sexo é
com
desencarnado?
– É!
Pensou o
quê? Eu
não sou
íncubo...
– Tem
orgasmo?...
Bem,
desculpem-me,
mas o
restante
da
entrevista
é
proibido
para
menores
e não
quero
poluir a
cabeça
desse
nosso
pessoal
beato,
que
considera
pecado
ter
orgasmo
num só
lado da
Vida,
quanto
mais nos
Dois!
(190/191)
Numa
entrevista
concedida
a um
jornal
(sic) da
colônia
espiritual
onde se
encontrava,
o Dr.
Inácio
declara
algo
inusitado,
como o
fato de
um
Espírito
desencarnado
normalmente
não se
lembrar
de sua
última
encarnação:
– Se
estamos
vindo da
Terra –
de sua
contraparte
mais
materializada
–, por
que não
nos
lembramos?
– Pela
mesma
razão
que, ao
reencarnar,
o
espírito
não se
recorda
de onde
vem!
(202)
Imaginemos
a
confusão
que
causa em
alguém
que se
está
iniciando
no
Espiritismo,
ao ter
conhecimento
de que
um
Espírito,
que se
diz
médico e
orientador
de
grupos
espirituais,
se
apresente
resfriado,
com o
nariz
escorrendo:
Percebendo
que eu
estava
com o
nariz
escorrendo,
o
companheiro
me
perguntou:
– O
senhor
se
resfriou?
– Não
sei –
respondi
– se é a
“suína”,
com a
qual o
pessoal
anda
preocupado
lá
embaixo,
mas
estou
todo
entupido,
a cabeça
pesada,
respirando
mal...
(209)
Em toda
a obra
de André
Luiz não
há nem
um
relato
de
doença
em
Espíritos
trabalhadores
do Bem.
O Dr.
Inácio
apresenta
essa
novidade.
– Logo
pela
manhã
daquela
quinta-feira,
depois
de me
ter
afastado
do
consultório
por três
dias
consecutivos,
a fim de
me
recuperar
de um
forte
resfriado,
Nelson
compareceu
para
mais uma
consulta.
(227)
A
informação
abaixo é
errada,
pois
“Nosso
Lar” é
apenas
uma dos
milhares
de
cidades
espirituais.
De fato,
não se
pode
fazer
paralelo
com a
paródia
apresentada
na obra:
– A
referida
colônia
é uma
organização
sui
generis
!
Não se
tem
paralelo
a
respeito
em
nenhuma
outra
obra de
cunho
espiritualista,
transmitida
para a
Terra
mediunicamente.
(213)
O
capítulo
28 é
dedicado
a uma
crítica
ao
Movimento
Espírita
Unificado,
e aos
espíritas
em
geral.
Depois
de muito
se
queixar
do
trabalho
que tem
como
Diretor-Médico
de um
hospital,
recusa-se
a
filiá-lo
a uma
entidade
de
unificação
existente
no Mundo
Espiritual.
Seu
interlocutor,
buscando
aproximar-se
do Dr.
Inácio,
se
declara,
também
ele,
maçom
(sic).
Imaginando
que seu
interlocutor
falasse
em
intervenção
no
hospital,
o Dr.
Inácio
não
perdeu a
oportunidade
para uma
bravata:
– Não é
meu
receio,
porque,
primeiro,
vocês
teriam
que
passar
por cima
de mim.
Enquanto
eu
estiver
na
direção
deste
nosocômio,
exceto
Jesus e
os
Maiores
que nos
orientam,
ninguém
se
intromete.
Nesse
sentido,
se fosse
o caso,
não
hesitaria
em
recorrer
aos
préstimos
de um
bom
advogado!
(240)
Parece
que o
Dr.
Inácio
quer
materializar
o Mundo
Espiritual
a ponto
de
torná-lo
inverossímil...
Finalmente,
depois
de muita
conversa,
o Dr.
Inácio
sai-se
com
esta,
como se
circulasse
dinheiro
no Mundo
Espiritual:
– Vocês
podem
contar
conosco,
inclusive,
se for o
caso,
com
dinheiro
para as
promoções
em
pauta,
mas não
nos
filiaremos.
(243)
E
continua
com seus
ataques
à
Unificação:
– Quase
me
arrisquei
a dizer
que nos
moldes
com que
vem
sendo
conduzido,
o
Movimento
de
Unificação
é mais
prejudicial
do que
útil ao
Espiritismo.
(244)
Usa todo
o
capítulo
29 para
descrever
uma
conversa
informal
com a
cozinheira
do
sanatório,
o que dá
ao
leitor
ideia de
que o
hospital
está no
plano
físico...
Além do
mais,
diz que
a
cozinheira
chegara
com a
criança
pela
mão, com
fome!
Não é
isso que
se
aprende
com
André
Luiz,
notadamente
nas
obras
“Entre a
Terra e
o Céu” e
“Libertação”,
relativamente
a
crianças
desencarnadas.
–
Lembra-se
de como
cheguei
aqui,
trazendo
o
Benedito
pela
mão?
Medrosa
e
retraída
feito
uma
cadelinha
assustada...
O senhor
me
olhou,
brincou
com o
Benedito,
perguntou
se
estávamos
com fome
e nos
trouxe
justamente
para cá,
a
Cozinha
– o
senhor
mesmo
fez o
prato do
Benedito!...
– ...
que
comeu
feito um
leão!
–
Estávamos
com
fome,
Doutor.
A
maioria
das
pessoas
não sabe
o que é
passar
fome e
chegar
escorraçada
do
mundo...
(260)
Algo que
não
encontra
explicação
no livro
é o fato
de o Dr.
Inácio
receber
cartas
de
encarnados
e de
desencarnados,
como
essa que
ele
responde
abaixo:
“Confesso
que as
suas
obras
muito me
têm
auxiliado
a
entender
o que
André
Luiz
escreveu
através
de Chico
Xavier.
(...) E
o senhor
é o
único
espírito
a
defender
a obra
mediúnica
de Chico
Xavier –
Não
generalizando,
a
maioria
não diz
uma
única
palavra,
a não
ser para
exaltar
a si
mesma!
Receba
meu
abraço e
bola
para a
frente!”
(264/265)
Respondendo
a carta
recebida,
ataca
médiuns
e o
Movimento
Unificador:
– O
Espiritismo,
meu
amigo,
para
muita
gente,
hoje
virou
meio de
vida. A
inquisição
que os
“cardeais”
do
movimento
vêm
fazendo
aos
novos
médiuns,
no
fundo, é
luta
pelo
poder e
– pasme!
– pelo
vil
metal!
Muitos
deles,
sem que
percebam,
estão
sendo
usados
pelos
lobos
disfarçados
de
ovelhas...
(268)
Mais
adiante,
continuando
a
resposta
à
“carta”
que
recebera,
faz uma
defesa
da obra
mediúnica
de Chico
Xavier,
como se
aquela
que ele
recebeu
quando
encarnado,
como
médium,
estivesse
sendo
contestada.
Mas a
defesa
que ele
faz é
dessas
obras
pretensamente
atribuídas
ao Chico
desencarnado,
recebidas
por
Baccelli,
materializadas
em
aberrações
como
“Chico
Xavier
Responde”:
– Mas,
antes do
ponto-final,
preciso
lhe
dizer
mais uma
coisa:
não
duvide
de que,
no
próprio
meio
espírita,
haja uma
conspiração
contra
as obras
mediúnicas
da lavra
de Chico
Xavier!
(270)
No final
de sua
resposta,
retoma
aquele
linguajar
rasteiro
dos seus
primeiros
livros:
– Seja
você
mesmo e,
conforme
disse,
”bola
para a
frente”!
Permita-me
apenas
pluralizar
a
palavra
“bola”,
concitando-o
a ser
digno
representante
dos que,
sem
serem
machistas,
são
machos o
suficiente
para
dizerem
o que
pensam.
P.S: No
que se
refere à
coragem
do
testemunho
e
verdadeiro
amor à
Causa,
não
posso
deixar
de
reconhecer
que, por
seus
ovários,
muitas
mulheres
possuem
mais
“bolas”
do que
muitos
homens!
(271)
Depois
de
falar,
noutras
obras,
em
reencarnação
no Mundo
Espiritual,
Dr.
Inácio
agora
tenta
amenizar
a tese,
misturando
reencarnação
com
materialização,
argumentando
com o
que
relata
André
Luiz em
“Nosso
Lar” e
em
“Libertação”:
– Em
suas
bases o
fenômeno
é o
mesmo; o
que
difere é
o
processo...
daí,
en
passant,
nós
podermos
conjeturar
em torno
da
reencarnação
nos
diferentes
planos
espirituais
da Vida,
sem que,
para
tanto, o
sexo
concorra,
nos
padrões
com que
concorre
na
Terra,
noutros
mundos e
dimensões.
(287)
No cap.
36 há
uma
curiosa
carta
que
Chico,
desencarnado,
teria
dirigido
ao Dr.
Inácio.
Sempre a
tentativa
do Dr.
Inácio
de
“materializar”
o Mundo
Espiritual.
(314)
Sempre
atacando
e
ridicularizando
os
espíritas
que
estudam
e que
seguem
uma
linha
moral:
– Os
ortodoxos,
no campo
da
Filosofia
Espírita,
estão
impedindo
o nosso
povo de
pensar –
estão
cometendo
um
crime!
Essa
turma de
clérigos
reencarnados,
que se
cansou
de
ajoelhar,
mas não
de ter
os
outros
ajoelhados
diante
de si,
acha que
a Lei de
Causa e
Efeito
funciona
sozinha!
Se fosse
assim,
também a
Lei da
Reencarnação
também
funcionaria
– não
haveria
necessidade
nem de
relação
sexual!
O
espermatozoide
– eu não
sei por
que
orifício
–,
sairia
sozinho
perguntando
em cada
esquina:
– “Vocês
viram um
óvulo
dando
sopa por
aí?...”
Ora, não
façam
pouco da
minha já
tão
pouca
inteligência...
– Os
espíritas
precisam
mesmo
atualizar
sua
concepção
de vida
além da
morte!
(318/319)
Noutra
tentativa
de
“materializar”
a Vida
Espiritual,
fala de
força
policial
no Além,
que
viria à
Terra
aprisionar
Espíritos:
–
Iremos,
mas vou
entrar
em
contato
com o
Dr.
Elpídio,
amigo
meu e
Delegado
de
Polícia,
para que
providencie
um
destacamento
policial.
Aquelas
entidades
necessitam
ser
presas!
(319)
–
Conforme
combinado,
Odilon
veio me
encontrar
no
hospital
e, em
companhia
de
Elpídio,
previamente
contatado
por mim
e mais
três
detetives
sob o
seu
comando,
partimos
em
direção
à Crosta
(324)
–
Enquanto
“descíamos”,
fomos,
naturalmente,
integrando-nos
no
ambiente,
de tal
maneira
a sermos
identificados
na
condição
de
entidades
recém-desencarnadas.
Inalando
fluidos
menos
rarefeitos,
na
atmosfera
da
Terra,
promovemos
relativa
condensação
em
nossos
corpos
espirituais
e,
então,
confundimo-nos
com os
transeuntes
da
cidade
que
visitávamos.
(324)
“Confundimo-nos
com os
transeuntes”.
Então
materializaram-se,
como
disse no
livro
“Por
Amor ao
Ideal”,
referindo-se
a Edgar
Alan
Poe, que
se teria
materializado
com o
ectoplasma
do
cadáver
de um
bêbado e
teria
andado
pelas
ruas de
Uberaba,
a fim de
consultar-se,
como se
fosse um
paciente
encarnado.
Se é
assim
como
fala o
Dr.
Inácio,
fica
difícil
saber se
estamos
vendo um
Espírito
encarnado
ou um
desencarnado
materializado!
Afinal,
trata-se
de um
trabalho
grosseiro,
emanado
de um
Espírito
que
pretende
informar
equivocadamente
aqueles
que
estão se
interessando
pelo
Espiritismo,
ao tempo
que
conta
com a
falta de
cuidado
daqueles
que,
conhecendo
a
Doutrina,
nada
fazem
para
coibir
sua ação
nefasta.
Com a
palavra
principalmente
os
responsáveis
por
centros,
livrarias
e clubes
de
livros
espíritas
pela
divulgação
de
livros
como
esse.
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