segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

HUMBERTO DE CAMPOS: O HOMEM, O ESCRITOR, O AMIGO - Compartilhdo de o Consolador uma Revista de Divulgação Epírita

Editorial Inglês Espanhol    
Ano 9 - N° 453 - 21 de Fevereiro de 2016
 
 

 

Em cada alma pulsa uma predileção; em Humberto de Campos, a sabedoria com as palavras.

Os acontecimentos lhe renderam muita história a ser escrita começando pela do cajueiro de quando era menino. E como todo menino um dia se transforma em homem, surgiu o grande escritor, o grande cronista. 
 
Humberto também criou pseudônimos; o primeiro foi o Conselheiro XX e, por força de uma circunstância, surgiu o Irmão X.

Como cada alma possui fases, Humberto de Campos também as viveu. Teve a fase de escrever sem quase conseguir manter nem a comida; depois, com certa mudança de estratégia, iniciou nova fase, com uma maneira de expor negativamente sem muito pensar. 
 
Para tudo existe apoio, tanto para o progresso, como para o atraso, mas quando a evolução não é a tônica, tende a ficar demasiado desgastante. E foi o que ocorreu com essa fase: o dinheiro e o reconhecimento vieram, mas, se este é ilusório, não preenche a essência da alma.

Ele voltou-se então para si; buscou algo que lhe trouxesse o propósito para o coração. Começou pela forma de mensagens mais amorosas e, a partir disso, levou alento a tantas pessoas por meio de suas crônicas e respostas às cartas dos leitores. E quando nos sentimos assim é porque, de alguma forma, estreitamos os laços com o Criador, pois Deus é amor e representa o mais nobre sentimento que um ser é capaz de experiência.

Humberto, que ficara parcialmente cego, sem que nenhum dos recursos por ele tentados fosse capaz de lhe restaurar a luz na vida terrena, depois de sua desencarnação compreendeu a verdadeira realidade e, então, a luz lhe surgiu como a janela que se abre num vasto campo numa manhã de primavera.

Quando a verdade visita o coração, a vida passa a ter sentido, pois se a alma não é deste plano, o sentido absoluto só pode vir da verdade do ensinamento de Jesus que  dizia: “O meu reino não é deste mundo”. E Humberto, após breves três meses de seu passamento, voltou ao cenário do mundo literário por meio do médium Francisco Cândido Xavier, trazendo-nos suas crônicas de além-túmulo que muito sacudiram as opiniões, conquanto seu definido objetivo fosse trazer luz para caminhos melhores aos ainda encarnados.

O espírito Humberto de Campos, com palavras fraternas e instrutivas, renovou aos brasileiros e aos leitores interessados que a bondade é força preponderante para a evolução, que a humildade e a honestidade dignificam a pátria terrena e a espiritual, que a fé e a determinação na nova vida devem estar presentes tanto em tempos felizes quanto nos difíceis dias, que o desânimo e a descrença jamais devem ser capítulos cinza nas páginas do livro de nossa história, que a luz do Mestre Jesus ilumina a estrada do progresso e que o “Brasil, coração do mundo, pátria do evangelho” possa quanto antes ser a estrela abençoada a guiar os que aqui se encontram e abrigar com amor, doçura e sabedoria os vindouros irmãos necessitados de amparo e luz.

Recolhendo-se ao anonimato, por razões de força maior, continuou, sob o pseudônimo de Irmão X, o nobre trabalho com suas palavras esclarecedoras e amorosas, presentes nas crônicas de louvor pela vida, a ecoar nos corações que ainda pouco conhecem a mensagem bondosa e fortalecendo os que já encontraram o início do aprazível brilho do céu.

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