CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR
Somos centelhas viajantes a caminho
da eternidade. Nada material nos pertence, nem hierarquia social, nem mesmo o
corpo físico é nosso. Tudo o que utilizamos neste plano nos foi emprestado a
fim de contribuir para as singelas porcentagens de progresso a nossas
vivências.
No entanto, a centelha pode
conquistar tesouros verdadeiros e eternos que a impulsionarão a estágios mais
apurados e bondade notável; simplesmente querer compreender o que é deste mundo
físico e o que é do mundo real já muito beneficiará. Quando se olha para o céu,
o final do azul não é visto; quando se olha para baixo, a terra amarronzada é o
limite para a observação.
A partir do momento em que se
considera a existência dos mundos corpóreo e sutil e os seus valores, a
capacidade de distinguir o certo do errado amplia na consciência e o valor de
juízo tende a acompanhar para além ou não, conforme as sucessivas opções.
Após cada aprendizado, novas
responsabilidades são apresentadas e caso o coração vá decidindo-se por
acertadas escolhas, a liberdade também estará se apresentando ao espírito.
Quanto mais os interesses forem elevados, mais feliz o espírito se sentirá,
pois estará agindo de acordo com sua verdadeira identidade.
E quando a centelha não desejar ferir
o outro nem querer se ferir, quando a preservação for determinante para toda
forma de vida, quando um prato de comida existir para todos em decorrência do
não desperdício, quando o consolo aos fragilizados for recoberto de amor e não
de vantagem, quando a tônica da vez for a educação e a compaixão, quando os
olhos forem da simpatia gratuita e o brilho iluminar a estrada também alheia,
quando o abraço for recíproco de ternura, quando o bem individual tiver sentido
para o coletivo, quando todos buscarem o único reto caminho, quando as flores forem percebidas
pela sua delicadeza e perfeição, quando esses objetivos começarem a se propagar
nos rincões da vida, então, muita luz se difundirá e a real natureza da
centelha estará desabrochando como a linda flor que se abre para o céu azul sob
o brilho do sol.
Se somos os viajores dessa abençoada
jornada devemos nos despertar para as verdades eternas. Menos importância ao
que é efêmero será a compreensão de que somos ainda pequeninos focos iluminados
mas que desejam brilhar feito faróis do mar tornando-se a direção para os
irmãos a caminho e a luz para a nossa própria caminhada.
E por assim ser, a passos de uma
centelha ainda muito primária, estarei com a grande responsabilidade na vida
material, mas ciente e feliz de que sou eterna e as atribulações que emergem
constantemente aqui, com calma, dispor-me-ei a compreendê-las, pois, dessa
forma, não as afundarei para me livrar delas; tudo necessita de entendimento e
o que ainda não foi compreendido retornará para a sua compreensão.
No entanto, se é uma viagem a mais
também haverá o retorno para casa como sempre e não há nenhum lugar como o
nosso lar, onde somos protegidos, amados, cuidados. Em nossa casa somos
autênticos e a nossa família nos conhece. Assim é a centelha que, por ser
eterna, deve buscar a cada novo tempo as ações reais que lhe proporcionarão o
aprimoramento e dispensar quanto antes os ranços do orgulho e egoísmo.
Por sermos viajores, tão necessário
levarmos bagagem suave e adequada; e nessa viagem quem leva a bagagem é somente
o coração e o que ele mais precisa é bondade, entendimento, progresso e amor.
Sempre é tempo para o início de
agradáveis jornadas e as centelhas terão a eternidade para se aperfeiçoarem de
singelos focos de luz de hoje a enormes faróis do mar amanhã.
E as cores são mais vivas, assim como
o amor é permanente no lar verdadeiro onde Deus é o Pai e nós, seus filhos
eternos.
Aqui, só estamos de passagem.
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