terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

" NINGUÉM MUDARÁ O MUNDO POR NÓS"

Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 9 - N° 452 - 14 de Fevereiro de 2016
 
Marcelo Teixeira: 
 O conhecido jornalista e escritor fala sobre suas obras e diz o que se espera do livro Você Tem Fome de Quê?, título provisório de uma obra que reúne vários estudiosos espíritas
 
Espírita de nascimento, Marcelo Teixeira (foto) nasceu e reside em Petrópolis (RJ), vinculando-se à União Municipal Espírita de Petrópolis. Formado em Comunicação Social nas habilitações de publicidade e jornalismo, nosso entrevistado tem dois livros publicados pela editora CEAC-Bauru e é coordenador da área de comunicação social do 3º.
Conselho Espírita de Unificação (CEU), do CEERJ.  
Revisor e prefaciador do livro “O Jovem Espírita Quer Saber”, está envolvido atualmente com obra que reúne também vários autores espíritas para comentar sobre fome e sede das variadas necessidades humanas. Suas respostas na presente entrevista oferecem ampla e objetiva visão sobre o projeto em andamento. 
O livro “O Jovem Espírita Quer Saber”, já em sua segunda edição, alcançou grande êxito. Qual a editora? Quantos autores reunidos? 
A editora é a Associação Editora Espírita F. V. Lorenz, do Rio de Janeiro (RJ). O livro foi idealizado pelo Grupo de Esperanto Pac-horo. O objetivo foi reunir indagações de jovens espíritas de várias mocidades do RJ e encaminhá-las a vários escritores e pensadores espíritas para que as respondessem. As perguntas giraram em torno de temas como família, aborto, meio ambiente, drogas, homossexualidade, suicídio, entre outros. Foram 25 autores, tais como André Trigueiro, Nadja do Couto Valle, Orson Peter Carrara, Sandra Borba, Richard Simonetti e José Raul Teixeira. Entrei no projeto quando precisaram de um revisor e de alguém que prefaciasse. Foi uma ideia ímpar esse livro. Tanto que está sendo muito bem sucedido.  
Quais os temas mais solicitados pelos jovens? Em sua visão, por quê? 
Os jovens perguntaram muito sobre assuntos ligados à vida afetiva e sexual. Aborto, homossexualidade, gravidez na adolescência, namoro, família, conflito de gerações. Também houve muito interesse por temas como morte, suicídio, drogas lícitas e ilícitas, timidez, depressão e morte. E temas que inquietam o homem atual, como mídia, violência e meio ambiente. O jovem quer viver em paz consigo mesmo, com as próprias escolhas. Quer também um roteiro seguro para que tropece o menos possível em questões ligadas ao amor e ao sexo. E quer transitar pelo mundo de forma mais segura, entendendo o porquê de tantos conflitos existenciais e de tanta carência que leva a fugas enganosas. Quer, por fim, dar sua contribuição para que o mundo seja um lugar melhor, com melhores oportunidades para todos, ecologicamente sustentável e com consciências iluminadas, sem manipulações.  
E agora, o novo trabalho "Você Tem Fome de Quê?", como surgiu? 
Em primeiro lugar, quero esclarecer que "Você Tem Fome de Quê?" não será o título do livro porque já há um livro com esse nome. Ainda não sei que nome terá. A ideia surgiu porque gosto muito de relacionar a cultura pop com os ensinamentos cristãos e espíritas. Uma das bem-aventuranças diz que os famintos e sedentos de justiça serão saciados. E a música "Comida", do grupo de rock Titãs, fez muito sucesso no final da década de 1980 ao dizer que "a gente não quer só comida. A gente quer comida, diversão e arte..." e ao perguntar "Você tem fome de quê? Você tem sede de quê?". Em cima disso, resolvi perguntar a pensadores espíritas do que eles têm fome e de como a Doutrina Espírita pode saciá-la.   
Quantos autores estarão reunidos na obra? Pode especificar alguns?
Convidei vários autores para participar. Cerca de 30 estarão no livro. Já tenho em mãos os artigos de Marcus de Mário, Alkindar de Oliveira, Lúcia Moysés, Aloísio Silva, Leila Brandão, Gibson Bastos, Orson Peter Carrara, Roberto Quaresma, Ricardo Orestes Forni, Luzia Mathias, Cássio Carrara, Sidney Aride, Kate Lúcia Portela, Maurício Mancini, Marcus Braga, Paulo de Tarso Lyra, Carlos Augusto Abranches, Daniele Monjardim, Armando Falconi, Hélio Loureiro, Luiz Sérgio Gomes, além do meu. Como esse material não dá para fechar o livro, estou no pé dos retardatários. Pelo que já recebi, dá para perceber que o livro ficará muito bom. Há textos excelentes falando sobre fome de educação, justiça, alegria, acolhimento, perdão, esperança...  
O que orientou sua elaboração e execução? 
A vontade de falar de forma moderna e arejada sobre Espiritismo tendo como material os anseios do homem contemporâneo. Um dos meus livros se chama "O Espiritismo é Pop". Por quê? Porque pop é a abreviatura da palavra popular, tanto em inglês como em português. O Espiritismo, portanto, tem que pegar os assuntos da atualidade e debatê-los com a sociedade. Todos os artigos até agora recebidos falam das dúvidas e anseios que estamos vivendo. Somos famintos de tanta coisa! Como saciar nossa vontade de viver num mundo melhor? E antes de sermos espíritas, somos cidadãos de um mundo tão convulsionado! A Doutrina Espírita, como Consolador Prometido por Jesus, vem nos ajudar a saciar nossa fome de amor, de vida em abundância, de justiça para todos... À luz da imortalidade da alma, podemos fazer diferente e mudar os rumos da nossa história.  
Algo marcante que gostaria de relatar de tais experiências? 
Pelo que já recebi, noto que os pensadores espíritas são pessoas lúcidas, participativas. Não tem ninguém em devaneios. Todos de pé no chão, atentos às várias formas que podem ajudar as pessoas e o mundo a serem mais felizes. Isso prova como os pressupostos espíritas fazem bem à razão e à inteligência. Somos uma usina de geração de pensadores lúcidos. Isso é muito bom!  
Qual a previsão de lançamento desse livro sobre as fomes? 
Se os retardatários atenderem aos meus pedidos, creio que no segundo semestre de 2016. 
Relate-nos sua experiência com o lançamento de seus dois livros - "Inquietações de um Espírita" e "O Espiritismo é Pop". 
Sou jornalista. Trabalho com as palavras. Só que nunca havia passado pela minha cabeça escrever um livro espírita. Percebi que podia fazê-lo depois que prefaciei "O Jovem Espírita Quer Saber". Devo isso a ele. Pus-me, então, a escrever "Inquietações de um Espírita" e saí em busca de uma editora. O pessoal da Ed. Ceac, de Bauru (SP), foi muito receptivo. Como o livro foi muito bem, resolveram antecipar a publicação do segundo - "O Espiritismo é Pop", que saiu seis meses depois do primeiro. Já estou com um terceiro livro escrito. Está com o pessoal da Ceac para análise. Sai provavelmente este ano. Estou organizando o livro sobre as fomes e já colhendo material para o quarto livro. É engraçado como as ideias não param de jorrar quando você engrena. Não tem jeito; virei escritor espírita!  
Para quem desejar adquirir “O Jovem Espírita Quer Saber” e os seus dois livros, qual o meio mais prático? 
Os contatos da Ed. Lorenz e do Pac-horo são:  tel.: (21) 2221-2269; e-mail: pac.horo@yahoo.com.br; editora_lorenz@uol.com.br /.  Já os livros de minha autoria podem ser solicitados à Editora Ceac: www.editoraceac.com.br, tel. (14) 3227-0618. 
Suas palavras finais. 
Parafraseando o escritor espírita Luiz Gonzaga Pinheiro, do Ceará, o Espiritismo não existe somente para tratar de assuntos das nuvens para cima. Fico triste de ver gente (muitos que frequentam centros espíritas há anos) achando que o Espiritismo se resume a passe, água fluidificada e recebimento de mensagem de gente desencarnada. Ele é bem mais que isso. Bem mais. É uma doutrina libertadora, que ensina o homem a traçar o próprio roteiro, ensinando-o a viver melhor consigo mesmo e com o outro, cuidar do planeta, contribuir para que haja justiça social e a ser mais participativo. Ninguém mudará o mundo por nós; cada um terá de fazer a sua parte. 
Fonte: Retirado de O Consolador uma Revista Semanal de Divulgação Espírita 
 

 



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