O conhecido orador fez,
perante um público
numeroso, a conferência
inicial do III Congresso
Espírita Paraense
Na noite de 15 de
janeiro de 2016, ao som
da música Paz pela Paz,
de autoria de Nando
Cordel, tocada e cantada
pelo Grupo Sol da Vida e
depois de assistir a um
vídeo que mostrou um
pouco de sua trajetória
e também a história da
Mansão do Caminho para
um público estimado em 5
mil pessoas, reunidas no
Hangar Centro de
Convenções e Feiras da
Amazônia, o médium e
orador espírita Divaldo
Pereira Franco abriu o
III Congresso Espírita
Paraense.
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Suas primeiras palavras
foram de gratidão.
Transferindo a homenagem
de receber das mãos de
crianças e adolescentes
88 rosas brancas, à
figura incomparável de
Allan Kardec, graças a
quem “é possível manter
o equilíbrio emocional,
psíquico pelo
conhecimento do
Espiritismo”, Divaldo
lembrou a todos que
aprendeu a amar Belém e
o Estado do Pará desde
que ali esteve pela
primeira vez na década
de 1950 e nunca
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mais esqueceu
essa terra em
suas
peregrinações
doutrinárias.
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Em seguida, o
homenageado iniciou sua
palestra sobre “O
Amanhecer de uma Nova
Era”, fazendo uma
reflexão panorâmica de
fatos históricos
recheados de guerras e
calamidades e nos
mostrando que podemos
ter esperança e a
consolação que a
reencarnação nos dá. A
reencarnação, diz ele, é
a base para explicar os
nossos sofrimentos.
Nessa revolução da
violência estamos
fazendo a transição do
mundo de provas, de
expiações para o mundo
de regeneração. Amanhece
um dia novo. Essa é uma
aurora de bênçãos,
quando a dor então
fugirá da Terra. Já
estão reencarnadas aqui
centenas de milhares de
almas nobres, crianças
geniais na música, na
matemática, nas artes
variadas, na ciência.
Estamos entrando numa
era nova de bênçãos que
é o Reino dos Céus,
conforme asseveram os
Espíritos nobres que
velam pelos destinos do
nosso planeta.
Depois de fazer
pormenorizada digressão
sobre a história do
mundo, Divaldo lembrou
que, no século 19,
Ernest Renan, que não
era cristão nem
acreditava em Deus,
publicou em Paris “A
vida de Jesus”, em que
afirmou que Jesus era
tão grande que dividiu a
história em antes e
depois de seu
nascimento. E foi a
primeira representação
do amor. Confúcio, na
China, escreveu sobre a
cultura e sobre a
civilização; na Índia,
Sidarta Gautama, o Buda,
também não fala sobre o
amor, fala sobre a
compaixão, a estrada do
meio, o quarto caminho.
Bem-aventurado não é
aquele que goza, que
desfruta
Se formos ao Egito,
encontraremos ali a
doutrina da
reencarnação, mas não
encontraremos viva a
palavra amor nem no
período em que Aton
apresentou o sol como
sendo a representação
máxima daquilo que a
humanidade pretendia
conhecer como Deus.
Destituindo o
todo-poderoso clero de
Amon para impor um deus
único, representado pelo
disco solar Aton,
Akenaton abria pela
primeira vez na história
da humanidade o caminho
rumo ao monoteísmo.
Na sequência, Divaldo
cita o mais sublime
poema que a humanidade
já escutou: o sermão das
bem-aventuranças.
Revertendo a ordem ética
da humanidade, Jesus
superou Sócrates, foi
além de Platão,
desenvolveu uma doutrina
que esmaga o pensamento
aristotélico. E foi ali
que ele estabeleceu a
ordem dos contrários,
porque bem-aventurado
não é aquele que goza,
que desfruta, que tem
uma posição social,
bem-aventurados são os
pobres de espírito, os
simples de coração, os
puros, são aqueles que
choram, que são
perseguidos pelo seu
nome. Para Carl Gustav
Jung, Jesus é o maior
modelo que ele encontrou
na história da
humanidade porque
alcançou o estado
luminoso, o estado de
luz.
Doze séculos depois do
Sermão da Montanha, o
mundo escuta a voz de
Francesco Bernardone;
sua mensagem é um poema
de esperança. Pela
primeira vez na
humanidade os infelizes
sorriem. Ele tenta
erguer a igreja de
Jesus, mas ouve a mesma
voz que lhe diz: não é
essa a igreja,
Francesco. É a igreja
moral, é a igreja dos
sentimentos que está
ruindo. Porque a
doutrina de amor e de
ternura foi transformada
na religião do Estado.
E, ao ser transformada
na religião do Estado,
perdeu a grandeza do
sacrifício. O Semeador
de Estrelas citou, em
seguida, Dante
Alighieri, que nos
ofereceu seu poema A
Divina Comédia, e
Francisco de Assis nos
oferece a oração
simples: “Ó senhor, faze
de mim instrumento da
tua paz”, canção que vem
ecoando através de oito
séculos.
Segundo Divaldo temos
que saber usar a razão,
a lógica, mas também a
solidariedade, a fineza,
a gentileza para que
haja o espírito do
coração. Porque a
sociedade está se
“devorando”, estamos nos
matando uns aos outros,
e o maior número de
guerras foi de natureza
religiosa, originadas de
religiões que pregam
Deus, o amor e a
solidariedade,
demonstrando assim o
paradoxo da criatura
humana.
Deus é amor, Deus não
castiga, Deus ama
Comentando os problemas
sociais que hoje em dia
deparamos, ele comentou:
“Aí estão a droga, o
menino de rua, o
abandono sem escola, os
revoltados que não acham
vagas nos hospitais, os
desempregados, a revolta
caminhando braços dados
com a violência”. “Uma
verdadeira guerra e das
mais vergonhosas porque
o país é rico de
bênçãos, porque foi
escolhido por Jesus para
ser o coração do mundo,
a pátria do evangelho.”
Na sequência, Divaldo
fez rápida incursão
história pelo século 19,
quando mencionou o
advento do Espiritismo
e, com base nele,
lembrou-nos que somos
imortais e que existem
razões sólidas para
afirmarmos que Deus é
amor, que Deus não
castiga, que Deus ama.
Quem ama não castiga,
nem pune, educa. A Lei é
de progresso. E todo
aquele que desrespeita a
Lei incide em um delito,
tendo de recomeçar para
reaprender, para
evoluir.
Estamos entrando numa
era nova. Nunca houve
tanto amor na Terra.
Estes são dias novos e
cada um de nós é um
mensageiro da esperança.
O Espiritismo nos traz
esperança, consolação,
alarga as portas da
verdade e mostra que o
céu é um estado de
consciência tranquila. O
inferno é um estado de
consciência de culpa.
Aquele que está de mal
consigo mesmo, carrega o
inferno. Nós podemos
mudar de vida. Não há
governo que possa manter
a paz. A paz é íntima.
Ao invés de sermos
paredes que obstaculizam
um passo, sejamos pontes
de amor. Que o sorriso
substitua a “cara feia”,
que a agressividade ceda
lugar à fraternidade. “A
gentileza deve ser para
nós o primeiro passo, a
primeira caridade.”
No final da conferência,
Divaldo nos convida a
vivermos esse dia novo,
preservando a esperança,
contando com o consolo
da verdade, sem entrar
nesse tormento das
crises porque, em
verdade, só existe uma
crise – a crise moral
que acomete a criatura
humana.
Dito isso, ele encerrou
a conferência declamando
o Poema da Gratidão, de
Amélia Rodrigues.
Na manhã de 16 de
janeiro, com o tema
“Justiça Divina: Consolo
para a Humanidade”,
Divaldo Franco abriu o
segundo dia do III
Congresso Espírita
Paraense.
Ao final da conferência,
ele respondeu às
perguntas dos presentes
e também dos internautas
que acompanharam, pela
internet, sua exposição.
Eis alguns dos assuntos
por ele tratados: O
passe espírita; O que é
o passe e quando nós
devemos nos dirigir a
uma Casa Espírita para
receber o passe; Qual a
diferença entre
provação, expiação e
reparação; Como amar a
Deus acima de todas as
coisas; Se há um tempo
determinado para
reencarnar ou isso
depende de merecimento;
Como podemos controlar o
desejo sexual.
Fonte: O Consolador, Revista de Divulgação Espírita
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