Divaldo Franco foi o
destaque do 12º
Seminário Beneficente do
MAP – Movimento de Amor
ao Próximo, realizado na
Casa de Espetáculos
Metropolitan, no Rio de
Janeiro
No dia 17 de abril
último realizou-se o 12º
Seminário Beneficente do
MAP – Movimento de Amor
ao Próximo, que teve por
local a Casa de
Espetáculos Metropolitan,
no Rio de Janeiro, com
presença de um público
de mais de 4.300
pessoas, além dos que
acompanharam o evento
pela TV FEB e pela Rádio
Rio de Janeiro.
O Seminário também teve
uma especial importância
porque deu início às
comemorações do
centenário do nosso
irmão Dr. Jorge Andréa.
Foi anunciado um grande
Encontro no dia 13 de
agosto do corrente ano
com o CEJA-Barra, quando
se fará oficialmente a
comemoração desses 100
anos e o lançamento do
livro “O Outro Lado da
Matéria” desse grande
cientista e pioneiro da
Medicina do futuro.
No início do Seminário
foi transmitido um vídeo
em homenagem aos irmãos
recém-desencarnados
Jorge Viana e Heráclito.
Com o tema: “Conquista
da Imortalidade”, o
médium e orador Divaldo
Pereira Franco abriu o
Seminário, dividido em
dois módulos.
Referindo-se ao
professor e doutor Harry
Price, de Oxford, que
estabeleceu a
Parapsicologia como
sendo a maior obra de
pesquisa da humanidade,
pela audácia de penetrar
nos escaninhos da vida
transcendental, um dos
mais notáveis
pesquisadores na área
dos fenômenos
parapsíquicos, a
humanidade estava saindo
inevitavelmente das
doutrinas mais avançadas
para aquela que diz
respeito ao ser
verdadeiramente
integral. “Poderíamos
dizer que o ser
contemporâneo está
saindo da astronáutica
para a psiconáutica,
através do nosso
pensamento, na fonte
geradora diretriz da
vida, que é o cérebro, o
grande decodificador”,
afirmou Divaldo.
A morte mata a vida?
Ele recordou, então, que
desde os tempos mais
remotos a criatura
humana se pergunta: A
morte mata a vida? Num
período remoto, quando a
vida se apresentava
apenas no seu aspecto
biológico e a criatura
humana vivia em razão
dos três instintos
básicos: comer, dormir e
procriar, até passarmos
pelo nascimento da
emoção e o medo que
acercou o cérebro
humano, para estabelecer
os paradigmas da melhor
maneira de viver, a
interrogação procurava
uma resposta que ainda
não se adequava à
realidade. E hoje,
graças às doutrinas mais
avançadas das
neurociências vamos
constatar que o ser
humano é, por natureza,
imortal.
Divaldo lembrou que a
Organização Mundial de
Saúde, que definia a
saúde como estado de
bem-estar fisiológico,
emocional e mental,
acrescentou a esse
conceito o bem-estar
espiritual. Ao mesmo
tempo, faz dois anos, a
Academia de Psiquiatria
dos EUA, fazendo uma
revisão no Código das
doenças
internacionalmente
reconhecidas, constatou
que o transe, até então
considerado de natureza
patológica, na
esquizofrenia, na
epilepsia e em outros
estados traumáticos,
merece hoje estudos
apurados da ciência,
porque a vida não se
restringe à massa
cerebral.
O mesmo Dr. Price
estabeleceu que a
matéria não é tudo. Que
muito do que nós
constatamos não é de
natureza material e que
a maioria das coisas em
que nós acreditamos não
é visível. Desta forma,
existe um grande enigma
entre a apresentação
material e a realidade
transcendente do ser.
Creso e o primeiro fato
paranormal da história
Divaldo citou, então, o
pensamento do notável
filósofo latino Cícero:
“A história é a pedra de
toque que desgasta o
erro e faz brilhar a
verdade”, o que levaria,
dezessete séculos
depois, o notável
cientista Lord Bacon a
afirmar que uma
filosofia superficial
leva a mente humana ao
materialismo, mas uma
filosofia profunda
conduz a mente humana à
verdadeira religião.
Elucidando diversos
fatos mediúnicos
ocorridos na História,
Divaldo demonstrou que
em todas as épocas da
humanidade os Espíritos
se comunicaram com os
que se encontravam
reencarnados. Recorrendo
a Heródoto de
Halicarnasso, narrou a
primeira pesquisa
parapsicológica a
respeito da imortalidade
da alma, no século VII
a.C. na Lídia, país que
hoje corresponde à
Turquia. O homem mais
rico do mundo, Creso,
teve a ideia de reunir
os embaixadores no
palácio e mandá-los a
diferentes países para
que entrassem nos
templos, adquirissem
intimidade com os
sacerdotes e dentro de
100 dias, a partir da
data da saída de Sardes,
consultassem os deuses.
A consulta tinha por fim
saber se aqueles deuses
eram autênticos ou não e
tinha por base uma
prática exótica
realizada por Creso,
impossível de se
adivinhar. Os
embaixadores foram
voltando e narrando ao
rei as respostas dos
deuses. Somente os que
voltaram do Templo de
Delfos lograram obter
dos deuses a resposta
certa, coincidindo com o
que fez o rei. Esse foi
o primeiro fato
paranormal da história.
Divaldo, continuando a
discorrer sobre a
mediunidade, descreveu o
assassinato do Imperador
Tito Lívio Domiciano, em
Roma, e o desencarne de
Dante Alighieri, em
1321. Apresentou um
pequeno histórico sobre
fatos mediúnicos
ocorridos com relação à
obra “A Divina
Comédia”.
O sonho profético de
Lincoln
Outra ocorrência
mediúnica destacada pelo
emérito orador foi a
previsão do Papa Pio V
no dia 5 de outubro de
1571 sobre a Batalha de
Lepanto, considerada a
mais notável batalha de
toda a humanidade até a
1ª Guerra Mundial.
Se a causa é boa, o
efeito é edificante, mas
aquilo que fez o Papa
Pio V gerou um carma do
Ocidente em relação ao
Oriente. Roma entra em
festa e só chegam
notícias da vitória,
vinte dias depois. A
Batalha de Lepanto
ocorreu no porto de
Corinto, na Grécia, e o
papa estava em Roma. A
Igreja Católica
Apostólica Romana é que
nos deu notícia do fato,
demonstrando com ele a
imortalidade da alma e a
paranormalidade da
criatura humana.
Em setembro de 1756,
Emanuel Swedenborg,
cientista sueco, vê um
incêndio devorando
Estocolmo e as multidões
desesperadas gritando em
chamas. E ele estava na
cidade de Gotemburgo,
distante de Estocolmo
508 km. O fato foi
confirmado dois dias
depois, quando a notícia
chegou pelos correios. A
partir desse e outros
fatos de natureza
transcendental,
Swedenborg transforma-se
em clarividente e fundou
uma religião, a Nova
Jerusalém.
Divaldo lembra, ainda,
que o Presidente
americano Abraham
Lincoln teve um sonho
sobre sua própria morte.
E mencionou também a
visão que teve o cardeal
Eugênio Pacelli do Papa
Pio X, que lhe disse:
Venho em nome de Deus
dizer-lhe que você vai
ser papa dentro de
alguns dias.
A dor é a bênção que
Deus reserva aos seus
eleitos
Divaldo passou, na
sequência, a analisar a
importância das crises e
da dor, necessárias para
as grandes
transformações, para que
sobre elas se edifiquem
novos prédios de
esperanças. Recordou-se
dos danos que seu pai
sofreu da grande crise
de Wall Street, de 1929.
Seu era exportador da
folha de tabaco e,
vítima da crise de Nova
York, de uma hora para
outra foi quase reduzido
à miséria, gerando,
porém, uma família de
lutadores: ”Aqui estou
há 88 anos, lutando,
porque a luta fortalece!
O coqueiro que não quer
ser arrancado pela
ventania, dobra-se, a
ventania passa e ele
recupera a postura! É
necessário sabermos
dobrar-nos para
permanecermos vivos!”
Concluindo o 1º módulo
do Seminário, Divaldo
destacou que no dia 18
de abril de 1857 nasceu
a nova aurora do mundo
novo, graças aos
esforços de Allan
Kardec, cientista
emérito, porque realizou
experiências com
aproximadamente mais de
mil médiuns, que não
dispunham de wattsapp,
telefone celular, nenhum
meio de comunicação.
Nascia assim a Filosofia
Espírita, que vai além
da parapsicologia, que
não tem uma filosofia de
comportamento ético. A
Filosofia Espírita diz:
ao analisarmos o fato e
constatarmos a origem,
nós temos uma
consequência filosófica,
ética e moral do que é a
vida. Qual é o seu
sentido? Por que estamos
aqui?
Como escreveu o notável
Dostoievski, na sua obra
“O Idiota”, “A beleza
salvará o mundo!” Então
Allan Kardec trouxe a
beleza para o mundo
colocando esta mensagem
n´O Evangelho segundo
o Espiritismo: A dor
é a bênção que Deus
reserva aos seus
eleitos! Temos que
agradecer as dores, as
noites não dormidas, a
incompreensão, o
desgaste material do dia
a dia, porque viver é
desgastar o combustível,
é gastar esse fluido
cósmico que nos dá
beleza e, sem qualquer
masoquismo, nos faz
feliz na dor!
Nossa meta é a
imortalidade
Divaldo terminou sua
fala contando ao público
que semana passada
estava aplicando um
passe numa senhora
portadora de neoplasia
maligna com metástase e
ela chorava de dor,
quando lhe apareceu o
filho desencarnado,
pedindo-lhe: “Fale para
mamãe que seja feliz
agora sem os cravos da
cruz, os cravos da cruz
pertenceram a Jesus por
nós e nós vamos nos
encontrar”. Divaldo lhe
disse: “A senhora chorou
tanto pelo filho que
viajou, e agora que ele
a espera com um
ramalhete de flores, por
que os cravos da cruz?
Retire-os. E parta,
alegre, pois que ele
está aqui esperando pela
senhora. Seja feliz!” E
ela desencarnou, ele lhe
estendeu as mãos e feliz
ela foi com o filho.
“Não deixemos que os
cravos da cruz, as
recordações negativas,
perturbem a beleza da
nossa dor. Que soframos
integralmente, que nos
alegremos integralmente,
que tenhamos altivez de
viver integralmente,
porque é nisso que
consiste a vida”,
asseverou Divaldo. A dor
é um fenômeno de
desgaste. O mal que
fizemos a outrem, a nós
próprios nos fizemos. E
esse mal está vivo em
nós como culpa que nos
faz reencarnar com
timidez, melancolia,
transtorno do pânico que
são os mecanismos
expurgatórios. Quem de
nós ignora que a Lei é
de amor? Então, para que
o ressentimento? Para
que valorizar quem não
nos quer bem? Nós
nascemos para sermos
felizes, então a
proposta do Espiritismo
é a proposta do
Cristianismo primitivo,
a volta do Homem de
Nazaré, esse homem
extraordinário que
dividiu a história. A
nossa meta não é ganhar
dinheiro; isso é um meio
de chegar à nossa meta.
A nossa meta é a
imortalidade. Aqueles
que nos anteciparam
voltam, vêm ter conosco,
esperam-nos, choram com
nossas lágrimas, sorriem
com o nosso bem-estar e,
acima de tudo,
interferem junto a Deus
para que a plenitude
tome conta de nossas
vidas.
O ponto de Deus no
cérebro
Na segunda parte do
Seminário, o Semeador de
Estrelas iniciou
mencionando as
experiências do Dr.
Michael Persinger com
tomografias
computadorizadas,
emissões de ondas
eletromagnéticas, de
pósitrons, nos lobos
temporais. As pessoas
submetidas a essas
experiências teriam tido
“visões” e sentiram
presenças espirituais. O
Dr. Persinger descobriu
a existência de peculiar
luminosidade, de um
ponto de luz, no
interior do cérebro. O
investigador resolveu,
então, convidar o Dr.
Vilayanur Ramachandran,
pesquisador indiano,
radicado nos EUA, para
fazer suas experiências
visando confirmar e
ampliar o conhecimento
até aquele momento sobre
o ponto luminoso.
Constatou o Dr.
Ramachandran que ao
pronunciar a frase "Oh,
my God", no idioma que
fosse, aquele ponto
luminoso fazia-se mais
expressivo. Existe no
cérebro humano, numa
área próxima à glândula
pineal, uma certa
luminosidade que oscila.
Ele deu, então, a essa
área o nome de “O ponto
de Deus” ou “O ponto de
luz no cérebro”.
Nesse momento do
Seminário, Divaldo
convida a todos a sonhar
e menciona momentos
emocionantes da vida de
Francisco de Assis,
destacando sua
abnegação, seu amor ao
próximo e à natureza,
sua autoiluminação, suas
dores. Francisco comoveu
o mundo com palavras
simples: “Senhor, faze
de mim um instrumento da
tua paz...” e mudou os
séculos XII e XIII e a
humanidade até hoje.
Ao falar da Úmbria,
Divaldo fez a ternura
tomar todo o auditório:
”Oh, irmãs aves, não
vedes que estou falando
sobre Jesus...” E diz a
tradição que as aves se
calaram...
O reino de Deus está
dentro de nós
Ao final do Seminário, o
palestrante discorreu
sobre a busca do estado
numinoso, que Jesus
colocou de outra forma:
“O reino de Deus está
dentro de vós!” A
solução do problema está
dentro e não fora e não
adianta fugir, mas
amarmos, abrir-nos,
vivermos intensamente,
mesmo diante da dor.
Desenvolvermos o Cristo
interno.
Abordando a empatia,
sugeriu-nos que devemos
realizar o bem ao
próximo. Nós, cristãos,
que sabemos da
imortalidade da alma,
devemos buscar e
enxergar nossos irmãos
invisíveis, aqueles que
são desconsiderados e
marginalizados pelos
outros, para os
tornarmos socialmente
visíveis e dignificados.
Devemos cuidar dos
doentes e dos
convalescentes. E a
imortalidade da alma nos
convida a todos a
vivermos este mundo
novo, de uma nova
Úmbria, da
solidariedade, do
respeito humano e do
amor. É por isso que a
Doutrina Espírita é uma
religião, porque religa
a criatura ao Criador de
quem está
momentaneamente
afastada. Não precisamos
abandonar nossos postos
para amarmos uns aos
outros sempre e em
qualquer circunstância.
Nunca nos arrependeremos
do bem que fizermos, mas
nos arrependeremos do
bem que deixarmos de
fazer e que não nos
custa fazer.
Chegava ao fim o
Seminário. Após recitar
o Poema da Gratidão,
Divaldo Franco foi
ovacionado de pé pelo
público presente.
Nota da Autora:
As fotos desta
reportagem foram feitas
por Luismar Ornelas de
Lima.
Fonte: Retirado de o Consolador uma Revista Semanal de Divulgação Espírita.
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