Antonio Carlos
Braga dos
Santos:
O organizador da
cartilha
"Suicídio Uma
Epidemia
Silenciosa" fala
sobre sua
proposta e diz
como surgiu o
GAES – Grupo de
Auxílio aos
Espíritos em
Sofrimento e
seus objetivos
|
Antonio Carlos
Braga dos Santos
(foto),
espírita há 30
anos, nasceu e
reside na
capital
paulista.
Economista,
vincula-se à
Aliança Espírita
Evangélica, em
que atua como
dirigente de
grupos
mediúnicos e em
atividades de
assistência
espiritual.
Integra
igualmente o
Conselho diretor
do conhecido CVV
– Centro de
Valorização da
Vida.
|
|
|
Sensibilizado
por capítulo
específico do
livro
Memórias de Um
Suicida e
especialmente
pelo grande
flagelo social
do suicídio,
organizou a
cartilha
"Suicídio Uma
Epidemia
Silenciosa",
para
distribuição
gratuita e
disponível
também para
download, com
apoio de várias
entidades, obra
impressa pelo
IDE Editora, que
estimula os
grupos espíritas
a organizarem
equipes de
vibrações pelos
suicidas por
meio do GAES –
Grupo de Auxílio
aos Espíritos em
Sofrimento,
iniciativa que
pode ser
implantada por
vários grupos.
|
|
Na presente
entrevista ele
nos fala sobre o
assunto.
Como surgiu a
ideia de uma
cartilha?
Relendo o livro
Memórias de
um Suicida,
em especial o
capítulo VI –
Comunhão com o
Alto,
relembramos o
esforço das
equipes
espirituais no
socorro aos
Espíritos em
sofrimento,
vítimas de
mortes
violentas, em
especial o
suicídio. O fato
chama-nos a
atenção para a
necessidade do
auxílio dos
encarnados no
processo, isso
em razão da
energia de que
somente o
encarnado é
possuidor. Se os
desencarnes por
suicídio já eram
uma grande
preocupação no
início do século
XX, quando
aquele livro foi
psicografado,
imaginemos o
problema nos
dias atuais,
quando se
verificam quase
1 milhão de
suicídios por
ano? Fica claro
assim concluir
que é urgente
alertar os
espíritas para o
fato e convocar
a todos para o
trabalho de
auxílio, em
especial nesse
momento de
transição
planetária.
Como ocorreu o
surgimento do
GAES?
Logo após as
reflexões acima,
ao dividirmos
com os amigos de
um pequeno grupo
mediúnico a
proposta de
trabalho,
percebemos que o
relato da
Comunhão com o
Alto continua
mais atual que
nunca. Criamos a
sigla GAES –
Grupo de Auxílio
aos Espíritos em
Sofrimento para
denominar nosso
grupo de
trabalho e todos
os demais grupos
que se disponham
a realizar
semelhante
trabalho.
Estamos, assim,
sugerindo que
todos os grupos
que se reúnam
para a tarefa
possam, caso
queiram, assim
se denominar.
Hoje já
acompanhamos
três grupos
congêneres e
temos mantido
contato com
outros que estão
se organizando
para iniciar a
tarefa. De forma
simples e
singela,
pequenos grupos
espalhados nos
mais diferentes
pontos formarão
pequenos focos
de luz, como
estrelas do céu,
para se somar ao
intenso trabalho
da Legião dos
Servos de Maria
e iluminar os
milhares de
almas em
sofrimento no
astral próximo
da Terra.
Na experiência
de prevenção com
pessoas no
caminho do
suicídio, o que
gostaria de
relatar?
Primeiro: o tema
suicídio precisa
sair das
sombras, precisa
da luz do
esclarecimento,
retirarmos dele
o medo e o tabu.
Precisamos falar
abertamente
sobre o assunto.
O CVV é a
referência no
Brasil. Seu
trabalho precisa
ser divulgado,
seu conhecimento
de mais de 50
anos de
experiência
precisa ser
difundido. A
prevenção começa
com o
esclarecimento.
Há 20 anos não
falávamos
“câncer”, mas
"aquela doença”.
Uma intensa
campanha de
prevenção ao
câncer de mama
tomou conta do
Brasil e do
mundo. Foi
esclarecido que
câncer de mama
pode ser
identificado e
tratado. O mesmo
precisa ser
feito com o
suicídio. Não é
uma doença, mas
90% das pessoas
que cometem
suicídio estão
vivendo um
transtorno
mental, sendo a
depressão o de
maior
prevalência. Por
isso é que a
Organização
Mundial de Saúde
diz que o
suicídio é uma
questão de saúde
pública e pode
ser prevenido.
No atendimento
aos Espíritos
que exterminaram
a própria vida,
o que mais lhe
chama atenção?
O sofrimento
emocional que
viviam antes do
ato se soma
agora ao
tormento por não
entender o
estado em que se
encontram,
porque tiraram a
própria vida,
mas continuam
vivos. Estão
atordoados,
anestesiados,
impossibilitados
até de perceber
a ajuda dos
irmãos
espirituais em
seu favor.
Chamou-nos a
atenção que não
são somente os
Espíritos de
suicidas a serem
socorridos, mas
todos os que são
vítimas de
mortes
violentas,
acidentes,
catástrofes,
homicídios,
guerras e
conflitos. São
milhões de almas
em desespero,
dor e
sofrimento.
Quais as
repercussões
após a
publicação do
documento?
As cartilhas
estão começando
a ser
distribuídas
gratuitamente
agora. São 15
mil cartilhas. O
apoio que
recebemos de
todos com que
conversamos
demostra a
sensibilidade
para o tema.
Mencionamos em
especial o apoio
do IDE, sem o
que não seria
possível essa
cartilha.
Com apenas 32
páginas, o que a
cartilha contém
em essência?
A explicação do
problema do
suicídio no
Brasil e no
mundo. Esclarece
sobre o suicídio
buscando quebrar
tabus, falando
abertamente
sobre o assunto.
Explica o que
podemos fazer
por aqueles que
já cometeram o
suicídio e
orienta sobre
como organizar
um trabalho de
assistência e
socorro
espiritual. Traz
algumas
mensagens
espirituais
sobre o tema e
reproduzimos
alguns
parágrafos do
capítulo VI do
livro
Memórias de um
Suicida, que
inspirou o
trabalho. Ao
final, algumas
referências e
orientações de
leitura e
pesquisa sobre o
tema. Tudo muito
simples! Com 20
minutos de
leitura é
possível ter uma
boa noção do
problema e como
ajudar. Vale
destacar o
prefácio da
cartilha,
escrito pelo
jornalista André
Trigueiro, que
resume de forma
clara e objetiva
a proposta da
cartilha. Seu
livro, lançado
em setembro do
ano passado,
Viver é a Melhor
Opção, já
chegou a 35 mil
exemplares. Isso
demonstra como o
tema pode ser
abordado sem
preconceitos,
com respeito e
muito carinho.
Quanto aos
interessados em
implantar ou
aprimorar o
trabalho, como
proceder?
A leitura da
cartilha pelo
grupo e sua
discussão é o
primeiro passo.
Ler o capítulo
VI da obra
citada (Memórias
de um Suicida) é
fundamental. Se
ainda restarem
dúvidas, temos
um e-mail para
trocarmos
experiências. A
cartilha pode
também ser
baixada
gratuitamente
pela rede social
do facebook. Eis
o link:
https://www.facebook.com/apoio.gaes/
Quais os
contatos para
outros
esclarecimentos?
Algo marcante
que gostaria de
destacar?
Ver a FEB, a
Aliança, a USE e
a AME Brasil
juntas dando seu
apoio é
emocionante. O
trabalho nos une
e temos muito
trabalho pela
frente. Outras
instituições com
certeza teriam
aceitado
auxiliar na
divulgação; a
falha foi nossa
de não
procurá-las em
razão da
urgência de sua
edição e por
isso nos
desculpamos com
aquelas que não
contactamos, mas
estamos apenas
no início, na
semeadura. Temos
muito ainda por
fazer e muitos
podem ajudar.
Tentaremos
relatar a seguir
as primeiras
experiências no
socorro
espiritual:
Percebemos a
presença da
Legião dos
Servos de Maria
e a equipe das
anciãs que
cuidam mais
diretamente dos
suicidas. A
proteção do
ambiente era
feita pela
Fraternidade de
Joana d`Arc. Os
Espíritos eram
trazidos em
grupos; à medida
que os médiuns
iam relatando as
percepções, o
dirigente do
trabalho
projetava
quadros mentais
e pedia a doação
de energias
revigorantes,
fluidos
calmantes. As
feridas eram
tratadas pelos
enfermeiros.
Aqueles com
pensamentos
atormentados
tinham suas
lembranças
acalmadas.
Doação e amor
invadiam o
ambiente,
projetados dos
corações dos
participantes do
trabalho. Após
receberem as
doações de
energias, iam
sendo
encaminhados.
Como um grande
acampamento, com
tendas
espalhadas, eles
iam sendo
cuidados e
encaminhados,
agrupados por
semelhança de
necessidades.
Trinta minutos
de intenso
trabalho de
doação das
energias de que
somente os
encarnados são
possuidores são
a matéria-prima
utilizada pelas
equipes de
assistência.
Nesses poucos
minutos nosso
ambiente se
transforma em um
verdadeiro posto
de socorro.
Suas palavras
finais.
Há um movimento
chamado
Setembro amarelo,
mês dedicado à
prevenção do
suicídio. Quem
sabe os grupos e
casas espíritas
possam entrar
nesse movimento,
todos com
camisetas
amarelas,
balões,
iluminando
monumentos
públicos,
edifícios,
casas, à noite,
todos iluminados
de amarelo?!
Quem sabe um
seminário sobre
o tema sem
setembro,
reunindo os GAES
que se
formarão?!
Não podemos
esquecer que o
suicídio é um
problema
mundial. Só na
Índia são 260
mil casos por
ano. Mas em
termos de mortes
violentas não
podemos
considerar um
censo anual, mas
acumulado ano a
ano. Por essa
razão as esferas
próximas à Terra
acumulam milhões
em sofrimento.
Devemos pensar
também em
convocar os
grupos espíritas
para a tarefa em
outros países,
sem esquecermos
ser o Brasil a
nação que reúne
o maior
contingente de
médiuns com o
devido
esclarecimento e
preparo.
Parece-nos,
assim, que essa
é uma das
tarefas do
Brasil como
Coração do Mundo
e Pátria do
Evangelho.
Fonte:Retirado de o Consolador uma Revista Semanal de Divulgação Espírita
Nenhum comentário:
Postar um comentário