Cláudia
Majdalani:
ral da
capital da
Bahia, onde
reside, a jovem
palestrante fala
de suas
atividades na
seara espírita e
sobre literatura
espírita
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Cláudia
Majdalani
(foto)
nasceu há 49
anos na cidade
de Salvador e na
capital baiana
reside até os
dias atuais.
Graduada em
Administração de
Empresas, mãe,
avó e
profissional –
trabalha na
livraria
espírita da
COBEM – Casa de
Oração Bezerra
de Menezes e no
Centro Espírita
Estrela da
Seara, e ainda
encontra tempo
para dedicar-se
a
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diversas
atividades na
seara espírita,
como
palestrante,
passista e
coordenadora de
cursos. Foi para
falar de suas
atividades na
seara espírita e
também sobre
literatura
espírita que
Cláudia
gentilmente
concedeu-nos a
entrevista que
segue:
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Como conheceu o
Espiritismo?
A doutrina
chegou a mim
pelo caminho da
dor há 15 anos,
quando fui ao
centro chamado
Pronto Socorro
Maria Angélica,
em Dias d'Ávila
(BA), com sério
problema de
coluna. Entrei
como paciente e
saí como
trabalhadora do
Cristo.
Encantei-me com
a sensação que
senti e esse
encantamento
provocou uma
sede de saber
que até hoje não
saciei; quanto
mais leio, menos
sei; quanto mais
trabalho, tenho
a sensação de
que nada faço,
mesmo tendo em
mim a certeza de
que estou melhor
hoje do que
ontem.
Você desenvolve
muitos trabalhos
na seara
espírita, como
passista,
palestrante e
coordenadora de
cursos. Qual
dessas
atividades mais
lhe agrada?
Embora as três
funções me
tragam
aprendizado e
prazer, é no
grupo de estudos
que aprimoro os
meus
conhecimentos e
descubro, nas
explanações e
nos debates
sadios, o
enriquecimento
do saber e o
fortalecimento
das amizades.
Logo, na sala de
aula obtenho
experiências
indescritíveis.
Sua atividade
profissional
também está
ligada ao
Espiritismo,
pois você
trabalha na
livraria da Casa
de Oração
Bezerra de
Menezes. Isso
auxilia em seu
trabalho no
centro?
Com certeza,
auxilia e muito.
Ao lidar com o
público tenho a
oportunidade de
exemplificar o
que aprendemos
na literatura
espírita. As
pessoas que
frequentam a
nossa livraria,
embora tenham
objetivos
similares, que é
o de
“instruírem-se”,
tem a questão da
diversificação
do motivo que as
levaram a esse
objetivo. Umas
vieram pela dor,
muitas vezes
estampada em
lágrimas
correntes,
outras
disfarçadas sob
olhos tristes e
sorriso acanhado
(a sensibilidade
do passista
ajuda muito
nesses
momentos),
outros pela
curiosidade e,
na sua grande
maioria, pelo
desejo de mais
saber (função de
oradora auxilia
neste caso).
Apresentando o
nosso estoque
literário,
reforço o que já
li e muitas
vezes desperto a
pessoa para
argumentos ainda
não elaborados
de um
determinado
tema.
A livraria
espírita costuma
receber apenas
leitores
espíritas, ou
simpatizantes
também
comparecem para
conferir as
obras?
A maioria do
nosso público é
espírita, mas
recebemos muitos
simpatizantes e
iniciantes na
doutrina. Os
livros que
indico para os
iniciantes são:
O Evangelho
segundo o
Espiritismo
(Allan Kardec),
O Livro dos
Espíritos (Allan
Kardec), Jesus
no Lar (Neio
Lúcio-Chico
Xavier). Para
aqueles que são
acostumados a
romance indico
os livros de
Emmanuel-Chico
Xavier: Há 2.000
anos, Cinquenta
anos depois, Ave
Cristo, Renúncia
e Paulo e
Estêvão.
Quando percebo
que o leitor
deseja realmente
estudar a
doutrina, indico
os livros de
André Luiz-Chico
Xavier. Agora,
para aqueles que
já são
detentores de
conhecimento
doutrinário,
identifico qual
a área que eles
desejam, se
filosófico,
científico ou
emocional.
A propósito
disso, quais as
suas obras
prediletas?
Boa Nova
(Humberto de
Campos-Chico
Xavier),
Missionários da
Luz (André
Luiz-Chico
Xavier), Paulo e
Estêvão
(Emmanuel-Chico
Xavier), Jesus
no Lar (Neio
Lucio-Chico
Xavier),
Constelação
Familiar (Joanna
de
Ângelis-Divaldo
Franco) e O
problema do ser,
do destino e da
dor (Léon
Denis), que é
meu livro de
cabeceira.
Você tem visto
muita gente como
você, que
conheceu o
Espiritismo pela
dor e que, ao
entrar em
contato com a
mensagem de
Jesus,
transformou-se
em trabalhador?
Sim. Tenho
presenciado
algumas
transformações,
mas não tanto
quanto gostaria
e quanto as
Casas
necessitam.
Quando nossas
lágrimas secam,
geralmente
achamos que o
nosso cotidiano
é mais
importante que o
servir.
Qual a sua visão
do movimento
espírita de
Salvador?
Não me sinto
apta a falar do
macro, pois
ainda me situo
no micro, e as
atividades que
exerço não
permitem meu
aprofundamento
nas questões
gerais da
doutrina, em
virtude da carga
horária. O que
percebo é que há
uma movimentação
intensa para
unificação da
doutrina,
objetivo de
Bezerra de
Menezes. A
Federação
Espírita do
Estado da Bahia
promove
congresso,
seminários,
cursos e
encontros com a
finalidade de
divulgar e
qualificar os
adeptos desta
doutrina.
Os centros
espíritas estão
recebendo uma
demanda grande e
necessitam estar
preparados para
esse público. A
dificuldade
encontrada
talvez seja a
falta de
conscientização
dos
trabalhadores
para despertar
para o
aprimoramento no
desempenho das
funções que
exercem.
Como pessoa
formada em
Administração de
Empresas, você
tem alguma
sugestão ou
alguma ideia que
considera
interessante
passar aos
dirigentes
espíritas no que
concerne à
administração do
centro espírita?
Gosto muito do
termo usado em
Administração
chamado
benchmarking,
que consiste em
aprender com
outros e aplicar
apenas o que lhe
cabe. Para isso,
é importante
visitar outros
centros com a
proposta de
colher
informações e
trocar
experiências
visando melhorar
o andamento dos
processos que
envolvem o
centro.
A sucessão de
cargos dentro do
centro deveria
ser algo pensado
para longo
prazo, com o
intuito de
preparar a nova
direção de forma
prudente, para
que não haja uma
disputa acirrada
de poder.
É importante
nesse sentido
observar as
qualificações de
cada indivíduo
para aproveitar
suas habilidades
nas funções
específicas.
Uma das
dificuldades que
alguns centros
espíritas
enfrentam é a
escassez de
voluntários.
Qual sua opinião
sobre isso?
Diversos fatores
contribuem para
isso. O mais
fácil seria
dizer que as
pessoas são
imediatistas (e
o são), mas
acredito que o
fato ocorre em
virtude do apego
de alguns
trabalhadores
aos seus postos,
os quais não se
mostram
receptivos com
os novatos.
Outra questão é
que muitos
buscam o lado do
fenômeno na
doutrina e só
desejam
trabalhar nessa
área, mesmo sem
ter conhecimento
algum e sem se
preparar para
isso.
Outra coisa que
acredito que
afasta possíveis
colaboradores é
eles perceberem
a carga horária
extensa e com
isso pensar que
com eles será da
mesma forma,
ideia que os
assusta,
ignorando que,
se mais
trabalhadores
chegarem, essa
carga horária
diminui e quem
ganha somos
todos nós,
trabalhadores da
seara espírita.
Suas palavras
finais.
Sou uma pessoa
em busca
constante do
saber. A
espiritualidade
me concedeu um
trabalho com o
qual levo para a
mesa o alimento
do corpo e
adquiro
conhecimento
para alimentar o
espírito. A cada
atividade que
exerço percebo
quanto somos
regidos por leis
que favorecem o
nosso
crescimento.
Tenho
necessidade de
aprender
amorosidade para
retribuir ao
Universo o que
tem feito por
mim e gostaria
de ter o poder
especial de
internalizar nas
pessoas as
palavras de
Jesus: "Buscai,
em primeiro
lugar, o Reino
de Deus e a sua
justiça, e todas
essas
necessidades vos
serão dadas por
acréscimo". Ler
um livro que lhe
traga um
conhecimento
doutrinário é,
também, uma
busca pelo Reino
de Deus.
Fonte: Retirado de o Consolador uma Revista Semanal de Divulgação Espírita.
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