quinta-feira, 30 de agosto de 2018

CLASSIFICAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES MEDIÚNICAS - REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI





Classificação das comunicações mediúnicas

Este é o módulo 95 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Como Kardec classifica as comunicações mediúnicas?
2. Há diferença entre comunicações grosseiras e comunicações frívolas?
3. Qual a característica principal das comunicações sérias?
4. Pode uma comunicação séria ser falsa? Como sabê-lo?
5. Que são comunicações instrutivas?

Texto para leitura

A comunicação reflete o grau de adiantamento do Espírito
1. Em O Livro dos Médiuns Kardec faz uma classificação pertinente à natureza das comunicações mediúnicas, que o Codificador divide em quatro grupos: 
·              grosseiras
·              frívolas
·              sérias e
·              instrutivas.
2. As comunicações mediúnicas, ensina Kardec, dependem, quanto ao seu conteúdo, do grau de adiantamento do Espírito comunicante, ou seja, de sua posição na escala espírita, assunto que é tratado nas questões nos 100 e seguintes d´O Livro dos Espíritos.
3. Da mesma forma que os encarnados, os Espíritos desencarnados apresentam uma grande variedade quanto à inteligência e à moralidade e, por causa disso, o ditado mediúnico refletirá o grau de adiantamento moral ou cultural do comunicante.
4. Diz-se que uma comunicação é grosseira quando concebida em termos que chocam o decoro. Comunicações dessa natureza só podem provir, obviamente, de Espíritos de baixa condição espiritual, cobertos das impurezas da matéria e em nada diferem das que provenham de homens viciosos e grosseiros. 

As comunicações frívolas emanam de Espíritos brincalhões
5. De acordo com o caráter do comunicante, as comunicações grosseiras dividem-se em triviais, ignóbeis, obscenas, insolentes, arrogantes, malévolas e mesmo ímpias. Examinando-as, o experimentador deduzirá com facilidade o grau evolutivo daquele que as transmitiu por esse ou aquele medianeiro.
6. As comunicações frívolas emanam de Espíritos levianos, zombeteiros ou brincalhões, mais maliciosos do que maus e que nenhuma importância dão ao que dizem. Como não encerram nada de indecoroso, tais comunicações agradam a certos indivíduos que com elas se divertem, porque encontram prazer nas confabulações fúteis em que muito se fala e nada se diz.
7. Tais Espíritos saem-se, muitas vezes, com tiradas espirituosas e mordazes e, não raro, dizem duras verdades que quase sempre ferem com justeza. Como a verdade é o que menos os preocupa, têm eles o maligno prazer de mistificar.
8. As comunicações sérias são ponderadas quanto ao assunto e elevadas quanto à forma. Quando uma comunicação é isenta de frivolidade e de grosseria e objetiva um fim útil, ainda que de caráter particular, podemos considerá-la uma comunicação séria. Como nem todos os Espíritos são igualmente esclarecidos, existem coisas que o comunicante pode ignorar e sobre o que pode enganar-se de boa fé. 

Uma comunicação pode ser séria e não ser verdadeira
9. Por causa disso, nem sempre uma comunicação séria é verdadeira. Existem as falsas. Eis por que os Espíritos verdadeiramente superiores recomendam de contínuo que submetamos todas as comunicações ao crivo da razão e da mais rigorosa lógica. 
10. Como sabemos, certos Espíritos presunçosos ou pseudossábios procuram, valendo-se de uma linguagem elevada, incutir nos encarnados as mais falsas ideias, os sistemas mais absurdos. Não têm eles nenhum escrúpulo em se adornarem com nomes respeitáveis, e tal mistificação somente um exame rigoroso e atento poderá desvendar.
11. As comunicações instrutivas são as comunicações sérias cujo principal objeto consiste num ensinamento qualquer, ministrado pelos Espíritos, sobre as ciências, a moral ou a filosofia. São mais ou menos profundas, conforme o grau de elevação e de desmaterialização do Espírito comunicante.
12. As comunicações instrutivas são, por definição, verdadeiras, visto que o que não for verdadeiro não pode ser instrutivo. Para se julgar o valor moral e intelectual dos Espíritos que as ditam, é preciso frequência e regularidade nas suas comunicações, o que é fácil de compreender, porque se para julgar os homens é necessário ter experiência, muito mais é esta necessária quando se trata de julgar os Espíritos.

Respostas às questões propostas

1. Como Kardec classifica as comunicações mediúnicas?
O Codificador do Espiritismo divide-as em quatro grupos: grosseiras, frívolas, sérias e instrutivas.
2. Há diferença entre comunicações grosseiras e comunicações frívolas?
Sim. As comunicações grosseiras contêm, como o nome diz, grosserias e podem ser indecorosas, obscenas, insolentes, arrogantes, malévolas e mesmo ímpias. As comunicações frívolas emanam de Espíritos levianos, zombeteiros ou brincalhões, mais maliciosos do que maus e que nenhuma importância dão ao que dizem. 
3. Qual a característica principal das comunicações sérias?
O que as caracteriza é serem ponderadas quanto ao assunto e elevadas quanto à forma. Se a comunicação é isenta de frivolidade e de grosseria e objetiva um fim útil, ainda que de caráter particular, podemos considerá-la uma comunicação séria. 
4. Pode uma comunicação séria ser falsa? Como sabê-lo?
Sim. A experiência comprova que nem sempre uma comunicação séria é verdadeira. Existem as falsas. É por isso que os Espíritos verdadeiramente superiores recomendam de contínuo que submetamos todas as comunicações ao crivo da razão e da mais rigorosa lógica, que é o único meio de saber se elas são verdadeiras ou não.
5. Que são comunicações instrutivas?
As comunicações instrutivas são as comunicações sérias cujo principal objeto consiste num ensinamento qualquer, ministrado pelos Espíritos, sobre as ciências, a moral ou a filosofia. As comunicações instrutivas são, por definição, verdadeiras, visto que o que não for verdadeiro não pode ser instrutivo. 

Bibliografia:
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, FEB, 41ª ed., itens 133 a 137.

Observação:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste linkhttps://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.

segunda-feira, 27 de agosto de 2018

LÍNGUA PORTUGUESA REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULOXXI





O advérbio debaixo, escrito assim mesmo,  numa única palavra, significa: em posição inferior; em condição ou situação inferior; em desprestígio; por baixo.
Exemplos:
•  João subiu na vida, mas agora está debaixo.
•  O patrão agora está debaixo; perdeu a arrogância.
•  Numa coluna, o capitel é a parte de cima; a base é a que fica debaixo.
Com essa palavra surge a locução debaixo de, que significa:
1. Em posição inferior a (uma coisa que está por cima, ou acima); sob.
2. Em consequência de.    
3. Exprime relações de dependência, sujeição, subordinação etc.
Exemplos:
•  A família escondia o dinheiro debaixo do colchão.
•  Todos eles vivem debaixo do mesmo teto.
•  Ele se aquietou debaixo de tantas acusações.
•  José vive atormentado, debaixo das dívidas imensas que contraiu.

*

A palavra baixo, e não debaixo, é que deve ser usada em frases deste tipo:
- Maria estava sem a roupa de baixo.
- O guarda o olhou de baixo a cima.
Com essa palavra surge a locução por baixo, que significa: em situação má, inferior; sem prestígio; em dificuldades.
Exemplos:
- Francisco anda tão por baixo que talvez jamais se levante.
- Quem anda por baixo no futebol é o Coritiba.




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste link:http://goo.gl/OJCK2W, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

MECANISMO DA COMUNICAÇÃO MEDIÚNICA REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULOXXI




Mecanismo da comunicação mediúnica

Este é o módulo 94 de uma série que esperamos sirva aos neófitos como iniciação ao estudo da doutrina espírita. Cada módulo compõe-se de duas partes: 1) questões para debate; 2) texto para leitura.
As respostas correspondentes às questões apresentadas encontram-se no final do texto sugerido para leitura. 

Questões para debate

1. Que é, segundo o Espiritismo, um médium?
2. Podemos dizer que a faculdade mediúnica se radica no organismo das pessoas?
3. Há diferença entre afinidade fluídica e afinidade moral?
4. Que dificuldades existentes na prática mediúnica devemos procurar sanar ou ao menos minimizar?
5. Que fatores são importantes para a realização de um trabalho mediúnico produtivo?

Texto para leitura

A faculdade mediúnica depende do organismo das pessoas
1. Médiuns, ensina o Espiritismo, são as pessoas aptas a sentir a influência dos Espíritos e a transmitir os pensamentos destes. A mediunidade é uma faculdade inerente ao homem, donde se segue que poucos são os que não possuem um rudimento de tal faculdade.
2. O fluido perispiritual é o agente de todos os fenômenos espíritas, que só se podem produzir pela ação recíproca dos fluidos emitidos pelo médium e pelo Espírito. O desenvolvimento da faculdade mediúnica depende, pois, da natureza mais ou menos expansiva do perispírito do médium e da maior ou menor facilidade de sua assimilação pelo perispírito do Espírito que se vai comunicar por seu intermédio.
3. A faculdade mediúnica depende, portanto, do organismo e pode ser desenvolvida quando exista no indivíduo o princípio. A predisposição orgânica independe, no entanto, da idade da pessoa, do sexo e do temperamento.
4. As relações entre os Espíritos e os médiuns estabelecem-se por meio dos respectivos perispíritos, dependendo a facilidade dessas relações do grau de afinidade existente entre eles. Não podemos, entretanto, jamais ignorar que a mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos.

Afinidade fluídica e afinidade moral são coisas distintas
5. Aprendemos com André Luiz que cada alma se envolve no círculo de forças vivas que transpiram do seu hálito mental, na esfera das criaturas a que se imana, em obediência às suas necessidades de ajuste ou de crescimento para a imortalidade. Agimos e reagimos uns sobre os outros – informa André Luiz – por meio da energia mental em que nos renovamos constantemente, criando, alimentando e destruindo formas e situações, paisagens e coisas, na estruturação do nosso destino.
6. Entre determinado Espírito e um médium pode haver afinidade fluídica e não existir afinidade moral, tanto quanto pode existir afinidade moral e não haver afinidade fluídica. Esta, a afinidade fluídica, depende da constituição do organismo espiritual do médium e do Espírito. A afinidade moral é a consequência do adiantamento espiritual alcançado por um e outro.
7. Existem na prática mediúnica algumas dificuldades que devemos, na medida do possível, procurar sanar, ou ao menos minimizar. Destacamos, dentre elas, a falta de estudo, a deficiência de iluminação moral, a escassez de perseverança, a ausência de assiduidade, a impaciência etc. Essas deficiências podem gerar dificuldade na harmonização das vibrações e dos pensamentos.
8. É justamente na combinação das forças psíquicas e dos pensamentos entre os médiuns e os experimentadores, de um lado, e entre estes e os Espíritos, de outro, que reside inteiramente a lei das manifestações.

A harmonia é indispensável a uma boa reunião mediúnica
9. As condições de experimentação são favoráveis quando o médium e os assistentes constituem um grupo harmônico. Outros fatores que favorecem também o bom êxito das reuniões mediúnicas são o silêncio e o recolhimento. Se, contudo, houver desarmonia ou desentendimento na equipe, haverá inequívocas dificuldades na realização de um bom intercâmbio mediúnico.
10. Muitas vezes, a ausência de método, a falta de continuidade e a inexistência de uma direção segura nas experiências mediúnicas podem tornar estéreis a boa vontade dos médiuns e as aspirações, ainda que legítimas, dos experimentadores.
11. Ciente de que as comunicações mediúnicas não podem deixar de ser rigorosamente analisadas, o médium deve aceitar agradecido, e até mesmo solicitar, o exame crítico das comunicações de que for o intermediário.
12. Um trabalho mediúnico produtivo deve, pois, primar pelo estudo, pelo esforço de melhoria moral, pela perseverança, pela humildade, pela assiduidade, pela disciplina por parte dos integrantes da equipe, e ser exercido em um ambiente de silêncio, prece, recolhimento e seriedade, com vistas ao bem-estar e à melhoria espiritual do próximo.

Respostas às questões propostas

1. Que é, segundo o Espiritismo, um médium?
Médium é a pessoa apta a sentir a influência dos Espíritos e a transmitir os pensamentos destes. A mediunidade é uma faculdade inerente ao homem, donde se segue que poucos são os que não possuem um rudimento de tal faculdade.
2. Podemos dizer que a faculdade mediúnica se radica no organismo das pessoas?
Sim. A faculdade mediúnica depende do organismo e pode ser desenvolvida quando exista no indivíduo o princípio. A predisposição orgânica independe, no entanto, da idade da pessoa, do sexo e do temperamento.
3. Há diferença entre afinidade fluídica e afinidade moral?
Sim. Entre determinado Espírito e um médium pode haver afinidade fluídica e não existir afinidade moral, tanto quanto pode existir afinidade moral e não haver afinidade fluídica. A afinidade fluídica depende da constituição do organismo espiritual do médium e do Espírito. A afinidade moral é a consequência do adiantamento espiritual alcançado por um e outro.
4. Que dificuldades existentes na prática mediúnica devemos procurar sanar ou ao menos minimizar?
As dificuldades que devemos sanar ou minimizar são, principalmente, a falta de estudo, a deficiência de iluminação moral, a escassez de perseverança, a ausência de assiduidade e a impaciência.
5. Que fatores são importantes para a realização de um trabalho mediúnico produtivo?
As condições de experimentação são favoráveis quando o médium e os assistentes constituem um grupo harmônico. Um trabalho mediúnico produtivo deve, também, primar pelo estudo, pelo esforço de melhoria moral, pela perseverança, pela humildade, pela assiduidade, pela disciplina por parte dos integrantes da equipe, e ser exercido em um ambiente de silêncio, prece, recolhimento e seriedade, com vistas ao bem-estar e à melhoria espiritual do próximo.

Bibliografia:
O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec, FEB, 41a ed., cap. 29, item 329, e cap. 31, item XXIII.
Obras Póstumas, de Allan Kardec, FEB, 13a ed., Manifestações dos Espíritos, itens 33 a 35.
No Invisível, de Léon Denis, FEB, 7a edição, pp. 84 e 89.
A Mediunidade sem lágrimas, de Eliseu Rigonatti, LAKE, 5a ed., pp. 34, 46 e 47.
Nos Domínios da Mediunidade, de André Luiz, psicografia de Chico Xavier, FEB, 9a ed., pp. 11 a 17.

Observação:
Eis os links que remetem aos 3 últimos textos:




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste linkhttps://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.

terça-feira, 21 de agosto de 2018

OS DOIS PASSOS E A CONCLUSÃO - REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI





Os dois passos e a conclusão

CÍNTHIA CORTEGOSO
cinthiacortegoso@gmail.com
De Londrina-PR

Por ser extremamente grandiosa, a vida deve ser apreciada com maior propósito, ou seja, com o reconhecimento respeitoso de que ela foi, com muito amor, criada por Deus. E mesmo que de forma humanamente superficial, somos responsáveis pela sua preservação em todos os segmentos com os quais nos depararmos. E isso é constante.
Abaixo, seguem dois passos e conclusão acerca do início da assimilação do sentido da vida.
Primeiro passo: procurar discernir o que é real, ou melhor, o que é valioso para o coração. Quando isso é observado, de fato, mais energia restará para viver de verdade. A vida não exige o tempo tomado por atividades, compromissos, robotização, a vida é mais experiente e carinhosa, ela, muito radiante se sente, quando nos percebe felizes com mais calma que ansiedade, com mais obediência emancipada que rebeldia cega, com mais ternura que a castigante frieza. A vida é a doce lição para os seres crescerem e mais agradecerem a ela, pois a gratidão só nasce quando o aprendizado ocorreu.
Segundo passo: após compreender que a vida é bem mais simples e notável para sufocá-la com tantos afazeres irrisórios, inicia-se, então, a nobre etapa da valorização de sua essência. Caso haja certa dificuldade em distinguir as ações reais, perguntar-se ao deitar sobre as ações do dia; as que trouxerem um sorriso serão essência, as que comprimirem o coração, sem dúvida, não foram e nunca serão. De certa maneira, sabemos o que é real e ilusão; porém, os prazeres mundanos infelizmente quase se tornam essência para muitos.
A conclusão simplesmente depende da decisão em avançar mais rápido para a completude ou demorar-se em teias de ansiedade e tristeza. Em nosso interior há os reais pesos e medidas e também a nossa escolha.
Se deseja mel, cultive abelhas; se deseja luz, abra a janela da renovação.
E bem no alto da montanha o vento livre sopra.

Visite o blog Conto, crônica, poesia… minha literatura:http://contoecronica.wordpress.com/




Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste linkhttps://goo.gl/ZCUsF8, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.

sábado, 18 de agosto de 2018

A ALMA É IMORTAL - REPRODUZIDO DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI





A Alma é Imortal

Gabriel Delanne

Parte 21

Continuamos o estudo do clássico A Alma é Imortal, de Gabriel Delanne, conforme tradução de Guillon Ribeiro, publicada pela Federação Espírita Brasileira.
Esperamos que este estudo sirva para o leitor como uma forma de iniciação aos chamados Clássicos do Espiritismo.
Cada parte do estudo compõe-se de:
a) questões preliminares;
b) texto para leitura.
As respostas às questões propostas encontram-se no final do texto indicado para leitura. 

Questões preliminares

A. O calor aumenta ou diminui o movimento das moléculas que formam os corpos materiais?
B. Por que razão os fluidos do mundo espiritual são sempre imponderáveis?
C. A força centrífuga tem por efeito diminuir ou aumentar o efeito da gravidade?

Texto para leitura

225. Nos dias atuais, uma grandiosa concepção veio mudar de novo a face da ciência: a de que todas as forças da Natureza se reduzem, na verdade, a uma só. A energia ou a força (são sinônimos os dois termos) pode assumir todas as aparências, sendo, alternativamente, calor, eletricidade, luz e dar origem às combinações e decomposições químicas. (Pág. 237)
226. Aquecer um corpo significa aumentar-lhe o movimento interno, isto é, o movimento de suas moléculas. Ora, desde o átomo invisível até o corpo celeste, tudo se acha sujeito a movimento, tudo gravita numa órbita imensa ou infinitamente pequena. Em geral, a aceleração do movimento das moléculas lhes aumenta as órbitas e as afasta uma das outras, ou, por outras palavras, aumenta o volume dos corpos. (Págs. 237 e 238)
227. Sob a influência do calor, as moléculas - afastando-se cada vez mais - fazem com que os corpos passem do estado sólido ao líquido e, em seguida, ao gasoso. Persistindo o calor, os gases se dilatam indefinidamente, e aí está o princípio que rege os veículos movidos a vapor. (Pág. 238)
228. À medida que a matéria passa do estado sólido ao estado líquido, o volume aumenta; depois, do estado líquido ao gasoso, a dilatação se torna ainda maior, de sorte que a matéria se rarefaz, na proporção em que o movimento molecular se pronuncia. Um litro d’ água, por exemplo, dá 1.700 litros de vapor, isto é, ocupa um volume 1.700 vezes superior ao que ocupava no estado líquido. Nessas condições, as atrações mútuas entre as moléculas diminuem e o movimento oscilatório das mesmas se torna mais rápido. (Págs. 238 e 239)
229. A velocidade das moléculas será tanto maior quanto mais leve for o gás, ou seja, quanto menos matéria contiver na unidade de volume. Assim, enquanto a velocidade média por segundo, à temperatura do gelo em fusão (zero grau), é de 485 metros para as moléculas do ar, ela alcança 1.848 metros por segundo no caso das moléculas do hidrogênio. (Pág. 239)
230. Ora, se acompanharmos a ciência em suas induções, será perfeitamente possível conceber um estado em que a matéria se ache tão rarefeita que o seu movimento molecular a liberte da atração terrestre. O éter dos físicos atende a essa concepção. (Pág. 240)
231. De acordo com o Espiritismo, os Espíritos possuem um corpo fluídico que nenhuma das formas de energia pode influenciar. Nem os frios intensos dos espaços interplanetários, nem a temperatura de muitos milhares de graus dos sóis qualquer influência exercem sobre a matéria perispirítica. (Pág. 241)
232. Os fluidos do mundo espiritual caracterizam-se - segundo Delanne - por movimentos cada vez mais rápidos das moléculas e dos átomos e, por isso, são sempre imponderáveis. (Pág. 245)
233. Encerrando este capítulo, o autor trata da questão da ponderabilidade e explica por que um pedaço de ferro apresenta pesos diferentes, conforme seja posto numa balança em Paris, no equador ou num dos polos do globo. É que o peso de um corpo mais não é do que a soma das atrações exercidas pela Terra sobre cada uma das moléculas desse corpo. Ora, a atração decresce com muita rapidez segundo o afastamento do objeto em relação ao centro do planeta. Assim, um pedaço de ferro que pesasse 2 kg em Paris, no equador pesaria menos 5,70 gramas e no polo mais 5,70 gramas. (Pág. 246)
234. A gravidade é, portanto, uma propriedade secundária, não ligada intimamente à substância, o que permite conceber com certa facilidade como a matéria pode vir a ser imponderável. Basta-lhe desenvolver uma força suficiente para contrabalançar a atração terrestre. (Pág. 247)
235. Os corpos que giram em torno de um centro, como a Terra gira sobre si mesma, desenvolvem uma força que é denominada força centrífuga, que tem por efeito diminuir o efeito da gravidade. No polo ela é nula e máxima no equador. Calculou-se que se a Terra girasse dezessete vezes mais depressa, isto é, se fizesse sua rotação em 1 hora e 24 minutos, a força centrífuga se tornaria grande bastante para destruir a ação da gravidade, de modo que um corpo colocado no equador deixaria de pesar. (Pág. 247)

Respostas às questões preliminares

A. O calor aumenta ou diminui o movimento das moléculas que formam os corpos materiais?
Aumenta. Aquecer um corpo significa aumentar-lhe o movimento interno, isto é, o movimento de suas moléculas. Sob a influência do calor, as moléculas - afastando-se cada vez mais - fazem com que os corpos passem do estado sólido ao líquido e, em seguida, ao gasoso. Persistindo o calor, os gases se dilatam indefinidamente, e aí está o princípio que rege os veículos movidos a vapor. (A Alma é Imortal, págs. 237 a 239.)
B. Por que razão os fluidos do mundo espiritual são sempre imponderáveis?
A velocidade das moléculas será tanto maior quanto mais leve for o gás, ou seja, quanto menos matéria contiver na unidade de volume. Os fluidos do mundo espiritual caracterizam-se por movimentos cada vez mais rápidos das moléculas e dos átomos, e é isso que os torna imponderáveis. (Obra citada, págs. 239 a 245.)
C. A força centrífuga tem por efeito diminuir ou aumentar o efeito da gravidade?
A gravidade é uma propriedade secundária, não ligada intimamente à substância, o que permite conceber com certa facilidade como a matéria pode vir a ser imponderável. Basta-lhe desenvolver uma força suficiente para contrabalançar a atração terrestre. Os corpos que giram em torno de um centro, como a Terra gira sobre si mesma, desenvolvem uma força que é denominada força centrífuga, que tem por efeito diminuir o efeito da gravidade. Se a Terra girasse dezessete vezes mais depressa, isto é, se fizesse sua rotação em 1 hora e 24 minutos, a força centrífuga se tornaria grande bastante para destruir a ação da gravidade, de modo que um corpo colocado no equador deixaria de pesar. (Obra citada, págs. 246 e 247.)

Observação:
Eis os links que remetem aos três últimos textos:





Como consultar as matérias deste blog? Se você não conhece a estrutura deste blog, clique neste linkhttps://goo.gl/h85Vsc, e verá como utilizá-lo e os vários recursos que ele nos propicia.