terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

NÃO SEJA BESTA PARTIDÁRIA

Não seja besta partidária

Brasileiro que tem o mínimo respeito pela sua dignidade, que tem pelo menos um mínimo de inteligência, jamais coloca partido político acima da sua razão, porque tem consciência de que, assim como um hospital precisa de médicos competentes para dirigi-lo, assim como a construção de uma grande ponte precisa de engenheiros competentes para garantir a sua segurança, as companhias aéreas precisam de pilotos competentes para conduzir as suas aeronaves a política também deveria depender de gente competente para desempenhar os diversos cargos.
A quem deveria ser confiada a condução de um Ministério?
Ao mais competente homem afim com a área a que se destina. Se for da Saúde, a um excelente médico e administrador, se for da Agricultura, a um competente brasileiro na área da Agricultura... etc.., mas infelizmente não é assim, o ministério sempre tem que ser ocupado por uma indicação do partido coligado, onde a condição “sine qua non” para a indicação é saber se o elemento topa fazer as jogadas políticas, as malandragens das licitações fraudulentas e toda a safadeza que a política partidária contempla. 
Transformar em vereador, deputado ou senador uma besta quadrada qualquer, só porque é líder de passeatas, líder de fazer greves, de sindicatos, habituado a falar mal dos outros, líder de uma determinada igreja ou vive subindo em palanques para se dizer defensor dos pobres é uma das maiores burrices que um cidadão pode fazer em relação ao seu país.
Acreditar que apenas um partido é representação dos “trabalhadores” é a mesma coisa que acreditar num outro que se dissesse representante das pessoas que tem bunda.
Afinal de contas, existe alguém que não tenha bunda?
Da mesma forma, existe alguém no País que não seja trabalhador?
A sua mãe, em casa, trabalha o dia inteiro na limpeza da casa, no preparo do alimento, nos cuidados com a roupa da família, etc... Os médicos, que são considerados elites e burguesia, também trabalham com uma responsabilidade enorme para cuidar da saúde dos seus pacientes, sujeitos a serem responsabilizados e até serem presos caso alguém venha a óbito e os familiares atribuam a morte a um possível erro dele. Nenhum outro trabalho está sujeito a tal risco.
O dono da padaria, considerado elite e burguesia por ter uma empresa, também dá um duro enorme o dia inteiro para administrar e operar o seu empreendimento.
Por que todo cidadão brasileiro que se empenha nos estudos, se mata para concluir um curso superior, forma-se numa determinada profissão, dedica-se por ser um profissional de destaque e, em decorrência disto, passa a ter uma vida de sucesso e conseqüentemente um confortável padrão econômico financeiro, generalizadamente passa a ser considerado elite, burguesia e responsável por todos os males que ocorrem com o segmento populacional considerado mais pobre?
Por que para ser digna no Brasil a pessoa tem que ser pobre e miserável?
A entrada na Universidade então é a entrada na escola do crime?
Lamentavelmente esta é a conclusão que se chega a considerar que todas as pessoas que se formam e conseguem ficar bem sucedidas na vida, necessariamente são enquadradas como elites e burguesias, e passam a ser responsáveis pela desgraça das classes de menor poder aquisitivo.
E haja cacete em cima delas. Se os que ganham mais, naturalmente já pagam mais impostos, por ação da matemática no campo da proporcionalidade, por que o governo determina que a essas pessoas têm ainda que extorquir mais?
Não é uma forma de punir e castigar o cidadão pelo fato de ter estudado, ter se empenhado e vencido na vida, como se dissesse a ele:
- “Quem mandou você estudar, seu trouxa? Você teria que ficar na vagabundagem, nos bares tomando cachaça, jogando bilhar e esperar que o governo providenciasse dinheiro, subtraído dos produtivos, para sustentar os filhos que você coloca no mundo”.
Implicitamente está caracterizado que existe na filosofia do governo uma certa raiva dos que estudam, que se forma e que alcança sucesso na vida.
Não deu pra perceber essa onda de ódio que existe contra os médicos, por exemplo?
Inventaram uma campanha de jogar a população contra os médicos, com uma pergunta de interesses políticos: “Cadê os médicos, que não estão nas pequenas cidades do interior?”
Quando na verdade deveriam perguntar: “Por quais motivos os médicos não estão querendo vir para as cidades do interior?”
As pessoas não sabem que as prefeituras não pagam os médicos, enrolam os médicos, prometem pagar uma coisa e na hora do “vamos ver” pagam outra, não dão condições de trabalho, não investem nos postos de saúde, raio X não funciona, ultra sonografia não funciona, ambulância está quebrada a mais de um ano... e querem que eles façam milagres.
Muitas são as malandragens da política e demandaria escrever um livro para falar sobre algumas delas.

Fonte : Alamar Regis

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