quinta-feira, 29 de outubro de 2015

PÍLULAS GRAMATICAIS (176)


O verbo haver, quando significa “acontecer”, “existir”, “realizar-se” e “fazer”, fica sempre na forma singular.
Exemplos:
Haverá muitos encontros como este. (E não: “Haverão muitos encontros como este”.)
Havia muitas pessoas na fila.
Há meses que não o via.
Houve duas guerras mundiais.
Constitui, pois, erro grosseiro dizer: “Houveram muitas pessoas na festa”, como costumamos ouvir até em palestras.
Igual procedimento devemos observar com relação ao verbo fazer, quando indicativo de tempo, ocasião em que ele ficará sempre na forma singular.
Exemplos:
Faz três horas que cheguei. (E não: “Fazem três horas que cheguei”.)
Fazia cinco anos que não via mamãe.
Em janeiro fará 15 anos que não vou à cidade natal.
É erro grave, portanto, dizer: “Faziam anos que não via meus avós”.
*
Alguém nos pergunta que relação há entre velório e guardamento.
A palavra guardamento significa: ato ou efeito de guardar; vigilância, cuidado.
Com o significado de velório – ato de velar, com outros, um defunto, i. e., de passar a noite em claro na sala onde se encontra exposto um morto – o vocábulo guardamento é usado somente no Paraná. Trata-se, pois, de um brasileirismo, mas restrito aos paranaenses.
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