sábado, 2 de agosto de 2014

"O TRABALHO VOLUNTÁRIO É ATIVIDADE CURATIVA DE GRNDE VALOR"

Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 8 - N° 374 - 3 de Agosto de 2014
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)
 
 
Marcos Guazzelli Neto: 
O presidente da Colônia Espírita Fraternidade, de Avaré (SP), fala sobre a importância do trabalho voluntário voltado para o bem
 
Marcos Guazzelli Neto (foto) nasceu em família espírita na cidade de Avaré (SP), onde reside até hoje. Formado em História, trabalha com comércio de queijos e laticínios. Participa ativamente no Centro Espírita Fraternidade e exerce atualmente o cargo de presidente da Colônia Espírita Fraternidade, instituição agregada do Centro Espíri-
ta, a qual assiste 150 meninos com idade entre 7 e 15 anos. Para falar sobre esse trabalho, Marcos concedeu-nos a seguinte entrevista: 

Como é atuar na cidade onde nasceu Herculano Pires?
Temos grande contato com a família de Herculano Pires aqui em Avaré. Sua irmã Marília Pires participou da inauguração da Colônia declamando seus versos. Sua filha Heloísa, sempre que pode, visita nossa cidade proferindo palestras. Herculano foi grande “Zelador da Doutrina Espírita”, e ainda foi cunhada a expressão “O Metro que Melhor Mediu Allan Kardec”, de maneira que estamos falando de uma alma missionária. Orgulha-nos muito saber que nossa terra serviu de palco para alma tão luminosa.

Quando e por quem foi fundada a Colônia Espírita Fraternidade?
Quando ainda participávamos do grupo de jovens na Associação Espírita Léon Denis, nutríamos um desejo de um dia trabalhar com crianças. Com o tempo a ideia foi tomando corpo até que finalmente eu, Marli Forteza e Luiz Augusto de Freitas (Guto) criamos coragem e demos o passo inicial. Esse trabalho permaneceu graças a muitas pessoas que agregadas ao grupo se dedicam carinhosamente à Instituição.  
Qual o principal perfil da Instituição?     
Pesquisa feita junto ao Juizado da Infância e Juventude e ao Conselho Tutelar de nossa cidade, verificamos uma grande necessidade de programas sociais para crianças do sexo masculino, com idade de 7 a 15 anos. Dessa forma passamos a focar nesse público. Hoje a Colônia proporciona atividades para 150 meninos em regime de contraturno escolar. 
Como se distribuem as atividades doutrinárias e promocionais em área tão extensa?
Sem dúvida, esse trabalho depende de um grande grupo de pessoas que dedicam amor e carinho no que fazem. É das atividades doutrinárias que sai a maior parte do voluntariado para nossos eventos de arrecadação financeira. Deixamos o trabalho voluntariado para a manutenção das atividades, enquanto o trabalho junto às crianças fica a cargo de profissionais de formação técnica em cada área de atuação, contratados e remunerados. Daí o sucesso nos resultados com os meninos: o trabalho com profissionais formados e graduados nas mais diversas áreas. 
A respeito do imenso público nas reuniões públicas, quais as principais observações colhidas do trabalho?
Penso que o número considerável de público para uma cidade do interior seja em razão da simplicidade, do trabalho honesto, das pessoas sérias e motivadas que nelas atuam, além de palestras diversificadas e temas atuais. A ênfase dada à Caridade e à Reforma íntima promove resultados maravilhosos nas pessoas que buscam consolação e ajuda no Centro. Hoje, as pessoas em geral vivem num mundo egoico, individualista, e descobrem como o trabalho voluntário é uma atividade curativa de grande valor, associado às reuniões doutrinárias. 
Como foi a influência do conhecido confrade Tadeu, de Araxá (MG), no desenvolvimento da Instituição?
Nosso grupo de trabalho sempre teve uma ligação muito grande com Minas, primeiramente com contatos do querido Chico Xavier. Posteriormente nosso mestre foi o Sr. Langerton, que carinhosamente chamamos de “Vô”. Tendo por 30 anos trabalhado com Chico em Uberaba, o Vô nos recebia em sua chácara em Peirópolis (40 quilômetros de Uberaba). Ele nos orientava em todas as áreas de atuação, principalmente nos formando no seu grande trabalho da Fitoterapia. Foi exatamente Langerton quem nos falou para conhecermos o Tadeu, de Araxá. Com sua desencarnação, fomos a Araxá, à Casa do Caminho, onde conhecemos o Tadeu. Mostrando grande afinidade conosco, passou assim a ser nosso orientador encarnado nos diversos assuntos ligados ao Centro Espírita e quanto à Colônia. 
Fale-nos sobre sua experiência com os jovens.
Como disse anteriormente, foi justamente na época da Mocidade que teve início a vontade do trabalho com crianças. Sempre muito ligado à juventude, tenho procurado incentivar os jovens em todas as suas atividades. Não tenho dúvidas: para que o Movimento Espírita continue e para que a Colônia não pare, somente orientando os jovens para nos sucederem. Afinal eles possuem muita energia e nós logo não teremos tanta força por conta da idade que, aliás, chega rápido. 
Quais os projetos existentes para as áreas disponíveis?
Nosso próximo desafio é envolver as famílias no trabalho de transformação das crianças. Precisamos trazer os familiares para que, juntos, possamos criar as condições ideais de resgate, transformando todo o núcleo familiar. 
Algo marcante que gostaria de relatar da história da Instituição?
Muito interessante é o terreno onde se localiza a Colônia. Possui 4 alqueires adquiridos no início da década de 60 por um grupo espírita de nossa cidade, mas ficou adormecido por 30 anos até que, ao assumirmos a diretoria, iniciamos o projeto com as crianças. Desse grupo permaneceu um lindo quadro de Jesus doado na época com o intuito de ser colocado no saguão do futuro hospital psiquiátrico a ser construído. Hoje esse quadro se encontra pendurado no refeitório das crianças. É nítido o plano maior nos dirigindo e criando condições para o nosso trabalho. 
Suas palavras finais.
Quero dizer que, ao responder às suas perguntas, estou fazendo em nome de um grupo, que chamamos de Conselho. Pois esse trabalho jamais seria concretizado se não fossem essas pessoas que juntas tomam as decisões e dirigem a Instituição. Agradeço todos os dias a Deus, ao Mestre Jesus e a toda a espiritualidade que deposita em nós a esperança de um bom trabalho aqui na Terra. Um grande abraço e venham nos visitar. Obrigado.
Fonte: retirado de o Consolador  ema Revista de Divulgação Espírita em inteiro Teor

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