APLICADA NA VILA SÃO JOSÉ NO BAIRRO SÃO DOMINGOS EM ROSÁRIO MARANHÃO.
“A Lei da Compensação trata dos ganhos materiais e espirituais que temos
na vida. É na manifestação dessa lei que vemos os efeitos visíveis de nossos
atos, em forma de dádivas, dinheiro, heranças, amizades e bênçãos. Quem ajuda os outros é ajudado,
talvez amanhã, talvez daqui a mil anos, mas será ajudado. A natureza precisa
saldar a dívida. É uma lei matemática e toda a vida é matemática. G. L.
Gurdjieff”. Dai, conclui-se que, quem se nega a saldar a sua dívida sofrerá
sanções!
Maria Odete da Conceição, 45 natural de Chapadinha, há 10 anos está
moradora desta cidade de Rosário, com
residência na Rua São José bairro São Domingos em uma invasão iniciada em abril de 2006 terra
de domínio da prefeitura. Disse Odete trabalhar desde os 10 anos de idade na roça, como
catadora de coco babaçu e pescaria no Rio Munim, Rio Guará e atualmente no Rio
Itapecuru. É pescadora legalizada possui canoa, tarrafa, caçueira e linha vão. No serviço doméstico já
trabalhou mais ou menos 30 anos
oportunidade em que conheceu Reinaldo Lima e Madazinha.
A ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA VILA
SÃO JOSÉ FORMALIZADA JURIDICAMENTE, FUNDADA EM 05/08/2012, CNPJ 18.630.054.0001/04,
ESTABELECIDA EM SUA SEDE PROVISÓRIA, S/N RUA SÃO JOSÉ – BAIRRO SÃO DOMINGOS –
ROSÁRIO MA. Foi fundada com o objetivo de lutar por moradia digna e outros
benefícios para o bairro periférico que só é visitado em época de eleição. Quem nos orientou foi uma defensora pública e pagamos por tudo que
foi preciso.
O sonho de ter uma casa digna nos
levou a bater na porta de vereadores que nos disseram não! Desiludidos, Odete se lembrou do seu
ex-patrão Reinaldo Lima e, em comissão
foram até a sua casa pedir para ajudar
encontrar um engenheiro queriam ser contemplados pelo Programa Minha Casa Minha Vida. Reinaldo visitou a nossa Vila e encaminhou
documentos para o vice-governador do Estado do Maranhão por intermédio de Seu
Cleinaldo Presidente do SINTSEP.
Nesse ínterim Rosendinho passou pelo gabinete do Seu Tio o Vice Governador e ele
disse que havia uma Associação em Rosário que estava a procura de uma empresa
para fazer casas. Ficamos felizes com a proposta de recebermos as primeiras 50
casas. A documentação está pronta só falta Dona Irlahi nos doar a terra.
Já havíamos também, encaminhado
documentos contendo as nossas reivindicações
para a Senhora prefeita Irlahi
Linhares Moraes, e, nesse documento solicitava a
visita de um Fiscal para definir limites da Terra do Senhor Reginaldo.
Passamos andando para a prefeitura por 05 meses e nada! Quando foi no dia 02 de Dezembro do ano em curso, chegou um fiscal o Senhor
José Aragão Abreu, mediu a sobra de terra e entregou um cocris. Embora
estivesse a área cercada por
Reginaldo nós requeremos a terra que
mede: 56 000 metros. Tendo em vista,
que, já contamos 12 vezes que Diretores da mencionada Associação caminharam
para a prefeitura e, não encontraram a
prefeita, nós decidimos por invadir a terra.
Quando nós pedimos a opinião de Seu Reinaldo sobre a invasão, ele nos disse
que não competia decidir sobre o fazer ou não e sim, orientar sobre
organização e fazer os encaminhamentos institucionais desde que a Diretoria por
maioria decida fazer. No dia 06 de
dezembro nós decidimos pela invasão, no dia 07
ficamos sabendo que a polícia federal ia nos tirar da área invadida,
telefonamos para Seu Reinaldo e ele nos atendeu. Foi ele quem conversou com os
policiais e com o Senhor Reginaldo e ele não apresentou documento da terra. Na área nós
encontramos um buraco onde faziam desmontes de bicicletas e muitos pés de tucum a terra
estava improdutiva temos a prova.
No começo Odete cobrava uma taxa
de R$ 20,00 depois aumentou para R$ 30.00
não é para vender lotes é para
pagar as despesas com gráfica, alimentação, ferramentas etc. Estamos pagando por hora de maquina para
limpar o terreno R$ 160,00 despesas que deveriam ser custeadas pela prefeitura. Por último Seu Reinaldo nos orientou procurar
a Defensoria pública para nos dar o apoio Jurídico, considerando leviandades publicadas
em Blogs e no Jornal Pequeno e, por ter nos
negado o direito de resposta, já está
agendado.
Nós somos invasores porque existem muitas famílias que estão vivendo de favores.
Existem casas com até três famílias conviventes. Na área
invadida já conta-se 150 lotes: medem
08X20 metros distribuídos e, alguns com pessoas morando debaixo dos
casebres com cobertura de palha babaçu,
enquanto a prefeita se esconde.
Portanto, prezados leitores não
somos membros partidários, não temos preferência por empresas nós queremos é
moradia digna!
Tempo se passou vieram duas ações
de reintegração de posse. Eu providenciei para
que o SINTSEP Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do
Maranhão pudesse pagar advogado para realizar
defesa. Organizamos o Bloco dos Sem Nada
no período carnavalesco compus duas marchinhas com o título Bloco dos Sem Nada e a outra intitulada
Moradia. Como resultado a prefeita
doou 50 lotes.
Cleinaldo candidatou-se eu pedi apoio me prometeram, como não foi
possível pagar para Benilma e Delza diretoras da Associação o que elas queriam elas prometeram e cumpriram fazer com que
Cleinaldo não recebesse votos dos invasores em razão das brigas internas. Com o julgamento do mérito da ação e, como
não podia ser diferente vai acontecer a reintegração de posse. Não tendo os nossos beneficiários cumprido
com suas partes é claro que automaticamente as relações deveriam e foram
rompidas. Eu avisei e depois paguei para avisarem sobre o que podia acontecer. “Acontece é que invasores são intelectuais”!!!
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