terça-feira, 14 de outubro de 2014

“A LEI DA COMPENSAÇÃO”



 APLICADA  NA VILA SÃO JOSÉ  NO BAIRRO SÃO DOMINGOS EM ROSÁRIO MARANHÃO.
“A Lei da Compensação trata dos ganhos materiais e espirituais que temos na vida. É na manifestação dessa lei que vemos os efeitos visíveis de nossos atos, em forma de dádivas, dinheiro, heranças, amizades e bênçãos. Quem ajuda os outros é ajudado, talvez amanhã, talvez daqui a mil anos, mas será ajudado. A natureza precisa saldar a dívida. É uma lei matemática e toda a vida é matemática. G. L. Gurdjieff”. Dai, conclui-se que, quem se nega a saldar a sua dívida sofrerá sanções!

Maria Odete da Conceição, 45 natural de Chapadinha, há 10 anos está moradora  desta cidade de Rosário, com residência na Rua São José bairro São Domingos em  uma invasão iniciada em abril de 2006 terra de domínio da prefeitura. Disse  Odete trabalhar  desde os 10 anos de idade na roça, como catadora de coco babaçu e pescaria no Rio Munim, Rio Guará e atualmente no Rio Itapecuru. É pescadora legalizada possui canoa, tarrafa,  caçueira e linha vão. No serviço doméstico já trabalhou  mais ou menos 30 anos oportunidade em que conheceu Reinaldo Lima e Madazinha.

A ASSOCIAÇÃO DE MORADORES DA VILA SÃO JOSÉ FORMALIZADA JURIDICAMENTE, FUNDADA EM 05/08/2012, CNPJ 18.630.054.0001/04, ESTABELECIDA EM SUA SEDE PROVISÓRIA, S/N RUA SÃO JOSÉ – BAIRRO SÃO DOMINGOS – ROSÁRIO MA. Foi fundada com o objetivo de lutar por moradia digna e outros benefícios para o bairro periférico que só é visitado em época de eleição.  Quem nos orientou foi  uma defensora pública e pagamos por tudo que foi preciso.

O sonho de ter uma casa digna nos levou a bater na porta de vereadores que nos disseram não!  Desiludidos, Odete se lembrou do seu ex-patrão  Reinaldo Lima e, em comissão foram até a sua casa pedir para ajudar  encontrar um engenheiro queriam ser contemplados pelo Programa Minha Casa Minha Vida.  Reinaldo visitou a nossa Vila e encaminhou documentos para o vice-governador do Estado do Maranhão por intermédio de Seu Cleinaldo Presidente do SINTSEP.

 Nesse ínterim  Rosendinho passou pelo  gabinete do Seu Tio o Vice Governador e ele disse que havia uma Associação em Rosário que estava a procura de uma empresa para fazer casas. Ficamos felizes com a proposta de recebermos as primeiras 50 casas. A documentação está pronta só falta Dona Irlahi nos doar a terra. 

Já havíamos também, encaminhado documentos contendo as nossas reivindicações   para a Senhora prefeita Irlahi Linhares Moraes, e,  nesse documento solicitava a visita de um Fiscal para definir limites da Terra do Senhor Reginaldo. Passamos andando para a prefeitura por 05 meses e nada!  Quando foi no dia  02 de Dezembro do ano em curso,  chegou um  fiscal o Senhor José Aragão Abreu, mediu a sobra de terra e entregou um cocris. Embora estivesse  a área cercada por Reginaldo   nós requeremos a terra que mede: 56 000 metros.  Tendo em vista, que, já contamos 12 vezes que Diretores da mencionada Associação caminharam para a prefeitura e, não encontraram  a prefeita, nós decidimos por invadir a terra.

Quando nós pedimos a opinião de Seu Reinaldo sobre a invasão, ele  nos disse  que  não competia  decidir sobre  o fazer ou não e sim, orientar sobre organização e fazer os encaminhamentos  institucionais desde que a Diretoria por maioria decida fazer.  No dia 06 de dezembro nós decidimos pela invasão, no dia 07  ficamos sabendo que a polícia federal ia nos tirar da área invadida, telefonamos para Seu Reinaldo e ele nos atendeu. Foi ele quem conversou com os policiais e com o Senhor Reginaldo e ele  não apresentou documento da terra. Na área nós encontramos um buraco onde faziam desmontes  de bicicletas e muitos pés de tucum a terra estava improdutiva temos a prova. 

No começo Odete cobrava uma taxa de R$ 20,00 depois aumentou para R$ 30.00  não é para vender lotes é para pagar as despesas com gráfica, alimentação, ferramentas etc.   Estamos pagando por hora de maquina para limpar o terreno R$ 160,00 despesas que deveriam ser custeadas  pela prefeitura.  Por último Seu Reinaldo nos orientou procurar a Defensoria pública para nos dar o apoio Jurídico, considerando leviandades publicadas em Blogs e no Jornal Pequeno  e, por ter nos negado o  direito de resposta, já está agendado.

 Nós somos invasores  porque existem  muitas famílias que estão vivendo de favores. Existem casas com até três famílias conviventes.  Na área  invadida já conta-se 150 lotes:  medem  08X20 metros distribuídos e, alguns com pessoas morando debaixo dos casebres com cobertura de palha babaçu,  enquanto a prefeita se esconde.  

Portanto, prezados leitores não somos membros partidários, não temos preferência por empresas nós queremos é moradia digna!

Tempo se passou vieram duas ações de reintegração de posse. Eu providenciei para  que o SINTSEP Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Maranhão  pudesse pagar advogado para realizar defesa.  Organizamos o Bloco dos Sem Nada no período carnavalesco compus duas marchinhas com o título Bloco dos Sem Nada e a outra intitulada Moradia. Como resultado a prefeita doou 50  lotes. 

Cleinaldo candidatou-se  eu pedi apoio me prometeram, como não foi possível pagar para Benilma e Delza diretoras da Associação o que elas queriam  elas prometeram e cumpriram fazer com que Cleinaldo não recebesse votos dos invasores em razão das brigas internas.  Com o julgamento do mérito da ação e, como não podia ser diferente vai acontecer a reintegração de posse.  Não tendo os nossos beneficiários cumprido com suas partes é claro que automaticamente as relações deveriam e foram rompidas. Eu avisei e depois paguei para avisarem  sobre o que podia acontecer.  “Acontece é que invasores são intelectuais”!!!





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