sexta-feira, 12 de agosto de 2016

CORREIO MEDIÚNICO -EVITANDO O CRIME - PARTL. DE O BLOG ESPIRITISMO SÉCULO XXI




Evitando o crime
Hilário Silva
Era o Dr. Aristides Spínola distinto diretor da Federação Espírita Brasileira, no Rio, quando foi procurado por um amigo do Méier, que lhe comunicou a desesperadora situação no lar.
Tinha esposa e quatro filhas a se voltarem contra ele, em difícil obsessão. Duas filhas solteiras rixavam com as duas casadas, e os genros, inimigos entre si, injuriavam-no, publicamente, cada qual querendo senhorear a casa.
E, no que era mais triste, a esposa ficara moralmente ao lado de um deles, criando-lhe posição insustentável.
A cada momento, era instado a discutir.
Sentia-se tentado a matar um dos genros, mas começara a ler algo da Doutrina Espírita e sentia-se necessitado de orientação. Não desejava perder a migalha de luz que a fé lhe acendera n’alma.
O Aristides Spínola, que era muito humilde e sereno, aconselhou:
- Evite a discussão.                                            
- E se eu for insultado? - indagou o consulente.
- Conte até sessenta, sem responder.
- Mas, se a provocação continuar?
- Busque mudar de assunto.
- Se for inútil?
- Saia de casa.
- É possível, no entanto, que mo impeçam - tornou o amigo, sinceramente interessado em tratar de todas as minúcias.
- Se isso acontecer, procure isolar-se num quarto, a chave.
- E se abrirem o aposento à força?
- Nesse caso, telefone imediatamente para o Pronto-Socorro e espere a ambulância na porta.
- E quando a ambulância chegar?
Entre nela e recolha-se ao hospital - disse o Dr. Spínola -; isto é melhor que entrar na faixa do crime, comprometendo-se por muitas reencarnações.
O cavalheiro despediu-se mais tranquilo; no entanto, rogou ao prestimoso orientador para que o visitasse, por espírito de caridade, no dia seguinte, a fim de ajudá-lo a conversar com a esposa, que parecia francamente obsidiada.
Na manhã seguinte, Aristides Spínola encaminhou-se para o endereço de que se munira; entretanto, ao chegar à porta, deu com uma ambulância que deixava a casa, tilintando, ruidosamente, a pedir caminho...
Do livro Almas em Desfile, obra psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier.
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